quarta-feira, 2 de março de 2011

Rhapsody - Dawn of Victory

O álbum Dawn of Victory lançado pelo Rhapsody em 2000, foi escolhido por Joe, The Barbarian para análise.
The Trooper

3Rhapsody of Fire é a epítome do "metal espadinha", então se você odeia o gênero nem tente ouvir este álbum, chamado também de symphonic metal é uma mistura de power metal com música clássica, resultando em um estilo interessante de música que lembra trilhas sonoras de filmes. Não sou o maior fã do gênero, mas de vez em quando estou disposto a ouvir um álbum desses. Contudo, para ser sincero sobre Dawn of Victory, embora eu o considere bom, prefiro o trabalho solo de Luca Turilli em King of The Nordic Twilight, que parece ter um pouco mais de heavy metal e um pouco menos de música clássica (eu disse pouco), com alguns riffs de guitarra mais interessantes e inspirados. Os vocais de Fabio Lione são razoáveis, mas seu sotaque italiano é muito forte, o que aliás até aumenta o clima de ópera, mas não sei, se é para cantar assim, cante em italiano de uma vez. Enfim, bom álbum pra sair da rotina, ou deixar de fundo em alguma sessão de rpg medieval.


Nota: \m/\m/\m/


Phantom Lord

Rhapsody of Fire é, sem dúvidas, um dos maiores exemplos de “metal sinfônico”: Com uma proposta de contar histórias épicas, a banda usa e abusa de corinhos e instrumentos típicos de música clássica. O álbum, como um todo, é muito bem feito e as mudanças de ritmos nas músicas ocorrem de modo sutil, diferente do que acontece com outras bandas de gêneros musicais semelhantes. Porém o excesso destas “características de orquestra” transforma Dawn of Victory em um bom disco de trilha sonora. Ou seja, Dawn of Victory é um daqueles álbuns para “deixar de fundo” enquanto acontece uma partida de jogo (eletrônico, rpg etc) com tema mitológico ou de fantasia medieval... O ponto fraco do disco fica por conta de The Bloody Rage of Titans: lenta, chorosa e com instrumentos meigos em certos trechos, esta música definitivamente não expressa uma “Sangrenta Fúria de Titãs”... Enfim, tenho certeza de que Dawn of Victory é um trabalho bem feito, o que automaticamente faz dele um álbum acima da média, mas algumas de suas músicas parecem um tanto bonachonas, cafonas e sonolentas... Recomendável para nerds rpgistas e os demais fãs do Symphonic Metal (e talvez de gêneros próximos como Power / Speed Metal etc...) Nota: 6,6.

Metal Mercante

Dawn of Victory pode ser resumido com um ditado popular

“Um é bom, dois é pouco e três é demais...”

Lembro-me que meu processo de “descoberta” do Rhapsody deu-se em parceria com o Metal Kilo. Se não me engano fomos a uma feira de instrumentos musicais e tinha um stand onde eles estavam distribuindo revistas grátis de Metal (infelizmente não lembro o nome da revista).

Como “Grátis” é uma das palavras mais legais inventadas até hoje pegamos um porrilhão de revistas e em uma delas haviam comentários bem positivos sobre essa banda vinda da Itália que misturava elementos clássicos com Heavy Metal.

Começando pelo Legendary Tales, o som do Rhapsody podia ser facilmente confundido com um Metal Melódico mais afrescalhado, mas com uma qualidade muito boa.

Depois do Legendary Tales o Rhapsody lançou o Symphony of Enchanted Lands onde eles adicionaram ainda mais elementos clássicos e continuaram a história criada no primeiro CD, o problema é que depois da terceira música o CD degringola e só volta a ficar bom na última música, ou seja, temos uma viagem horrível pelo mundo da imaginação do Luca Turilli e a saga da espada de esmeralda que só é amenizada pela esperança do CD terminar logo e o “repeat” dar conta de tocar “Emerald Sword” e “Wisdom of the Kings” novamente.

Já no seu terceiro CD é onde os problemas realmente ficam evidentes, a banda começou a fazer um sucesso relativo e a ser elogiada exatamente por se encaixar nesse nicho “Metal Espadinha” e adicionou ainda mais “viagens” as suas músicas tornando esse CD uma porcaria inaudível cheia de passagens orquestradas que só servem para deixar o CD monótono. Se não fosse pela música “Holy Thunderforce” – que é um “Land of Immortals” repaginado – eu diria que este CD não passa de uma aventura pomposa na terra da imaginação, sem valor algum para o Heavy Metal...

Existe uma linha bem fina entre o amor e o ódio, o Rhapsody cruzou esta linha exatamente na música 4 do Symphony of Enchanted Lands e nunca mais conseguiu se recuperar


The Magician


Após aproximadamente sete anos sem escutá-lo fui lembrado de sua existência por intermédio de uma proposta do blog metalcólatra.

“Down of Victory”, o terceiro álbum do Rhapsody (of Fire), se manteve guardado em um canto escuro e empoeirado de minha memória, provavelmente em baixo de trabalhos mais expressivos do nicho melódico. Mas confesso que me surpreendi ao sacudir a poeira e relembrá-lo depois de tanto tempo, pois não me recordava de algumas boas faixas a que dei atenção dessa vez.

Sobre o estilo emblemático do Raphsody, meus colegas do blog o traduziram muito bem: “...é a epítome do ‘metal espadinha’...”, “...um dos maiores exemplos de ‘metal sinfônico’...”, “...podia ser facilmente confundido com um Metal Melódico mais afrescalhado...”, mas ainda assim vou tentar acrescentar algo a este postulado.

Fabio Lioni e Luca Turilli são indiscutivelmente ótimos músicos, mas sob a bandeira do Raphsody of Fire criam e interpretam dentro de uma baliza orquestral idealizada pelo maestro da banda Alessandro Staropoli: o tecladista. Aqui temos um caso raríssimo de um líder de banda tecladista, sendo que a sonoridade toda reflete este fato; e de cara me lembro de uma frase há muito tempo pronunciada pelo nosso amigo Metal Mercante criticando a última faixa do CD "Cruelty and The Beast" do Cradle of Filth (embora o resultado deste seja bem diferente do FELIZ Down of Victory): “...isso que dá quando deixam o tecladista trabalhar!”.

E talvez por isso Down of Victory, assim como outras obras da banda, antes de ser uma produção “metaleira” é uma produção musical. A influência erudita de nomes como Vivaldi e Bach resultaram em muitas faixas moldadas por temas epopeicos e folclóricos, que acabaram se tornando construções musicais extremamente suntuosas.

Muito se ouve que a música clássica é uma forma “sofisticada” de música para um grupo seleto de apreciadores. Raphsody é uma banda “sofisticada” de Heavy Metal, mas tenho dúvidas se este predicado é compatível com o sujeito, já que este estilo se aproxima da extinção...

Indico as faixas “Dawn of Victoy”, “Triump for My Magic Steel” e “Holy Thunder Force” como ótimas faixas de Metal Melódico; Indico “The Village of Dwarves” e “Dargor, Shadwlord of Black Mountain” como boas viagens temáticas.

12 comentários:

  1. @Barbarian - Dawn of Victory era o nome da nossa Guilda em que jogo? MU ou Lineage?

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  2. Trooper, você quis dizer vocais de FABIO LIONE.

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  3. E já que estamos falando de vocalistas... O vocal de Fabio Lione realmente é de alta qualidade, mas me pareceu "imprópio" para passar as mensagens de certas músicas de Dawn of Victory.
    (De acordo com alguns metalcólatras, isto também ocorreu em Renegade da banda Hammerfall...)

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  4. Cara eu não me lembro, mas acho que nossa guilda em MU se chamava Holy Thunder Force... ahahaha

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  5. Mercante, juro que eu pensei que vc venerava Rhapsody em conjunto com o Joe...rs...

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  6. Fuhuhuhu, tbm achava que o Mercante pagava um pau!

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  7. Parece que Dawn of Victory não despertou o interesse de ninguém... Este post foi o que menos recebeu resenhas dos metalcólatras. Interessante notar que os "odiados" Iron Blessings e Bloody Kisses receberam várias resenhas e comentários, quase tantos quanto os polêmicos Apetitte for Destruction e City of Evil.
    Vai ver Dawn of Victoy é mediano demais e... os álbuns medianos não chamam a atenção.

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  8. Cornetar é sempre mais fácil...

    Como já disse, minha resenha tá pronta mas enquanto tiver o problema do template, eu nao consigo postar depois do Magician.

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  9. Pirikitus manda seu post pra mim, deixa que eu posto...

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  10. O "random" sempre me dando lições de vida...me fez perceber que ao escutar umas faixas mequetrefes analisando o álbum, diminui a importância da faixa-título, que é muito boa.

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  11. Esse foi meu primeiro disco deles, encomendei após ler uma matéria na RockBrigade sobre sua vinda ao Brasil. Nessa época ainda não era possível ouvir qualquer lançamento no utube antes de adquiri-los, dependia-se muito mais das resenhas e algumas vezes as expectativas geradas não correspondiam muito quando a bolacha chegava em casa. Mas esse não foi o caso deste que considero o melhor álbum do Rhapsody, considerado pela banda o mais agressivo até então com as guitarra em primeiro plano ao contrario de seu antecessor, contém hits atrás de hits, o então ovacionado Fábio Lione possuia um dos timbres mais lindos da virada do século que atendia perfeitamente a proposta da banda e nada no disco é descuidado ou de mal gosto, diria também que não é exagerado apesar dos diversos belíssimos interlúdios sinfonicos, tudo é extremamente musical. Enfim ninguém fez melhor esse heavy metal do que os italianos e Dawn Of Victory foi o disco mais arrebatador daquele ano com certeza. Destaque são todas e "Dargor, Shadowlord Of The Black Mountain.

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