sábado, 27 de agosto de 2011

Judas Priest - Painkiller

O álbum The Painkiller, lançado em 1990 pelo Judas Priest foi escolhido por votação aberta na disputa entre este e Ritual.






Phantom Lord

Judas Priest foi uma banda que demorei um pouco para conhecer. Até o fim dos anos 90 eu praticamente apenas ouvia falar da banda. Era difícil de tocar uma múscia do Judas nas rádios-rock e mesmo os supostos colegas-headbangers pareciam não ter discos da banda. As primeiras músicas do Judas que ficaram gravadas em minha mente, entre 2002 e 2004, são provavelmente as mais óbvias: Breaking the Law de 1980 e Painkiller de 1990, possivelmente adquiridas de um “mp3” ou computador de algum colega. Depois disso surgiu uns cds desta banda no covil... escutei todos, porém só uma coisa me chamou atenção naquele momento: a música Painkiller.

Enfim, passei anos conhecendo pouquíssimas músicas da banda, valorizando apenas as duas músicas já citadas aqui... Até que depois de ouvir um monte de gente elogiando alguns álbuns do Judas, e depois de um visigodo teimoso elogiar incansavelmente o álbum Painkiller, decidi escuta-lo de novo... Afinal já fazia tanto tempo que eu não ouvia um disco do Judas, então acabei dando mais esta “chance” a eles... E desta vez não me arrependi.

O álbum Painkiller começa com nada menos do que a destroçante faixa-título... Painkiller é um hino do heavy metal, tão poderoso que pode acabar ofuscando as outras músicas do álbum (foi o que aconteceu quando ouvi este álbum pelas primeiras vezes). Hellpatrol pode não ser marcante como a faixa-título, mas segue o mesmo estilo e está muito longe de ser ruim. All Guns Blazing é mais uma paulada de alta qualidade do Judas; Leather Rebel não tem a mesma força das faixas anteriores em minha opinião, mas não é um ponto fraco no álbum. Metal Meltdown traz trechos interessantes e criativos e Nightcrawler é ainda mais criativa, erguendo a força do álbum ao nível de All Guns Blazing novamente. Ainda mantendo o ótimo nível musical temos a seqüência Between The Hammer and the Anvil e Touch of Evil (esta última parece uma faixa um pouco mais comercial, pois é mais lenta e chegou a tocar nas rádios algumas vezes).
Para finalizar temos a intro Battle Hymn e One Shot at Glory que tornou-se trilha sonora do Brutal Legends... A mais fraca do álbum em minha opinião, mas ainda assim razoável.

Posso concluir que Painkiller não é um trabalho feito para meros ouvintes de “rádios-rock” nem para aqueles que tendem a preferir músicas mais simples ou comerciais. Os gritos prolongados e agudos de Rob Halford, os ocasionais surtos virtuosos dos guitarristas (Glenn Tipton e/ou K.K. Downing) não devem agradar gente de gosto tão simples. Recomendável para quem gosta do verdadeiro heavy metal...
E como diria uma outra banda: “whimps and posers leave the hall!”
Nota 8,9.

The Trooper

3Que cd! Uma verdadeira bifa na orelha! Se não me engano já tinha ouvido uma vez, mas não prestei muita atenção, e ultimamente fiquei viciado.
Você só pára para pensar no que te atropelou lá na quarta faixa (e eu peguei uma mania de deixar 2 números do volume do celular perto do máximo, colocando no máximo quando chega Leather Rebel). O Painkiller desce na Terra na primeira faixa e a porradaria só pára um pouco antes da batalha final (One Shot At Glory) em Touch of Evil, faixa que quebra um pouco o ritmo para focar em uma ambientação de terror (desnecessário a meu ver, porque Night Crawler já faz isso com primor sem parar de destruir em velocidade). Between The Hammer And The Anvil parece ser uma reciclagem de riffs mas é excepcional.
Este álbum deve ser merecidamente chamado de obra-prima, ele é uma síntese do que é o heavy metal. Destaque para as 7 primeiras (e absurdas) faixas, em especial Night Crawler.
Nota: 9,0.


Metal Mercante
Que paulada!

Painkiller foi uma das melhores coisas que aconteceu depois de uma estúpida viagem de ano novo ao Litoral norte de São Paulo, onde minha “querida” família e eu fomos passando de praia em praia em busca de uma vaga em uma pousada. O problema era que era dia 30/12/199x e que bando de burros vai atrás de vaga em pousada no dia 30? Aparentemente a família do Mercante...
Depois de passar um dia inteiro na porra da estrada a frustração era tanta que meu pai até parou de trocar as fitas do radio e para minha felicidade era uma fita do Judas Priest que ficou tocando e tocando e tocando...A fita era do “Screaming for Vengeance”(1982), mas eu não sabia disso, só sabia que tinha gostado muito e que precisava comprar um CD dessa banda para minha coleção.
No fim de semana consecutivo a passar a virada vendo aquele imbecil do Faustão contar até 10 fui a Galeria do Rock e comprei o primeiro CD do Judas que ví....Painkiller...Sorte?
Até então a única coisa que eu conhecia de Judas era o Screaming e o British Steel, que convenhamos, nem se comparam em termos de agressividade e velocidade ao Painkiller. Os vocais do Rob Halford estão melhores que nunca e eu desafio a todos os cantores de banheiro tentar cantar a parte a partir de 2:55 da música Hell Patrol!
Sinceramente não consigo encontrar músicas fracas nesse cd, todas elas estão muito acima da média, se bobear, “Between the Hammer and the Anvil” é uma das minhas preferidas, mas por muito pouco.
Por fim, sabendo das “preferências” do Rob Halford, desconfio um pouco da música “Touch of Evil” para canta-la em público...


In the night
Come to me
You know I want your Touch of Evil
In the night
Please set me free
I can't resist a Touch of Evil

Aroused with desire
You put me in a trance…


Não sei não…

Nota: 9


The Magician

Painkiller é sem dúvida nenhuma um grande clássico.


Um álbum verdadeiramente pesado que, com seus setups ultra agressivos acompanhados pelo vocal super-estilizado de Rob Halford e por uma das mais impactantes gravações de bateria já escutada no gênero, foi definitivamente uma das grandes contribuições para o “boom” do metal no inicio dos anos 90.

É um marco para a banda e um marco para o Metal em seu apogeu.

Se analisado como um todo, sem minudenciar as canções individualmente, o álbum pode ser considerado mais do que excepcional; sua abordagem sobre os riffs de guitarra é provavelmente a mais empolgante e influente que já escutei, parece ecoar pelas inúmeras discografias metaleiras espalhadas pelo mundo.

Outra característica interessante é que todas as linhas/canais (com exceção do baixo, que tenho a impressão, não foi gravado em Painkiller) são extremamente exibicionistas e ainda assim nem os vocais nem as guitarras e nem a bateria chamam excessiva atenção, ou seja, mesmo com todos os músicos “exagerando” em seus takes, o conjunto não destoa. Ponto para a produção geral do disco.

Esses dois atributos, no entanto, colocam o trabalho de certa forma em um posto de CD caricato, com sonoridade que pode ser acusada de poserismo ou apenas de cafona mesmo. O maior exemplo desta atribuição é a banda-paródia Massacration, que se inspira e rouba arranjos do Judas e timbres vocais de Halford na maior cara de pau, já que “Detonator” seu vocalista, é membro da banda cover do Judas: "Painkiller".

Mas isso em nenhuma hipótese piora ou muda a qualidade do disco do Judas.

Embora até aqui a resenha tenha sido só elogios, percebo algumas pequenas “falhas” em Painkiller.

Os versos de guitarra principais dos sons, aqueles que formam de fato o “dorso” da música juntamente com algumas pontes, são arrebatadores com certeza, mas me parece que as musicas se perdem nos seus refrãos e em pausas que soam estranhas ou fora de contexto sonoro. Este fenômeno se aplica a quase todas as faixas e nos dá impressão de que elas podiam “nos dar um pouquinho mais” ou que chegaram “quase lá”.

Esse entendimento de que “esse refrão podia ser cantado com voz grave” ou “esse lick deveria fechar o refrão” ou qualquer outra alteração na morfologia das composições só não pode ser utilizado ao analisarmos a faixa título Pain Killer, que já nasceu como um grande clássico do gênero. Por achar que esta faixa de abertura é tão absurda acabamos exigindo demais das outras que a seguem, e infelizmente acabam por ser ofuscadas.

Destaque também para as ótimas: “Shot at Glory”, “A Touch of Evil” e principalmente “The Hammer and the Anvil”.

Nota: 8 ou \m/\m/\m/\m/


Pirikitus Infernalis

Painkiller, o que posso dizer é que Graças ao Deus Metal, esse cd fez parte da minha tardia formação! Como esse cd fala por si só, vou colocar algumas curiosidades pessoais.

A minha adoração por esse cd se faz por diversos motivos, alguns óbvios e outros não. O mais recente deles foi quando eu fiquei fora 3 meses por intercambio e precisaria de um leque forte de músicas para aguentar bem esse período. Painkiller foi o principal alicerce desse leque de músicas do mal \m/

Em duas oportunidades de ver o Judas ao vivo, eu consegui pegar 2 set lists completamente diferentes, e somando isso eu tive a oportunidade de ver 6 músicas dessa obra prima ao vivo, incluindo a Between the Hammer and the Anvil na apresentação de 2008.

Enfim o cd...

Começamos pela formação dessa magnífica banda: Halford, K.K., Tipton, Ian Hill e Travis. Praticamente um dream team, só seria melhor se fosse o Holland na bateria...o cara gravou o British, Screaming e Defenders, então fim de papo.

Não muito diferente do que já foi falado, esse cd não te dá permissão pra olhar pro lado, pra pensar em outra coisa, pra ir buscar uma cerveja. Do primeiro segundo de painkiller até os 5:22 da One shot at Glory você é nada mais do que um comandado, e isso é que faz de um cd um ícone de um gênero musical.

Esse cd é totalmente top.

Ps: A gente ouve esses cds e, depois, é obrigado a ouvir que o Bruce é melhor que o Halford...putz!

Nota: 9 com louvor!


Hellraiser
3Isso é um verdadeiro tapa na orelha ! 

O ultimo album com Rob Halford nos vocais, e primeiro com o monstro das baquetas, Mr. Scott Travis ( que pra mim influenciou demais no peso do disco ) é sem duvida alguma o mais pesado, rápido e agressivo da banda. 

Scott Travis já no inicio do álbum mostra por que veio, com uma maravilhosa intro na faixa titulo de deixar os ouvintes de boca aberta. 
Uma performance digna de um grande baterista, o qual já se apresentava como um dos melhores de sua época desde sua banda anterior, o Racer X ( diga-se de passagem, um super grupo ). 

Painkiller é um arregaço de musica. 

Alias isso me lembra também a entrada de Nicko no Iron Maiden, com sua performance na primeira faixa do álbum, quebrando tudo em ``Where Eagles Dare`` 

E depois dessa pancadaria toda, quem ainda achava que a banda iria descansar, muito se enganou. 
O álbum conta com excelentes faixas, até o termino dele. 
O álbum é totalmente dinâmico, sem pausa para respirar, mesmo nas faixas mais cadenciadas, o ouvinte se prende por total na audição. 

Minhas preferidas alem da faixa de abertura são ( praticamente todas ), mas ainda assim, destaco ``Hell Patrol``, ``All Guns Blazing``, ``Night Crawler`` e as magníficas ``Between the Hammer and the Anvil`` e ``A Touch of Evil`` que acho sensacionais !!! 

Um dos melhores álbuns dos anos 90. 
Nota 9,1

Queensryche - Operation Mindcrime


O álbum Operation Mindcrime lançado pelo Queensryche em 1988, foi escolhido por Pirikitus para análise.




Phantom Lord



Queensryche é considerada por muita gente, uma banda de uma música só: Silenty Lucidty. Não é pra menos, raramente as rádios tocavam outras músicas da banda, por isso, não é bom depender de mídia alguma...
Curioso, há poucos meses atrás, decidi ouvir o álbum Empire do Queenscryche, e... Bom, o álbum não me chamou a atenção... Pareceu alternar entre um pop rock e o progressive rock...

Ainda bem, que nosso colega passeriforme indicou outro álbum da banda pro nosso blog: Operation Mindcrime é notoriamente superior ao Empire se você está procurando algo menos comercial/pop.

Dentro de um único tema (pois Operation Mindcrime conta uma história), a sonoridade apresentou-se interessante e diversificada neste disco, o que me fez deduzir que o Queensryche teve influências de diversas bandas (desde Iron Maiden, Judas Priest até... Genesis?).

O que menos me agradou no álbum é o fato dele ser longo (15 faixas, sendo 5 delas intros/interlúdios), porém ele não chega a ser cansativo e provavelmente é um dos melhores discos de uma banda com o “rótulo” de rock/metal progressivo. Talvez uma melhor distribuição das “faixas intermediárias” poderia tornar o álbum, como um todo, ainda mais agradável.
Destaco as faixas Anarchy-X/Revolution Calling, Speak, The Needle Lies e Breaking the Silence (esta última é uma das poucas músicas da banda que eu ouvia na rádio).
Nota: 7,4

The Trooper


3Boa pedida Pirikitus, o que era Queensryche para mim antes dessa resenha? "Silent Lucidity".


Ouvi a primeira vez no celular, sem as letras e me espantei com a semelhança com Helloween (principalmente porque o vocalista usa mais os tons agudos durante a maioria das músicas). Ouvindo com as letras na tela do computador as músicas ficaram mais claras, Operation: Mindcrime é um álbum conceitual, uma ópera-rock, e (eu não sabia nem isto) Queensryche é uma banda de rock-metal progressivo. Agora as coisas ficaram mais claras ainda, essa capa me fez recordar "Another Brick On The Wall", e talvez o conceito do álbum tenha recebido inspiração do álbum-filme do Pink Floyd. Então lá pela faixa "I Don't Believe In Love" eu notei a semelhança com Avantasia, e minha mente simples logo colocou os 3 trabalhos em uma linha evolutiva e que também bate com meu gosto musical, sendo Avantasia o ápice desta linha de trabalho.


Bem, preciso focar no álbum: Bom trabalho da banda, passagens instrumentais interessantes, vocais muito bons, letras com temática muito boa ("Spreading The Disease" me lembrou os HQs "Sin City" e "Preacher", e o resto do álbum o filme "V" e é claro, as bandas que sempre "descem a lenha", como Megadeth) e ambientação fantástica. Mas a ambientação às vezes afeta a musicalidade, algumas faixas acabam deixando o álbum meio paradão (é aí que eu me lembro do ápice dessa linha evolutiva: Avantasia), e eu fiquei esperando algumas faixas em que o Nikki saísse matando todo mundo para vingar Sister Mary (o que talvez resultasse em algumas faixas "porrada" que faltaram no álbum).


Destaque para "Speak", "Spreading the Disease" e "The Needle Lies".

Nota: 7,5.

p.s.: Se comparar com as bandas de metalprog que ouvi, Queensryche é bem mais legal.

p.p.s.: Para aqueles que ficaram em dúvida como eu: os vocais de Sister Mary foram feitos pela cantora Pamela Moore.



The Magician

Operation: Mindcrime. Trabalho peculiar.E um tanto complexo.


As bandas reconhecidas dentro do estilo “metal-prog” carregam certo estigma, suas músicas não são consideradas acessíveis e são de certa forma seletivas, cativando àqueles que praticam estudos musicais ou estão realmente preocupados com o contexto do enredo do trabalho.


Mas os rótulos servem para simplificar o crivo de mercado, para colocar trabalhos sob moldes padronizados e disseminados, obedecendo uma necessidade comercial de aceitação. Isso já foi discutido aqui e acredito que quem melhor resumiu o assunto foi Venâncio em sua conclusão de que o gênero musical pode ser melhor atribuído à uma canção em sua singularidade, e ainda assim, correndo o risco dessa unidade possuir estruturas ambíguas em sua própria composição.


Digo isso neste post porque o caro metaleiro-leitor perceberá que as músicas (aquelas que não existem apenas para preencher o argumento da história contada) não possuem abordagens progressivas extremas, e seguem estruturas bem claras e cíclicas de versos, pontes e refrãos, com introduções e finalizações. A leitura da obra como um projeto progressivo só pode ser herança da percepção errônea de “ópera rock/conceitual = progressivo”. Um outro motivo seria as ligações entre essas faixas intervalares se ligarem às musicas principais sem pausas ou anúncios perceptíveis.


Este CD conceitual conta a história de um assassino manipulado mediante uma droga-soro criada por um cientista maquiavélico com planos corruptos de controle e ascensão ao poder. O personagem principal que acorda sem memórias começa a recobrar suas lembranças e clamar por vingança ao tal Dr. X, e por ai vai...


Uma história bastante típica de HQ’s e a ilustração da capa confirma esta ideia.


Como a história contada não atraiu o suficiente de minha atenção vou tentar me ater à musicalidade. Aliás atrair atenção é um problema recorrente inclusive quando falamos propriamente dos sons do CD, que possuem certa semelhança sonora nas texturas utilizadas criando uma espécie de padrão hipnótico que dispersa o ouvinte (seria alguma peripécia do Dr. X?).


Entretanto, mesmo com a morosidade sugerida pude apreciar algumas características do Operation: Mindcrime. Geof Tatte gravou aqui um dos melhores registros de vocais que já escutei, interpretação e melodias perfeitas; Os guitarristas são muito bons com execuções bastante técnicas de bases e solos; e os demais instrumentos também são competentes em suas partes.


Conclui-se que o álbum é bem construído e bastante técnico, mas carece de impacto e aderência; e essa censura a esses atributos que seriam fornecidos a partir de sets distorcidos e de faixas mais agressivas é afinal uma escolha dos produtores de um trabalho que foca a história contada.


Nota: 6.7 ou \m/\m/\m/


P.S: No fim das contas não consegui mencionar qual o aproximado subgênero do trabalho em questão, exceto que de fato é um ópera-rock. Gostaria de pedir sugestões dos comentaristas de plantão. Para mim flerta muito com o melódico, talvez a não classificação do Queensryche neste gênero seja pura xenofobia norte-americana.


Pirikitus Infernalis

Cd escolhido pra dar uma quebrada no gelo deste blog que contrasta com alguns pontos do blog, como o fato de esse cd também ser um antecessor/sucessor do álbum mais conhecido da banda, como no caso do Come Out and Play, porém aqui a história é outra. Operation Mindcrime é infinitamente superior ao seu mais pop cd Empire, em absolutamente TODOS os sentidos.

Essa obra conceitual trouxe de vez o nome do Queensryche para a cena prog. metal. O primeiro ponto alto é uma história muito bem desenrolada, que ao contrário do que a maioria dos fãs de metal estão acostumadas, nada tem a ver com guerreiros e dragões. O tema aqui é revolução, na sua melhor e mais sórdida forma. Contar a história seria apenas encher lingüiça, já que ela pode ser facilmente acessada na Wikipédia, então podemos nos atentar aos outros pontos altos do cd.

O segundo ponto alto desse cd é como os músicos conseguiram dar o clima correto as músicas, cada música tem um clima que cai como uma luva na canção, seja ele denso, agressivo, melancólico, clima de alívio e por aí vamos embora. Algo que também é facilmente destacável nessa obra é a interpretação dos personagens, dando uma exímia nota 10 nesse aspecto para Geoff Tate. É possível acompanhar o crescimento do personagem Nikki ao longo cd na voz desse cara.

O terceiro e mais positivo dos pontos é com certeza a qualidade da obra como um todo. O período de 88-90 foi sem dúvida o mais produtivo da banda, musicalmente falando. É impressionante o alto padrão que consegue ser mantido durante toda a obra. Claro que, como uma obra conceitual, sempre teremos aquelas famosas “passagens”, mas nada que atrapalha pra um cd semi-perfeito.

Difícil um Top 3 aqui...Spreading the Disease, Speak e Breaking the Silence.

Nota: 8,5



Metal Mercante

Operation Mindcrime um álbum paradão, nenhum dos instrumentos chama muito minha atenção e a única coisa que realmente se destaca é o vocal de Geoff Tate.

Procurar reviews desse cd na internet é se deparar com notas excessivamente altas e nenhuma economia nos elogios.

Os pontos positivos:
- é um álbum da década de 80
- Vocais absurdos
- álbuns conceituais são bem mais difíceis de serem feitos

Os negativos:
- interlúdios
- álbum longo, muitas músicas paradas
- NENHUMA grande música

No geral é um álbum com potencial, mas nenhuma musica é “boa demais”, nenhuma música dá vontade de abrir uma roda em um show, nenhuma música dá vontade de “headbanguear”, melhor das hipóteses me vejo escutando este álbum ao mesmo tempo que tomo um bom vinho e discuto as implicações da crise na europa.
A única música que realmente me chamou a atenção (provavelmente em relação as outras) foi “Eyes of a Stranger” e olhe lá (trocadilho não intencional)

Nota 6

Hellraiser
3Caramba !!! 
Li algumas resenhas aqui, e as vezes, preferia nem ter lido, kkkkkkkk 

Poxa galera, ...esse é o maior álbum conceitual de toda historia do Rock/Metal ! 
Esse álbum bota no bolso todos os álbuns dessas bandas de Power que se aventuraram a fazer albuns conceituais. 

Isso foi sucesso de critica, e é tido até hoje como um dos melhores álbuns da banda e de todos os tempos. 
Sem contar a excelente performance de Geoff Tate, que nesta época era considerado como um dos melhores vocalistas do gênero. 

História magnífica, que poderia virar facilmente um livro ou filme. 

Desde ``Revolution Calling``, passando pela faixa titulo, a ``Speak``, a linda ``Suite Sister Mary`` e as excelentes performances de Tate em ``I Dont Believe in Love`` e ``Eyes of a Stranger`` fazem deste trabalho, uma excelência em sua totalidade !! 

Sem contar a excelente performânce de toda a banda, a qual estava altamente inspirada e super afiada, fazendo com que esse trabalho soasse impecável !!!

Sinto repetir, ...mas muito acima de qualquer outro trabalho que se diz ``conceitual`` !! 
FATO !!!! 

Nota 9,1

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Painkiller VS Ritual

O vencedor terá seu conteúdo analisado pelos metalcólatras.


(Votação aberta a todos participantes e visitantes do blog. Escolha um álbum e confirme o voto.)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Bruce Dickinson - The Chemical Wedding

O álbum The Chemical Wedding, lançado em 1998 por Bruce Dickinson foi escolhido por votação aberta na disputa entre este e Mondo Bizarro.



Phantom Lord

Mais um trabalho do Bruce Dickinson no blog... Justo, afinal se o Accident of Birth apareceu por aqui, porque o Chemical Wedding não deveria aparecer?

Ouvi este disco pela primeira vez lá pelo ano de 98, quando ainda era possível escutar boas músicas como Psychoman, Psycho Circus e Chemical Wedding nas rádios. Minha opinião não mudou muito desde aquela época: este disco é praticamente tão bom quanto seu antecessor. Talvez umas músicas pareçam um pouco menos inspiradas, mas por um outro lado parecem mais pesadas.
O cd começa bem com a paulada King in Crimson, segue com a marcante faixa-título e a ótima The Tower.
Book of Thel merece uma atenção especial: poucas bandas de heavy metal conseguem fazer músicas longas realmente boas do começo ao fim (sem mudanças bruscas de ritmo, por exemplo)... Book of Thel tem mais de 8 minutos de duração, e não possuí falha alguma! As três músicas seguintes também são definitivamente boas.
Enfim, não há nada que realmente possa ser chamado de ponto-fraco em The Chemical Wedding, mas existem três músicas que eu considero menos interessantes: Killing Floor, Machine Man e Chemical Wedding Part 2.... ops, eu quis dizer The Alchemist.

Apesar dos “pormenores”, posso concluir que este ainda é um álbum equilibrado, as poucas músicas menos interessantes merecem ao menos nota 6,5, e as melhores 9,0.
Imaginar que conheci fanfarrões que afirmaram que as duas últimas faixas são as melhores músicas deste álbum. Tsc tsc, tem gosto pra tudo mesmo...
Nota 8,4.



Metal Mercante
The Chemical Wedding sempre foi um cd problemático para eu comentar. Da mesma forma que “And Justice for all” do Metallica esse CD veio depois de uma obra prima – Nesse caso o Accident of Birth – e não trouxe praticamente nada de novo para meus ouvidos. Além disso, acredito que se embaralhássemos as músicas do Accident com as do Chemical em um saco e fizéssemos 11 sorteios (12 músicas no Accident e 10 no Chemical) não seria possível notar diferenças bruscas de continuidade no CD.

Em minha opinião as grandes obras do Metal surgiram na maioria dos casos da reinvenção da própria banda buscando uma identidade e não de um trabalho de continuação de algo que a banda já havia feito. Exemplos disso, são o Accident of Birth do Bruce Dickinson, o Brave New World do Iron Maiden, o Imaginations from the other side e depois o Nightfall in Middleearth do Blind Guardian, Louder than Hell do Manowar, Rust in Peace do Megadeth, Ride the Lightning, Master e o Black Album do Metallica, os Keepers e depois de muitos anos o The Dark Ride do Helloween , Tunes of War do Grave Digger, Rebirth do Angra e por aí vai…

…A maioria desses cds já foi aclamada aqui no nosso blog e todos eles foram obras que redefiniram as bandas, agradaram e atraíram fãs pelo mundo inteiro, porém os próximos cds que seguiram geralmente não tiveram o mesmo impacto que seus predecessores.
Só de olhar para as notas dos metalcólatras no link (aqui) é possível perceber como os cds posteriores a uma obra prima geralmente não são tão bem recebibos. Os exemplos mais evidentes são o Knights of the Cross do Grave Digger, o pobre Dance of Death do Maiden, and Justice for all do Metallica, e até certo ponto o at edge of time do Blind Guardian, todos eles essencialmente uma “cópia” do seu antecessor.

The Chemical Wedding acaba caindo na mesma linha de cds que tentam se aproveitar do sucesso do anterior e isso geralmente tende a atrapalhar o processo criativo, pois o medo de não conseguir criar nada a par com a obra anterior limita as opções do artista.
Como minha nota para o Accident foi 9...

PS: Como reclamei bastante no post do Slipknot, não pensem que eu não ouvi a discotecagem no final da música “Machine Man”...


...nota: 8,0

The Trooper
3Ótimo trabalho, o ponto mais marcante deste álbum está nas guitarras e baixo, composições excepcionais de cabo a rabo levam o ouvinte durante toda a viagem das letras, heavy metal indiscutível, mas ainda acho que Accident of Birth tem uma pegada mais pesada e suas baladas são mais marcantes.


De qualquer maneira, não há como remover esse álbum de sua coleção, sempre ficará aquela sensação que falta algo. Destaque para King In Crimson, The Tower, Trumpets of Jericho e Machine Men.
Nota: 8,4



The Magician


Se alguém aí souber como exprimir em um post a essência de uma Obra-Prima me avisem, por favor.

Para explicar uma obra desta magnitude, um simples texto em um blog de uns metaleiros malucos pouco ajuda. Qualquer subsidio vocabular aqui utilizado se torna limitado ou pobre ao tentar traduzir a qualidade dessa raríssima e singular peça do Heavy Metal. No entanto, farei minha parte.

De tudo aquilo que o Heavy Metal gerou em sua história, o disco “The Chemical Wedding” (TCW) está entre as produções mais essenciais e qualificadas da cena como um todo. O projeto inteiro – da capa ao contexto, de sua estrutura à sonoridade – é uma das mais plausíveis criações deste universo.


Acredito que Bruce Dickinson com seu segundo trabalho dentro do Metal despontava como um grande nome para uma promissora carreira solo, mas infelizmente se viu obrigado a voltar ao IronMaiden durante o período que os especialistas (Metalcólatras) chamam de “A grande depressão do Heavy Metal” em meados da virada do século, justamente para fortalecer este mercado (e até certo ponto conseguiram, mas isso é história para um outro post...).


Ainda assim sua curta discografia foi capaz de se imortalizar.


No álbum anterior – Accident of Birth (AoB) - o compositor-vocalista apresentou o trabalho consolidado sobre temas muito mais obscuros do que o Maiden fazia (há de se dizer que os ingleses eram freqüentemente mais generalistas, levando em consideração sua projeção e pré-repercussão dos seus trabalhos na mídia geral) e essa proposta-solo ligada ao ocultismo no entanto, não se apega ao ‘mitológico’ ou ao ‘fantasioso’ - já desgastados pela prática metaleira -, e sim à uma fonte literária histórica de viés profético. A criação desta atmosfera misteriosa/cabalística em suas músicas teve sua continuidade aprofundada em um contexto soturno registrado aqui em TCW.


Buscando uma maneira de se desvencilhar da imagem de sua antiga banda sem ter que partir para um caminho mais “pop”como já tinha feito antes, esses temas formaram a base que Bruce adotou para seus trabalhos próprios, criando com primazia uma inconfundível identidade musical.


Para materializar as idéias do excêntrico Dickinson estava novamente ao seu lado Roy Z. Com a competência de sempre produziu com esplendor o material sonoro e visual do encarte, totalmente condizente com a proposta dramática do álbum. O acabamento do material gráfico nos remete à baixa idade das trevas por causa de sua simbologia mística, grafias arcaicas e principalmente devido às estranhas ilustrações retiradas da coleção do poeta/artista britânico William Blake (cortesia do Tate Gallery -Londres). Ao tempo que você lê as letras e visualiza as pinturas do encarte enquanto escuta suas canções, automaticamente é enviado para o insólito e nefasto mundo proposto por Dickinson. Tudo parece convergir em apenas uma única proposta.


Mas é claro que a parte mais valiosa desta obra é contida em seu magnífico material sonoro.


As composições e melodias são perfeitas e somente esses fatores já seriam suficientes para manter este ótimo trabalho no nível de AoB. No melhor estilo Bruce as composições não falham em nenhum momento do álbum, mas sempre providenciam arranjos que moldam temas melancólicos ou sombrios. Para ilustrar esta ambientação, algumas músicas foram gravadas com afinação de D# (meio tom abaixo).


Entretanto, o que de fato difere este álbum é sua proposta de embutir peso às canções, se AoB progride sobre os interlúdios, TCW é extremamente direto e contundente diminuindo o ritmo apenas nas ótimas baladas “Gates of Urizen” e “Jerusalem”. Para isso apresenta características surpreendentes, como:


- o comportamento vocal menos virtuoso e mais grave, às vezes dissimulados para preencher a temática aterradora;


- a ênfase instrumental, pois diferente de sua obra precursora os instrumentistas se destacam nas suas partes, sejam nas pujantes bases ou nos melodiosos e afiados solos grande parte do tempo das músicas é dedicada às apresentações instrumentais, onde o grande exemplo está na destruidora é inesquecível faixa “Book of Thel” (provavelmente a melhor de todas criações de Bruce);


- texturas e efeitos sonoros complementares enriquecem as composições como se pode perceber principalmente na faixa “Chemical Wedding” e por todo o decorrer do álbum, considerando que a maioria destes sons foram reproduzidos por sintetizadores de guitarras colocados por Roy, sendo que apenas na faixa “Killing Floor” é utilizado o auxilio de teclados;


- e por fim o experimentalismo acertado nas faixas “Machine Men” e “Trumpets of Jericho” onde a banda flerta com o rock moderno, sendo pela escolha das distorções ou pelo ritmo quebrado das guitarras.


O resultado final foi a concepção de um dos principais lançamentos do gênero nos anos 90, que imprimia a personalidade não de apenas um vocalista virtuoso em sua jornada solista, mas sim de uma verdadeira banda com personalidade e proposta bastante claras.


Para os verdadeiros apreciadores do gênero, The Chemical Wedding é uma obra genial de conteúdo grandioso e complexo, mas se eu pudesse resumi-lo em poucas palavras diria que é um dos mais marcantes, sombrios e sofisticados discos de Heavy Metal de todos os tempos.


Épico por excelência.


Nota: 9,7 ou \m/\m/\m/\m/\m/.

Pirikitus Infernalis

The Chemical Wedding é o sucessor de Accident of Birth e, provavelmente, o cd mais adorado e conhecido do Bruce. Eu enxergo nele muitas características que foram retiradas dos álbuns anteriores do Iron Maiden, e isso é um ponto de muita qualidade.

A formação continua a mesma do seu antecessor AOB, com Adrian Smith e Roy Z nas guitarras, Eddie Casillas no baixo e David Ingraham nas baquetas. O que muda são os já conhecidos artistas convidados, bastante utilizados pelo mestre Bruce. Apesar de o grupo mostrar uma originalidade menor quando comparado ao AOB, esse cd continua mantendo a sua boa qualidade tanto lírica, como musical.

Falar música a música é surfar no Tsunami, já que meus companheiros falaram o suficiente. Algumas observações podem ser ditas, como o fato de Chemical Wedding ser tocada nas rádios na época em que o gosto musical era menos sofrível (agora raramente se ouve algo na Kiss, quando a mesma não está tocando Zeppelin). Book of Thel merece um destaque na perfeição com a qual Bruce administra sua variação rítmica. Jerusalém possui uma climatização digna de ser aplaudida de pé. The Tower é algo surreal, mesmo eu odiando esperar ela começar no álbum Scream for me Brazil. E pra finalizar temos The Alchemist....Aaaahh The Alchemist, essa música me remete aos bons tempos de Diablo 2, onde ela tocava repetidamente nas várias e intermináveis madrugadas de jogatina, com certeza é especial.

Bruce mostra que é uma das maiores cabeças pensantes do metal. Um cara que não se limita, não é a toa que o cara é historiador, aviador e tenor. Aliando essa sede de conhecimento a uma ótima capacidade de transformar boas histórias em música, temos esse cd que também faz parte da discografia básica de qualquer metaleiro, mesmo estando centímetros abaixo do seu ponto mais alto: Accident of Birth.

Top 3: The Tower, Boof of Thel e The Alchemist.



Dr Sin - Brutal

O álbum Brutal lançado em 1995 pela banda Doctor Sin foi escolhido por Magician para análise.






Phantom Lord

Chamada por aí a fora de banda de Hard Rock, o Dr. Sin não me pareceu estar intimamente ligado a nenhum dos gêneros de Rock. A banda aparenta esbanjar técnica e criatividade, não apenas neste disco mas também em outros tabalhos, porém sem focar no virtuosismo (como faz Yngwie Malasteen em boa parte de suas músicas).
O álbum Brutal começa com boas três músicas que em minha opinião ficam entre o hard rock e o heavy metal: Silent Scream, Karma e Isolated. Down in the Trenches (part 1 e 2) apresentam sonoridade um pouco diferente das três faixas anteriores.
Fire é a minha favorita deste disco... talvez a "mais heavy" do Brutal.
Kizumba serve de abertura para Someone to Blame... esta que me pareceu muito familiar...


Enfim, a primeira vez que ouvi este disco, há meses atrás, não dei muita atenção. Na verdade lá pela faixa 7 ou 8 comecei ficar de saco cheio, mas agora descobri o problema: Eu tinha escutado o álbum em caixas de som de qualidade inferior... aquelas que parecem rádinhos capengas dos anos 80... mal dava pra ouvir o baixo e os sons mais graves das músicas. Portanto já fica a dica, ouçam este trabalho do Dr. Sin com boas caixas de som!

Talvez, se eu avaliasse de um modo completamente imparcial, o Brutal receberia uma nota 9, mas como os demais metalcólatras fazem... estou levando meu gosto musical em consideração. Conclusão: Bom álbum, sem pontos fracos, mas talvez ficasse melhor com apenas 11 ou 12 faixas.
Nota: 7,2





The Magician

Dr. Sin – Brutal 1995. O porquê desta minha proposta de postagem segue a linha do desconhecimento de bandas que estão de baixo de nossos narizes mas que não damos a devida atenção. Neste caso ainda tem o agravante do preconceito costumeiro de ser uma banda nacional; geralmente o camarada prefere consultar uma banda de metal da Noruega, Finlândia, EUA, Alemanha ou até Rússia, ao invés de procurar por aqui. Pudera, pois com 20 anos de carreira, inúmeros trabalhos para programas de TV, músicos de dar inveja a muita banda “grande” e participações em festivais com visibilidade, o Dr. Sin nunca decolou, e não decolou simplesmente por que está no país errado!


Uma outra característica que me levou à escolha deste CD é que conforme informações que consegui coletar seria neste segundo trabalho que a banda conseguiu uma produção coerente, afinal é um pouco complicado apresentar o primeiro disco de uma banda para discussão, principalmente para quem quer conhecer o estilo do som e as características do grupo.


Vamos à analise propriamente dita.


O trio é apresentado como Hard Rock nos compêndios dos estudiosos do Rock, e embora eu até concorde que a proposta principal seja essa mesma, acredito que em “Brutal” temos alguns desvios de percurso para o Heavy Metal. A faixa “Fire” é o maior exemplo disso, em uma levada de “Heavy Melódico” que muito se assemelha ao estilo rápido do Angra se torna facilmente a melhor faixa do CD.


“Shed your Skin” também mostra a face Metal pesado do CD, uma bela porrada que também se destaca no todo com uma monstruosidade de solo de guitarra executado por Ardanuy que termina seu trecho exclusivo e continua correndo sobre os vocais de Andria. Fucking Awesome...


Entre as demais músicas se destacam “Isolated”, onde o guitarrista regride profundamente às suas influencias VanHalianas, e “Inner Voices” uma sonzeira à la Slash (GNR). Dentro da parte 2 de “Down in the Trenches” se encontram ótimas linhas de solo que nos remetem ao estilo Vai ou Satriani de tocar.


Mas o restante composto pelas outras canções se mesclam, nas outras 10 faixas que esbanjam técnica e virtuosismo em todos os instrumentos, todas falham em adquirir uma identidade própria. São 10 faixas que não cansam, mas experimentam as mesmas pegadas na guitarra, a mesma cadencia e principalmente os mesmos vocais e backing vocals.O que me faz pensar que a banda devia ter abordado a produção de modo diferente: com menos músicas mais longas ao invés de muitas músicas rápidas.


Além disso a outra critica vai para o vocal padronizado de Andria Busic (que ao lado do irmão Ivan na batera, manda MUITO BEM nas frases de Baixo), acho eu que poderia ter experimentado mais nas melodias de suas linhas de canto. Na minha opinião a formação ideal para a banda é o quarteto que gravou “Dr. Sin II” em 2000, com Michael Vescera (ex-Malmsteen) responsável pelos vocais do “doutor”.


Fora os detalhes o CD se resume em um trabalho muito bom!


Nota: 7,1 ou \m/\m/\m/\m/


P.S: Algumas bandas de Metal/Death brasileiras que surgiram acerca de 1980 reclamavam que a ultra-valorização ao trabalho do Sepultura acabou ofuscando ou atrapalhando suas carreiras. Eu não duvido que a ascensão da banda Angra (que convenhamos, não se parece muito com o DR. Sin) no inicio da década de 90 também tenha atrapalhado o Dr. Sin que precisava de espaço na mídia míope e orelhuda do nosso país, que compara trabalhos para a seleção de apenas uma banda de cada gênero...


Talvez não seja mais assim mas naquela época funcionava tipo um “peneirão”, onde só podia haver uma banda de metal representando o país...




The Trooper
3
Ótima sugestão do Magician, eu sempre quis conhecer Dr. Sin mas a preguiça não deixava, e foi bom conhecer esse álbum. Qualidade técnica indiscutível, alto nível de criatividade, boa produção, só faltou mesmo um pouco mais de agressividade, mas aí é gosto pessoal mesmo.
A primeira impressão foi razoável (do tipo que a gente diz "legalzinho"), e conforme fui escutando no decorrer da quinzena, foi melhorando, até o ponto d'eu poder dizer "bem legal" (aí Mercante, dessa vez a técnica da repetição ajudou). Eu realmente não conhecia nada de Dr. Sin, nem ao menos o estilo de música que eles tocam, achei que a pegada varia de um hard rock rápido para um heavy metal leve, com alguns toques clássicos (por exemplo, a música Child of Sin me fez imaginar Hendrix tocando heavy metal), sendo Inner Voices a mais hard rock e Fire a mais heavy metal, mas no geral as músicas parecem muito mais heavy metal do que hard rock.
Meus destaques são Fire, Shed Your Skin e War (gostei bastante da linha de baixo). As três primeiras músicas também são uma boa introdução ao trabalho. Outro ponto interessante são os efeitos sonoros, como a voz distorcida que sempre me fazia lembrar das cabeças da capa.
Resumindo, bom trabalho, eu daria uma nota maior se não houvesse alguns curtos momentos de sonolência durante o álbum e se existisse um número maior de faixas rápidas/pesadas.
Nota: 7,8


Metal Mercante
É o que eu diria se me perguntassem sobre a banda Dr. Sin, no máximo eu conhecia de nome, pois um amigo de infância ficava repetida e insistentemente dizendo que era legal.

Em poucas palavras, Brutal do Dr. Sin é um CD chato, com breves momentos de destaque que ficam perdidos em meio a 15 músicas, que apesar de curtas em duração passam a impressão de termos em mãos um cd longo...beeeeeemmmm longo.

Obviamente a música Silent Scream e Fire são os destaques do trabalho, sendo que a segunda foi feita exatamente nos moldes do que existe de melhor no Melodic/Speed Metal, mas ainda assim simples demais se comparada aos “mestres do estilo” e, é claro, ao Angra.

Podemos até culpar o fato da banda ter nascido no Brasil, de ter nascido na década errada (90), ou até de ser ofuscada pelo sucesso de outras, mas mesmo controlando por esses fatores, a banda Dr. Sin teria que ter muito mais do que este cdzinho mediano para “decolar”. Sem contar que é um CD confuso, com vários estilos misturados, parece que o pessoal do Dr. Sin resolveu atirar para todos os lados, onde colar colou – Fire detona no metal melódico, aí vem Inner Voices que não tem nada a ver, lembra mais um ZZ Top do que qualquer outra coisa, mesma coisa Child of Sin e aí voltamos para um metalzinho “xoxo” em Hey You, depois “Kizumba” que é um solo de Bateria (nada mais chato do que isso!) e por aí vai...


PS: o termo “terceiro mundo” caiu em desuso, agora o correto é “Países em Desenvolvimento”


Nota: 5

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Mondo Bizarro VS The Chemical Wedding


O vencedor terá seu conteúdo analisado pelos metalcólatras.



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