segunda-feira, 22 de julho de 2013

Metallica - Kill' em All

O álbum Kill' em All, lançado em 1983 pela banda Metallica, foi escolhido por the Trooper para análise.


Phantom Lord

Metallica mais uma vez... Depois de 3 anos de Metalcolatras, a banda favorita do Mercante voltou. 
Bom, o primeiro álbum do Metallica foi "sobre-escutado" como vários outros desta banda, não só por mim, mas provavelmente pelos demais metalcólatras também. 
Eu ouvi o Kill em All pela primeira vez há 15 ou 16 anos atrás, mas obviamente não foi o primeiro disco do Metallica que eu ouvi, pois eu acredito que comecei a conhecer esta banda pelo Black Album, como muitas outras pessoas naquela época (por falta de opção). 
E por causa disto, minha primeira impressão foi de que o Kill em All era um trabalho muito tosco... Até é tosco, principalmente se prestarmos atenção nas letras um tanto fúteis de várias faixas... Porém depois de ouvir algumas vezes, qualquer bom "rockeiro" ou "metaleiro", consegue perceber uma certa complexidade nas músicas, pois Kill'em All não é um thrash lado b sem técnica e apenas rápido e sujo. 
Os integrantes da banda (ao menos a maioria deles) são bons músicos e bem inspirados, o que faz com que as pauladas deste álbum transmitam o tal do "feeling". Apesar do vocal de James na época ser semelhante ao de um pequeno cãozinho nervoso, praticamente todas músicas do Kill em All são de "banguear". Pode não agradar "pop-rockers" e "não-rockers", de resto se o indivíduo realmente gosta de heavy metal, deve gostar de alguma música do Kill em All. 
 Enfim, os caras do Metallica acertaram no Kill em All, depois foi só ir aprimorando alguns detalhes até a banda atingir seu auge no Master of Puppets. 
Uma pena que o Lars está mais para um empresário-explorador do que para um músico de Heavy Metal, daí todos sabem o que aconteceu com o Metallica dos meados dos anos 90 para cá... 

Hit the Lights 9,0 
The Four Horseman 8,9 
Motorbreath 7,8 
Jump in the Fire 8,0
Pulling Teeth You 7,7 
Whiplash 9,5 
Phantom Lord 8,6 
No Remorse 8,6
Seek & Destroy 9,6 
Metal Millitia 8,6 

 Modificadores: 




 PS.: Mechanix não é melhor do que Four Horseman. 

 Nota final: 8,9


The Magician
Se, como alguns acreditam, o blog tem uma proposta implícita de apenas homenagear a banda Metallica, esta será a postagem de encerramento do site, já que com post do Killem All completa-se aqui a resenha de toda discografia clássica da banda (entende-se a discografia que realmente vale a pena da banda - os cinco primeiros álbuns).
Mas na verdade não acabará aqui, apenas acho, que se os críticos tiverem bom senso não veremos Metallica tão cedo no Metalcolatras...
Sobre o primeiro álbum da banda, há um consenso entre a maioria dos metaleiros sobre sua importância e influencia nos trabalhos do gênero trash metal lançados posteriormente.
Minha opinião particular não contraria essa maioria, mas acho que o Metallica embora fundamental, foi apenas mais uma banda que fortaleceu o estilo na época, e obviamente existiria um cenário Trash Metal sólido da mesma forma caso não houvesse a existência do inoxidável "Killem All". Ou seja, o Metallica evoluiu sua capacidade e qualidade de composição a ponto de atingir um nível realmente acima da média apenas a partir de seu CD posterior, "Ride the Lightning"; sendo assim é natural entender que o fã que escutou esta obra (debut) após ser apresentado aos discos posteriores do Metallica, se torne gradualmente mais adaptado ao disco até que acolha completamente sua sonoridade rústica e áspera. Da mesma forma que é compreensível a não aceitação dos trabalhos após Killem All por parte dos fãs que nasceram com o Metallica nesta época. 
Fato é que o primeiro CD do Metallica é um excelente disco de Trash raiz com pancada absurda atrás de pancada absurda e com algumas músicas com razoável aplicação de técnica instrumental (cortesia principalmente de Mustaine) que são as principais responsáveis por fazer dele um trabalho surpreendente, principalmente se levarmos em consideração a produção quase precária da época. Nesse composto de pancadarias históricas, acredito que os grandes destaques são "The Four Horseman", "Seek and Destroy" (a primeira música que tirei na guitarra), "Jump in the Fire" e "No Remorse".
Mas todas as demais são de respeito e não descartaria nenhuma outra faixa, nem mesmo a super-ultra-mega-britadeira-atômica "Metal Militia" que passa a impressão de que foi colocada no final de modo a exagerar na exposição do modo extremo de tocar da banda naquela época. Diga-se de passagem, todas composições de Killem All que foram interpretadas ao vivo posteriormente em fases mais maduras dos norte americanos, em minha opinião, ficaram melhores no que diz respeito aos timbres das guitarras e dos vocais.
Kill'em All é cru, bruto, visceral mas acima de tudo essencial, tanto para os trashers da época quanto para ser o primeiro tijolo da construção sólida que seria a carreira da banda nos dez anos subsequentes.

Aproveitando o ensejo, Seek and Destroy é até hoje, depois de 15 anos tocando guitarra, a música que mais dá tesão de tocar.

Nota 8,9 ou \m/\m/\m/\m/.


The Trooper
3Por que Kill' em All? Bem, estava sem ideias, e como comentei em um post recente, era estranho o 1° álbum do Metallica não ter sido resenhado ainda, e eu o considero pai do thrash metal. É bom ter o marco inicial aqui para comparação com outros trabalhos.
Muito já foi dito pelos dois seres que resenharam antes de mim, então resta apenas citar alguns pontos que considero importantes. Note o solo de Cliff Burton em Pulling Teeth, ele foi contratado justamente porque Hetfield e Lars ouviram isso enquanto o baixista tocava com sua banda na época (Trauma). Duas das três músicas que considero as melhores do álbum (Four Horsemen e Jump In the Fire) possuem o nome de Mustaine nos créditos. E sim, ao contrário de FFF, Mechanix NÃO é melhor do que The Four Horsemen.
Um clássico do heavy metal, todas as faixas são muito boas, com destaque para The Four Horsemen, Jump In the Fire, e claro, a viciante Seek & Destroy (uma das poucas músicas no universo que eu decorei pelo menos metade da letra).

Nota: \m/\m/\m/\m/


 Hellraiser
3Nem deveria comentar sobre este álbum, …já visto a enorme gama de elogios dos Metalcolatras, porém já que é um dos álbuns que mais escutei na vida, me dou o direito de escrever também. 
O álbum em si já recebe vários créditos pelo fato de ser o primeiro álbum de Thrash Metal a ser lançado, termo este, que na época de seu lançamento, nem existia ainda. 
Conheci a banda pelo mega clássico ``Master of Puppets`` e logo corri atrás dos seus lançamentos anteriores, e ambos me satisfizeram muito também. 
Lembro quando escutei o ´´Kill`Em`All`` pela primeira vez, ....mais tosco e com a produção bem inferior aos outros dois álbuns da banda, ...porém achei sensacional aquela sonoridade mais cru, mas muito bem feita. O álbum não tem momento ruim, destacaria talvez, duas faixas que seriam MUITO acima da media do disco, como a ``The Four Horsemen`` ( sim, muito melhor que a The Mechanix ) e a ``Seek and Destroy``, porem TODAS as faixas são excelentes. 
Um mega clássico do estilo, com uma banda esbanjando adrenalina em suas composições, rápidas, pesadas e magníficas para a época. 
Nota 8,9

sábado, 6 de julho de 2013

Sinergy - Suicide by my Side

O álbum Suicide By My Side lançado em 2002 pela banda Sinergy, foi escolhido por Phanttom Lord para análise.


Phantom Lord

Apresentado por Mercante há uns 10 anos, o álbum Suicide by my Side do Sinergy, foi uma surpresa reveladora. Até então eu tinha escutado poucas bandas do gênero com vocais femininos, para ser mais preciso só uma, aparentemente um tanto super-estimada: Nightwish. 
Em algum site da internet vi que o álbum Suicide by my Side se enquadra no gênero “Power Metal”, e tenho que discordar. Talvez se aproxime um pouco, mas está mais para heavy metal puro... e que heavy metal! 
A vocalista Kimberly Goss faz um excelente trabalho, e o melhor de tudo: longe do estilo “Nightwish-to-be” que estava se tornando a mais nova moda na época em que este cd foi lançado. Uma moda cuja a banda Nightwish criou a ignição mas foi liderada pela bandinha-pop de rádio Evanescence. 
Ainda que já tenha passado bandas com vocais femininos aqui pelo blog, acho que vale a pena apresentar o velho Sinergy, pois esta banda apresenta uma sonoridade significantemente diferente do Warlock, do Show-Ya, do Whintin Temptation e do Nightwish. 
O trabalho instrumental da banda também é ótimo, e como um todo, este disco apresenta uma farta e estonteante sequência de porradas! Em minha opinião as 4 primeiras faixas são pulverizadoras e o ponto mais alto é The Sin Trade. 

I Spit on Your Grave 9,0 
The Sin Trade 9,2 
Violated 8,8 
Me, Myself, My Enemy 8,4 
Written in Stone 7,9 
Nowhere for No One 7,9 
Passage to the Fourth World 7,5 
Shadow Island 6,8 
Suicide by My Side / Remembrance 7,6 

 Em praticamente nenhum momento o álbum caí na mesmice e a única faixa mais “fraca” é a Shadow Island em minha opinião. 
 Altamente recomendável pra quem curte heavy metal de verdade. 

 Modificadores: 

 Nota: 8,3

The Trooper
3É uma pena, uma pena que este projeto tenha sido encerrado. Essa moça que já tocou teclado com o Dimmu Borgir, deixou esse instrumento perigoso de lado e usou um talento muito mais raro de ser encontrado, a voz. Kimberly Goss usa um estilo agressivo neste trabalho, que encaixa bem com as músicas, e quando usa um estilo mais suave em Written in Stone, não deixa nada a desejar se comparado ao Within Temptation.
Os finlandeses foram muito criativos neste trabalho, este é o principal ponto a se destacar. Enquanto uma faixa lembra Within Temptation, outra lembra até Guns' n Roses (Nowhere for No One), e uma outra, por que não? Avantasia (Shadow Island). O baixista manda muito bem, e os guitarristas também, cada faixa tem sua identidade sem perder a pegada da banda, e embora não tenham alcançado um álbum perfeito, chegaram perto.
Meu destaque vai para as duas primeiras faixas, I Spit on Your Grave e The Sin Trade, porradas absurdas, dignas das bandas mais tops, e também para a faixa Written in Stone e para a bem bolada Shadow Island.
Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician
Demorei um pouco para entrar na onda dos entusiastas Trooper e Phantom, já que inicialmente tive dificuldades de entender a proposta da banda. No entanto, depois de deixar por um bom tempo o repeat do Mídia Player trabalhando acabei absorvendo bem a intenção do grupo. Basta entender que se trata de um som localizado dentro daquela rara área em que o Metal ainda não se projetou para nenhuma subvertente específica, mas ainda se mantém bastante marcante, conforme comentado na resenha do Phantom.
Nos primeiros arranjos já se percebe que o carro chefe do trabalho é com certeza as sequencias dos guitarristas, trazendo e levando fortíssimos riffs recheados com licks super melódicos e cativantes. Os solos são bem definidos e competentes mas ainda não competem com as bases criativas e aceleradas que praticamente traduzem o composto de 10 músicas.
Inclusive, a velocidade acelerada é um óbvio componente do estilo do Sinergy, que por incrível que pareça consegue administrar essa "arritmia" com muita competência sem oferecer nenhum prejuízo às melodias das composições, alias muito pelo contrário. A banda atua super bem nas variações dos tons, com músicas que se definem principalmente por este quesito.
A cozinha (bateria + baixo) faz muito bem sua lição de casa, oferecendo o contorno ideal que cada composição pede.
A vocalista tem um timbre peculiar, mas me lembra muito a diva Doro (Warlock), cantando na maioria do tempo com um timbre mais grave e masculino. Acredito que ela adota esta opção principalmente para performar em uma zona segura de sua voz, em outras palavras não é intenção da moça se arriscar. Mas deixa um rastro interessante de um tipo de vocal que não costuma se escutar por aí no Heavy Metal. 
Enfim, o disco é muito consistente e bom, como critica colocaria apenas o fato que algumas musicas mais cadenciadas poderiam se intercalar entre a pancadaria do "Suicide by my Side". Por causa disso a estrelinha de melhor música do CD vai para "Written in Stone", justamente a mais cadenciada.

Nota 7,1 ou \m/\m/\m/\m/.

P.S: tomei conhecimento da existência do Sinergy há anos atrás quando o extinto programa de Vitão Bonesso da Brasil 2000, o Backstage, utilizava um som da banda finlandesa como sua vinheta de abertura.