domingo, 21 de junho de 2020

Halford - Resurrection

O álbum Resurrection lançado em 2000 pela banda Halford, foi selecionado por The Magician para resenha dos Metalcólatras.


Faixas: 1."Resurrection";2."Made in Hell";3."Locked and Loaded";4."Night Fall";5."Silent Screams";6."The One You Love to Hate" (feat. Bruce Dickinson);7."Cyberworld";8."Slow Down";9."Twist";10."Temptation";11."Drive";12."Saviour".

The Magician
O Titio do Metal está no blog novamente. Dessa vez com seu mais duradouro projeto solo: "Halford", que gerou 4 álbuns desde 2000.

Adicionei essa postagem no blog pela nostalgia que essa época e esse estilo enraizado de Metal me provoca, sendo um trabalho sólido e de qualidade dentro do "Heavy-Metal-Sem-Sub-Gênero" de meados da virada do século, época em que acredito ter sido o verdadeiro último suspiro da cena envolvendo as grandes bandas.

Uma das memórias mais vívidas que tenho até hoje foi daquele memorável RiR de 2001, no qual tivemos grandes apresentações de bandas ressurgindo das trevas, como Sepultura, GnR, Iron Maiden e o a banda do Frontman Metal-God, Rob Halford. Naquele show ele tocou o álbum Resurrection praticamente na integra e não fez feio, mesmo estando órfão do Padre Judas, o velhinho mandou muito bem.

Aliás Rob tem uma reputação inabalável, desde essa época com o “Halford” até seu retorno e continuidade ao lado do Judão, não dá pra falar que o carequinha sensível saiu do estilo para se aventurar em experimentações psicodélicas como muitos outros grandes vocalistas do Rock/Heavy Metal fizeram. Rob é honesto em saber que essa é sua praia, e se sai muito bem em aplicar toda sua habilidade vocal em um modelo que só lhe dá liberdade para experimentar, quando muito, no âmbito na voz (que diga-se de passagem, aqui nessa época já entregava suas linhas com maestria sem igual).

Uma vez definido o terreno em que o Metal-God erigiria seu novo trabalho, bastava escolher um line-up de suporte experiente e competente para a fórmula mágica do Heavy Metal reagir e criar uma obra notável. E foi o que aconteceu, o recrutamento de Jarzombek (lembram da resenha do Riot?) P. Lachman (Damage Plan) e Chlaciak (support do Testament, S. Bach e tantos outros) foi o suficiente para materializar o grande trabalho que estava na moringa lustrosa do inglês. Mas é claro que teve a faísca que acendeu toda essa pólvora depositada em Resurrection: o iluminado produtor Roy Z.

Já nem sei quantas vezes escrevi aqui sobre o talento e habilidade desse produtor-guitarrista que deixou sua marca em inúmeros trabalhos memoráveis de bandas como Helloween, Sepultura, Bruce Dickinson, André Matos, Malmsteen, entre outros... . Para vocês terem ideia mesmo assumindo a guitarra em somente uma faixa deste álbum (“The One You Love to Hate”), Roy participa efetivamente em 8 das 12 composições do trabalho (o release de 2006 tem 16 faixas). 

A fina sintonia que Roy encontrou para casar a super desenvoltura das vozes de Rob com as guitarras e com a cozinha, gerou uma pegada surreal para um álbum de aproximadamente 45 minutos (uma hora na versão estendida) que parece voar nos nossos ouvidos. Incrivelmente não achei nenhuma faixa fraca, com vários destaques notórios como a paulada faixa título, “Locked and Loaded”, “Made In Hell”, “Night Fall”, “The One You Love to Hate”, “Twist” e “Savior”.

Sobre o trabalho lírico, acredito não ter muito para escrever.. são letras simples e bastante abstratas, que pela quantidade de repetições de versos e bridges, não possuem nem espaço para se mostrarem profundas. Contanto que mantenha essa sonzeira viva, não critico as opções semânticas de Rob Halford (e achei a letra de “Made In Hell” divertida...). 

Talvez apenas tenha faltado uma faixa ‘super épica’ para elevar o patamar dessa obra para o nível daqueles grandes trabalhos históricos do Heavy Metal, mas se tem uma coisa que dá pra afirmar na conclusão dessa resenha sobre o debut do “Halford” é que Resurrection é extremamente sólido e totalmente fiel. 

Aquela velha fidelidade que enche o coração dos verdadeiros metaleiros de pura alegria e satisfação..... enfim, um álbum delicioso!

Nota 7,9 ou \m/\m/\m/\m/.

Um capítulo a parte para escrever sobre a participação de Bruce Dickinson nesse álbum. O baixinho teve sua participação na composição e nas linhas vocais de “The One You Love To Hate” facilitada pelo seu guitarrista e produtor da carreira solo Roy Z, e agora estava trabalhando com Halford, a combinação em minha opinião (e acredito que na opinião da maioria dos headbangers) foi explosiva.

Em sua biografia, Dickinson confidencia que este trabalho motivou a possível criação de um projeto “3 tenores do Metal” que seria conduzido pelo sr. Rod Smallwood produtor e testa-de-ferro do Iron Maiden. Contudo desde o começo Bruce falava que entraria no projeto somente se seu dueto com Rob fosse completado por Ronnie J. Dio, mas o querido do Smallwood defendeu a presença de Geoff Tate por causa da idade “avançada” de Dio (em 2000..... ¬¬’).

Bruce aceitou enfim conversar, e chamaram o tal americano metido a besta para a ouvir proposta (inclusive rendeu uma versão de “The One You...” com Tate, Rob e Bruce), e adivinhem.... Geoff não se interessou. Assim morreu o maior projeto da longa história do Heavy Metal antes mesmo de ter nascido........ Smallwood, seu A-Hole!


Geoff Tate...... quem é você, maluco??? QUEM É VOCÊ??? VAI FICAR CANTANDO SOZINHO OPERATION MINDCRIME NO SEU QUARTO DO FUNDO DA CASA DA SUA AVÓ!!!!!!!!!!


Pirika
Resurrection, primeiro cd do Metal God debaixo de sua banda Halford, chega ao blog 10 anos depois da criação do mesmo. O álbum é bom, é sólido e possui música com 2 dos 3 melhores vocalistas da história do metal, não há como o final da história ser muito diferente. 

Como frisou bem o Magician em sua resenha, um dos pontos mais importantes a se destacar sobre esse álbum é que ele foi produzido por Roy Z, aquele mesmo que havia acabado de produzir Accidenth of Birth, Chemical Wedding e estava trabalhando na produção The Dark Ride. Juntando a produção, um line-up de responsa e o talento de Rob tava escrita a fórmula do sucesso.

O cd em sua totalidade é de bom pra cima, com os óbvios destaques para a música de abertura Resurrection, a maravilhosa Made in Hell, a agradável surpresa Silent Screams e The One You Love to Hate. O que dizer dessa última além de que mesmo se ela fosse ruim seria boa? Rob Halford + Bruce Dickinson, não há muito mais que precise ser dito para ilustrar a importância e qualidade dessa faixa 6. O resto do cd mantém a sua qualidade, Slow Down, Twist e Drive são realmente boas músicas. As exceções ficam a par de Lock and Loaded e Temptation que para mim soaram muito batidas e pouco agradaram.

Top 3: Resurrection, Made in Hell e The One You Love to Hate. Shame Pit: Lock and Loaded.

Nota: 7,6 

The lies that never learned
The needles in my heart
And things will never change
So every time I scream I'm killing pain

PS: Segue como bônus a faixa título ao vivo no Rock in Rio, a voz do Metal-God é realmente um dos maiores tesouros do metal. Long live the God.




Phantom Lord

Vamo lá resenhar (este sim, atrasado) mais um álbum de popstars do heavy metal. Diferente do trabalho com o Fight este álbum de Robert John Arthur Halford traz músicas com conteúdo / letras mais de cunho pessoal e de clichês do heavy metal. Exceções feitas a The One that You Love to Hate (onde parece haver uma crítica aos “religiosos do deus dinheiro”) e Cyberworld (que parece um tema visionário para época, sobre o que empresas como o Google e o Facebook fazem de uns anos para cá).
A sonoridade está mais ou menos em um padrão esperado de Rob Halford: Metalzão com bastante espaço para seus vocais marcantes (claro, afinal é um “álbum solo”). Por causa deste “padrão esperado”, um dos destaques fica por conta de Silent Screams. Não que eu achei esta música espetacular, mesmo porque ela possui umas mudanças de ritmo que eu não acho tão interessantes assim... O que me chamou atenção é que ela tem uma pegada típica do álbum Brutal Planet do Alice Cooper, o que dá uma variação inesperada neste álbum do Halford. Outro destaque é “O Cara que Você Ama Odiar”, mas se trata de uma faixa meio desleal, pois conta com participação de nada mais, nada menos do que Bruncin DinckinSonn: O famoso frontman do Maiden, quando ainda tinha fôlego. Ainda sobre a sonoridade do Ressurection é curioso que nota-se o dedo de alguém que também esteve por trás de Chemical Wedding (de Bruce Dickinson) e do Dark Ride (do Helloween)... É o produtor tão admirado por Magician e talvez pelo Pirikitus também... Enfim, produção conta... Um pouco.

1. "Resurrection" 7,5
2. "Made in Hell" 6,4
3. "Locked and Loaded" 6,6
4. "Night Fall" 6,0
5. "Silent Screams" 7,0
6. "The One You Love to Hate" 8,0
7. "Cyberworld" 7,7
8. "Slow Down" 7,2
9. "Twist" 6,4
10. "Temptation" 6,6
11. "Drive" 6,7
12. "Saviour" 7,0

Nota: 6,9
Creio que se ouvisse Ressurection 2d4 anos atrás eu iria curtir mais este álbum. Hoje em dia, como eu disse na resenha de Something Wicked This Way Comes, tô ficando meio sobrecarregado do gênero musical. E de muitos temas comuns neste gênero.


The Trooper
3
Finalmente apareci para escrever minha resenha, ando com dificuldades para parar e ouvir os álbuns, talvez essa fosse uma das poucas e mínimas vantagens de não se fazer home office: ser forçado a ficar 3 horas preso indo de algum lugar para outro, e portanto, forçado a ouvir os álbuns.

Choradeira de lado, foi inevitável desde as primeiras audições (na verdade ouvi este álbum em algum ponto do passado distante, mas a lembrança é vaga) compará-lo com o outro álbum do 'Halford' (na verdade, Fight) que apareceu por aqui, o War of Words.

Houve alguns pontos em que eu pensei que Resurrection ultrapassaria War of Words, e realmente, talvez algumas melhores músicas de um sejam melhores que a do outro, mas no fim War of Words me pareceu ligeiramente melhor.

A primeira ideia que me surgiu foi o gráfico de uma distribuição normal (claro que, só para enfatizar o meio, afinal não há faixas ruins para terem uma nota semelhante a zero), pois o meio do álbum é excepcional, as quatro faixas, Silent Screams, The One You Love to Hate, Cyber World e Slow Down são definitivamente o destaque do trabalho.

Embora eu tenha achado as letras deste trabalho bem abaixo daquelas do War of Words (são pessoais demais para eu me identificar), elas também tem o topo de sua qualidade nas quatro faixas do meio.

Para quebrar a ideia da distribuição normal, o álbum dá um último pico de energia e criatividade na faixa Drive (embora a letra não acompanhe a qualidade do som). Se eu desse notas por faixa, acho que ficaria bem semelhante à avaliação do Phantom (de vez em quando ele é coerente).

A influência de Roy Z é perceptível, em breves momentos consegui lembrar do Accident of Birth, e o trabalho dele é muito bom. Mas é claro que o destaque vai para o maldito do Halford, vai cantar bem assim na casa do c@#@*&0! E, é claro, o dueto com Dickinson foi difudê de bom, mas mesmo não sendo fã de músicas lentas, Silent Screams me surpreendeu, é uma música extremamente densa, e supera The One You Love to Hate como a melhor do álbum.

Nota: \m/\m/\m/\m/