domingo, 20 de janeiro de 2013

Slayer - Seasons in the Abyss

O álbum Seasons in the Abyss lançado em 1990 pela banda Slayer foi escolhido para a análise por Magician.


Faixas: 1-War Ensemble; 2-Blood Red; 3-Spirit in Black; 4-Expendable Youth; 5-Dead Skin Mask; 6-Hallowed Point; 7-Skeletons of Society; 8-Temptation; 9-Born of Fire; 10-Seasons in the Abyss

Phantom Lord

Chega mais uma banda do tal "Big Four" no blog... Vamos direto ao(s) ponto(s): War Esemble mostra-se agressiva e rústica... Bem rústica... A seguir Blood Red traz uma melodia também simples mas melhor estruturada... porém nem notei a transição para a faixa seguinte: Spirit in Black. 
Até então a simplicidade de todos elementos que compõem as músicas me pareceram características similares a do hard core. 
Expendable Youth é mais uma mais-ou-menos, Dead Skin vai bem, mas seu final é zuado... Então o disco melhora com a sequência Hallowed Point e Skeletons of Society. Porém em Temptation parece que o álbum retorna a um padrão entediante... e segue de maneira um pouco mais tosca e desconexa em Born of Fire. A faixa-título sai da mesmice das melodias e ritmos toscos super explorados pela maior parte do álbum. 
 No final das contas penso: Big Four? Metallica, Megadeth, Slayer e Anthrax? Não... Não acho que trabalho algum do Slayer possa atingir a qualidade dos discos lançados entre 1982 e 1988 pelo Metallica, e também nem se aproxima daqueles lançados pelo Megadeth entre 1990 e 1997. Do Anthrax ouvi um ou dois discos, então deixarei para falar quando alguém indicar tal banda para este blog... 
Interessante como um trabalho de thrash metal mediano como este (Seasons in the Abyss) fez tanto sucesso. Será que o Slayer fez outros discos melhores? Acho que não, mas não faz diferença, afinal este disco deve ser um prato cheio para quem curte o thrash mais rústico similar ao de bandas como Testament etc... 

 War Esemble 5,2 
Blood Red 6 
Spirit in Black 5,5 
Expendable Youth 5,9 
Dead Skin 5,9 
Hallowed Point 6,2 
Skeletons of Society 7 
Temptation 5,7 
Born of Fire 4,5 
Seasons in the Abyss 6,8 


 Nota Final: 5,8

The Trooper
3Slayer, uma banda que nunca me apeteceu, não sei explicar ao certo por que, mas a verdade é que nenhuma música que eu ouvi, me fez ir atrás das outras. Slayer sempre me lembra Sepultura, com a diferença que o Sepultura fez pelo menos dois álbuns fodásticos, e o Slayer eu acho que não. Sobre o Season in the Abyss, o álbum é um pouco maçante, ele não começa muito bem, fazendo um arroz com feijão com tempero fraco, somente quando chega em Skeletons of Society é que algo começa a se destacar acima da média, então vem a melhor faixa rápida do álbum, Temptation, seguida da pior faixa rápida do álbum, Born of Fire, para encerrar com a melhor faixa lenta, e melhor faixa no geral, Seasons in the Abyss, aí sim, parece que Slayer está acima da média de bandas normais que tocam por aí.
É, a diferença de ter alcançado a fama conta muito, que o diga o Metallica com seus álbuns pós Black Album.

Nota:\m/\m/\m/

The Magician
Coube a mim, já que Pirikitus teme retaliações, ter que trazer Slayer para o nosso tribunal Metaleiro, como parte do cumprimento da cartilha interna de que, pelo menos, as mais populares bandas do gênero fossem apresentadas e discutidas no nosso fórum.
Desde a época em que fui batizado para o mundo do Metal, além de saber que seus shows produziam diversos ferimentos e fraturas em fãs incautos nos Moshpits, sempre escutei os mais controversos e variados comentários sobre a banda americana: "satanistas", "criadora do trash", "Sepultura fraquinho", "barulheira sem harmonia", "banda mais foda do mundo", entre outros adjetivos incongruentes... o fato é, quer goste ou não, o Slayer talhou através dos anos seu nome na história do Metal.
Advogar pelo Slayer não será o foco aqui, mas gostaria apenas de colocar o ponto de vista que enquanto o Metallica e Megadeth eram encarregados da grande viga do Trashmetal, o Slayer era um dos principais responsáveis pelos rebites que fixaram esse sub-gen, e arrisco dizer que eles um foram um pouco alem, influenciando indiretamente o Death e o Black Metal. 
Em "Season in the Abyss" as características desses sub-gêneros são acrescidas de uma pitada "punk" oferecida pela voz provocativa e escrachada de Araya, com as guitarras mordendo em tempo integral os tons graves sobre a bateria pulsante e frenética de Lombardo.
O baterista e seu estilo avassalador de atacar as caixas e os bumbos é aliás um dos grandes responsáveis por ser porta voz da sonoridade da banda, sendo que suas investidas malucas sobre a bateria arrastam junto os riffs de guitarras e apresenta na minha opinião o cartão de visitas do grupo. As faixas "War Ensemble", "Hallowed Point", "Born of Fire", "Temptation" e "Spirit In Black" são verdadeiras traduções desse tipo de composição, uma espécie de tempestade infernal canalizada pelos canais dos instrumentos da banda.
O Slayer no entanto, no álbum em questão não desdém totalmente das partes melódicas, e as oferece nas estruturas mais lentas de forma bastante interessante. King e Hanneman criaram riffs de respeito distribuídos por todo o conteúdo, que se destacam no entanto naquelas faixas mais pausadas: "Dead Skin Mask" e "Expendable Youth" demonstram estas abordagens de forma convincente.
O CD pode ser lido como um trabalho de agressividade extrapolada em quesitos sonoros, mas que tem respaldo em seus versos e que se convergem em uma lógica bem clara para o ouvinte.  Esse conceito obviamente arbitra na maioria do trabalho resultando numa pancadaria que às vezes cansa; mas a sintonia entre as partes instrumentais naquelas faixas mais melódicas acabou gerando três músicas que se sobressaem das demais e o coloca no arsenal de bons discos do Trash Metal: "Skeletons of Society", "Seansons in the Abyss" e "Blood Red", a melhor do álbum.

Paulada na orelha, esse assusta neguinho frosô: nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.        


sábado, 5 de janeiro de 2013

Annihilator - King of the Kill

O álbum King of the Kill lançado em 1994 pela banda Annihilator foi escolhido para análise por The Trooper.

Faixas: 01-The Box; 02-King of the Kill; 03-Hell is a War; 04-Bliss; 05-Second to None; 06-Annihilator; 07-21; 08-In the Blood; 09-Fiasco (The State); 10-Fiasco; 11-Catch the Wind; 12-Speed; 13-Bad Child.


The Trooper
3Por que Annihilator? Bem, andei vasculhando um dos meus estilos preferidos, o thrash metal, e a verdade é que não encontrei nada muito empolgante, sempre que parecia que algo ia se tornar fantástico, algo atrapalhava. Talvez eu não goste de thrash metal de verdade, ou talvez Metallica e Megadeth não sejam thrash? Enfim, fiquei entre Annihilator e Havoc, como a última é bem nova, preferi garantir a presença do Annihilator no blog, e escolhi esse álbum em questão porque eu já conhecia a faixa King of the Kill, e não sabia de onde (e continuo sem saber). Eu havia vasculhado a discografia meio por cima no Youtube e fiquei entre King of the Kill e Remains. Mas esse álbum é meio experimental, tudo bem que a banda tem uma pegada meio prog, mas o fundador da banda, o canadense Jeff Waters estava em um momento "forever alone" e gravou o álbum sozinho (sim, vocais e todos os instrumentos). Gostei dessa fase com o Jeff nos vocais, mas ele viajou demais compondo, as músicas paradonas chegam a me irritar, algumas delas estavam indo bem e de repente vem aquela quebrada de ritmo, e outras são simples demais.
Meu destaque vai para King of the Kill, Second to None e Bad Child. A mais irritante é The Box, com certeza.
Quem gosta mais de um thrashzão mesmo deve ouvir o Alice In Hell, mas achei os vocais bem mequetrefes.

Nota: \m/\m/\m/


Phantom Lord

Annihilator é mais uma banda que finalmente saiu da lista “só ouvi a respeito”. 
 A primeira faixa do disco mostra distorções interessantes no som das guitarras, boa produção, mas... não me chamou muita atenção, talvez pudesse se desenvolver melhor. 
A faixa-título (King of the Kill) traz um pouco de velocidade, muito bom... 
As músicas Second to None, Annihilator e 21 mostram um estilo bem definido e interessante de heavy metal (ou thrash, tanto faz). Para mim esta sequência é a melhor parte do disco. 
 Seja por causa da produção do álbum, ou das distorções do som das guitarras, King of the Kill, me pareceu um pouco com a trilha sonora de Quake 2 em diversos momentos. 
Não encontrei defeitos horrendos neste álbum, muitas músicas se aproximam do meu estilo favorito de música, porém existem alguns momentos de tédio espalhados pelo disco. 
Em minha opinião, as 3 últimas ficam em um nível mais mediano, vagamente acima da música The Box... 

The Box 5,8 
King of the Kill 7,5 
Hell is a War 6,8 
Bliss / Second to None 7,5 
Annihilator 7,3 
21 7,9 
In the Blood 6,3 
Fiasco (The State) / Fiasco 7 
Catch the Wind 6,6 
Speed 6,8 
Bad Child 6 

 Bom álbum... Mas no final poderia ter algumas músicas mais marcantes ou inspiradas. 
 Modificadores: nenhum; 
Nota: 6,9


The Magician
Boa postagem do Trooper, que de tanto insistir achou um bom álbum Trash Metal raiz sem que seja uma das bandas do auto intitulado "quarteto fantástico". O fato de que esse sub-gênero tenha nascido sob a bandeira e o protecionismo norte americano dificulta um pouco a detecção de boas bandas no mercado que não sejam ianques, o que nos sugere que a proximidade geográfica dos canadenses do Annihilator tenha permitido o ingresso deles ao cenário.
Como analogia, é muito mais fácil encontrar bandas razoáveis de speed/power metal, espalhadas pela Europa. 
De qualquer modo, as bandas de Trash Metal costumam começar por grandes guitarristas, sejam virtuosos ou não, esses caras chamam atenção pela sua criatividade e facilidade em ganhar riffs de peso que cativam pelos seus grooves - rachados, britadeiras, cavalgados ou machine-guns. 
Jeff Waters é um desses caras criativos, leva a banda nas costas e é até mais que isso - um bandman - que às vezes grava e cria todas linhas do grupo. 
Nesse trabalho especificamente Jeff conseguiu criar um punhado de sons contundentes, que possuem takes de guitarras bastante sólidos, e que fazem uso da sincronia com o baixo para reforçar as idéias de melodia, gerando algumas vezes resultados realmente muito bons. Percebe-se também uma queda do líder da banda pelas partes que remetem às baladas clássicas do Metal, onde sua desenvoltura acaba garantindo qualidade às canções.
Como um bom exemplo de guitarrista excêntrico de Metal, Waters também se arrisca em experimentações básicas da escola da guitarra - mas sempre com distorção super tunnada - como uma faixa mais Rock n Roll (Speed) e uma viagem bruta em Fuzz (Catch the Wind). 
No fim é um bom trabalho, até certo ponto bastante aderente; como itens falhos apenas o vocal bem mediano, e a estranha sensação que as composições poderiam evoluir um pouco mais dentro de suas estruturas de versos e refrões, ou seja, um capricho maior nos bridges e interlúdios poderiam levar as músicas um pouco mais além do limite em que chegam, mas aqui sim é uma impressão bastante particular minha, que no fim acaba inibindo um tanto da nota final da obra.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.