segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Phantom - CyberChrist

O álbum Cyberchrist, lançado pelo Phantom em 1993, foi escolhido por Pirikitus Infernalis para análise.


Faixas: 01 - Well of Souls; 02 - Six Feet Under; 03 - Big Daddy; 04 - Cyberchrist; 05 - Graveyard Shift; 06 - Psycho Zoo; 07 - Queen of the Damned; 08 - Blind Man's Sight; 09 - Alive and Well; 10 - Preying With the Mantis; 11 - Last Man Standing; 12 - Say Your Prayers.

  Phantom Lord


Desenterrado de sabe-se lá onde, o álbum Cyberchrist da banda Phantom chega neste blog... 
O vocalista parece tentar seguir o estilo de cantar do Rob Halford (Judas Priest), porém é mais limitado. O modo dele cantar (em alguns momentos das músicas) também me lembrou o vocal da banda russa Arya e da "banda" brasileira Massacration. 
 A parte instrumental, que é bem competente, me lembrou diversas bandas, entre elas, Loudness... seria por causa da produção? ou porque o Loudness também parece um reciclado de diversas bandas de heavy metal? Enfim, é comum que um riff ou um solo se pareça com algum trecho de músicas de bandas famosas, afinal contrariando o desertor dos metalcólatras, Joe-The-Barbarian: O difícil é inovar na velha fórmula do Heavy Metal. E é justamente que o Phantom parece tentar criar aqui: Um bom álbum de heavy metal tradicional. 
Em minha opinião, o resultado final foi bom, pois Cyberchrist consegue apresentar músicas razoavelmente diversificadas dentro de um estilo excessivamente explorado por milhares de bandas. 

 Blindman`s Sight tem um ritmo diferenciado (talvez mais puxado para um hardrock?), mas o destaque é a porrada de abertura, Whell of Souls... A faixa título me pareceu o ponto fraco deste disco... os corinhos geraram quebras de ritmo, enfim, esta faixa sujou o álbum (e consequentemente sua nota final, é claro). Existem mais umas poucas falhas em Cyberchrist... Talvez seja o mesmo tipo de falha que me impediu de dar uma nota 10 para o Painkiller do Judas Priest? 

Wheel of Souls 8 
Six Feet Under 8 
Big Daddy 6 
Cyberchrist 5,2 
Graveyard Shift 7 
Psycho Zoo 7 
Queen of Danmed 7 
Blindman`s Sight 7,3 
Alive and Well 7,5 
Preying with the Mantis 7,7 
Last Man Stand 7 
Say Your Prayers 7,3 

 Modificadores: nenhum 
 Nota: 7,6

Pirikitus Infernalis


Eis que em uma bela madrugada “farmando” o Metal Achives, fui recompensando com o drop desse cd. O terceiro e melhor cd da banda, que se separou logo depois.
Este cd conta com 5 ótimas músicas, Well of Souls que já dá as boas vindas dando uma bela pedrada na janela. Ademais, temos Psycho Zoo, Blind Man’s Sight, Preying With the Mantis e Say your Prayers. Um ponto interessante desse cd, é que ele vai melhorando gradativamente no seu final, o que geralmente é o inverso do que ocorre em muitos outros álbuns.
A banda como um todo está de parabéns nesse cd. Buckland deixa a base com um peso muito foda, Fate Taylor tem momentos inspiradíssimos, Borsellega possui poucos momentos de destaque no cd e o vocalista “Falcon” Eddie Green às vezes tem momentos d+. O que eu achei de negativo foram alguns momentos forçados onde a banda expõe os agudos de Eddie até um momento onde aquilo não faz mais sentido, dando uma quebrada naquilo que estava anteriormente fluindo bem.
Eu honestamente não sei porque o Phantom e (principalmente esse cd) não são conhecidos, pelo menos como segundo ou até terceiro escalão do metal. Algo semelhante ocorreu com o Exodus em 1985 quando eles lançaram seu primeiro e melhor cd Bonded by Blood. Em qualquer situação corriqueira, uma banda com aquele cd naquela época, iria com certeza estourar. Mas os americanos foram abafados por 2 lançamentos de seus compatriotas do thrash metal: Killing is my Business (Megadeth) e Hell Awaits (Slayer). Houve uma tentativa de prolongar a turnê em 1986 para tentar mostrar ao mundo o sucesso de Bonded by Blood, porém em 21 de Ferereiro de 1986, o lançamento de Master of Puppets (Metallica) enterrou de vez os planos e o Exodus nunca conseguiu ir além de um segundo escalão no mundo do Heavy Metal, uma pena.
CyberChrist não está entre os melhores da história ou algo do tipo, mas é um cd que está acima da média e definitivamente um ótimo álbum de heavy metal.
Top3: Well of Souls, Psycho Zoo, Blind Man’s Sight. Shame Pit: CyberChrist.
Nota: \m/\m/\m/\m/


The Trooper
3
Não sei por que mas essa banda me lembra as bandas japonesas que já ouvi, e o ponto mais similar é a faixa "Six Feet Under", que parece trilha sonora de algum jogo de ação do Nintendinho (o que a ajudou a ser a melhor faixa do álbum).

A banda tem como ponto forte a criatividade nos instrumentos, com faixas bem trabalhadas, boa base de guitarra, bem como os solos. A parte mais oscilante é o vocalista, que varia de um estilo meio Rob Halford para o dos vocalistas japoneses, talvez com um vocalista mais sólido este álbum se aproximasse dos clássicos.

Enfim, um bom álbum para aumentar sua coleção.

Destaque para Wheel of Souls e Six Feet Under.

Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician
Razoável.

Nem tinha como ser diferente por causa das limitações da banda e principalmente da produção simples do álbum.

Vocais Halfordianos (conforme já comentado pelos demais Metalcólatras) de falsetes manjados e cozinha apenas suficiente e segura que não se arrisca para não escorregar e fazer feio; e dentro do cenário descrito é óbvio que quem protagoniza são as guitarras.

Elas são responsáveis pelas conduções principais e criação das harmonias, e não fazem feio, na verdade em alguns pontos chegaram até a me surpreender positivamente, só que se encurralaram em certos riffs e levadas, que no sufoco (de criatividade) para sustentar as músicas, se recriam de forma MUITO semelhante nas passagens de 4 ou 5 faixas do disco.

Não existe muita coragem de arriscar em Cyber Christ, isto já está bem explícito na produção, entretanto a influencia oitentista-farofa da banda criou partes melódicas e abordagens "semi-hard-rock" que dão outra coloração para algumas faixas, e assim permite que escutemos o trabalho até seu final sem ficar de saco completamente cheio.

Gostaria de reiterar que este lançamento está longe de ser ruim, mas convenhamos que a especulação de Pirikitus - alimentada pelo pragmatismo e conservadorismo de Phantom Lord - de que a banda teria potencial para figurar entre o primeiro ou segundo escalão do Metal, não tem o menor cabimento. A obra em questão é super mediana, não tem pretensão nenhuma e por pouco passa do genérico que tanto comentamos aqui no blog... é um CD simples para gente simples, por isso enganou o pessoal por aqui só que comigo não cola: aqui a critica é profissional, afinal foram anos e anos dedicados a este ofício, gostaria de lembrá-los que não estou aqui brincando como alguns outros "colaboradores" do site.

As melhores músicas são a faixa título, "Blind Man's Sight" e "Last man Standing", a pior é a ridícula "papaizão".

Nota: 6,6 ou \m/\m/\m/.

Ah sim, caso houvesse um motivo misterioso - fora a música - para Phantom ser considerada uma banda secundária, este motivo seria obviamente por ser uma banda americana de Power Metal, que como eu já cansei de falar aqui, o mercado americano de rock pesado (metal) foge do termo "power" como o diabo da cruz, para eles ser espadinha é uma vergonha, uma cafonisse; se o Phantom assumisse o gênero "Progressive" como o Savatage ou Kamelot, teriam mais aceitação... 




domingo, 5 de agosto de 2012

Impellitteri - Screaming Symphony

O álbum Screaming Symphony, lançado pelo Impellitteri em 1996, foi escolhido por The Trooper para análise.


Faixas: 01-Father Forgive Them; 02-I"ll Be With You; 03-Walk Away; 04-Kingdom Of Light; 05-Countdown to The Revolution; 06-17th Century Chicken Pickin'; 07-Rat Race; 08-For Your Love; 09-You Are The Fire


The Trooper
3
Cá estou eu novamente, enchendo o saco com a mesma banda. Após ouvir toda a discografia dos caras (e ser zoado por comprar o Crunch por R$ 120,00), cheguei a conclusão que o Screaming Symphony é a obra-prima da banda, seu "Master of Puppets". Retificando aqui parte de meu texto confuso da resenha de Wicked Maiden, Rob Rock cantou em grande parte dos álbuns da banda, e portanto compôs a grande maioria das letras com inspiração cristã.

Este álbum em questão está no meio da fase transitória de um som mais hard rock para o heavy metal, e é, para mim, o álbum mais equilibrado.

Destaque para Kingdom Of Light e Rat Race.

Tomando emprestado um costume do nosso querido Pirikitus, vou citar parte da letra de uma das faixas para prestar uma homenagem à meu velho, R.I.P., nós nos veremos novamente.

"Another time, another place, and we'll be standing face to face
Life will be an open page, in the kingdom of the light"

Kingdom Of Light - Impellitteri

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/


Phantom Lord


Mais um do Impellitteri no blog... 
É possível perceber que o álbum Screaming Symphony é mais velho que o Wicked Maiden só pela produção vagamente mais humilde. 
Como o Trooper citou o estilo musical parece um heavy metal levemente puxado pro hard rock. 
A guitarra virtuosa está presente (assim como em Wicked Maiden), mas o teclado está praticamente ausente (gracias!) e o vocal me pareceu meio limitado... não desafinado ou sem alcançar os agudos... mas um pouco “engessado” de modo similar ao álbum Skull Colectors do Hibria. Outro ponto negativo (ao meu ver) é que faltou um pouco de criatividade ao todo. É difícil explicar, mas vou tentar: Ao ouvir este disco, achei que algumas músicas soam do tipo “passa batido”. Talvez pelo excesso de fritação da guitarra solo e pelo vocal meio engessado que eu já comentei. Por um outro lado, não falta técnica e se ouvirmos as músicas em um modo aleatório juntamente com melodias de outras bandas, será fácil perceber que não há músicas ruins em Screaming Symphony. 

Father Forgive Them 7,0
I'll Be With You 7,4 
Walk Away 7,0 
Kingdom Of Light 7,9 
Countdown To The Revolution 6,8 
17th Century Chicken Pickin' 6,4 
Rat Race 7,6 
For Your Love 7,6
You Are The Fire 7,0 

 Resumindo: Apesar de soar quase "genérico" em alguns momentos, Screaming Symphony é (com certeza) um bom cd de heavy metal. 
 Modificadores: nenhum 
 Nota: 7,3

The Magician
Van Halen, Page, Iommi, Blackmore, Clapton, Hendrix, Jeff Beck e Satriani. Os grandes monstros da guitarra Rock criaram um legado perene, suas abordagens diferenciadas tinham uma declaração subjacente: "não se trata apenas de rock, se trata da guitarra".

A intersecção do período de 66 a 71 foi definitivo nesse sentido, ao criar o totemismo da guitarra onde conforme o discos eram lançados, cada vez mais suas linhas se sobressaiam das demais.

Foi como uma indução genética, da mesma forma que os Kennels Clubs ingleses fizeram nos últimos 3 séculos ao moldar as linhagens de cães atrás das características das "raças ideais" ou "sangue-puros".

A mutação definitiva, o resultado dessa empreitada no "violão elétrico maciço" foi revelada em 1978 por Van Halen com o mega-solo de guitarra "Eruption", e o resto é história...

Dessa história alguns caras se destacam e outros nem tanto assim, embora ambos sejam produtos diretos dessa campanha de guitarristas. E aí está Chris Impelliteri para provar o que estou falando. O homem não se destacou tanto assim, mas consegue se afirmar em uma carreira de + de 20 anos. E acredito que isso se deve por causa de sua sagacidade, de perceber que uma vez que não estaria no topo do gênero por causa de sua criatividade, criou sua própria "horta" em dois públicos bastante fiéis: os metaleiros religiosos e os guitarristas rockeiros virtuosos. 

Particularmente o trabalho neste álbum me agrada, de modo bem parecido com o que foi postado há um ano atrás aqui no blog; as músicas se sustentam em padrões bem interessantes mas que não variam muito, de forma que o total de 9 músicas pareçam ser apenas 3 ou 4. São músicas diretas e aderentes, de riffs precisos e solos ultra (ultra mesmo!) esmerilhados, completados pelos vocais agressivos e bem executados de Rob Rock.

A dosagem de duração é bem equilibrada, pois acredito que com músicas mais compridas ou mais faixas no CD, Impelliteri se arriscaria a nos envenenar com o líquido do enjoo, o que não acontece se você escutar o disco por somente uma vez e em seguida trocá-lo por algo mais pesado ou não-melódico. Ao meu ver se o guitarrista abusasse de outros setups no equipamento utilizado, agregaria muito mais ao material final. Contudo os caras que se valem de um título de "grande guitarrista" prezam pelas suas assinaturas super genuínas, e acreditam que o som, quanto mais orgânico (sem interferências de camadas e canais intermediários externos) melhor. Só que o cara tem que ter MUITA criatividade para se garantir dessa forma, o que normalmente não acontece...

Impelliteri é um dos super guitarristas mais rápidos do mundo, mas acaba fazendo um ótimo feijão com arroz, e por isso, só por isso, ganha meu respeito.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.  

A cultura da guitarra pode ser às vezes entendida, e às vezes até confundida com a cultura do Rock, mas não é a mesma coisa. E basta estar dentro dela apenas uma vez para saber disso. Os cabeludos são "educados para a música" e aprendem a admirar caras como Di Meola, Ray Vaughan, Stanley Jordan e Eric Johnson... e acham isso bonito pra caramba; que se tornarão verdadeiros músicos por causa isso. Pois afirmo que isso não é musica, é experimentalismo em níveis estelares, que talvez até sirva de material de estudo de caras que venham a criar música um dia e que poderão citar um desses nomes. Mas normalmente a única coisa que esses músicos ajudam a formar são bichinhas ranhetas e cheias de marra, que acabam no máximo como professores frustrados de música.

A fórmula da música não está nas pautas de conservatórios e institutos renomados de música, não está também propriamente na técnica dos músicos. Está na percepção e ouvidos dos membros de bandas (músicos é o cace%$&¨t*e) como o Megadeth, Iron Maiden, Metallica, Manowar, Ramones, e tantos outros.