sábado, 16 de novembro de 2019

Ozzy Osbourne - The Ultimate Sin

O álbum The Ultimate Sin, lançado em 1986 por Ozzy Osbourne, foi escolhido por Phantom Lord para análise.



Phantom Lord
Já que ninguém posta há quase 3 meses, decidi trazer a este blog um álbum que considero subestimado: The Ultimate Sin de Jake E. Lee... Ops! Eu quis dizer de Ozzy Osbourne. Embora minha música favorita da carreira "solo" deste cara, seja a "Bark at the Moon", o álbum homônimo é medíocre e indigno de resenha como um todo, pois se resume a faixa título. 

Pois bem, lembro-me de ter lido algumas resenhas sobre álbuns do Ozzy e The Ultimate Sin parecia ser taxado de "álbum comercial" e/ou "passável". Talvez a produção do trabalho remeta às vertentes mais populares do rock / metal dos anos 80, mas grande parte das músicas são de alta qualidade. O destaque vai para o guitarrista Jake E Lee, com seus riffs interessantes e (ao menos alguns) solos virtuosos, é claro. 
 Porque é claro? 
Porquê o Ozzy sempre se cercou de bons músicos, mais precisamente bons guitarristas. Convenhamos, o Ozzy em si, é um vocalista medíocre, embora tenha um estilo marcante de cantar. 

O conteúdo das letras parecem interessante em parte ao menos: Críticas válidas aos poderes corruptos da humanidade aparecem na faixa título, em Killer of Giants e talvez (?) em Thank God for the Bomb e outras. Musicalmente, os pontos fortes ficam por conta de Shot in the Dark e Secret Loser e o ponto fraco fica em Thank God for the Bomb, onde Ozzy mostra todo seu desafino. 

01-The Ultimate Sin 7,8
02-Secret Loser 8,5 
03-Never Know Why 7,5 
04- Thank God for the Bomb 5,2 
05-Never 7,2 
06-Lightning Strikes 7,4 
07-Killer of Giants 7,9 
08-Fool Like You 7,5
09-Shot in the Dark 9,3 

Nota: 7,6 

P.S.: As letras críticas que eu citei parecem diminuir nos álbuns seguintes. Um efeito causado por Sharon ou por Zakk Wylde? Bom... a esposa do madman parece não entender bodega alguma sobre música para substituir o guitarrista. E... Zakk Wylde é um bom guitarrista, com características nitidamente únicas, MAS nunca conseguiu, não consegue e nunca conseguirá reproduzir decentemente a obra prima de Jake E Lee: Bark at the Moon. 

The Magician
Quando você lê a biografia dos músicos, você acaba entendo muito do que existe  nas obras que escrevem. No caso de Ozzy Osbourne muita coisa fica esclarecida; no começo, é engraçado ler as loucuras de J. Osbourne, mas depois de um tempo mergulhado nas páginas - se você, como eu, for uma pessoa um tanto amargurada que possui o humor desgastado pelos anos - você percebe que Ozzy não passava de um debilóide que seguia a vontade das drogas e de outras pessoas com personalidade mais "forte" que a sua. O Pirikitus comentou comigo que a única parte que não gostou do filme do Motley Crue foi a parte do Ozzy, por ter sido retratado como um retardado mental... , mas a verdade é que ele agia como se fosse. Sua auto biografia descreve bem este comportamento: um cara loucão que andava por aí mostrando a bunda, mijando em locais públicos, falando besteira para os outros e se borrando nas calças por causa do excesso de drogas...

Sem julgar, afinal conheço muito idiota por aí (mais do que gostaria), que se não faz exactamente a mesma coisa, gostaria muito de fazer... e a desculpa por não agir assim, é não abusar das drogas como ele fazia. 

Citei a personalidade do Ozzy nessa época por perceber que este álbum é lançado no auge dessa crise pessoal do madman, e que a própria capa retrata um Ozzy grotesco, quase irreconhecível, afundado em uma poça tóxica, e claramente, a ser dominado por um 'demônio' feminino de calças agarradas e olhos ameaçadores, famintos por poder e controle (Sharon?). Inclusive o videoclipe da faixa título é uma clara referência ao sogro, importante empresário da música que travava uma guerra com o casal, segundo o próprio Ozzy.

Nisso tudo, é óbvio que a música sempre fica em um último plano; primeiro vêm as drogas, o dinheiro, o poder, a fama... e depois a música, um detalhe nessa altura do campeonato, para Mr. Ozzy. Por isso, a obra é quase uma criação solo do talentoso guitarrista Jake E. Lee, junto aos demais membros da banda contratada. 

Da mesma forma que um artista póstumo, J.Lee ganhou fama ao longo dos anos por causa de sua singular criação em "Bark at The Moon" (em minha opinião, o solo desta música está entre os dez maiores da história, e seu riff principal é influência direta na criação do speed metal), mas em minha opinião, são poucas composições dignas de nota se somarmos os dois álbúns em que contribuiu na carreira de Ozzy: "Bark at The Moon", "You're no Different", "Killer of Giants", "Shot in the Dark" e "Waiting for Darkness". Não é pouca coisa... mas podia ter sido muito mais. 

Por isso acho "The Ultimate Sin" um disco bem fraquinho, com o troféu de limite da falta de criatividade para a faixa "Tks God for the Bomb", uma cópia baratíssima de EVH (Ain't talk about love).

Podia fazer uma análise só dos guitarristas do Ozzy para esmiuçar as reviravoltas na carreira do O.O., mas nem o blog e nem você que está lendo, merecem isso.


Nota 6, ou \m/\m/\m/.

The Trooper
3
O Pharofa Lord não gostou muito da resenha do mago de araque do blog, com alguma razão. Uma vez que ela foca pouco no trabalho em questão, ela não presta para muita coisa, mas ela presta para algumas coisas.

Ela serviu para me incentivar a finalmente assistir The Dirt, o filme-biografia do Mötley Crüe. É um filme legalzinho, com uma narrativa meio forçada, algumas tomadas bem artificiais e um fim completamente 'lição de moral' que na verdade não faz juz à realidade (na vida real o baterista saiu da banda não muito depois daquela cena).

Serviu também para que eu ouvisse o primeiro álbum da banda, 'Too Fast For Love'. Pra quem desprezava totalmente essa banda lado B, até que achei umas músicas bem legais lá. Mas tá cheio de faixas meia-boca para completar o trabalho, claro que, no filme só aparecem as melhores.

Mas a resenha não é sobre 'Too Fast For Love', é sobre 'The Ultimate Sin', lançado por Ozzy Osbourne ... pera aí, seguindo a lógica do Magician, é melhor mudar essa apresentação.

O álbum The Ultimate Sin, lançado em 1986 por Jake E. Lee, foi escolhido por Pharofa Lord para análise.



Agora que nosso maguinho foi satisfeito, vamos continuar a resenha.

A capa realmente pode querer expressar isso que nosso querido Magician escreveu. Dado o conteúdo das letras do Madman, que é bem pessoal, isso é muito provável, mas se ele foi lá buzinar na orelha do artista sobre como queria a capa, ele devia estar com a ideia de expressar algumas outras letras, já que há uma bomba atômica sendo detonada ao fundo, e dado o histórico de Ozzy e suas letras e a quantidade de 'God' que aparece nelas, a aparência dada à sua representação pode também ter a intenção de dar um toque de Apocalipse na capa.

Eu nunca achei o Ozzy um compositor primoroso, cantor então, nem se fala. O forte dele, como o próprio Magician escreveu em algum resenha que não me lembro, é se cercar de músicos muito competentes.

E ao contrário do que o maguinho afirma em sua mais recente resenha, o padrão se repete em T.U.S.

Sim, 'Thank God For The Bomb' é a mais fraca do álbum. Principalmente com uma letra dessas, se Ozzy quis dar sua opinião sobre a bomba nuclear, ele poderia ter ficado calado ... se ele quis fazer alguma crítica como se a música fosse a visão de outra pessoa, não deu muito certo...

Segundo a lógica idiota apresentada, a pessoa que argumenta nela diz que prefere agradecer a Deus pela bomba nuclear porque o medo que ela incita inibe guerras ... isso é uma balela, guerras e barbarismo continuam a acontecer em tudo quanto é lugar. Mesmo que fosse verdade, a tal bomba está na mão de alguém... esse alguém a aponta como se fosse uma arma na cabeça para estuprar a vítima congelada pelo medo... enfim, não é uma letra que valha a pena discutir.

Musicalmente falando, a música também não é grande coisa, embora acusar de plágio é um pouquinho exagerado por parte do Magician. Os backing vocals cantando 'Nuke ya Nuke ya' certamente contribuem para 'merdear' a música.

Mas enfim, uma música sozinha não estraga um álbum. O restante é de mediana/boa para cima. Até nas mais medianas, como 'Never' e 'Fool Like You', Jake Lee tira uns coelhos da cartola no meio da música que te fazem prestar atenção no que está rolando na vitrola.

O baterista, Randy Castillo, (que foi avisado por um dos caras do Mötley Crüe que Ozzy estava contratando ... tá vendo? Li isso por culpa da resenha do Magician) também tem umas sacadas bem bacanas escondidas no meio das músicas.

O baixista, Phil Soussan, é o responsável por 'Shot in the Dark', uma das melhores do álbum.

Até os teclados de Mike Moran tiveram um bom papel no trabalho.

Enfim, trata-se de um bom álbum, com 'Killer of Giants' sendo a pérola dentro da ostra. Quando a música começa você pensa que é Blind Guardian, ou que você está jogando Diablo I, mas não, tá num álbum solo do Ozzy, com uma letra boa até, enfim, quem não ouviu, precisa conferir. Quem ouviu tem que guardar ... ouviu Magician?

Destaque para Killer of Giants (uma obra-prima) e Shot in the Dark.

Nota: \m/\m/\m/\m/

P.S.: Sobre ser retardado - é meio triste ver alguém lambendo o mijo do outro mesmo.

P.P.S.: Ótimo álbum de Jake E. Lee.

P.P.P.S.: Esqueci de colocar na resenha - o ponto fraco do álbum é a produção. O próprio Ozzy afirma que este é o álbum que ele menos gosta por causa da produção.

“[Producer] Ron Nevison didn’t really do a great production job,” he says. “The songs weren’t bad; they were just put down weird. Everything felt and sounded the fucking same. There was no imagination. If there was ever an album I’d like to remix and do better, it would be The Ultimate Sin.”

- Ozzy

Pirika

The Ultimate Sin, vulgo quarto álbum do Ozzy saiu em um momento onde o metal farofa imperava e esse álbum mostra que as tendências devem ser serão seguidas, mesmo que o seu resultado seja bem merreca. Na minha modesta opinião, após o Diary of a Madman, a qualidade dos álbuns sofrem uma notável queda até a aparição do No More Tears (depois cai de novo, mas tudo bem...).

O Ozzy sempre seguiu com maestria a receita de sucesso daquele cara novo que se destaca em sua banda e resolve voar para a carreira solo que é achar uma cozinha sólida e um guitarrista pika, só pegar o retrospecto de pessoas que passaram pela sua banda: Rhoads, Lee, Wylde, Gus G., Soussan, Trujillo, Newsted, Castillo, Bordin, Clufetos, etc.., isso ajuda muito a segurar a peteca quando uma coisa não vai tão bem quanto poderia e esse cd é uma prova disso. Ele não chega a ser um cd de destaque, porém a boa qualidade dos músicos segura de forma ok principalmente na parte musical, Lee é o maior exemplo disso. Lee, ao lado da Shot in the Dark, são os grandes pontos positivos desse álbum.

O lado 1 é o lado mais passável com destaque para Secret Loser e só, o lado 2 tem mais vergonha na cara com todas as melhores músicas do cd incluindo a fodelona Shot in the Dark. Um cd passável que eu não ouvia faziam anos e provavelmente vai continuar seguindo dessa forma.

Top 3: Shot in the Dark, Lightning StrikesKiller of Giants. Shame Pit: Thank God for the Bomb.

"Mother Nature, people state your case without it's worth 
Your seas run dry your sleepless eyes are turning red alert"

Nota: 6,5

PS: Tivemos nesse cd Lightning Strikes e no Virtual XI, duas postagens atrás, Lightning Strikes Twice...Uma curiosidade à altura do álbum.