terça-feira, 24 de outubro de 2017

Accept - Restless and Wild


O álbum Restless and Wild lançado pela banda Accept em 1982, foi escolhido por Hellraiser para análise.



Faixas :
1 - Fast as a Shark
2 - Restless and Wild
3 - Ahead of the Pack
4 - Shake your Heads
5 - Neon Night
6 - Get Ready
7 Demon´s Night
8 - Flash Rockin´ Man
9 - Don´t Go Stealing my Soul Away
10 - Princess of the Dawn


Phantom Lord
Um álbum que começa com a paulada Fast as a Shark realmente parece uma boa idéia para tentar despertar o blog na base do tranco. 
Restless and Wild é um clássico do Accept que eu descobri por curiosidade fuçando na internet quando ainda era fácil baixar álbuns... Algumas faixas mudam de ritmo repentinamente, como é o caso da Restless and Wild, mas não soam sem sentido nem irritantes. Há uma ou duas músicas paradonas, como Neon Nights, mas isto é compensado pelas demais músicas que trabalham um riffs bacanas, mostrando o bom repertório de idéias da banda para época. Mais precisamente, ao ouvir este álbum parece que diversos trechos de suas músicas serviram de inspiração para muitas bandas de metal: O caso mais notório é Flash Rockin`Man... Impossível acreditar que os caras do Maiden não piraram nesta música e inventaram 2 Minutes to Midnight. O álbum fecha com a curiosa Princess of the Dawn, com uma pegada ligeiramente ghotic rock. Não acho que Restless and Wild seja um álbum todo impressionante ou viciante, mas não tem pontos fracos e vale a pena ter para ouvir de vez enquando. O destaque, sem dúvidas, é a faixa de abertura, já citada aqui...

Fast as a Shark 8 

Restless and Wild 7,1 
Ahead Of The Pack 6,8 
Shake Your Heads 7 
Neon Nights 7 
Get Ready 7,3 
Demon's Night 7,4 
Flash Rockin' Man 7,6 
Don't Go Stealin' My Soul Away 7 
Princess Of The Dawn 6,9 

 Nota Final: 7,2

Hellraiser
3Buenas Caros Metalcolatras de plantão ! 
Primeiramente peço desculpas por meu (como dizem os bangers por aí) hiato aqui no blog. 
Infelizmente foi contra minha vontade e gosto (rsrs), mas cá estou diabolicamente de volta. 
Hellraiser para amedrontar toda poseragem e espantar aqueles Powerzinhos melodicuzinhos que meu irmão Magician insiste em ´´adorar´´. 
E sendo assim, em meu retorno, trouxe uma paulada de responsa, que fere ouvidos desavisados, e arrebenta vilarejos inteiros. 

Eu estava esperando meus amigos Metalcolatras escreverem primeiro, visto que, minha resenha com este petardo, seria apenas elogios. 
E vi que apenas, Phantom Lord já se atreveu a escrever sobre a bolacha,... Então sendo assim, não deixarei meu amigo sozinho nesta tarefa, e mandarei a minha visão sobre este álbum. 

Simples : Um dos melhores discos já lançados em todo sistema solar. 
Top 5 fácil para este que vos escreve. 
Nada, absolutamente NADA, era tão rápido e visceral quando isso foi lançado. Nem mesmo Motorhead tinha tanta velocidade assim. 
A faixa que abre o disco e começa com aquela musiquinha regional germânica, que na verdade, se trata de uma música infantil que era muito tocada na época do terceiro Reich, mas não se trata de uma marcha nazista, como muitos pensavam. 
Porém, o exército nazista começou a usar esta canção infantil em suas marchas,...PODE ISSO ?? 

Mas voltando ao foco, ..a faixa de abertura é um verdadeiro tapa nas ´´zoreias´´ de qualquer um que se aventure a escutar este disco. 
E pior, ...isso era só 1982.... 
Tudo isso serviu de inspiração e influência para tudo o que viria a vir depois, principalmente  o Speed Metal, e claro, o Thrash Metal. 
O disco tem muitas variações entre faixas mais rápidas e outras mais cadenciadas, ..porém, se destaca , pela infinidade de riffs presentes em toda sua extensão. 
O que mais se ouve neste disco, ..são os timbres ultra pesados e agressivos da guitarra de Wolf Hoffmann, já que Herman Frank foi até creditado no disco, porém não tocou. 
Os riffs de guitarra deste disco se sobressaem ignorantemente.... Vide a faixa título, ´´Ahead of the Pack´´ e ´´Shake your Heads´´ 

Temos até o que seria uma mega influência, como já citou o Phantom, sobre o riff de ´´Flash Rockin´ Man``... 
Porém, este riff ´´manjadaço´´ já havia sido usado por outras bandas, como Kiss.... E depois do Accept, uma infinidade de bandas usou, de maneira ´´meio´´ diferente, como Helloween, Saxon, Iron Maiden, entre outros. 

O disco fecha com a excelente, mais cadenciada, e figurinha marcado em todos os shows, ´´Princess of the Danw´´. 

Um disco totalmente influenciador, que serviu de inspiração pra várias bandas e até estilos... 

Pesado, certeiro, direto, ... 

Heavy Metal em toda sua essência. 

Obrigatório !! 

Único! 

No mínimo, nota 9


The Magician
Olá Metalcólatras e fãs, desculpe pela ausência recente... mesmo os magos poderosos possuem seus percalços.

Restless & Wild vem como proposta do Hellraiser pela solicitação deste que vos escreve, e se não conhecer alguns clássicos obrigatórios é pecado para um Banger, estou aqui a me confessar. Para mim, por puro preconceito ou falta de tempo disponível na minha concorrida lista de music player, por muito tempo o Accept foi "a bando do Udo", até me deparar com o Blood of The Nations de 2010. Desta forma tudo que escutara a respeito dos alemães e também quanto ao próprio material da banda era automaticamente traduzido como 'ACDC tobe'...

Naturalmente, hoje já não cometo mais esses erros de um Metaleiro jovem, e minha capacidade auditiva foi treinada para minerar a miríade de variações sonoras e harmonias produzidas em um trabalho de Heavy Metal enquanto eu defendo meu ranking do SF-IV do ps3 de um adversário level B+ (por exemplo).

De qualquer modo, o defeito que vemos com frequência entre os Metaleiros/Metalcólatras que se propõem a resenhar esporadicamente por aqui (e por aí também) não é somente a estupidez de jogar um álbum para um estereótipo padrão para descer a lenha no trabalho - como eu disse há pouco que fiz no passado. Um dos mais detestáveis defeitos é aquele orgulho incontestável  de uma ilusão ou devaneio do passado, é conhecido como "discurso de velho"; aquele negócio que seu avô ou pai costumava falar: "no meu tempo era bem melhor!" ou "isso lembra aquilo, e aquilo sim era música!...", o tipo de coisa chata que por mais que você coloque argumento para contestar, o lazarento do véio irá insistir em falar que o dele é bem melhor. Para quem interessar e para quem servir a carapuça: NÃO É PORQUÊ É VELHO QUE É BOM!" (vide minha resenha do Stained, disco fraco por sinal).

Dito isso abro caminho para este clássico do cenário Metaleiro.

Restless And Wild (R&W) começa muito intenso, e apresenta ao longo do trabalho um conteúdo consistente. Porém, as duas primeiras faixas - 'Fast As Shark' e a faixa título - podem criar uma expectativa ao ouvinte que no fim das contas acaba não sendo atendida, devido à sua velocidade e agressividade que é descontinuada no decorrer da obra. As faixas iniciais, que na minha opinião são as melhores, se destacam não somente pela boa qualidade, mas sim pelo peso, e no caso de FaS, pela velocidade (nada do que escutei lançado até 1982 possuía essa pegada frenética). Inclusive, é aceito pela comunidade do Metal que aqui está a germinação do Speed Metal, e com certeza não vai ser eu quem irá se opor à essa constatação. Aliás serve para coroar a careca do Wolff Hoffmann, um dos mais competentes compositores do Heavy Metal que foi obrigado por muito tempo à se manter na sombra do antigo famigerado vocalista.   

Ademais, é difícil destacar grandes títulos desse disco, mas fora as outras 6 faixas consistentes do álbum, acho que dá para apontar "Neon Nights" e "Flash Rockin' Man" como músicas no mínimo interessantes.

Valeu pela postagem meu caríssimo brô Hellraiser, mais um CDzim pra minha coleção de inúmeros trabalhos do Metal Alemão... com possibilidade até de entrar no meu top 50 germânico (mas ainda muito abaixo do Dark Ride). 

;)

Nota 7,1 ou \m/\m/\m/\m/.
  


The Trooper
3
É impossível refutar o peso e qualidade de Fast as Shark, é uma excelente faixa de abertura, um cartão de visitas de heavy metal. Entretanto paro por aí.

Restless and Wild é um álbum legalzinho, e não passa disso. As duas faixas que vem depois da primeiras são boas, mas Shake Your Heads é completamente 'sacal', e depois Neon Nights também não ajuda muito.

O álbum continua naquela pegada de metal de transição metal-rock-thrash, mas sem grande destaque para nenhuma das vertentes. Havia bandas melhores que já faziam um rock melhor e um metal melhor, para se ter uma ideia: este álbum saiu junto com The Number of The Beast, dá pra comparar?

Não, Iron Maiden era muito melhor. Black Sabbath já era muito melhor. E essa reivindicação de proto-thrash é o Venom quem faz, que convenhamos, é de um nível de qualidade não muito distante do Accept.

Enfim, Accept era uma banda de média para boa nessa época, nada além disso (não vou discutir outros trabalhos, o que tinha para escrever, escrevi na resenha de Blood of Nations).

Destaque para o guitarrista, que leva a banda nas costas.

Destaque negativo para o vocalista, absolutamente insuportável.

P.S.: Sobre o riff copiado por todo mundo: https://www.ultimate-guitar.com/articles/features/copycats_most_ripped_off_riff_in_metal-40508

Nota: \m/\m/\m/