sexta-feira, 21 de junho de 2013

Black Sabbath - 13

O álbum "13" lançado pela banda Black Sabbath em 2013 foi escolhido por The Magician para análise.


Faixas: 1-"End of the Beginning", 2- "God is Dead?", 3-"Loner", 4-"Zeitgeist", 5-"Age of Reason", 6-"Live Forever", 7-"Damaged Soul", 8-"Dear Father"
Versão Deluxe - Faixas: 9-"Methademic", 10-"Peace of Mind", 11-"Pariah"

  Phantom Lord

Mais um retorno do Black Sabbath... 
 Um álbum que traz quase toda formação clássica e um número considerável de músicas longas... Em alguns momentos é possível perceber uma aproximação da velha sonoridade "Black Sabbáthica", porém inevitavelmente temos diversas mudanças, afinal os integrantes da banda já estão pra lá de tiozões e a produção dos álbuns atuais é obviamente bem diferente dos álbuns da década de 70. 

End of the Beginning 7,5 
God Is Dead? 7,3 
Loner 7,2 
Zeitgeist 7,0 
Age of Reason 7,0 
Live Forever 7,2 
Damaged Soul 6,9 
Dear Father 7,2 

 Concluindo... Não há muito o que enrolar, 13 traz o que pode-se esperar da banda: é um bom álbum com nada de surpreendente. Zeitgeist é o ponto mais diferenciado, praticamente uma homenagem a viagem Planet Caravan de 1970. 

 Nota: 7,2

The Magician
Os anciões do Metal enfim ressurgiram das trevas trazendo à luz seu mais novo trabalho: 13, celebrando o auspicioso décimo terceiro ano do novo milênio.
Ao acompanhar tamanha expectativa e assédio da mídia comum em torno desse lançamento,  percebemos a importância que a banda dos sexagenários tem para o cenário da música contemporânea. A divulgação do trabalho repercutiu tanto que o Black Sabbath voltou ao topo das principais paradas americanas e europeias, coisa que não acontecia desde seus anos dourados.
E esse reconhecimento talvez tardio (mas justo, e baseado principalmente no fato de que a banda inglesa  foi a maior contribuidora para a criação do gênero de música pesada no decorrer da história) com a valorização "a posteriori" dos artistas, lembra muito o que acontece comumente com os grandes nomes da arte estética
Mas isso também mostra por um outro lado, como foram reduzidas as possibilidades do panorama atual do rock'n roll, com seus "recursos" esgotáveis e sem peças de reposição suficientes e de qualidade..
Esse prospecto do mercado e da mídia da música sobre "13", poderia ter de uma forma ou de outra maculado o projeto sabbathiano, e no entanto os dinossauros (incluindo o diretor Rick Rubin) tiraram isso de letra quando sentaram em uma mesa para enfim começar a definir as primeiras linhas do álbum,  priorizando apenas uma coisa: os fãs.
Digo isso porque ao meu ver existe um vínculo realmente muito forte desse disco com os escritos e criados durante os anos 70 por esse mesmo line up (com exceção de Bill Ward). Para isso com certeza muita coisa foi trabalhada no âmbito de produção, pois não é tão fácil quanto se parece moldar harmonias semelhantes àquelas nos equipamentos e tecnologias atuais, digo, de forma com que de fato soem da mesma maneira e com as mesmas características de crueza daqueles trabalhos clássicos de outrora, sem que se entregue um resultado boçal.
Por causa disso percebe-se claramente que a intenção principal da banda era de ser fiel e resgatar a musicalidade e o modo de composição em sua fase áurea dos 70's, mantendo seus principais atributos em evidencia, e ignorando a alcunha de "criação datada" que essa escolha pudesse invocar. 
Fizeram isso com muita competência, afinal.
Ainda sobre as decisões e fatores de produção, houve muita coerência e maturidade no planejamento de cada canal dos instrumentos. A prioridade na mesa de equalização não poderia ser outra: a guitarra de Iommi. Suas bases determinam os caminhos a serem percorridos pelos vocais e até qual será a interpretação das linhas de baixo, e sempre, sempre mesmo, distribuindo frases notáveis que só poderiam ser originadas pelo tino do "riff master" do Metal. 
Mr. Butler mesmo seguindo os passos seguros da guitarra, experimenta em algumas passagens e chama atenção sempre na hora certa com suas variações e seus ligados individuais. 
Sobre Ozzy senti sinceridade no seu vocal super gasto, acho que foi até uma imposição dos demais membros e do produtor para que não houvesse muita interferência dos aparatos tecnológicos, visando a consonância na performance da turnê já anunciada. 
Por fim sobra a atuação de Brad Wilk (ex-Rage Against the Machine e Audioslave), que executou a lição de casa de forma exímia, não apareceu mais do que devia e deu à cada música apenas o que era estritamente necessário.
Sobretudo, acho que o grande destaque de "13" tem a ver com a surpreendente solidez do álbum, que é muito sóbrio nos registros instrumentais dando clareza e objetividade ao conteúdo. E mesmo com essa capacidade de sintetização e consolidação, todas músicas - com separações claras de começo, meio e fim - conseguem curiosamente se definir como criações muito bem delineadas e singulares, individualizando assim cada uma das canções. O resultado na pratica é que talvez o conjunto da obra não apresente alguma faixa super sobressalente, mas em contrapartida nenhuma abaixo da média (média-alta, diga-se de passagem).
Já que a missão do Sabbath era de sair de um "Wormhole" e apenas continuar de onde pararam, sem necessariamente exclamar o retorno do hiato ou um prelúdio do fim, seria óbvio que o ponto focal da banda continuasse sendo suas letras de conteúdo de terror, oras bolas. 
Li em alguns artigos da imprensa sobre este álbum, que o discurso de cunho "assombroso" disposto nele, vindo das mentes dos vovôs metaleiros, não era tão convincente para essa nossa época regida pela secularização. Quem interpreta o contexto do disco dessa forma descarta completamente o porquê da existência do Black Sabbath, de toda sua obra e do gênero do Heavy Metal; além de ser trivial na análise, pois é notório que entre algumas letras de terror indiscutivelmente surradas existem textos que provocam os prosaísmos da pós-modernidade ("End of Beginning" e "Age of Reason") e algumas reflexões atemporais que vão além, confrontando a minúscula natureza da realidade humana ao frio do imenso e morto deserto cósmico ("Zeitgeist"), ainda que todas as abordagens se apresentem sob uma visão perturbadora e questionadora.
Após anos em reduto o Black Sabbath volta para os holofotes com um trabalho isento dos anseios externos que não fossem de seu público principal, que esperam acima de tudo fidelidade à sonoridade da banda e sua história, sem descaracterização do modelo sombrio único e genuíno criado pelos doutores em Metal Butler/Osbourne/Iommi.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.


The Trooper
3Ninguém pode afirmar que o Sabbath esqueceu as origens, isso é verdade. Mas faltou um pouco de vida nas faixas. A distorção está ok, os riffs também, mas as faixas estão muito parecidas umas com as outras, mal consegui diferenciar a primeira da segunda. No disco 1 a faixa que mais se diferencia é a quarta, Zeitgeist, que lembra Planet Caravan do álbum Paranoid, ou seja, uma viagem. O disco 2 coloca um pouco mais de energia neste trabalho, e por isso, acabo destacando Methademic como a melhor música do álbum.
Enfim, não é um álbum ruim, mas deixa a desejar na quantidade de músicas que se destacam.
Nota: \m/\m/\m/

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Havok - Time Is Up

O álbum Time Is Up lançado pelo Havok em 2011 foi escolhido para análise por The Trooper.

Faixas: 01 - Prepare For Attack; 02 - Fatal Intervention; 03 - No Amnesty; 04 - D.O.A.; 05 - Covering Fire; 06 - Killing Tendencies; 07 - Scumbag In Disguise; 08 - The Cleric; 09 - Out Of My Way; 10 - Time Is Up.

  Phantom Lord
 


Aqui estou eu, quase tão atrasado quanto os demais metalcólatras...

Esta é outra banda que eu provavelmente ainda não tinha escutado: Havok. 
O álbum Time is Up chega com Prepare for Attack, uma música altamente "Kill`em Alled", porém pendendo um pouco para aquele lado Testament, das sombras do thrash metal... 
A segunda faixa segue uma linha bem parecida mas parece melhor trabalhada. 
A terceira faixa segue metralhando quase que aleatoriamente. 
A quarta tem uma intro legal, mas os caras precisam acelerar e gritar mais. Falando em gritos, estes do Havoc ocasionalmente podem se aproximar dos vocais do Mustaine ou do Hetfield do início dos anos 80, mas na verdade, durante grande parte do tempo se aproxima de algo mais forçado e escrachado como Children of Bodom (que passou aqui no blog, meses atrás). 
Depois de uma repetição sonora na quinta faixa, temos Killing Tendencies que dá uma boa alternada no ritmo do álbum! 

Prepare For Attack 6,2 
Fatal Intervention 6,7 
No Amnesty 5,2 
D.O.A. 6,0 
Covering Fire 6,0 
Killing Tendencies 7,0 
Scumbag In Disguise 6,9 
The Cleric 6,8 
Out Of My Way 6,0 
Time Is Up 6,0 

 Resumidamente, acredito que se o estilo do vocal fosse menos gritado, praticamente todas músicas receberiam notas mais altas. No fim das contas acho que serviu para conhecer a banda... Que tem seus bons momentos. 
 Nota: 6,2  

The Trooper
3Não há como ouvir Time is Up sem se lembrar de Kill'em All, álbum que, miraculosamente, ainda não foi resenhado em nosso blog. Logicamente, Kill'em All é O marco do thrash metal, o ponto de referência para qualquer um que tente se embrenhar nesse meio, portanto não vou crucificar a banda por isso, muito pelo contrário, eles se viraram bem em um meio em que você tem grande chance de cair em uma mesmice barulhenta (ninguém aqui está dizendo que mesmice barulhenta não pode ser legal, mas barulheira sempre igual enche o saco).
O segundo álbum do Havok foi bem aceito pela crítica, de acordo com a wikipedia, com alguma razão ao meu ver. Embora o vocalista apenas se sustente como o básico do thrash, o bumbo duplo da bateria sempre causa algum efeito positivo, riffs de guitarra base e solos de guitarra muito bons se espalham por todo o trabalho. Talvez tenha faltado apenas, juntar esses riffs e solos legais em uma faixa coesa.
De qualquer maneira, energia não faltou, e esse é o ponto mais positivo, pancada pra tudo quanto é lado, com criatividade e foco.
Destaque para D.O.A. (a primeira música que eu ouvi da banda, apresentada por um amigo da faculdade), Killing Tendencies (conseguiu ser chiclete de uma maneira positiva), e The Cleric (a melhor do álbum).
Ainda espero coisas boas dessa banda.
Nota: \m/\m/\m/\m/