segunda-feira, 23 de julho de 2012

AC/DC - Back in Black

O álbum Back in Black, lançado pelo AC/DC em 1980 foi escolhido por Phantom Lord para análise.



Phantom Lord
 Aqui está uma banda que supostamente exerceu influência em muitas bandas de rock pesado (vulgo heavy metal). 
Lançado um ano após o Highway to Hell, o álbum Back in Black surge com Brian Johnson substituindo o falecido Bon Scott nos vocais, porém o que mudou nas músicas da banda? Bom, eu não sou um maníaco por AC/DC, mas ouvi uns 5 álbuns de estúdio desta banda mais um monte de músicas dos demais discos... O disco TNT mostrava músicas mais próximas do Rock and Roll (ou classic-rock) e do Blues-rock, já o Highway to Hell apresentava um Hard Rock com características marcantes e bem conhecidas do AC/DC. 
...Apesar da mudança do vocalista, o Back in Black surgiu com um vocal muito semelhante ao de seus trabalhos antecessores. 
A verdade é que este disco apresenta pontos muito fortes, como algumas músicas inspiradíssimas, fáceis de serem memorizadas e com uma produção impressionante... A primeira vez em que ouvi este álbum, eu pensei que ele foi feito nos anos 90... E apesar das músicas do AC/DC geralmente parecerem “próprias para festas, baladas e/ou casas noturnas”, a distorção utilizada nas guitarras somada a produção (que eu já comentei) dá um “peso” significante ao álbum como um todo. Enfim, o AC/DC pode ser uma banda “fiel ao seu próprio estilo”, mas o álbum Back in Black não se torna cansativo de se ouvir, como acontece com vários outros desta banda. 
Hells Bells 9,2 
Shoot to Thrill 8,0 
What Do You Do for Money Honey 7,0 
Givin the Dog a Bone 7,2 
Let Me Put My Love into You 7,5 
Back in Black 9,7 
You Shook Me All Night Long 8,8 
Have a Drink on Me 7,8 
Shake a Leg 7,8 
Rock and Roll Ain't Noise Pollution 8,0

Modificadores: 

 E para polemizar possíveis "true-metaleiros": 



Nota: 8,2

Pirikitus Infernalis

Mais um cd desta que é considerada por muitos como a maior banda de Rock ‘n Roll da história. Após o sucesso absoluto do seu antecessor, a banda recebe o baque de perder o seu vocalista Bon Scott. Bon Scott era nada mais do que a personificação do Rock ‘n Roll, com seu talento nato para a música, e seu dom de pouco se importar com o pensamento das pessoas ao redor.
Pois bem, eis que depois de perder esse mito do gênero musical, a banda está atrás de um outro vocal e eis que Brian Johnson se junta a trupe de uma forma inusitada mas, como pouca coisa que acontecia naquela época fazia sentido, essa junção em pouco tempo se tornaria épica.
Back in Black é um cd épico, daqueles de Hall of Fame e que é “must have” para qualquer rockeiro, sem exceção. Ele possui hits cabulosos, musicas com duplo sentido sobre mulheres e rock ‘n roll, ou seja, esse cd é o que o ACDC faz de melhor. Somando isso ao sucesso de Sir Angus Young e Sir Brian Johnson meu amigo, pode botar o cd pra rodar que é sucesso.
Um dos melhores CDs da história, feito pela MAIOR banda de rock ‘n roll da história.
Top 3: Impossível escolher apenas 3. Shame Pit: -
Nota: 9,5


Venâncio

Bem a banda por si só merece 8 pitus... afinal não se trata de uma banda fundo de quintal que saiu de um bairro (país) qualquer da Europa.

Uma das maiores bandas de rock do mundo, detentora do titulo de maior vendedora de discos da história do rock e justamente com qual... este belíssimo álbum que marca a estreia de seu novo e atual vocalista.

O que mais dizer, elogiar sempre é difícil, mas posso dizer que temos aqui uma obra de arte o melhor desta banda que possui um estilo único e marcante em todas as suas musicas que gera a seguinte frase: "se tu gosta de uma musica de ACϟDC, gosta de todas!".

Mas o porque desta colocação, simples eles não buscam sair de sua zona de segurança me levando a crer que assim como Tarantino (respeitando a diferença de mídias, mas focando nas criações), fazem o que lhes agradam sendo o sucesso apenas resultado da semelhança de gostos com o publico.

Não vejo destaques na obra como um todo, é uma peça sólida, bem trabalhada e polida.

9 pitus


The Trooper
3
ACDC é uma ótima banda de rock n' roll, isso é indiscutível, mas eu não sou daqueles que "endeusa" os caras, se você é um desses já pode parar de ler por aqui.

A sonoridade deles me lembra Led e um pouquinho de Whitesnake, embora menos viajante e menos rápido. Com suas letras de putaria e postura "rock", deve ter influenciado bandas como Guns e uma grande maioria do hard rock, mas digo com segurança, que em seu primeiro cd (e apenas nesse) o Guns já superou os mestres, as faixas variam bem mais, são mais rápidas e passam a mensagem de putões melhor. Mas "clássico é clássico e vice-versa", como diria um famoso jogador de futebol, e Back In Black é a epítome do clássico, letras que você fica cantando por horas depois de ouvir, músicas que se repetem infinitamente pelo tempo em casas de rock, por discotecagem ou covers, e claro, gerador de fãs fanáticos.

É dever de qualquer metaleiro ouvir esse álbum pelo menos uma vez na vida (esse sim, não aquele monte de merda nas listas de revistas cretinas), e se você ouvir, no mínimo da faixa título vai gostar.

Álbum obrigatório na coleção (nem que for só em mp3), bom pra botar pra variar e em churrascos. 

Meu destaque vai para a óbvia Back In Black, acima do nível das demais.

Nota: \m/\m/\m/\m/


The Magician
Respeitável público: "Anti Christ/Devil's Children" no Blog Metal, com o mais bem sucedido disco de Rock da história.

A banda australiana é de singularidade super evidente e genuína, seus dois frontmans tinham (ou tem) vozes e interpretações únicas, e as linhas de bateria e guitarras se não são geniais pela virtuose devem obrigatoriamente ser reconhecidas pela sua autenticidade e originalidade. Por esses motivos o estilo do ACDC dificilmente pode ser comparado às demais bandas de rock ou metal.

E deixemos o Metal de lado, pois AC/DC não é metal, é injeção e bomba de rock n roll na veia!
Alguns sintomas: Seus versos são circulares pois saem de um tom correndo três ou quatro notas  fatalmente voltam para o ponto inicial (o "rolling" do Rock). Os sons da guitarra SG (inconfundíveis) de Angus Young, com os slides, licks venenosos e bends, principalmente nos graves, às vezes procura desesperadamente por fluência, e suportada pelos compassos viciados da caixa + tons da batera acaba falando a linguagem clássica do Blues. A voz estridente de Brian e as distorções pesadas das guitarras vestem a música com uma espécie de sonoridade Hard Rock.

A capacidade de recrutar iniciantes e as famosas letras polêmicas é que se tornam o motivo principal para o Rock pesado do AC/DC ser abraçado pela bandeira metaleira, mas é bem nítido que nas estruturas de composições de Malcolm e Angus existe muito mais de Creedence do que Deep Purple ou Black Sabbath.

As vezes citamos grandes guitarristas como "fora de sua própria época", como viajantes do futuro que desbravaram métodos e sonoridades até então ocultas. Pois é..., Angus Young também é notável, mas justamente pelo motivo contrário. O magrelo parece ter viajado no túnel do tempo direto dos anos 50 ou 60, e quando chegou nos anos 70/80 encontrou um equipamento ultra-tunado pra praticar o velho blues arcaico.

Mas normalmente o rock clássico não me deslumbra tanto assim, e costuma pecar por ser enjoativo....... só que aqui o caso é diferente.

Back in Black, é um acerto, fora de série, traz consigo três clássicos transcendentes ("Back in Black", "You Shook Me All Night Long" e "Hells Bells") e um compostos de músicas consistentes de alto nível (como "Shoot to Thrill" e "Given the Dog a Bone") que eternizaram a banda entre os grandes. As linhas são tão bem gravadas e equalizadas que o disco é um dos favoritos para testes de estúdios e casas de show até os dias de hoje. E tudo isso por causa de um golpe de azar - a morte de Bon - que obrigou o ingresso de Brian criando a química e o tema para o disco.

Um dos dez discos mais clássicos do Rock, obra de tirar o chapéu... o terno, a camisa, a gravata e ficar rodopiando que nem um maluco!

Nota 8 ou \m/\m/\m/\m/.
  
Resenhar o disco que mais vendeu na história do Rock sugere uma série de possibilidades de comentários e especulações sobre a fórmula do sucesso de Back in Black, particularmente estou convencido de que foi uma espécie de refúgio para os saudosistas do rock nos anos 80 e, puxando o pendulo para a sonoridade mais direta e menos progressiva foi até certo ponto um dos responsáveis por minguar o movimento musical de contracultura (ao lado do punk). Mas meu parecer definitivo sobre a resposta do disco no mercado reside no fato de o AC/DC perdurar décadas não só como estereótipo rock, e sim como uma das únicas opções de Rock de verdade e de qualidade.     

Hellraiser
3O que falar desta obra prima da musica pesada ? 
O que falar do disco de Rock mais vendido em todo o mundo ? 
Que merece todos os elogios possíveis, claro !!! 
Esse álbum é uma perfeição em forma de musica ! 

Uma prova de que, mesmo por uma troca de vocalista, mesmo que sendo por uma tragédia, uma banda de qualidade sabe canalizar os problemas e dar a volta por cima em grande estilo ! 
( Recado para Iron maiden e Sepultura ) 

Bom, quanto a obra do AC/DC, o álbum começa do mesmo jeito que termina, com a magnífica ``Hell´s Bells``, passando por otimas composições, entre elas, a super classica faixa titulo, até chegar na ultima faixa, ``Rock´n´Roll ain´t Noise Pollution``com total cara de Blues, ...mas PÉRA AÍ !!!!!!! 
Já acabou ?????? 
Sensação total de quero mais !!! 

Um álbum totalmente em alto estilo, com faixas altamente cativantes, de refrões grudentos, e a mesma formula simples e eficaz de sempre, de se fazer Rock´n´Roll do AC/DC. 
Todas as faixas são excelentes, tanto é que pelo menos 04 delas foram executadas com certa exaustão nas rádios. 

Nota 8,9

sábado, 7 de julho de 2012

Children of Bodom - Hate Crew Deathroll

O álbum "Hate Crew Deathroll" lançado em 2002 pela banda Children of Bodom foi escolhido por The Magician para análise.



Phantom Lord


Não acompanho o trabalho do Children of Bodom nem de bandas contemporâneas de estilos similares a esta, mas vamos lá: 
Logo de cara, nota-se que a parte instrumental, apesar de focada em velocidade e agressividade, é de boa qualidade. Ocasionalmente surgem teclados e outros sons “hiper-modernos” nas músicas, todos desnecessários em minha opinião e o vocal... Ah, o vocal é do tipo grunhido, latido, berrado e/ou tossido. Na verdade, é uma versão extrema dos “vocais rasgados” que devem ter surgido pela primeira vez em bandas como AC DC e Accept. Eu acredito que a utilização de vocais extremos (gritados ou gutural por exemplo) durante uma música inteira é sempre uma limitação. Não se alcança uma diversidade de sons (ou notas musicais) enquanto se berra até esvaziar os pulmões. Para piorar, torna-se um “pé nas bolas” ouvir tal tipo de gritaria e/ou rouquidão após uns 10 minutos de música. Ou seja, para mim, apesar de não ser o pior vocal que passou aqui pelo blog, este berreiro é entediante e irritante a médio ou longo prazo. Suficiente para reduzir a qualidade do álbum, como um todo. 
 Pois é... Para tal álbum receber uma avaliação positiva, talvez fosse necessário um fã dessas “vertentes-pós-2000” do metal. A verdade é que com o passar dos anos surgiram tantas espécies, sub-gêneros e variações do metal, que é praticamente impossível gostar de tudo. Isso me faz lembrar o quão ridículas são aquelas pessoas que dizem que rock é tudo a mesma coisa ou que é tudo barulheira: Se o heavy metal é um tipo de Rock (ou está inserido no Rock), todos seus sub-gêneros também estão dentro da categoria do rock! Como tudo isso pode ser “a mesma coisa”? The Beatles, Angra, The Ramones e Children of Bodom são tudo a mesma coisa...? São super parecidos, não? Toda esta diferença existente entre os tipos de Rock ou de Heavy Metal, faz com que pessoas gostem de determinados estilos ou de certas bandas... E por um outro lado, se existe alguém tão eclético para gostar de tudo, este alguém deve ser maluco, de personalidade fraca, ou ambas as coisas. 
 Concluindo: Ponto forte do álbum: Quase todos instrumentos durante maior parte do álbum; Pontos Fracos: Vocais avacalhados / gritados 100% do tempo e tecladinho fora de contexto durante grande parte do álbum. Enfim, para os fãs deste estilo de metal (seja lá qual for) o álbum deve ser muito bom, mas para mim ele ficou cansativo logo na faixa 3 ou 4.
Needled 24/7 5,3
Sixpounder 5,5
Chokehold 5,0
Bodom Beach Terror 4,8
Angels Don't Kill 4,5 
Triple Corpse Hammerblow 4,9 
You're Better Off Dead 5,0 
Lil' Bloodred Ridin' Hood 4,8 
Hate Crew Deathroll 5,0
 ...Sim, eu sou reacionário e arredondei a média final para baixo.
 Nota: 4,9

 
The Trooper
3
Classificado por alguns como melodic death metal, com alguma razão, pois a sonoridade do Children of Bodom foge do padrão death metal, a banda fornece algo novo para análise (pelo menos para mim).

A principal pergunta para mim é: Qual é o peso do vocalista na qualidade de uma banda?

Bem, pergunta complexa, obviamente a resposta é subjetiva, tanto para o peso como para o estilo. Para mim já foi mais simples, quando eu era mais novo, o vocalista tinha um peso bem mais importante do que eu acho hoje em dia, mas Children of Bodom me fez repensar a importância de você gostar dos vocais em um álbum. Reclamei anteriormente no post de Iron Blessings e Blood of The Nations, e portanto meu gosto deve estar claro, se é pra ter vocal gritado, tem que ser grave, de "urso". 

Entretanto, no caso de Accept e AC/DC, não dou muita importância e no caso do Sacred Steel, o instrumental meia-boca me faz ignorar o trabalho como um todo, mas aqui, em Hate Crew Deathroll, eu dou importância, o instrumental é bem legal (com exceção dos teclados chinfrins - aliás, descanse em paz nosso Lorde dos Teclados, Jon, infelizmente acho que ninguém o substituirá) e os gritinhos mequetrefes desviam a atenção da música, atrapalhando e muito minha análise.

Para quem gosta de power metal E death metal, esse álbum deve ser o ápice, para quem gosta de power metal, baixe uma versão sem vocais no youtube, e para quem gosta de death metal, bem, esse só deve prestar atenção na distorção das guitarras e nas letras chavão, então não faz a menor diferença.

Meu destaque vai para as três primeiras faixas.

Nota: \m/\m/\m/