terça-feira, 22 de novembro de 2016

Rainbow - Long Live Rock n`Roll

O álbum Long Live Rock n`Roll lançado pela banda Rainbow em 1979, foi escolhido por Phantom Lord para análise.



  Phantom Lord
Seguindo o "espírito" de não deixar o blog "morrer", trago-vos esta velharia do rock: Long Live Rock n`Roll do extinto Rainbow. 
Vasculhei discos com Dio no vocal anteriores à sua entrada no Black Sabbath, mas não encontrei nada que eu considerasse próximo de uma obra prima. Long Live Rock n Roll é o disco com mais músicas marcantes da carreira "pré-sabbáthica" do baixinho. 
 A faixa título, Kill the King e Gates of Babylon são músicas espetaculares... e o restante do álbum alterna entre "legalzinho" e entediante. Os pontos mais fracos ficam por conta de The Shed e Rainbow Eyes, que em minha opinião, são as músicas menos atraentes, mas estão só um pouco "abaixo da média" e não chegam a ser horríveis. 
 Ronald James Padavona já cantava muito bem e o "líder" da banda, Blackmore, dispensa apresentações: Quando queria, fazia músicas inovadoras e marcantes e quando não queria... parecia fazer o gosto dos produtores. 
Enfim, como diz o próprio nome do álbum (Long Live Rock n`Roll), não é "metal", mas vale para conhecer um pouco das origens deste estilo musical. Meu destaque vai para pedrada na zoreba Kill the King, uma daquelas músicas que faz a gente se perguntar se alguém na banda não viajou no tempo para adquirir tamanha inspiração ainda nos anos 70... 

 Long Live Rock N Roll 8,7 
Lady of the Lake 7,6 
L.A. Connection 7,1 
Gates of Babylon 9,0 
Kill the King 9,1 
The Shed (Subtle) 6,9 
Sensitive to Light 7,3 
Rainbow Eyes 6,2 

 Obs.: Achei que a nota ficaria menor... 

 Nota Final: \m/ \m/ \m/ (7,7)

Hellraiser
3Taí !

Um excelente álbum no blog, de uma mega banda clássica. 


Banda essa, que foi o trampolim definitivo para apresentar ao mundo, os dotes vocais do mestre Ronnie James Dio. 
Serviu também para mostrar que Richie Blackmore ainda tinha muita lenha pra queimar, mesmo fora do Deep Purple, e ainda, apresentando também, o excelente Cozy Powell, que até então, não havia aparecido tão bem na mídia ainda. 

Falando sobre o disco, esse é o último da excelente trinca com o mestre Dio, que viria a sair logo após este disco. 

Porém, particularmente, mesmo contendo os mega clássicos ´´Kill the King´´, que já era tocada nos shows, antes mesmo de aparecer no disco, e a excelente e viciante faixa-título, eu acho o mais fraco (leia-se : menos fudido) que seus dois antecessores. 
Mas isso em nada desabona a bolacha. 

Mostra uma banda, em excelente sintonia, com nomes de peso, praticando o mais puro e perfeito Rock´n´Roll da época. 

O trio em questão, executa com maestria suas funções do começo ao fim do álbum. 

Outra faixa que merece atenção é a ´´Gates of Babylon``que é um verdadeiro primor. 

Não há muito o que se falar sobre o trabalho, apenas curtir uma verdadeira obra, feita por mestres, lá no longínquo ano de 1978.

´´Long Live Rock´n´Roll`` 


Nota 7,9

The Magician
"Clássico é clássico, e vice-versa."

Por causa disso não dá para compará-lo com obras mais recentes, as quais extraíram uma série de referências e ideias dessa época clássica aqui (70's), do verdadeiro nascimento do rock pesado escrito sobre as pautas blueseiras de heróis dos anos 50 e 60. Isso já foi dito e repetido nesse blog, por mim e pelos demais, e serve como uma espécie de introdução para explicar que antes de qualquer coisa, o trabalho é escutado "de outra forma" para a transcrição da resenha.

Podemos no entanto, levá-lo à baliza dos trabalhos daquela mesma época, e daí já posso tirar a primeira impressão; Blackmore sempre foi um músico que prezou pelos sons orgânicos no conjunto total que prensava. Seus modos de amplificação eram até certo ponto conservadores nessa ocasião, com bastante fidelidade ao que o projeto de cordas/captação podia entregar sem uso de poderosos sintetizadores, visto que um ano depois em 1979 Van Halen explodira o mundo do rock com suas distorções elétricas furiosas. Não à toa, R. Blackmore continuou sua carreira nos anos posteriores ao Rainbow sob a classificação de música 'folk'.

Mas se por um lado o bruxo Blackmore flertava com o blues dançante e vintage (L.A Connection é um bom exemplo para percebermos essa vertente) que nos remete ao estilo já consagrado pelo Deep Purple no início dos anos 70, por outro lado suas composições nunca conseguiram se limitar aos compassos acessíveis que as rádios populares da época procuravam. Provavelmente seu subconsciente condicionado à erudição de seus estudos evocavam, quase que como magia, linhas e fraseados mais do que sombrios que produziam músicas que destoavam não só do contexto do disco, mas sim do próprio movimento rockeiro daquela geração. Nesse sentido, a maravilhosa obra-prima progressiva "Gates of Babylon" sintetiza o que escrevi nesse parágrafo.

Converge com essa essência soturna a própria voz poderosa de Dio, que mesmo bastante desenvolta, revela timidez e morosidade ao embalar as canções mais pops do disco (para esse tipo de som não tem como: I. Gillan era o mestre); já quando convidado a interpretar musicas menos 'swingadas' e mais pesadas, diretas e apoteóticas (como 'Gates of Babylon' e 'Kill The King') é um espetáculo à parte. Suas expressões revoltosas e melancólicas impressas nessa fita, para mim, foram "a última prova" que Iommi precisava para recrutar o baixinho americano no seu Black Sabbath. 

Sobre Cozy não há o que dizer, foi cirúrgico; e sobre o baixo (na maior parte gravado por Blackmore) gostei bastante do que Bob Daisley fez em KtK  e GoB.

Além do bom rock/blues desenvolvido durante todo álbum, são destaques os três épicos referenciais para o Heavy Metal: "Long Live...", "Gates.." e "Kill The King", especial menção à essa última onde em uma rara brecha de Blackmore, Dio pode mostrar tudo que sabe e pode fazer ao microfone.

Nota 7,6 ou \m/\m/\m/\m/.

P.S: Pra ninar, use a faixa "Rainbow Eyes".


The Trooper
3
A primeira coisa que é possível notar no começo do álbum é a assinatura inconfundível do Deep Purple, não tem jeito, Blackmore era o core daquela banda, e portanto a alma do Rainbow vem do Deep Purple.

Long Live Rock n' Roll então, obviamente, lembra Purple, mas ela se tornou um hino do rock n' roll, e por tabela, do heavy metal. Não é a melhor faixa do álbum, mas com certeza é um dos pontos mais altos do trabalho.

Então temos Lady of the Lake, outra música de rock n' roll na pegada Purple, alguns citam que neste álbum está o núcleo do power metal, talvez por letras como a desta faixa e a de Kill the King, mas eu discordo, se a pedra fundamental do heavy metal está aqui, então ela está em Gates of Babylon, que iremos analisar mais a frente.

L.A. Connection é a música mais fraca do álbum porque é um rock n' roll nos moldes da época, não é ruim, mas não possui nada de genial. A pegada é bem bacana até.

Gates of Babylon é a verdadeira obra-prima do álbum, ela é a nota 10 do trabalho, uma sonoridade que dá uma ambientação fantástica de oriente médio, com complexidade alta e uma dose cavalar de criatividade, somada aos vocais fantásticos de Dio (seu ponto alto no álbum) e que dá mostras de uma gênese de power metal.

Kill the King é o segundo ponto mais alto do álbum, provavelmente o outro 10 do trabalho, uma música na pegada Purple, pesada e rápida, com outra performance fantástica dos vocais de Dio.

The Shed e Sensitive to Light (a faixa com letra de pegação do álbum) são duas faixas de rock n' roll de nível instrumental próximo ao de Lady of the Lake, e Rainbow Eyes fecha o álbum com uma balada bonita, mas nada além disso.

Enfim, Long Live Rock n' Roll é um álbum clássico do rock, com mudas crescentes de heavy metal, está no âmago da gênese do gênero. É imprescindível conhecer músicas como Kill the King, e principalmente, Gates of Babylon, o restante do álbum é pra quem gosta de rock.


Nota: \m/\m/\m/\m/