quarta-feira, 6 de julho de 2016

Helloween - The Dark Ride

O álbum The Dark Ride lançado em 2000 pela banda Helloween foi escolhido para análise por Phantom Lord.


Phantom Lord
Próximo do 6º aniversário deste blog, o ritmo de postagem dos metalcólatras está diminuindo... Novamente. As razões são diversas e por isso decidi escolher um álbum que foi consideravelmente emblemático para os Metalcólatras. The Dark Ride poderia ser considerado mais do mesmo só que não é. Em nenhum sentido. É metal-melô / power metal e qualquer coisa próxima dos espadinhas, sunguinhas etc, sim! Mas musicalmente apresenta um experimentalismo significante depois de 2 ou 3 álbuns lançados entre 1995 e 1999 na zona de conforto do Helloween. 
Quem acompanhou o blog viu que 2 álbuns desta banda já passaram por aqui: o clássico (ou quase isso) Keeper of 7 Keys - part 2 e o diversificado-aleatório Chameleon. Diferente do clássico e do exageradamente diversificado, o disco The Dark Ride traz a proposta de tornar o som da banda um pouco mais sombrio, e consequentemente pesado. Do visual da capa, passando por alguns temas até a sonoridade com destaque às distorções temos um conjunto de características que gera uma ambientação mais soturna do que os típicos álbuns do Helloween. Além do diferencial, TDR mostra que a banda ainda tinha criatividade e competência para entregar um álbum atraente. 
Mr Torture e If I Could Fly são excelentes músicas que se tornaram algumas de minhas favoritas desde a primeira vez que ouví-las. Além destas duas faixas temos uma série de músicas bem trabalhadas: Mirrior, Mirrior, The Departed e I Live for Your Pain são ao menos mais 3 faixas que merecem destaque. 
Eu pensei em postar algo mais velhaco como o debut dos caras, mas gosto é gosto. Em minha opinião The Dark Ride não deve absolutamente nada para os clássicos do Helloween e só não digo que os clássicos são inferiores ao The Dark Ride porque considero o Keeper 2, um clássico, e o melhor disco desta banda. Por fim, este álbum só tem 1, talvez 2, pontos fracos, o restante é excelente. 
 Em relação ao álbum ser emblemático para os metalcólatras... Provavelmente não é o MAIS emblemático, mas parece ser um ponto de concórdia entre o fugido Mercante e seus supostos rivais Trooper-Magician-e-talvez-até-Eu. Um tipo incomum de disco. 

Beyond The Portal/Mr Torture 9,5 
All Over the Nations 6,0 
Escalation 666 7,6 
Mirror Mirror 8,2 
If I Could Fly 9,1 
Salvation 7,9 
The Departed (The Sun is Goig Down) 8,8 
I Live for Your Pain 8,0 
We Damn the Night 7,6
 Immortal 7,4 
The Dark Ride 7,0 

Modificadores: First Strike is Deadly +0,1 



\m/ \m/ \m/ \m/ Nota Final: 8


The Trooper
3
Tá, chamar The Dark Ride de melhor álbum do Helloween talvez seja forçar um pouco a barra, mas vou explicar meus motivos:

- Mr. Torture. Logo na porta de entrada já dá pra vislumbrar a mágica que os fdps conseguiram fazer nesse cd. A faixa vem com uma base distorcida até o inferno e quando chega no refrão fica melódico, tudo isso sem cagar a música! E aqui eu já dou uma resumida de todos os motivos no meu principal motivo: os caras conseguiram unir duas das coisas que eu mais gosto no heavy metal: distorção e melodia;

- Mirror, Mirror e If I Could Fly. Essas porras são simplesmente duas das melhores músicas do heavy metal. Tinha amigo meu que nem ouvia o cd inteiro quando saiu, ficava só no repeat dessas faixas;

- Força individual dos álbuns do Helloween. O Helloween fez uma tonelada de músicas fodásticas, mas com exceção do 'classiquíssimo' Keys II, os álbuns em si não tinham um impacto tão gigantesco como algumas músicas;

- Gosto pessoal. Sobram assim, Keys II e Dark Ride para eu escolher, e embora seja páreo duríssimo, DR tem aquela magia pilantra que uniu coisas impossíveis, daí meu gosto escolhe este.

Enfim, MELHOR cd da porra do Helloween!

Destaque pra porra do cd inteiro, mas tenho que admitir que 'Mr. Torture', 'Mirror, Mirror' e 'If I Could Fly' estão acima do que já está lá em cima.

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/

P.S.: Quando quebrei o nariz numa roda do show dos Inocentes lá pelos idos de 99 e fui ao hospital 1 semana depois, os médicos perguntaram se eu conhecia Helloween e eu disse que não, eles então disseram com toda arrogância justificada de um metaleiro mais velho: "Esses moleques de hoje em dia não sabem de porra nenhuma."


The Magician
O disco “The Dark Ride” (TDR) é exímio.

Nada muito além dessa definição pode ser escrito, ao bem da verdade. Se você não é fã do estilo e toca a reclamar quando o escuta: “músiquinhas felizes com guitarras pesadas”, “cara que hora canta fininho e depois nervosinho”, “música de viagem na batata”, “letras de babaca”, “chato bagarai” .... não importa; diga o que você quiser e esse vai continuar sendo disco exímio. E se você é fã do Helloween, mas daqueles chatos diehards/turma do amendoim: “traíram o movimento”, “quiseram ser pesadões”, “não é Kiske”, “Não é Kai Hansen”, “não é Keepers”... também não importa; continuará sendo um trabalho exímio. Eu poderia acabar aqui com minha consciência tranquila, mas vou adicionar alguns comentários à esta resenha.

Embora este álbum guarde certa polêmica no meio do Metal por se tratar de uma produção que prenunciou uma nova ruptura na banda (partida de Grapow e Uli), e para muitos uma ruptura também na sonoridade do Helloween (inclusive para o próprio Weikath), eu o entendo como uma continuação lógica do álbum anterior “Better Than Raw” (BTR), compondo uma das partes da segunda fase da banda alemã com Deris. Essa fase é com certeza definida pela mudança do timbre vocal de Deris que a partir de BTR passa a atuar com tons mais graves e nasalados, um subterfúgio do vocalista para lidar com seu desgaste natural, e com essa mudança, toda a sonoridade do resto do grupo ingressou junto se apresentando de forma mais direta e pesada.

Talvez o fato que mais contribuiu para essa característica aqui em TDR seja a quantidade de músicas que o vocalista compôs nesse trabalho – 5 de 11 – e provavelmente por causa disso as passagens possuem versos mais curtos e refrões mais diretos do que em outros discos mais festejados do Helloween. Consequentemente as longas sustentações de agudos melódicos de Deris são rareadas nesse trabalho dando espaço muitas vezes aos seus ganidos raivosos (no limite que ‘um Helloween’ permite é claro). Ainda assim, todos os registros de Andi Deris são impecáveis nesse trabalho, o homem soube usar os recursos que tinha na ocasião como poucos fariam, e foi muito além ao compor faixas inesquecíveis para a infindável carreira dos cabeças-de-abóbora (nada menos que “If I Could Fly”, “Mirror Mirror”, “I Live For Your Pain”, “We Damn The Night” e “Immortal (Stars)” são creditadas à mente criativa desse maluco).

O que os demais membros fizeram por sua vez, foi magistral. Cada faixa tem uma assinatura própria, retocada e inconfundível, mesmo sendo elas juntas responsáveis por oferecer uma sonoridade de certa forma soturna e insólita, que é diluída uniformemente pelas faixas do disco moldando uma personalidade genuína e única para o TDR. O nível de imersão do disco é espantoso, toma-se como exemplo a espetacular “The Departed” inaugurada por guitarras com distorções oníricas que quando mescladas com as camadas dos teclados transformam o locutor Deris em uma espécie de bruxo amaldiçoando seus inimigos em seu momento derradeiro..

Mas os momentos orgásmicos estão em toda parte, nos refrões imponentes de “I Live For Your Pain” e “Immortal”, nos riffs atordoantes de boas vindas de “Mr. Torture” (murro na boca do estômago!), na esplêndida atmosfera de “Departed” e “The Dark Ride” e é claro: em cada mísero segundo da obra prima chamada “If I Could Fly”.

Vale rasgar um parágrafo para esta música, que em minha opinião é a melhor do Helloween; o sincretismo das marteladas suaves no piano com a distorção desgraçadamente pesada que irrompe de repente das guitarras de Grapow/Weikath (0:13s) reforçadas pelo tom sombrio do contrabaixo serve como uma explosão, uma verdadeira granada estourando nos nossos ouvidos, e dão simultaneamente uma experiência atmosférica incrível. Um efeito parecido acontece quando se apresentam as linhas vocais de Deris - melódicas e seguras (e até certo ponto chorosas) que culminam no refrão gritado que continua totalmente fluído sobre a pontuação intensa da bateria incessante (o safado do vocalista não demonstra NENHUM esforço para manter o tempo da melodia!). O melhor ainda está por se apresentar; justamente quando a canção toda recua e se silencia para um grito órfão de Deris ecoar (aos 2:22) introduzindo o solo simples e meticuloso que R.Grapow criou para preencher as paredes super distorcidas de Weikath, que se inicia com um double-stop bend marcante de meio tom  é seguido de sequências de vibratos e slides descendentes que terminam em um ágil cromatismo conclusivo; além de ser uma ótima melodia, essa sua interpretação solista serviu para encorpar o belo timbre que escolheu. Nas bases de Weikath são destiladas lindas distorções super carregadas, que passam por efeitos como Hall e Flangers, mas a cereja do bolo da música é na verdade a sequência final onde os overdubs de Deris protagonizam diferentes interpretações para o refrão épico da sonzeira fechar a obra prima.

Não precisava ter escrito nada disso para que o álbum continuasse sendo exímio... mas tá aí. 

Ah, pra concluir posso assegurar que não tem música fraca, ou nada nem perto disso, mas as mais chatinhas em minha opinião são aquelas que mais se aproximaram do “tradicional” do Helloween – “All Over The Nation” e “Salvation” -, não por coincidência, as duas únicas compostas pelo líder Michael Weikath em TDR... é, ele estava meio fora de sintonia nesse disco.

Ah! E anota aí no seu caderninho: mais uns pontinhos para o melhor produtor do Heavy Metal de todos os tempos: Roy Z.

 Nota 8,9 ou \m/\m/\m/\m/.

Ainda bem que dessa briga aqui saiu um pusta de um CD... e não um Chameleon! UFA!


Hellraiser
3Saudações, Metalcólatras. 

Lembro que havia escutado esse registro do Helloween ha um bom tempo atrás, e este, não havia me chamado a atenção, visto que, eu estava bem acostumado com pérolas como ``Wall of Jerichó`` e os dois ´´Keepers..´´. 

Porém, após meu amigo Phantom trazer este disco à tona, e eu voltar a escutá-lo algumas vezes, agora com muito mais atenção, minha opinião é a seguinte: 

Continuo achando um disco bem mediano, ...na verdade diria, ´´meio sem graça´´ mesmo. Acho até um grande exagero dizerem que se trata de não só um dos melhores, como o melhor (??) disco da banda. 
Mas entendo que assim como eu, o gosto particular de cada um prevalece muito em cima de cada resenha dada. 
Ainda mais, levando em conta os primeiros álbuns de cada banda que cada um escutou, pois aí, sempre acaba permanecendo um carinho diferente pelo trabalho em si, tipo, ´´aquele álbum que te apresentou a banda´´. 

Não me importo se não é Hansen, ou Kiske que estão cantando, pois nunca me importei com troca de membros nas bandas, mas em muitos casos, as trocas acabam fazendo com que certas bandas caiam de nível bruscamente em suas criações. Helloween acredito ser um caso, assim como Iron Maiden, Sepultura, entre outros... 
Só pra citar alguns casos contrários, ....não é o que aconteceu com o Accept, AC/DC, entre outros também. 

Mas voltando ao Helloween, quando li alguns comentários com as palavras ´´guitarras distorcidas´´, ´´peso´´, etc. acabei até achando que eu não tinha escutado direito esse disco na época, mas infelizmente, sem querer soar ´´do contra´´, meu conceito de ´´peso´´ e ´´guitarras distorcidas´´ é muito, mas muito diferente dos meus amigos metalcólatras, rsrs. 

Enfim, sem querer se alongar muito, ..ainda mais sendo uma critica, acho um disco mediano, ..com alguns bons momentos, e vários outros que não empolgam, com uma banda bem afiada, que executa com maestria o que se propôs a fazer, mas que ao meu ver, fica extremamente longe dos verdadeiros clássicos da banda. 

Um tipo de Metal, bem ´´quebrável´´, muito fino, mas que até passa batido no meio de um pen drive de 1500 musicas rolando num churrasco com 100 pessoas bebendo a vontade. 

Nota 6,5