sábado, 20 de dezembro de 2014

Exciter - Violence and Force

O álbum Violence and Force lançado pelo Exciter em 1984, foi escolhido por Hellraiser para análise.


Phantom Lord
Hellraiser nos trouxe mais um suposto heavy metal com pitadas de thrash oitentista. O interessante de cds como este e o Metal Church chegarem ao blog, é que eles me fizeram pensar no passado e reavaliá-lo... O quanto pesa o momento do indivíduo em seu gosto musical? Imagino que "pese" muito... A primeira vez que pensei nisto foi quando percebi que metalcólatras como Julião e Mercante amavam o álbum Hail to England do Manowar. Estes dois fulanos elogiaram tal álbum diversas vezes de maneira enfática, e diversas vezes tentei dar uma chance para aquele álbum... Não desceu. Achei Hail to England simplesmente muito tosco e mal feito, inferior a diversos outros trabalhos medianos do heavy metal (inclusive, inferior a vários outros trabalhos da banda). Este "momento" é um dos principais fatores de origem do "gosto" ou da opinião do ser humano. Apesar de existirem uma infinidade de motivos para um ouvinte gostar de algumas bandas e odiar outras, o "momento" parece algo muito particular e marcante. 

 Exciter é uma das bandas adoradas em determinados sites e páginas de "bangers" na internet... Provavelmente adorada pelo mesmo motivo que Julião e Mercante adoram o sub-medíocre Hail to England: O momento. Os oldschools (fãs das bandas dos 70-80s) e/ou troozões (aqueles que odeiam o mainstream) ouviram tais trabalhos em sua fase jovem e de formação de personalidade, fazendo com que as músicas ficassem gravadas como clássicos eternos em suas memórias. Mas isso desclassificaria tais álbuns? Depende. O ouvinte que está analisando o Violence and Force uns 20 anos depois de seu lançamento, poderia encontrar algo que falatava em seu repertório e derepente adorar! Por um outro lado, um ouvinte de formação similar (que já ouviu 3000 ou 4000 músicas "metálicas" ou 9000 músicas de rock em um espectro mais amplo), pode simplesmente ver o Exciter como mais uma banda da saraivada metálica oitentista que não alcançou o mainstream por "mérito". 

Em minha opinião, estou mais próximo do ouvinte exemplo 2: Violence and Force tem muitas músicas entre o nível mediano e bom, mas faltou características mais marcantes, seja agressividade, melodia ou o "mojo". Esta "ausência de características marcantes", gerou o velho efeito dispersor que foi ganhando força a partir da faixa 4 "Evil Sinner" e só é quebrado na faixa 7 com a "intro" de Delivering to the Master... Deste ponto em diante o álbum recupera uma dose de criatividade. 

 Nota Final: 6,6


The Magician
Fora a apresentação em coletâneas ou em seleções de músicas em programas de Metal de rádio e TV, eu não havia tido contato com a banda canadense, portanto esta foi a primeira vez que emprestei meus ouvidos para um trabalho inteiro dos caras. Ouvir o primeiro trabalho deles mais de três décadas depois, conta bastante na hora de escrever esta resenha, já que depois desse álbum a banda ainda escreveu mais 10 discos e vem resistindo à erosão de 37 anos de estrada.

Uma primeira audição superficial já indica a época de composição, e se o cara for especialista já consegue inclusive perceber que o som é oriundo da América do Norte. Este trabalho pode ser considerado em minha opinião como um dos precursores do Trash, como as primeiras obras de Anvil e Diamond Head, mas particularmente não acho que se trata desse subgênero, talvez por causa da formação em power-trio ocasionar performances mais presas à bateria.

Sobre a sonoridade geral, existe uso intenso de sintetizadores gerando camadas razoavelmente emboladas que se traduzem nas pautas um tanto pesadas e tecnicamente simples. As estruturas das composições não surpreendem (mesmo naquela época) pois não há intuito de colocar partes progressivas em momento algum, a linha de atuação está muito mais voltada para uma marcação circular viciada e contundente como o Motorhead costuma fazer em suas gravações. As músicas normalmente são interpretadas em pontuações aceleradas (120 bpm), com algumas exceções como "War is Hell", "Pounding Metal" e "Delivering to the Master" que se desenvolvem em beats mais lentos.    

Esse disco assim como os trabalhos de outras bandas Heavy Rock da época, podem ser consideradas como rebites na viga mestra do Metal que prosperou nos 20 anos seguintes, mas mesmo sendo considerado por uns um debut essencial, não contribui com algum clássico referencial; está mais para um escape para indústria da época, e seu modo de lidar com a necessidade de sublinhar um estilo bastante vendável. Mais ou menos como descrito em minha resenha do Testament, só que na verdade, faz parte de uma geração anterior.

Um disco aturável, mas obviamente ultrapassado. Sem destaques, nota 5,9 ou \m/\m/\m/.

Curioso assistir a uma apresentação dos canadenses, já que o vocalista é o batera. Enquanto dois figuras dividem o front do palco bangueando com seus instrumentos de cordas, uma voz cantarola "do além". :D 

Hellraiser
3Ser um velho, ultrapassado, desatualizado e não trazer nada de novo é um problema ? Claro !!!
Mas...... ( sempre tem um ¨mas¨) 
Pode ter seu lado bom, .....você viveu aquilo que outros não viveram, e que na verdade, o que naquela época era MUITO bom, atual e novo !!! 
Você pode ensinar coisas que aprendeu anteriormente e passa-las a nova geração, ...como tambem a nova geração pode se basear em suas ideias, hoje ultrapassadas,.... mas você foi um dos primeiros a ter algumas ¨ideias¨! 
Mas, bom pra quem ??? 
Pra mídia ?? 
Não !!! 
Pros rockeiros, metaleiros, headbangers, etc que gostavam demais disso na época, e inúmeros que gostam até hoje, ....e, ....ainda tem mais um ¨e¨, 
vários curtidores do Metal, que mesmo terem nascido após a década de 80, conheceram essas bandas e lançamentos e passaram a gostar demais disso. 
Claro, gosto é muito pessoal, o que pra uma multidão pode ser ¨bom¨, pra um pequeno grupo seleto pode ser horrível, e vice-versa ! 
Outra coisa que me chama a atenção : 
Se uma banda não chegou ao mainstrean ela é considerada ruim ??? 
Seus trabalhos são fracos ?? 
Mainstrean chega a ser uma piada de mau gosto !! 
Metallica e Iron Maiden chegaram la, ....conquistaram, ...sim, ..... mas depois cagaram !! 
Por que então não são jogados ao underground de volta ?? 
Por que tem tantas e tantas bandas OTIMAS, com OTIMOS trabalhos e nunca conseguiram chegar ao estrelato ??? 
Por que tem tantas bandas novas e atuais hoje com otimos álbuns que daqui uns anos serão esquecidas ??? Mas, esquecidas por quem ??? 
Pela mídia ?? 
Pelos jovens que usam camisetas do Ramones e do Nirvana ?? 
Sim, esses mesmos, ...por que os verdadeiros amantes da musica pesada nunca esquecem um trabalho bom, ....mesmo que este já esteja ultrapassado, claro, depois de 30 anos quem consegue ainda viver na modernidade ??? 
Ahhh sim, ....os Irons e Metallicas da vida, que preferem serem moderninhos pra sempre, à fazerem coisas que realmente agrade seus verdadeiros fãs !!! 
O Exciter ta ai, ainda ! ....show pequeno em Sampa em novembro passado, vários discos lançados e claro, ...os primeiros discos, os velhos, os que não trazem nada de novo ¨hoje em dia¨, são os mais aclamados pela galera do Metal !!! 
Por que ??? 
Por que são clássicos, bons até hoje ! 
Violence and Force – Lembro as primeiras vezes que escutei isso, fiquei chapado na época, como acontecido com vários outros discos de varias bandas, ...caramba, ...mas eu tinha só 13 anos, era um mulecão ! 
Sim, ...hoje tenho quase 43 e ainda amo isso !! 
As porradas de Violence and Force, Screaming in the Night e Destructor ! 
O hino – Pounding Metal 
A cadenciada e pesada War is Hell com seu riff direto ! 
O peso de Evil Sinner, Delivering to the Master e Sword of Darkness ! 
Dan Behller , monstro, gritando, cantando e surrando a bateria ! 
Isso é mainstream entre os ¨do ramo¨!! 
Metal é pros fortes !!!!!
Nota 8,0

Metal Mercante
Volta o cão arrependido
Com suas orelhas tão fartas
Com seu osso roído
E com o rabo entre as patas

Volta o cão arrependido
Com suas orelhas tão fartas
Com seu osso roído
E com o rabo entre as patas

Seu madruga: "Muito bem, Chaves, muito bem!"
Chaves: "O verso é repetido 44 vezes"
Volta o cão arre...”

Eu, MetalMercante, acredito no mercado. O mercado julga, o mercado remunera, o mercado dá a vida, o mercado tira vidas. O mercado decide quem é bom e quem não é…

Em poucas palavras, esse álbum é “meh”, ele não tem nada demais, nem mesmo se considerarmos que ele foi gravado lá nos primórdios do metal, para um álbum gravado em 84 eu esperava muito mais, mas muito mais mesmo. A maioria dos álbuns mais aclamados pelos Metalcólatras foi gravado nessa época, então se uma banda não chegou ao mainstream, ela pode ser considerada ruim?

Pode…

Respondendo ao meu colega Hellraiser. Não, o mainstream não é uma piada de mau gosto, pois o mainstream em 1984 é tudo aquilo que temos de mais “sagrado” no mundo do metal e o mercado escolheu. Se não entrou para o mainstream é porque é ruim, ponto final! Uma piada de mau gosto é ser obrigado a escutar uma música que repete seu verso 34 vezes! (sim, “Pounding Metal” se repete 34x)

Pego uma música do Maiden, do Metallica, Megadeth, Manowar e canto hoje com a mesma empolgação que a 20-25 anos atrás, eu duvido qualquer pessoa nesse mundo cante “Pounding Metal” com a mesma empolgação!

“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
“Pounding Metal”
"Yeah!"

Nota: 4 (Chato pra caralho!)
The Trooper
3Eu, The Trooper, não acredito no mercado, não existe mão invisível nenhuma, pelo menos não uma que regule o mercado, se existe, existe uma que acumula dinheiro em um cantinho minúsculo da sociedade, cantinho esse que só 1% da população possui a chave. São esses caras que decidem o que pode e o que não pode ser.

Mas eu não sou burro (pelo menos não MUITO burro), é claro que há uma prospecção do mercado pra saber o que é rentável, e também há empreendedores de sorte e talento, e existem também os nichos rentáveis, só que diferentes escalões de lucros. Enfim, Violence and Force tem como selo a Megaforce , selo independente na época que havia lançado um álbum muito especial cinco meses antes: Kill' Em All.

Eu poderia tirar um sarro aqui e dizer que Violence and Force é a versão genérica de Kill' Em All, e como Metallica era supremo, até mesmo a versão genérica fica boa. Mas não vou fazer tal acusação (ué, já não fiz?), mesmo que a faixa título pareça que foi roubada do Kill' Em All, porque Pounding Metal parece uma mistura de Judas Priest com Metallica.

Deixando as brincadeiras de lado, Violence and Force é um puta álbum! Os caras da banda são muito competentes na maior parte do tempo, riffs legais, solos bacanas, batera no ponto, músicas que fecham em si e bem boladas ... mas eles cometem alguns deslizes, às vezes repetem muito o mesmo riff antes de mudar pra outro, às vezes repetem demais um refrão (Pounding Metal?), e o ponto chave do que estraga e muito o álbum: o vocalista é um bosta! Meu Deus, como pode um cara ser tão ruim? Não consegue nem os gritinhos de poodle que Mustaine e Hetfield davam na época ... muito menos cantar.

Eu ia até fazer uma batalha de bandas novamente, dessa vez tendo Violence and Force x Ironbound, mas ia ficar vergonhoso pro Overkill ter um álbum recente e bem produzido derrotado pelo calhambeque envenenado que é Violence and Force.

Nota: \m/\m/\m/\m/ (Dan Beehler arrancou vários dedos das mãozinhas com seus gritos ridículos)

P.S.: É impressão minha ou o Mercante disse que canta METALLICA com empolgação?

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Grand Magus - Iron Will

O álbum Iron Will, lançado pelo Grand Magus em 2008, foi escolhido por MetalMercante.



1 - "Like the Oar Strikes the Water" – 3:13
2 - "Fear Is the Key" – 3:31
3 - "Hövding" – 0:39
4 - "Iron Will" – 5:01
5 - "Silver Into Steel" – 4:15
6 - "The Shadow Knows" – 5:35
7 - "Self Deceiver" – 4:49
8 - "Beyond Good and Evil" – 5:15
9 - "I Am the North" – 9:01


Hellraiser
3Até que enfim um álbum que da gosto de (re) escutar e resenhar ! 
Acredito que o Mercante quis se redimir depois do seu ultimo post e escolheu a dedo esse de agora. 
Iron Will - Grand Magus - um disco muito bom, de uma banda que considero como Epic Heavy Metal, de onde já beberam dessa fonte, bandas como nada mais nada menos, os pioneiros do estilo, o Manowar. 
Claro, a banda tem total identidade, e não soa em nada como a outra banda citada, muito pelo contrario, ...essa é uma ótima banda na nova safra, com composições fortes, refrões grudentos, e sonoridade altamente cativante, transbordando energia. 
Quanto ao disco escolhido, o Iron Will de 2008, tudo o que eu escrevi acima se resume nele, a banda viaja pelo Heavy Metal, o Epic e as vezes o Doom, claro, soando mais moderno, mas em momento nenhum isso tira o brilho das musicas. 
Meus destaques ficaram para a sequência das faixas Iron Will, Silver into Steel e The Shadow Knows. 
Mais um ponto positivo : grandes álbuns são pequenos, com apenas 9 ou no maximo 10 faixas, e esse tirando a curta faixa baixo/instrumental, Hovding, pode-se dizer que tem apenas 8 faixas. 
Uma curiosidade: a ultima faixa, I Am the North, na verdade não tem 9 minutos, ela acaba por volta dos 5 minutos e depois, por volta dos 8 minutos ela retorna pra execução de um finale ! 
 Nota 7,7


  Phantom Lord
Perdoem meu atraso... Andei me adaptando à sociedade de modo a tentar sobreviver, claro, atendendo as demandas da República Oligarca do Brasil. Mas ainda assim creio que não ficarei muito atrás de seres como Magician e Mercante ao resenhar os álbuns indicados para este blog. 

Uma primeira olhada na net sobre o álbum e notei as classificações "stoner e doom metal". Como sempre, os críticos de música se mostram bons em classificações generalizadas ou simplesmente erradas. 

Ainda que eu tenha dormido na primeira audição de Iron Will (entre as faixas 4 e 5), percebi que as músicas deste disco tem muito do heavy metal (tradicional) e pouco de subgêneros. Talvez, para os críticos, os diversos trechos lentos, meio pesados e arrastados façam as músicas serem classificadas como stoner/doom... 

As músicas parecem boas em minha opinião, apesar do vocal ser genérico (sim, na linha metal super básico, nem grave nem agudo, mais ou menos como Graham Bonnet e "Biff" Byford) e a grande parte das músicas serem lentas! Por um momento achei que esta seria uma postagem feita por Mercante de qualidade superior ao Crimsom Glory, mas as ondas de sonolência geradas pela lentidão do Grand Magus neste álbum, me impediram de dar notas mais altas para as músicas. 

Enfim, este disco não é ruim... A banda parece ter grande potencial, talvez tenha lançado algum álbum mais empolgante do que o Iron Will. 

 1 - "Like the Oar Strikes the Water" – 7,2 
2 - "Fear Is the Key" – 7 
3 - "Hövding" / 4 - "Iron Will" – 7 
5 - "Silver Into Steel" – 6,3 
6 - "The Shadow Knows" – 7,3
 7 - "Self Deceiver" – 7 
8 - "Beyond Good and Evil" – 6,8 
9 - "I Am the North" – 7 

 Obs.: A longa parada na última faixa é no mínimo tão idiota quanto a da última faixa de Chemical Wedding do Bruce Dickinson. 

Obs.2: Quando adormeci ouvindo este álbum na primeira vez, eu não acordei com essa pataquadinha da faixa I Am the North... Ao contrário de uma vez que dormi ouvindo Chemical Wedding. 

 Nota Final: 7,0 

Metal Mercante

As vezes encaro este blog como sendo um grande experimento antropológico o qual utilizo para testar algumas hipóteses sobre o comportamento humano relacionado a música e uma dessas hipóteses é sobre como o processo de formação de nota de um álbum de metal é de cima para baixo, ou seja, todo álbum começa com uma nota ligeiramente abaixo do nosso “melhor álbum” (uma escolha pessoal) e aí vamos adicionando defeitos e subtraindo pontos até que é formada a nota do álbum. Isso vai em oposição a construção da nota de baixo para cima, onde uma espécie de checklist de coisas que nos agradam tem que ser preenchidas e somadas para darmos a nota a um determinado álbum.


Essa hipótese (correta ou não) me parece mais evidente aqui no nosso humilde blog, no qual a galera desce a lenha num álbum e dá sua nota, exemplos recentes são o álbum do Arch Enemy, Crimson Shadows e Black Label Society. Em um a voz é muito demoníaca, em outro tem um vocalista emo no outro é tipo um Ozzy, só que não é o Ozzy e o pessoal desconta pontos na mesma velocidade que uma Professora de Matemática solteirona beirando os 50 anos desconta na prova daquele garotinho estranho que senta no fundão. Sem dó nenhuma…



Os gostos dos metaleiros geralmente são cercados de extremos e mitos. A banda X tem o melhor vocalista, a Y o mais rápido guitarrista, a Z fez um pacto com o Satan, a X1 é a mais power, a Y1 é a mais True, a Z1 é a mais técnica e por aí vai…Metaleiros mundo afora fazem o marketing das bandas dessa forma e é algo muito normal nos círculos a utilização desses superlativos para descrever gostos um tanto quanto duvidosos, exemplos e mais exemplos disso foram dados aqui no Blog, entre eles Manowar (o mais True), Dream Theater (o mais técnico), Ozzy (o mais insano), Bruce Dickinson (o melhor…), e por aí vai…

Mas o que acontece quando uma banda não pode ser caracterizada por nenhum desses superlativos, ela não tem um vocalista impressionante, um guitarrista virtuosíssimo, um baixista showman ou simplesmente nada que a destaque nesse mar de bandas de metal, mas ainda assim existe algo profundamente satisfatório em ouvir nos seus álbuns?

Isso é o que eu sinto quando ouço um álbum do Grand Magus, uma gigantesca satisfação, não porque estou ouvindo um ótimo álbum, porque o riff de guitarra faz a cabeça “headbanguear” automaticamente ou porque o solo de guitarra é capaz de nos deixar de cabelos em pé, mas sim porque as composições são bem feitas, as vezes um tanto sonolentas como disse o Phantom, mas satisfatórias…

…Satisfatório passa de ano

No final das contas, Grand Magus – Iron Will é um álbum com menos defeitos do que qualidades, pouca coisa nele incomoda, algumas coisas nele me alegram (com um destaque impressionante para a música “Like the Oar strikes the Water”, vencedora como melhor música desse álbum por uma grande margem) o que é suficiente para ele ser aprovado.

Nota: 7,0

The Magician
Interessante, legal... diferente.

Acho que esta postagem do Mercante veio como uma espécie resposta ao Trooper que havia comentado meses atrás que o nosso presunçoso amigo metal-blogueiro teria se perdido em uma desesperada busca em uma dimensão sem caminho de volta, que fica situada entre o épic metal e o death metal sinfônico. Na verdade, todos temíamos por nosso amigo.

Mas ele se recuperou e achou o caminho de volta; Grand Magus - "Iron Will", se não é a mais inspirada obra de Metal, é pelo menos consistente, e apresenta uma agradável compilação do conjunto sonoro.

Essa ideia de consistência e pragmatismo é o que na verdade, está no centro do trabalho, e não é nenhum dos 3 adjetivos iniciais dessa resenha que estampa a face desse álbum; mas achei importante iniciar com eles para deixar claro o que achei, a despeito do resto da resenha, onde tentarei traduzir exatamente as passagens do disco sem ter que utilizar o viés crítico.    

A banda realmente não traz nenhuma sequência de riffs atordoantes, solos mirabolantes, e nem nenhum músico ou performance individual chega a se destacar no álbum, o ponto forte é justamente a massa de som encorpada e consistente; dá pra visualizar o álbum todo como estar diante de uma parede, onde cada instrumento é um tijolo e a produção, a argamassa. Um componente está amarrado ao outro e quase que inerentemente se completam.

Da mesma forma que o comportamento sonoro tende à uma única abordagem, a estrutura dos sons (de versos, pontes e refrões) seguem um script de programação constante, quase sempre começando com introduções mais atmosféricas e cadenciadas para alcançar ápices de intensidade na parte dorsal, sendo assim, as músicas terminam de forma arbitrária como se tivessem seguindo a obrigação de "tempos de parada", pois a próxima música após suplantar a introdução continuará exatamente onde a música anterior parou. E , de novo, tudo se amarra de forma contínua e ininterrupta, exatamente como em uma linha de produção fabril.

Aliás, acho que essa afinal é a melhor forma de descrever a sonoridade do trabalho: "script de programação", "tempos de parada" e "linha de produção" são termos industriais, e acima de tudo o que define essa característica é a incessante bateria "bate-estacas" presente em praticamente todas as faixas e que acaba te abduzindo para o interior de uma planta metalúrgica com turnos de 24/7.

É um disco altamente imersivo, e no meio dessa regressão você percebe alguns traços "retrô" nas linhas vocais (a mim, pareceu uma abordagem Ian Gillan anos 70, especialmente no verso inicial da faixa título) e esforço no embolamento sonoro que nos remete ao estilo arrastado de "Sludge" (Mastodon, por exemplo).

Um outro semblante de pragmatismo e padronização do disco é a sua tendência de intensidade crescente em cada faixa, e que curiosamente  parece acontecer também com o conjunto total de músicas, já que ao escutá-las na ordem correta sugerida pela sequência do encarte, parece que a última faixa é a apoteose, entregando o ápice do trabalho em "I am the North".

Nota 7,1 ou \m/\m/\m/\m/.

Ouvir esse CD é como se você estivesse assoprando uma bexiga até o momento de sua explosão, ou apontando um lápis até que o grafite não suporte mais a lâmina do apontador... ah, você entendeu...

São muitas metáforas, acho que entrei estado hipnótico devido ao estilo da banda, da mesma forma que uma delírio febril, uma imersão hipnótica, lavagem cerebral... isso faz parte do seu estudo antropológico, Merchant? seu crápula!   



The Trooper
3Quando vi o rótulo "stoner metal" pensei "xiiiiiii". Ouvi um álbum há alguns anos, indicado por um amigo, de uma banda chamada The Sword e achei bem meia-boca, daí fui ouvir Iron Will com um pé atrás. Como aconteceu com o primeiro filme de X-Men, tive uma agradável surpresa, o trabalho é bem bacana. 

Para mim Grand Magus é uma mistura de Deep Purple e Black Sabbath com uma pitadinha de Iron Maiden, Iron Will começa com uma pegada bem Purple, sabbathisando totalmente na quarta faixa (que é homônima ao álbum) e a partir daí misturando ou intercalando os estilos. 

A pitada de Iron Maiden veio na sexta faixa (The Shadow Knows), dando um up com timing perfeito, evitando parcialmente que uma lentidão sabbathiana tomasse conta do resto do trabalho, parcialmente porque as duas próximas faixas são bem lentas (Self Deceiver é facilmente, a mais chata do álbum, embora seja um dos pontos altos da performance do vocalista JB, e Beyond Good and Evil é tão Black Sabbath, mas tão Black Sabbath, que podemos classificar a banda como um simulacro durante esse espaço de tempo).

Por fim, I am The North dá um up novamente, mas não chega no nível do começo do álbum.
Avaliando a banda, todo mundo passou, os suecos são bem competentes, as músicas são boladas de um jeito que todo mundo aparece, e quando até o vocalista é bom, fica difícil descer a lenha. As letras pareceram focar em boa parte do tempo em uma crítica à moral judaico-cristã (pra variar né? Os nórdicos tem uma tendência a cair nesse tema), nada escrachado, mas também nada chamativo, acabou por passar batido.

Enfim, aprovado, não chega a ser obra-prima, nem épico, mas soma mais um Solid lá na conta da Suécia.

Destaque para  Fear Is The Key e The Shadow Knows.

P.S.: Eu queria lançar um desafio aqui, leiam as resenhas sem olhar a nota no final e tentem adivinhar quanto o cara quis dar de nota com aquele texto. Várias vezes o texto e a nota são díspares (as minhas incluídas).

Nota: \m/\m/\m/\m/

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Arch Enemy - Khaos Legions

O álbum Khaos Legions, lançado pelo Arch Enemy em 2011, foi escolhido por Venâncio.
Faixas: 01- Khaos Overture (Instrumental), 02- Yesterday Is Dead and Gone, 03- Bloodstained Cross, 04- Under Black Flags We March, 05- No Gods, No Masters, 06- City of the Dead, 07- Through the Eyes of a Raven, 08- Cruelty Without Beauty, 09- We Are a Godless Entity (Instrumental), 10- Cult of Chaos, 11- Thorns in My Flesh, 12- Turn to Dust" (Instrumental), 13- Vengeance Is Mine, 14- Secrets, 15- The Zoo (Scorpions Cover - Japanese bonus), 16- Snow Bound (Acoustic - Japanese bonus)

Venâncio
Vamos lá... Não sou muito fã de Death Metal em grande parte devido aos vocais guturais... Dito isto devo parabenizar esta obra do Arch Enemy que me fez escutar o "melodic death metal" (segundo a wikipedia) com outros ouvidos.

Escutei este album pelo menos umas 10 vezes nas ultimas semanas e seu ponto mais forte é sua agressividade presente em todas as faixas e expressada por todos os membros da banda.

Serei mais sucinto nesta avaliação ressaltando apenas pontos altos e baixos:

Pontos altos - Yesterday Is Dead and Gone, Under Black Flags We March, No Gods, No Masters, Thorns in My Flesh e esse belissimo cover The Zoo.

Pontos baixos - City of the Dead, Cruelty Without Beauty, Vengeance Is Mine e Secrets

7 pitus


Phantom Lord
O turista corneteiro Venâncio nos trás um gênero "metálico" nada apreciável por mim, de volta ao blog. Uma banda que ouço falar desde 19xx, mas até então nunca parei para ouvir com atenção. 

O álbum Khaos Legions do Arch Enemy chega mostrando um grande trabalho instrumental com um dos típicos vocais (limitadíssimos) do death metal. Um bizarro vocal nada nítido, executado por Angela Gossow, se não me engano, mostra-se meio gorfado, meio raivoso e meio goblinóide. Em relação aos instrumentos, inevitavelmente eles caem em momentos toscos (na faixa 3 por exemplo), talvez para acompanhar os vocais, ou para demonstrar algum tipo de agressividade, velocidade etc etc. Mas no decorrer do álbum, fui tendo a impressão que este trabalho é um desperdício de instrumentistas, pois os momentos que não apresentam rusticidade na melodia / ritmo nem vocais, são muito bons. Outro problema é que álbuns com tantos momentos ruins (devido ao vocal e alguns momentos de instrumentos toscos), acaba fazendo com que eu me distraía com outras coisas. Neste caso as tentativas de aumentar o volume do som são sessões de auto-tortura, praticamente impossíveis de se praticar mais do que uma vez por alguns segundos. Então eu poderia entrar no SUPOSTO "método mercante" de ouvir o disco várias vezes: mas também não dá certo, porque quando as músicas são ruins, a paciência desaparece rápido (ainda assim, consegui ouvir o Khaos Legions duas vezes! mais do que qualquer outro álbum "death"). 

Voltando às músicas do Khaos Legions, apesar das mudanças de ritmo, notei algumas semelhanças na faixa Cult of Chaos com músicas do Sepultura. Talvez esta seja umas das melhores músicas deste disco (ou menos piores?) ao lado da sequência Thorn in my Flesh, Turn to Dust e Vengeance is Mine. Porém, mesmo Angela usando um tom mais grave nos urros/grunhidos, os trechos instrumentais lentos impedem que a sonoridade do Arch Enemy fique do nível de um Chaos AD do Sepultura. Infelizmente na faixa Secrets a banda caga bastante com aquela bateria hiper tosca em boa parte da música, talvez para "acompanhar" o vocal regurgitante. 

O interessante destas resenhas é que mesmo eu alegando não gostar, eu escuto o disco e não saio distribuindo notas extremas (entre 0 e 2) como alguns membros do blog fizeram várias vezes, mesmo sem sentar a porrada nas resenhas dos discos criticados. 

Talvez por causa do álbum apresentar alguns bom momentos (praticamente todos instrumentais é claro), desta vez deixarei aqui a avaliação faixa a faixa, trabalho que não costumo fazer com obras déti-metal. 
 "Khaos Overture/Yesterday Is Dead and Gone" 4,2
 "Bloodstained Cross" 3
 "Under Black Flags We March" 5,8
 "No Gods, No Masters" 4,8
 "City of the Dead" 3,6
 "Through the Eyes of a Raven" 3
 "Cruelty Without Beauty" 4
 "We Are a Godless Entity" (Instrumental) 5,7
 "Cult of Chaos" 5,5
 "Thorns in My Flesh" 5,5
 "Turn to Dust / Vengeance Is Mine" 5,7 
 "Secrets" 3,8 

P.S.: Não posso deixar a oportunidade de contestar Mercante novamente: notem que este álbum é classificado como Melodic Death Metal apresentando APENAS vocais urrados/grunhidos (não há vocais suaves ou "limpos", seja em estilos dos anos 90 ou pós 2000, em Khaos Legions), o que me faz voltar afirmar que aquele trabalho do tal Crimson Shadows é praticamente constituído de um "metalcore melódico" (gênero muito próximo do emocore) feito por meninos que não têm noção do ridículo. É isso que acontece quando o indivíduo se aprisiona numa bolha sem perceber a realidade fora desta: Os integrantes do Crimson devem ter crescido num ambiente onde vocais pós-hard-core eram normais, daí utilizaram tal artifício em suas músicas, o que obviamente não aconteceu neste trabalho do Arch Enemy. 
P.P.S.: Apesar da nota, prefiro um álbum com mais altos e baixos como o Khaos Legions do que um "estável" Hate Crew Deathroll. 
P.P.P.S.: Alguém já pensou em dar um Plasil para Angela Gossow? 
Nota Final: 4,6

The Trooper
3Em 5 de novembro de 1974, em uma noite quase sem lua (a lua nova seria no dia 7), na cidade de Colonia, na Alemanha, nascia uma pequena garota. Nesse mesmo dia, devido a uma conjunção astral, Azmodeus ria de seu trono em Nessus, a nona camada do Inferno (ou Baator). Dava-se assim, o início de mais um de seus planos malignos, com a combinação de astros, Azmodeus transferia uma ínfima parte de seu poder à criança, transformando-a em uma extraplanar.

 A garota cresceu, cercada de problemas que a aura de Baator a sua volta, insistia em trazer. No auge desses problemas (de saúde e financeiros), a garota usa sua força de vontade para direcionar sua vida para a música e os estudos. Usando sua voz que possui parte do poder de Azmodeus, a adolescente entra para a banda Azmodina, e após o fim desta, forma a banda Mistress. A garota reconhecia algo muito forte em sua personalidade, e tentava controlá-la, banindo, por exemplo, o consumo de carne.

 Os planos de Azmodeus pareciam frutíferos, após a virada do milênio, depois de uma das maiores campanhas dos baatezu contra os tanar'ri, servos de Graz'zt (lorde da 45ª, 46ª e 47ª camadas do Abismo), demônios disfarçados de humanos que compunham uma banda chamada Arch Enemy, contrataram a alemã para somar seus dons aos seus poderes, e converter mais almas para o Abismo. Mal sabiam eles, que ao invés de reforçar as enfraquecidas tropas dos tanar'ri para a Guerra de Sangue, estavam enviando as almas daqueles encantados pela voz baatoriana de Angela Gossow direto para as garras de seus inimigos: os baatezu.

 E é aqui nos Metalcólatras que esta história mais tem um impacto vil, pois o lendário anão, Venâncio, esquecendo Moradin, deu ouvidos a Angela, e desejando mal a seus companheiros de grupo (todos eles, seja o pobre bardo, o esperto ladrão ou até mesmo o bondoso clérigo), os torturou com os sons de Baator, e aquele de alma pura não pode ser encantado pela voz de Angela, sente apenas dor e angústia ao ouví-la.

 Nota: \m/\m/\m/

 p.s.: Sendo um não-fã de death (ou melodic death), tive que usar de tais artifícios para fazer essa desnecessária resenha, ou teria repetido a resenha de Hate Crew Deathroll.


Metal Mercante





Nota: 3,5

The Magician


(Resenha padrão de blog de Metal) 

O grupo sueco apresenta em seu 9o álbum de estúdio um trabalho concebido dentro das linhas de Death/Black Metal com alguns elementos melódicos entre as diversas passagens.

Na maioria das músicas a banda opta por manter uma estrutura sonora densa dentro dos versos principais, com condução principal do bumbo duplo e dos grooves britados das guitarras, e costura as partes melódicas em interlúdios ou conexões, e às vezes nas pontes e nos refrãos.

Essa determinação em sempre trazer a sonoridade principal dos versos para um núcleo de linhas pesadas e conturbadas quando as partes melódicas começam a tomar conta, aliado ao vocal característico de Angela Gossow é o que prende o trabalho às raízes Black/Death Metal.

As partes melódicas, ditadas pelas frases de guitarras, são no geral bem delineadas e apresentam certa criatividade, mas entram em desacordo com a contextualização e com o comportamento dos versos de algumas músicas. Por isso "Snow Bound", o refrão de "Bloodstained Cross" e o solo de guitarra sobre uma espécie de base Hard Rock aos 3:10 de "Through The Eyes of a Raven" (isso sem citar seu encerramento à partir de 4:34) por exemplo, parecem não soar de forma natural sobre o conjunto de composições.

A parte técnica no entanto é praticamente irretocável: trabalho impecável das guitarras e suas construções harmônicas, bateria com performance extremamente intensa e condizente, e por fim os vocais que se mantém em tempo integral naquilo que os fãs procuram e esperam.

A produção é o verniz das performances instrumentais, e consolida as linhas de forma à valorizar todos os elementos em seus respectivos momentos de evidência.

Embora em alguns momentos sofra de certa esquizofrenia, no todo é um trabalho que deve encher os olhos dos fãs do sub-gênero Melodic Death Metal (na minha opinião Melodic Black Metal).

Nota x,x.

(Resenha do Metalcólatra Magician)

Mais um desperdício de talento, dado que um conjunto de tão competentes instrumentistas empresta mais uma vez sua capacidade para a tão importante cruzada viking contra o Catolicismo...

Minhas impressões sobre os vocais guturais médios como intérpretes em quase 100% do tempo já foram escritas aqui mais de uma vez (Avatar e Wintersun)... não faz sentido, pra mim, no âmbito semântico, e por isso caga tudo. E casos de sua aplicação sobre melodias doces e meigas, fica ainda mais grave o antagonismo e a incoerência dos compositores (aos 3:25 de "Cult of Chaos" - praticamente Skid Row -  e aos 3:28 de "Thorns in My Flesh" as melodias são praticamente temas de baladas). Se for ser mau, manda bronca o tempo inteiro, porra!

Ainda no Arch Enemy tive uma interpretação própria sobre o motivo de uma menina loira cantando com abordagem "visceral" como front, imagino que foi uma alusão a Regan MacNeil, a menina do exorcista, que tinha a voz bastante parecida com a da vocalista, quando possuída.

Eles tem sua própria possuidinha, não são uma graça gente????

haaaa, tomanocú...
           
Nota 5, ou \m/\m/\m/

p.s: A capa é muito louca, fala sério, foi por isso que escolheu né Venâncio?

Hellraiser
3Acho que a singela resenha do Mercante diz tudo o que poderia ser dito deste álbum, ou melhor, desta banda ! 
Death Metal Generico !!! 
Pra resumir, …..não gosto de Death Metal, não gosto de vocal gutural, não gosto de Metal Melódico, logo, não gosto de Melodic Death Metal. 
Mas porque isso pode ser chamado de Death Metal ??  
Apenas por causa de uma mina cantando com voz gutural ??
Isso parece  muito mais um Power/Thrash Metal bem chinfrim com vocais guturais !! 
O resultado é simplesmente horrível !!!! 
Como no caso da resenha do Crimson Shadows, gostei pelo menos das faixas instrumentais, que por sinal são super curtas !! 
Ahhh e por falar em curtas, ...porque esses álbuns ruins tem que sempre serem tão longos, sempre com mais de 8 ou 9 musicas ??? 
Um exemplo de que este estilo é muito esquisito, ... a faixa 5 parece uma musica do Bom Jovi, porem cantada pela bruxa do mar !!!!! 
E a faixa 8, com tecladinho, afff .... 
Aiiiii, esqueci de comentar la em cima !! .....tambem não gosto de tecladinhos, ....ainda mais nesses tipos de som !! 
Ouvi este álbum, ...com certo sacrifício e já aviso de antemão, que ao contrario do BLS, este arquivo já apaguei em definitivo !!! 
Nota 3,0 e baixando ! 
Horrivel !!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Black Label Society - Order Of The Black

O Álbum "Order Of The Black" da banda Black Label Society lançado em 2010, foi escolhido por The Magician para análise dos Metalcólatras.


Faixas: 1-Crazy Hore; 2-Overlord; 3-Parade of the Dead; 4-Darkest Days; 5-Black Sunday; 6-Southern Dissolution; 7-Time waits for No One; 8-Godspeed Hellbound; 9-War of Heaven; 10-Shallow Grave; 11-Chupacabra; 12-Riders of the Damned; 13-January.


  Phantom Lord
Porque ninguém resenhou este álbum ainda?
Será que caíram no sono durante a audição?

Black Label sempre me pareceu uma banda promissora que forjou uma identidade facilmente reconhecível de rock/heavy metal inspirada em trabalhos de Ozzy Osbourne e da banda Alice in Chains... Promissora a ponto de lançar umas músicas bem interessantes, mas álbuns, de certa forma, entediantes. 

Em minha opinião isto acontece com várias outras bandas, que eu e alguns outros metalcólatras taxamos de "banda de coletânea". Mas porque isto aconteceu com o Black Label Society? 
Não há uma fórmula mágica ou resposta definitiva que explique isto, pois no fim sempre será principalmente uma questão de opinião pessoal. Ao meu ver, o timbre limitado de Zakk Wylde e os artifícios de sempre nas guitarras são alguns dos fatores que condenam esta banda às "terras das coletâneas". 

Este álbum, até que chama atenção no início, principalmente das faixas 1 a 3. Depois surge uma balada, umas porradas, balada, porradas e balada, porradas e... ... Há algo muito dispersor neste álbum, e provavelmente em todos discos desta banda... Enfim, acho que já citei isso: o principal dispersor de atenção do Black Label Society é o vocal. 

Concluindo, ouvi o disco do início para o fim, do meio ao início, de trás para frente, aleatoriamente etc... E posso (re-) afirmar que as 3 primeiras músicas são as melhores do Order of the Black. 

1-Crazy Horse 7,7; 
 2-Overlord 7,3; 
 3-Parade of the Dead 7,4; 
 4-Darkest Days 6,2; 
 5-Black Sunday 7; 
 6-Southern Dissolution 7,1; 
 7-Time waits for No One 6,4; 
 8-Godspeed Hellbound 6,8; 
 9-War of Heaven 7,1; 
 10-Shallow Grave 6,3; 
 11-Chupacabra -; 
 12-Riders of the Damned 7; 
 13-January 6. 

 Nota Final: 6,5 

 P.S.: O fato mais interessante que posso citar na resenha deste disco é que após mais de 4 anos de blog, este é o "meu primeiro" 6,5...

The Trooper
3Complicado escrever sobre este trabalho. Ele está longe de ser ruim, mas também não pode ser classificado como bom. Nota-se a influência de Ozzy sobre Zakk Wylde, alguns trechos de músicas são cantados de forma muito parecida ao que Ozzy faz, e ele elevou a um novo patamar o gosto do velhinho por baladas, quebrando a regra mais importante do heavy metal: nunca coloque mais do que duas baladas em um álbum!

Além disso Zakk abusa da simplicidade dos riffs na maioria das músicas (ok, eu disse que gosto de músicas simples também, mas aqui, o guitarrista coloca um riff "megaestúpido" que chama outro, mas esse outro não vem. Com sorte, no meio da música ele bota outro riff louco, mas isso nem sempre acontece em Order of The Black). Essa falta de diversidade de riffs somada a falta de variação dos vocais torna o álbum cansativo. Talvez se OotB tivesse metade das faixas (cortando aí duas baladas como Darkest Days e Time Waits For No One), isso não acontecesse.

Enfim, é um álbum que dá pra ouvir de vez em quando. Destaque para Godspeed Hellbound (lembra um pouco A7X O.o), Crazy Horse (a melhor do álbum), às distorções em todas as faixas e à algumas letras muito boas.

Nota: \m/\m/\m/

p.s.: Order of The Black lembra um pouco Black Sabbath, Ozzy solo e rock clássico, mas falta contundência.

The Magician
Uma das minhas missões como Metalcólatra é trazer para a discussão do site bandas ou trabalhos que por um motivo ou outro tiveram grande repercussão para o público metaleiro em geral, e em cima dessas resenhas dar a possibilidade de explorar quais são, afinal, os fatores que influenciam para sua popularidade.

Fazer isso com grandes trabalhos do HM é entender um universo complexo formado de uma infinidade de partes, por completo, e é também um modo de oferecer uma compreensão sobre as várias abordagens dos gêneros do Metal. Foi por isso que fiz questão de colocar alguns exemplos de trabalhos respeitadíssimos aí fora, que poderiam simplesmente ser ignorados (por ignorância ou arrogância, ou os dois ao mesmo tempo) por alguns membros do blog; alguns exemplos: "Season in Abyss", "Black Metal", "In the Shadows", "Bloody Kisses", "Dream Theater", "Sonic Firestorm", "Brave New World"...

A bola da vez é Black Label Society (ou apenas BLS), a já famosa banda de Mr. Z.Wylde; e dá pra dizer sem medo de errar que o grupo de "Groove Metal" é um daqueles responsáveis (no sentido figurado) por tocar o bumbo para dar o ritmo ao Metal pós 2000. Ou seja, é de fácil aceitação que o BLS tem uma imagem muito bem retocada para o público Metaleiro comum, quando na maioria das vezes que empresta seus sons para abertura de outros shows ou para discotecagem de casas de Rock, é muito bem recebido, obrigado.

Além disso, está muito comum ultimamente trombarmos com o símbolo da banda estampado em camisas por aí... e por uma quantidade crescente de seguidores de Zack e sua trupe. Resumindo, no geral a banda é bem conceituada e vem recrutando novos fãs a cada ano.

Contudo, eu sempre tive dificuldade de conseguir uma análise aprofundada da qualidade real do BLS, e isso sempre me deixou curioso. De certa forma, ainda que estivesse conversando com caras que são realmente fãs da banda americana, eu não conseguia enxergar empolgação daqueles que comentavam seus trabalhos, é como se a impressão geral fosse: "BLS é muito louco... e só..."

Esse fato, e a informação de que "The Order of the Black" seria o trabalho mais consistente do BLS, resultaram naturalmente nessa postagem, que proporcionaria minha própria análise dos caras sobre o trabalho que mais carrega suas principais características. 

E lá estava eu depois de algumas horas pensando: "BLS é muito louco.... e só isso." Oras, riffs pesados e legais, vocal e assinatura de timbres instrumentais bem originais característico, baladas e faixas arrasa-quarteirão distribuídas, ótimos solos de guitarra, alguns refrãos cativantes.... qual poderia ser o problema do Black Label????

Fiquei meio decepcionado, pois me senti obrigado por um momento a dizer que BLS é muito bom, mesmo sem achar o álbum em questão muito bom, e pior ainda, sem ter uma "química" com o material apresentado que de uma forma estranha parece não ter "alma".  

Pois bem, ao ler as críticas dos membros do blog procurando por pontos que justificassem também minha própria crítica, só pude reconhecer impressões pessoais de cada um deles: "muitas baladas", "riffs estúpidos", "entediante"..., ou seja, nada que justificasse uma nota medíocre como =~6. Inclusive quase me rendi à seguinte expressão do post do Phantom Lord acima:

"Não há uma fórmula mágica ou resposta definitiva que explique isto, pois no fim sempre será principalmente uma questão de opinião pessoal."

Só que a sabedoria meu amigo, se alimenta do tempo... 

E o tempo (algumas semanas de reflexão e comparações) me fez perceber o problema do BLS. 

Zack Wylde é líder, compositor e criador do "Black Label Society", que conforme seus fãs (corretos nessas colocações) não se apropria de trabalhos já "impressos" em sua parceria com Ozzy, e muito menos percorre as tortuosas trilhas utilizadas por outros guitarristas virtuoses do passado, se afogando em um mar de solos de guitarra. Porém tudo na banda orbita ao seu redor em um universo "Zackiocêntrico", atuando sob um campo gravitacional onde os elementos seguem primeiramente sua voz, que puxa sua guitarra, que depois puxa todo o resto. 

E você ingenuamente me perguntaria: mas não deveria ser assim??? 

Claro que não!!!! Mustaine admitiu que o auge de seu trabalho começou após deixar de centralizar as coisas e libertar dos grilhões a criatividade dos demais membros à partir de "Rust in Peace", da mesma forma que Bruce Dickinson fez em "The Chemical Wedding". É à partir daí que nasce uma banda de verdade.

Destaques para "Parade of Dead" e "Riders of the Damned"

Nota 6,4 ou \m/\m/\m/.

p.s: Zack não deve ter percebido que a carreira de Ozzy foi um mega sucesso devido principalmente ao fato de ter deixado a criatividade de seus guitarristas voar sem restrições... 

Venâncio

Mano... legal mas chato, estilo musica de fundo...

5 pitus

Alterado 25/11/14 - Tá, me forçaram a escrever... Este álbum não passa de uma vitima da necessidade, antes de tudo essa obra é o ganha pão de pelo menos umas 50 pessoas (chutando)... assim temos uma obra que é ruim? não! é boa? não! está na zona de conforto de seus interpretes? sim! e ai reside a resposta do motivo de ser meia-boca.... ela não arrisca em nada e garante que o cliente não vá reclamar... uma obra vitima do medo... sentimento este transmitido pelos integrantes da banda ao decorrer do disco, e isso é justamente o que o afasta de ser algo mais

PS: não uso drogas





Hellraiser
3Bom, vamos la com a pequena resenha deste disco da banda comandada pelo gigantesco Sr. Wild. 
Eu gostaria muito de chegar aqui e escrever que essa audição mudou minha concepção sobre a banda, ....infelizmente não, ....mas no resultado final eu achei um álbum até que escutavel, .....e se caso isso serve como ponto positivo, ....não vou deleta-lo dos meus arquivos, ...mas ........ 
Sempre existe um ¨mas¨!!
O disco não empolga tanto, apesar de ter alguns sons até que bem legais, ...caso das faixas 2, 3, a otima 8 e a 12, ....alguns razoáveis, como as faixas 1, 5, 6 e 9, ...mas fora isso o ouvinte se depara com as tais ¨baladas¨, no caso as faixas de numeros 4, 7, 10 e 13 e a desnecessaria faixa 11, ...ai a coisa fica feia, ... 
poxa precisava de tanta assim ???? 
......esse cara grandão barbudo e com cara de mal, deve estar na fossa, ...só pode !!!!!!!!!! 
Um outro detalhe que na minha opinião não deixa o álbum ser melhor, é a voz do grandão la, ....uma certa copia mal feita do seu mentor Ozzy Osbourne, ..... 
lembra de mais a voz do Madman, e o frontman do Sabbath já não canta tudo isso, .... imagine a copia. Bom um álbum mediano, que poderia ser até um pouco melhor se o Zack Wild não fosse um cara romanticuzinho como descobri que é !! 
Destaque para a faixa 8 !!!! ( balancei a cabeça nela ) 
Nota 6,0

Metal Mercante
Ô cdzinho mais difícil de resenhar…
Primeiro vamos falar que estes últimos meses tem sido os meses do simulacro no Metalcólatras…Tem aparecido algumas cópias de coisas antigas, mas como todo bom simulacro, essas cópias nunca são tão boas como o original…

Falei um pouco sobre isso no meu post do Crystal Eyes, mas diferente do mesmo, desse aqui eu não gostei muito não…

Eu fico imaginando os gênios das gravadoras pensando…Pô, o cara tocou com o Ozzy, ele é muito bom, os fãs o adoram. Vamos montar uma banda com ele…Só que igual ao Ozzy…É o mesmo raciocínio que gera as continuações de filmes, expansões de jogos, spinoffs e etc. Faz um belo sentido financeiro, mas é muito comum em desagradar os fãs…

Alguém lembra de “Esqueceram de mim 3” ou “American Pie 4: Band Camp”??? Pô, fazer um Esqueceram de mim sem o Macaulay Culkin ou um American Pie sem o Stifler é a mesma coisa que essa bandinha, é um Ozzy sem Ozzy…Precisa ser no mínimo um DIO para se comparar (mas isso é uma discussão para outro dia…)

Existem alguns outros elementos que me incomodam que vão desde o vocal que me parece artificial demais (alguém que conheça mais música que eu pode, por favor, confirmar isso), as distorções das Guitarras e as músicas lentas. Consigo dar um destaque para Crazy Horse, só…

No final das contas esse cd não é ruim, ele é só extremamente mediano em todos os sentidos…

Nota 5,5

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Crystal Eyes - Killer

O álbum Killer lançado pelo Crystal eyes em 2014 foi escolhido para análise por The Trooper.

Faixas: 01-Killer; 02-Warrior; 03-Hail The Fallen; 04-Solar Mariner; 05-Forgotten Realms; 06-Spotlight Rebel; 07-The Lord of Chaos; 08-Dreamers On Trial; 09-Dogs On Holy Ground.



The Trooper
3Gamma Ray? Iron Maiden? Virgin Steele? Blind Guardian? Ed Guy? Afinal que banda é essa? Todas essas e nenhuma dessas. O Crystal Eyes parece ter feito um trabalho de colagem de diversos trechos da história do power metal neste trabalho. Mas peraí, com isso você quer dizer que este álbum é uma porcaria, certo? Errado! Ficou bom pra C@#$*&¨! 

Confesso que este foi o primeiro álbum que eu ouvi dos suecos, e eles estão no cenário desde 1992. Estava vasculhando os lançamentos de 2014 quando ouvi uma das faixas que acabou chamando a atenção (até aí, outras bandas também lançaram algumas músicas boas em 2014, Kaine, Evil Conspiracy, Flashback of Anger, Crosswind), a diferença de Killer para os outros álbuns que eu acabei ouvindo devido à alguma música boa, é que ele agradou faixa após faixa (com exceção talvez de Dreamers On Trial que é mediana), e vez após vez que eu ouvi o álbum. 

No fim o resultado foi esse, uma resenha e a aprovação deste metalcólatra que vos escreve. Destaque para o álbum todo fora Dreamers On Trial. 

Nota: \m/\m/\m/\m/

p.s.: ouvi algumas músicas mais antigas do Crystal Eyes e a diferença foi razoável, talvez devido à boa produção de Killer. 

p.p.s.: bem que a faixa Forgotten Realms podia fazer alusão ao meu cenário de campanha favorito.

Hellraiser
3Bom vamos a resenha desta obra sugerida pelo Trooper, ..... confesso que quando leio a palavra `` Power `` já me vem a mente, rebeldes sem causa, com cabeleiras louras e longas, curtidores das sagas Senhor dos Aneis, Harry Poter, e Como Treinar seu Dragão, ....querendo serem maus mas fazendo Metal super alegre. 
Meu gosto pelo Power Metal é bem diferente dos outros colaboradores daqui, ...considero o Walls of Jericho do Helloween o melhor álbum deste estilo, ... e por que ?? Por que não é alegre, ...é pesado, agressivo, rápido, cru e brutal !

Mas vamos ao Crystal Eyes, que na verdade foi até que bem aceito nas minhas audições, pois não tem refrões alegres a la Balão Magico. O som é até que legal sim.......o vocal é bom ( quando não exagera ) e o instrumental é muito bom também, MAS.....existem VARIOS trechos de musicas de outras bandas incluídas em suas musicas. 
Até parece mensagens subliminares, a quantidade de trechos já manjados por outras bandas me impressionou, acho até que isso foi proposital, ...não chego a citar a palavra `` plagio ``, ...mas acho que tiveram a intenção de chamar a atenção com isso, mas então vamos por partes: 

A musica que leva o nome do disco – Killer, tem um instrumental bem legal, ...apenas achei estranho o refrão, ...não é alegre, é apenas estranho. 
Warrior – talvez a melhor do disco, ...porem é Iron Maiden em quase toda sua essência, ...se pode achar mais de uma musica do Iron incluida nesse som.....quase um medley da Donzela. 
Hail to Falen – Que gritinhos são esses ??????? .....e pra piorar, essa alternância de vocais, a la King Diamond não me agradou em nada, afff ....a musica até que tem uma levada legal, bem ao estilo Randy Rhoads e Ozzy, .....tem um refrão diferente também, ...mas esse até passa meio que de boa. 
Solar Mariner – som legal, refrão chato, ...ahhhh ia me esquecendo, ....um pouco mais de Iron Maiden para os ouvintes ! 
Forgotten Realms – baladinha meio chata, ...e refrão a ser cantado todos com mãos dadas, balançando de um lado para o outro,......porem depois ela até que fica com uma levada mais legal. 
Spotlight Rebel – som legal, ..... mas logo se torna uma musica do Scorpions ( também ? ) sim !! Scorpions também encontramos aqui, ....... tanto no decorrer, quanto no refrão. 
The Lord of Chaos – agora eles chutaram o balde de vez !!!!!!!!!!.......alguem avisa pra eles que esse rif é da Back in the Village do Iron Maiden, por favor !!!!!!!!!!!!!....isso sim é quase um plagio !! 
Dreamers on Trial – baladinha bem chata, ( já não sou fã de baladas ). 
Dogs on Holy Ground – outra musica que os riffs te fazem lembrar da dobradinha Ozzy/Rhoads, ( I Dont Know )......porem com mais um refrão a la Queensryche. 

Nota-se fácil também a influência do Queensryche nos sons, ..embora esse sem aparecer tão notoriamente. Os grandes pontos positivos são a produção do disco, a belíssima capa, e o CD curto, de apenas 09 faixas, pra não ficar muito cansativo ao ouvinte. Bela tentativa de expor suas influências, conseguiram. 
Nota 6,95 

Phantom Lord
De volta ao metal-blog mais "devagar e sempre" da internet... 
Cristal Eyes é mais uma novidade em meu repertório. 
O álbum Killer abre com a faixa título, que logo de cara, como o Trooper citou, lembra os trabalhos de diversas outras bandas. Mantendo a boa qualidade, a faixa 2, Warrior traz mais lembranças de bandas "clássicas" do heavy metal, (como Iron Maiden citado por Helraiser)... Em minha opinião, a faixa 3, Hail to the Fallen mostrou pitadas de Virgin Steele, Hammerfall e até de Massacration nos tons mais forçados e quase desafinados que o vocal alcança. 
No decorrer do álbum podemos notar similaridades com Helloween, Tyr e provavelmente outras zilhões de bandas que devem ter servido de inspiração para este trabalho... Mas apesar de semelhanças aqui e ali, praticamente não há cópias baratas neste álbum: Além de mostrar criatividade, a qualidade instrumental, vocal e de produção são inquestionáveis. Heavy metal é isso, é música! 
Como já citei, em alguns breves momentos o vocal exagera nos agudos, mas nada que comprometa severamente a qualidade do álbum... Não há muito o que acrescentar, pois eu correria o risco de transformar minha resenha numa mera babação de ovo. Ouçam e tirem suas conclusões, pois para mim, este álbum de heavy/power metal não é espetacular, mas é definitivamente bom. Ponto. 

 Killer 7,8; 
 Warrior 7,0; 
 Hail The Fallen 7,8; 
 Solar Mariner 6,6; 
 Forgotten Realms 6,9; 
 Spotlight Rebel 7,3; 
 The Lord of Chaos 6,1; 
 Dreamers On Trial 7,0; 
 Dogs On Holy Ground 7,7 

 Nota Final: 7,13... Mas arredondo para 7,1

Metal Mercante

E mais uma vez aqui no blog temos uma banda velha conhecida de todos: Gama Ray


#sqn

Minha primeira vontade com esse cd era meter aquela minha velha etiqueta de “Metal Genérico” e partir para o próximo álbum, afinal estamos todos de saco cheio de bandinhas aleatórias que tentam se destacar andando exatamente nos mesmos passos de outras bandas já consagradas.

O maior problema é que estamos na quarta ou quinta iteração do Metal e cada nova iteração as bandas competem por uma fatia ainda menor dos ouvintes. Vou tentar brevemente explicar o que é isso que chamo de iterações.

1° - Os Deuses (Black Sabbath, Led, Deep Purple, Judas Priest...)

2° - Os semi-deuses (Iron Maiden, Metallica, Megadeth, Manowar, Helloween, Blind Guardian Savatage, e provavelmente algumas bandas de Death Metal que eu não conheço tão bem...)

3° - Os mortais (aqui já começam as papagaiadas de misturar gêneros e criar trocentos subgêneros – não vou nem citar essas bandas - ou simplesmente pegar algo que já foi feito em algum momento e espremer até a última gota como por Exemplo Hammerfall, Majesty, Gamma Ray, Angra, Iron Savior, Sonata Arctica, Edguy, Iced Earth, Nightwish, Rhapsody...)

4° Os millenials (As bandas que surgiram depois de 2000, geralmente essas bandas derivam de alguma banda que derivava dos deuses ou semi-deuses, como Persuader, Savage Circus, Alestorm, Cage, Dragonforce e por aí vai...)

5° Os impuros (As bandas que derivam da banda que derivava do derivado...bem, vcs entenderam...O nosso melhor exemplo no blog aqui é Crimson Shadows)

Refletindo um pouco sobre isso me parece que cada iteração é mais numerosa e mais frágil que a anterior, algumas bandas até conseguem fazer um belo som, mas a maioria delas toca algo que já ouvimos no passado, o que faz com que cheguemos no ponto em que está Crystal Eyes, tenho certeza que já ouvi essa banda, nada nela é novo, nada nela é ousado, nada nela me é estranho...

...talvez por isso eu tenha gostado (um pouco), passei o fim de semana inteiro cantarolando esse álbum

Obviamente não somos tolos, sabemos que repetição e previsibilidade são fundamentais para se gostar de uma música e Crystal Eyes tem muito disso, é previsível, é repetitivo, é familiar, mas de uma maneira que todos aprendemos a gostar, afinal se você chegou até aqui na sua leitura, também ouviu Halls of Jericho, Keeper of the Seven Keys I e II, Sigh no more, Insanity and genius, Power Plant, Land of the Free, Heading for tomorrow, no world order e por aí vai...

Nota 6,5

The Magician
Bom álbum no geral. O grupo distribui entre as 9 músicas diferentes tipos de composições que refletem o gênero tradicional do Heavy Metal, com destaque para a versatilidade dos vocais que se performam em no mínimo quatro diferentes abordagens, e para estruturas das músicas montadas nas guitarras, que se não são inspiradas pelo menos se apresentam firmes e contundentes.
 Procurei em cada faixa uma característica estrutural que encaminhasse o som para o estilo Power Metal mas não encontrei, por isso na opinião desse crítico não se trata de um "subgên" e sim de Heavy Metal em estado puro e concentrado.
Um dos pontos altos do disco é que a banda procura alternar a estrutura rítmica dos sons, além de apostar na rápida extensão do conjunto de músicas (de apenas 38 minutos), e esse formato de "Killer" é uma grande contribuição para a aderência do trabalho.
Como citado pelo Hellraiser, destaco a produção geral da obra, dos efeitos dos instrumentos à mixagem, e também achei a equalização ótima, já que não existem linhas sobressalentes.

Destaco os sons "Hail the Fallen" e "Forgotten Realms", que durante as 15 audições que fiz sobre esse trabalho, foram os responsáveis por me puxar para "dentro" do disco quando eu começava a me dispersar.

Agora... não teve UM santo nesse blog que não citou as referências da banda e algumas passagens que podem muito bem ter sido importadas de outros trabalhos. 

E, de fato, é muito óbvia a influência do Iron Maiden (por exemplo) sobre o grupo, com as duas primeiras faixas trazendo algumas partes que são praticamente simulacros de clássicos dos ingleses (a base do solo de "Killer" lembra a base do solo de "Aces High" e ao escutar o refrão de "Warrior" não tem como não se lembrar de "Prisioner"), sem contar Ozzy, Scorpions e outros já citados nas demais resenhas.

Mas oras bolas, se é diferente, é uma bosta, se é igual, é plagio???? 

Esse ponto paradoxal do Heavy Metal - que pode ser considerado um dos "nós" da forca do Metal, já foi discutido aqui por alguns Metalcólatras, mas sempre de forma leviana e sem objetividade, com conclusões sempre ranzinzas dos membros-críticos; e aquele que talvez mais tenha dissecado o tema fui eu com dois destaques: 

1 - na resenha do Dream Theater, onde comentei sobre a limitação da estrutura musical por uma baliza matemática que pode inibir a criatividade; e

2 - na resenha do Kings Among Men do Crinsom Shadows (que disseram alguns que não escrevi nada com nada), onde afirmei que ou a banda se mete nas pirambeiras dos subgens extremos, ou aceita ser uma cópia medíocre de tudo que já foi inventado.

Com o subsídio dessas duas resenhas dá pra propor uma conclusão através de uma terceira reflexão sobre o Metal: 

Já que é quase um consenso que o Metal nasceu na sequência mágica de três notas da música "Black Sabbath" (particularmente gosto de citar também o desfecho do intervalo menor da base de "NIB", com redução de meio ou um tom, que pode ser identificado em outras estruturas de músicas simbólicas do Metal, como Enter Sandman ou Black Number One, por exemplo), onde Iommi evocou a nota do capeta - a 5a bemol ou o "trítono", proibido em uma época onde a igreja tinha poder sobre a estrutura da música - e mudou a história do Rock, é muito lógico afirmar que por mais que esse núcleo fundamental seja desenvolvido ou enriquecido com outras influências, uma hora ele será inevitavelmente desgastado ou saturado.

Graças à sequência mística dessa música os membros do Sabbath ganharam muita fama e dinheiro, mas principalmente, forneceram muito mais fama e muito mais dinheiro para aqueles que seguiram sua fórmula...... só que uma hora a fonte acaba. Talvez seja como alguns dizem, e Iommi (o próprio tinhoso) já tenha coletado o número suficientes de almas para sua coleção.

Nota 7,1, ou \m/\m/\m/\m/.