quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Wig Wam - Wall Street

O álbum Wall Street de 2012 da banda Wig Wam foi escolhido por MetalMercante



The Magician
 
Primeiro de tudo; não confundir essa banda norueguesa aqui com a banda Wigwam finlandesa de rock progressivo (fazer o quê, se até as bandas de glam fanfarrão são dos países nórdicos hoje em dia... ¬¬').

Segundo que escrevi aí embaixo nos comentários (dia 22/12) que esse Cd deveria mesmo ser uma bosta, seguindo o comentário de meus colegas Metalcólatras Phantom Lord e Julião. Bom, como sempre não se confia em que um Metalcólatra escreve... (a não ser que seja você mesmo). Os motivos das picuinhas dos dois seletos membros são diferentes: Julião não gosta de nada que não seja Manowar to-be, e Phantom ressente e remói um 'não reconhecimento' de suas indicações Glam/HR aqui no blog (Pyromania e Trash). Portanto ambos comentários iniciais desse post soam como meros latidos ranhetas de pequenos cachorros pequineses...

Digo isso porquê o álbum é BOM, e depois de muito... muito tempo mesmo, o Merchant postou algo que preste! 

Ok, você terá que levar em consideração que é um pusta de um álbum oncinha/zebrinha, cheio de firulas e corinhos meiguinhos (bem bichescos mesmo), exatamente como foi feito e repetido no auge do Glam oitentista, mas existe muito cuidado no sentido musical, e as coisas não são jogadas aleatoriamente pelas pautas, sendo que cada riff é bem elaborado além de ter seu valor e seu próprio sentido nas melodias (mesmo o verso principal de "Wrong Can Feel So Right" que é na verdade, o verso de "Nâna Nenêm Que a Cuca Vem Pegar"). Aliás, a habilidade dos roqueiros nórdicos continuam me surpreendendo e ao mesmo tempo irritando, se a gente por aqui investisse em música desde a tenra idade como eles fazem por lá, não teríamos o Funk e o sertanejo universitário como principais motivos musicais nacionais... 

Enfim, as referências ao movimento oitentista são inúmeras e é uma colher cheia para quem curtiu muito aquela época farofa, inclusive a última musica do disco é uma homenagem merecida ao Alice Cooper (tá vendo Phantom, larga essa marra!). Mas no meu caso específico o que me arrebatou foi o trabalho das 6 cordas elétricas (12, no caso das gravações, já que tudo é overdubado), trabalhando em sincronia meticulosa os riffs pesados são memoráveis ainda que servindo de base para as maiores choradeiras e farofadas já escutadas, e os solos... virtuose é pouco! Esse tal de Trond Holter está definitivamente no meu radar (bronheiros de plantão, prestem atenção na última faixa instrumental: "Things Money Can't Buy"). Em outras palavras, as partes em guitarra fazem jus ao que eu sempre afirmei aqui no blog, que o Hard Rock contém os melhores registros guitarreiros do acervo do Rock e de suas vertentes, por um motivo que não consigo explicar com exatidão..... os maiores estiveram nessa pista e não no Heavy Metal: VanHalen, Steve Vai, Blackmore, Kotzen, Gilbert, Andy Timmons, Dokken, John Sykes, e por aí vai...

O que me deixa um pouco chateado é se tratar de mais uma banda 'Comedy', com alter egos, background falso e talz...  Isso é mais uma amostra que o Metal comercialmente não é mais levado à sério e por isso as bandas usam desse subterfúgio.

Bom Mercante, se zoeira ou não, você acabou por fazer uma ótima indicação para o final de ano dos Metalcólatras, por isso parabéns. Mas fica novamente a marca de sua personalidade contraditória, que em outras ocasiões ignorou, quando não menosprezou, bandas desse mesmo estilão..

Nota 7,7 ou \m/\m/\m/\m/.



Phantom Lord
Indicado por um cidadão que não resenha neste blog há "trocentos" meses, Wall Street da banda Wig Wam é um álbum de hard rock que flutua entre o cintilante glam rock e o heavy metal, com pitadas de sons eletrônicos em alguns trechos... Obviamente está mais para os gêneros mais leves do que para qualquer "metal", basta notar quantas vezes o suave refrão é repetido na faixa título por exemplo. O vocal limpo sobrepõe todos instrumentos, que mal apresentam algum peso... e passam muito longe de ritmos acelerados. Uma outra faixa (acho que a OMG!), que o imprestável do Mercante sequer identificou, segue um modelo similar a faixa título com um instrumental razoável com distorções e um refrão babaquinha e brega ressuscitando o tal glam, vulgo rock farofa dos anos 80. Enfim, é um álbum aproximadamente 50% escutável e 50% uma bostinha leve e pop, o que me traz a "dúvida": Qual seria a intenção do Mercante ao indicar essa joça para o blog? Mostrar que se bandas como os Titãs entraram no blog, o Wig Wam também pode entrar neste espaço? Cornetar o blog com algo que supostamente provoca algum dos metalcólatras? Não importa... Só sei que o álbum não vale mais do que este tanto de linhas de minha resenha. Nota Final: 5,8


The Trooper
3
Essa postagem foi uma clara provocação do Mercante à minha pessoa, pois eu estava xingando os metalcólatras no grupo de whatsapp (se não me engano, o xingamento utilizado foi 'bando de corno') para ver se 'animava' alguém a postar um álbum no último dia do mês, pois eu estava no serviço, e de lá havia pouco a se fazer para salvar mais um mês sem postagens. Então, diferentemente de Venâncio, não vou reclamar que o Mercante não fez a resenha (ainda) do próprio post.

Obviamente, Mercante postou o álbum pelo nome, só para provocar mesmo, é possível que ele nem mesmo tenha ouvido este álbum inteiro. Mas se ouviu, e gostou, ele quis manter seu título de mestre da contradição. Vou explicar por quê: o mesmo criticou a bonjovização do Ed Guy - nada é mais Bon Jovi do que este álbum; o mesmo desceu a lenha em City of Evil - há várias semelhanças entre este álbum e aquele (principalmente nos vocais); o mesmo criticou a discotecagem de All Hope Is Gone - discotecagem mais descarada do que One Million Enemies não há, lembrou até a trilha sonora de Turtles In Time do SNES ... vou parar nas contradições por aqui, pra não perder meu tempo.

E por falar em tempo, é inevitável uma reflexão: eu passo os dias da semana no serviço (9 horas mais 3 de transporte público), dormindo 8 horas para não ter dor de cabeça e saúde deteriorada, sobram 4 horas, em que você tem que tomar banho, cagar, lavar louça e o diabo que o for (sem contar as horas na faculdade), sobram apenas os fins de semana ... e aí?

Por que a reflexão? É inevitável pensar 'por que eu estou perdendo meu tempo resenhando essa merda?'

Vai se foder.

Enfim, o Magician está parcialmente correto, os caras sabem fazer música, o problema aqui é exatamente o que ele criticou em City of Evil: a escolha que os caras fazem com o talento deles.

Pra não dizer que foi uma perda de tempo completa, as duas primeiras faixas, embora possuam a profundidade lírica das músicas da Anitta (a profundidade é essa, rasa, pelo álbum todo), são bem legais, instrumentalmente falando, o resto é um pop 'gorfante' demais para mim.

Destaque para as guitarras de Wall Street e OMG!

Destaque negativo (de todo o ano de 2017 - a música campeã em ruindade) para The Bigger The Better, que além de ruim, tem uma das letras mais ridículas que eu já vi na minha vida.

Obviamente, lá pelo meio do álbum eu parei de ler essas merdas, e me esforcei em deixar o álbum tocando enquanto escrevia.

P.S.: Não tenho certeza se os caras quiseram se encaixar em comedy, etc, hein Magician? Os caras só entraram no glam mesmo.

P.P.S.: Consegui chegar até a faixa cover. Quando o cover é uma das melhores do álbum, é um sinal que você não está fazendo as coisas direito.

Nota: \m/\m/\m/ (fiquei com sérias dúvidas se as duas primeiras faixas conseguiam arrastar o álbum para a terceira mãozinha ... resolvi dar um boi)