segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Savatage - The Wake of Magellan

O álbum "The Wake of Magellan" lançado em 1998 pela banda Savatage foi escolhido pelo Metal Mercante para a análise.



Metal Mercante


São Paulo, Pista de Atletismo do Ibirapuera - 26 de Setembro de 1998

Dorsal Atlântica; Korzus; Glenn Hughes; Savatage; Saxon; Dream Theater; Manowar; Megadeth; Slayer

O Monsters of Rock de 98 foi impressionante, não só por ter no mesmo palco Manowar e Megadeth, mas também por ter sido a primeira vez que ouvi a banda americana Savatage. A apresentação dos caras foi tão boa, mas tão boa que no outro dia foi até a Woodstock e comprei o CD “Edge Of thorns” (pra quem nunca ouviu falar a Woodstock era a loja mais famosa de Heavy Metal de SP - A história da Woodstock Discos). De lá pra cá o Savatage foi aos poucos se tornando uma das minhas bandas preferidas de Metal...

Falando mais especificamente do álbum “Wake of Magellan”, sua parte instrumental é absurda, talvez um pouco mais progressiva e complexa que seus trabalhos anteriores, mas definitivamente muito boa. Várias músicas como “Morning Sun” e a faixa título começam lentamente e aos poucos engrenam em um som bem pesado e técnico, no caso da “Wake of Magellan” chegando a criar um “maldito refrão” tão pegajoso que é impossível não cantar junto.
No geral as músicas parecem ter as mesmas características, indo de momentos lentos para momentos rápidos, talvez para emular o balanço do mar já que este é um é um álbum conceito que conta duas histórias diferentes que se combinam na história de um velho marinheiro espanhol que decidiu acabar com sua própria vida navegando com seu pequeno barco no atlântico até afundar.

Para finalizar, as músicas “The Wake of Magellan” e “The Hourglass” são o motivo de eu ter postado este álbum no Blog, elas passam uma sensação épica, demonstram um alto grau de criatividade, o vocalista Zak Stevens é extremamente bom e ainda por cima, pouca coisa dá uma ideia de grandeza tão bem como os cantos orquestrais em camadas (da mesma forma que os dois primeiros cds do Avantasia).

PROS:
- Vocalista muito bom
- Canto orquestral em camadas
- Anymore é uma boa música lenta, até minha esposa gosta e sabe cantar inteira

CONTRAS:
- Muitas faixas de introdução
- Algumas músicas sem graça
- “Complaint in the System” é péssima

Nota: 8.5



Phantom Lord

Savatage… ouvi alguns discos desta banda, mas não sei exatamente quantos. Tenho certeza que ouvi ao menos o Hall of Mountain king de 1987 e o Edge of Thorns de 1993 e até gostei dos dois, apesar de possuírem diferenças significantes...
O Hall of Mountain King apresenta uma produção meio rústica e sonoridade mais “heavy metal clássico”... quero dizer, sem pender para estilos específicos do metal, ou sub-gêneros.
Ao ouvir Edge of Thorns pode-se notar uma diferença razoável tanto na produção como na sonoridade / estilo musical...
Agora vou ao álbum indicado: The Wake of Magelan.
As músicas se afastam ainda mais do estilo rústico e/ou clássico de álbuns como o Hall of Mountain King e a direção tomada me pareceu claramente “progressiva”, um sub-gênero que não me atrai muito. The Ocean é a introdução de Welcome, a faixa que antecede uma das melhores deste disco: Turns to Me. Mas esta faixa não chega a se destacar muito neste álbum, pois o Savatage consegue manter quase todas as músicas em uma “posição” (ou nível) semelhante: não há grandes altos e baixos.



Creio que as faixas menos interessantes (ou mais entediantes) sejam Complaint in the System, Anymore e The Hourglass.
Como Mercante disse, a parte instrumental é muito boa, definitivamente o vocal não é ruim, mas de um modo geral, o álbum apresenta-se devagar com alguns momentos de “despertar”... A variação de ritmo ao longo de suas 12 faixas, ocasionalmente parece repentina, mas a banda mostra-se competente (e a produção não é rústica) não deixando com aquela cara de “frankstein” como acontece com alguns outros álbuns de progressive rock/metal.



The Ocean/Welcome 6,1
Turns to Me 7,6
Morning Sun 6,3
Another Way 6,7
Blackjack Guillotine 7,0
Paragons of Innocence 6,4
Complaint in the System 4,5
Underture/Wake of Magelan 7,0
Anymore 6,0
The Storm 7,0
The Hourglass 5,3


Modificadores: Nenhum

Nota 6,4

The Trooper
3Em primeiro lugar, deve-se deixar bem claro que este não é um álbum para bater cabeça (ok, pode ser que em uma faixa ou outra seja possível), o que quero dizer é que é um álbum para se ouvir boa música, a alternância de velocidade, é na maior parte do tempo, bem colocada, o instrumental, os vocais e a criatividade em geral também são pontos à se destacar, embora em alguns momentos o trabalho possa não parecer muito complexo (em minha humilde análise de ouvinte), a construção das músicas foi muito bem feita.
Em um primeiro momento, o álbum, lá pela metade, começa a ficar um pouco sonolento, mas ao ouvir com mais atenção pude aproveitar melhor o trabalho dos caras. Apesar da experimentação em algumas faixas, não achei nenhuma fraca, tendo algumas muito boas, e na média, posso dizer que o álbum é bom. Destaque para a linha de baixo, e para as faixas Turns to Me, Morning Sun e The Wake of Magellan. O ponto mais sonolento, mas que não chega a ser fraco está na faixa The Storm.

Nota: \m/\m/\m/\m/


Pirikitus Infernalis

Wow! The Wake of Magellan. Mais um album “tiro certo” no blog.

O álbum funciona como um disco conceitual misturando 2 eventos e 1 história, O incidente de Dubai, A história da repórter Veronica Guerin e a história de um velho marujo espanhol, todas facilmente encontradas na net.

Savatage é uma banda bem conceituada, com membros bem técnicos, porém que (geralmente) não caem na armadilha de ultrapassar a linha do bom senso como algumas bandas que tendem a seguir uma linha mais prog (leia-se Dream Theater, uma das bandas mais chatas da história). Tudo soa coerente com a idéia principal da banda: Um cd de heavy metal. O solos de Al Pitrelli são sensacionais, principalmente na música Storm e o vocal de Stevens é muito bom, porém eu devo confessar que sou MUITO fã do vocal do Jon Oliva, mais rasgado e que torna a musica mais agressiva, é simplesmente impressionante.

Musicalmente o cd segue bem em quase sua totalidade. A abertura é muito boa, Morning Sun e Paragons of Innocence (com os vocais de Jon) são sensacionais, The Wake of Magellan é ponto mais alto sem sombra de dúvidas, Complaint in the System é bem legal (provável influencia da minha atual overdose de Faith no More), Storm é um ótimo instrumental, Another Way possui um ótimo solo. Porém é bem difícil um cd não possuir pontos baixos em sua totalidade, e aqui temos umas musicas que passam batidas como Anymore e Hourglass.

Resumindo: Cd para ser apreciado, ouça e seja feliz.

Ps: Para os que gostaram do vocal de Jon Oliva, sugiro o ultimo disco da banda (Poets and Madmen) onde Jon canta o álbum todo, ou algum álbum da banda Jon’s Oliva Pain, de preferência o álbum Festival.

Top 3: Turn to Me, Morning Sun e The Wake of Magellan – Shame Pit: The Hourglass

Nota: 8,5


The Magician


Wake of Magelan é o décimo e primeiro álbum de estúdio da banda norte americana Savatage.

Fico aqui me perguntando debruçado sobre este teclado como um CD como este pode soar interessante para o metal-blogueiro que navega em nosso blog atrás de dicas certeiras e conselhos coerentes de discos e bandas pertencentes ao estilo Metaleiro. 
Direto ao ponto – “Wake of Magelan” agrada aos metaleiros que procuram por um álbum de fortes pitadas experimentalistas, tanto nos quesitos harmônicos, quanto principalmente nos quesitos rítmicos e melódicos; não chega a ser progressivo, daqueles que alcançam o hiperespaço e depois da viagem voltam apenas nos segundos finais para se despedir do ouvinte. Prefiro classificar o CD como Metal Alternativo à Metal Progressivo, já que mesmo com as multiabordagens de estruturas musicais a banda e seu maestro (Jon Oliva) seguem os padrões dentro de cada canção.
Se você, como eu não é este tipo de metaleiro, esquece. Este álbum chega a incomodar, e incomodar bastante se quer saber...
Trata-se de um verdadeiro devaneio, de ponta a ponta. Um álbum desequilibrado tanto no sentido figurado como literal, sendo que ao ouvi-lo terá a real impressão de que está em um delírio febril, ou em um “seasickness” se preferir ambientalizar ao contexto. É um disco excêntrico criado por um cara excêntrico – Jon Oliva (e postado aqui no blog por um Metalcólatra também excêntrico).
Acontece que quando uma melodia surpreendente levada pelos arranjos em piano e suportada pela bateria começa a engrenar, percebemos que não se trata de uma música, e sim de uma introdução ou um interlúdio; quando as guitarras pesadas ensaiam versos aderentes, de repente irrompe-se um vocal ganido, esganiçado, que chega a ser decepcionantemente cômico; em meio às primeiras evoluções mais coerentes de guitarras pesadas são introduzidas as martelada órfãs sobre um piano evocado do alem!; No auge da insanidade musical “Wake of Magelan” nos apresenta uma valsinha traz-traz-pão em seis cordas baseada em métodos de violão-bossa (os bordões batem o solo e as primas criam o acompanhamento); e por fim , como um ato comprobatório da loucura inata o vocalista interpreta uma música inteira com um canto espasmódico...
Se salvam: a faixa título, por conta do refrão, e as famosas faixas bônus.
O post acaba servindo apenas para eu homenagear o falecido Mr. Criss Oliva, um dos mais criativos e surpreendentes guitarristas autodidata que já passaram pelo circuito do Heavy Metal. Tinha a mesma habilidade para criar e interpretar bases e solos, dom bastante raro no segmento em geral, e foi talvez o guitarrista que melhor soube em toda a cena equilibrar as características sonoras de peso com melodia. Escutar seus grandes hits dos anos 80-90 nos dá ideia da infinidade de combinações e possibilidades oferecidas pela guitarra elétrica em sua disposição de seis cordas. Um cara que mesmo não abandonando o gênero do metal, não colocava limites ao seu talento.
 Se levarmos em consideração que morreu em 1993 com apenas 30 anos, não há dúvidas que se vivo, Criss seria um dos melhores e mais festejados guitarristas de sua geração.
Esse aí partir foi sacanagem...
Nota \m/\m/\m/ ou 5,9.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Metal Christmas - Os melhores álbuns postados em 2011

A seguir duas listas dos melhores álbuns postados no Metalcólatras no ano de 2011

Melhores álbuns “Clássicos Metalcólatras”


Melhores álbuns indicação Metalcólatra


Metal Mercante


2011 foi um ano de altos e baixos aqui no Metalcólatras, postamos álbums absurdamente bons como o Metal Opera do Avantasia, o Renegade do Hammerfall e o Painkiller do Judas, álbuns esses que acredito serem obrigatórios na coleção de qualquer Metaleiros, porém postamos algumas coisas que não agradaram muito como o Slipknot, A7x e Fear Factory mostrando que o Metal “modificado” pelas novas gerações de americanos só conseguiu incitar a fúria dos Metalcólatras

Dos álbuns indicados, algumas surpresas como Blood of the Nations, Thunder in the East e o Brutal do Dr. Sin foram mais do que bem vindas, talvez não o suficiente para compensar a dor de ter que escutar coisas como os péssimos álbuns citados anteriormente, além de Type O Negative, Narnia e o péssimo, péssimo Dance of Death do Iron Maiden. Espero que em 2012 o pessoal procure indicar álbuns melhores...

Phantom Lord

No primeiro semestre de 2011 tivemos álbuns mais bem aceitos pelos metalcólatras aqui no blog do que no segundo semestre. Basta comparar as notas... Para mim é indiscutível a posição dos 4 primeiros discos na tabela classificatória apresentada neste post.

Vale lembrar que nem todos álbuns receberam notas semelhantes dos avaliadores: Skull Colectors (Hibria) recebeu desde nota 6 até nota 9...

Mas os casos mais extremos de discórdia não estão nestas indicações e sim nos álbuns mais votados...

Esta rústica tabela mostra todos os álbuns mais votados (como os melhores de rock/metal de todos os tempos) desde agosto de 2010 em nosso blog.

Pode-se ver que alguns álbuns com mais votos receberam notas finais inferiores aos álbuns com menos votos...

Entre os álbuns mais polêmicos (ou que tiveram grande diferença de notas entre os metalcólatras) podemos destacar Apetitte for Destruction, Chaos AD e Dogs of War.

No caso do Apetitte do Guns n Roses, o motivo foi óbvio: alguns corneteiros de plantão insistiram que não se trata de um álbum de Heavy Metal, além destes corneteiros terem "algo contra" os músicos da banda... Então o disco acabou com notas bem diferentes... Enfim, isto era esperado.

Chaos AD, com seu vocal urrado não poderia agradar a todos... podemos perceber isso nas notas. (eu mesmo não sou fã deste tipo de vocal, mas acho este bom álbum um caso a parte).

O último colocado entre os discos mais votados, foi o Dogs of War (Saxon), refletindo não só a diferença de gostos entre os metalcólatras, como também a diferença no modo de avaliar entre os participantes do blog: Para mim um álbum muito bom, merece nota superior a 8 (sim, Dogs of War esteve entre os votados por mim), porém temos a ocasional participação de Venâncio, que deu um possível 7,5 para este seu "querido" álbum. De resto, creio que foi só diferença de gosto (duas notas próximas de 7 e outras duas próximas de 5).

Vale citar o último causador de discórdia: Hail to England do Manowar... Também entre os votados (com 2 votos), este disco recebeu desde nota 2,5 até uma nota 10!!

Sim, caro leitor, com notas contrárias como estas, você terá de escutar por si mesmo (que na verdade é sempre a melhor solução para os não preguiçosos). Pode-se dizer que este álbum do Manowar é queridíssimo entre alguns metalcolatras, porém decepcionou outros de nós, pela musicalidade muito simples e produção rústica...

Pois é... sempre voltaremos para aquela frase: Gosto não se discute.


The Magician

Como diria Choro´s - o Steve Vai da Mooca: “Hello my Friends!”

Criamos este post natalino no intuito de sintetizar os acontecimentos de 2011 aqui no nosso blog Metalcólatra. Há de se dizer que para aqueles que acreditam no blog ele está apenas engatinhando, na verdade dando seus primeiros passos, e este foi seu primeiro ano por completo já que o blog nascera oficialmente em agosto de 2010.

De lá pra cá, para os poucos Metalcólatras que ainda se encontram nesse barco foi muito tempo de dedicação e muitas histórias e controvérsias para lembrar. Cada crítico coloca em sua resenha sua concepção particular sobre os diferentes artistas que por aqui passam, e este ambiente de debate aberto provocou acaloradas discussões sobre o “Mundo Metal”.

Nesse Mosh pit de opiniões o caro leitor provavelmente se identificou com um ou outro maluco que posta por aqui.

Algumas rinhas internas colocaram em evidencia assuntos polêmicos do cenário Heavy Metal, como: o confronto Metallica x Megadeth, a qualidade musical do Manowar, o pragmatismo Maiden, o poserismo, o “Metal Genérico”, a reciclagem do metal, a morte do gênero pós ano 2000, os subgêneros não-é-metal, o Nu Metal, o metal “espadinha” e o “Metal-de-Tangas”.

Tais discussões estabeleceram a divisão dos 12 membros em verdadeiras militâncias em nosso backstage, os grupos ergueram suas bandeiras em prol de diversos movimentos de cunho separatistas (se-não-é-metallica-não-é-bom, devotos do Manowar, os Inquisidores, o garimpo metaleiro, metal-corneteiros, etc...).Ainda assim a democracia (também questionada) imperou no final, e foi permitido todo tipo de comparação, exposição, reclamação ou baixaria...

Vale lembrar também o regulamento inicial do blog Metalcólatras; da forma que se dariam as postagens dos CDs para a análise. A cada quinzena o “Blog Lord” - entidade intermediadora - subiria uma sugestão de um dos 12 membros Metalcólatras junto a um CD com até 3 votos da lista dos “melhores álbuns de todos os tempos do Rock/Metal” criada por estes mesmos membros na fase inicial do projeto, sendo que os demais álbuns dessa lista – aqueles com 2 ou menos votos – se digladiariam na “batalha das bandas” por um lugar no palco dos metalcólatras.

O fato é que a batalha das bandas não se concretizou da forma que propusemos, e o cronograma também sofreu algumas modificações.

Disponibilizamos também, após algumas parametrizações básicas, uma lista de notas e ranking dos álbuns postados, para melhor dar suporte ao metal-blogueiro que busca por dicas do cenário-metal.

Gostaria de lembrar que em 2011 tivemos ótimas apresentações aqui no Brasil que tive a oportunidade de conferir, Blind Guardian (resenhado no link “futilidades”), Judas Priest, Whitesnake e Iron Maiden fizeram apresentações dignas.

Por fim gostaria de apresentar e fazer uma rápida análise sobre alguns dados do nosso site.

Até este exato ponto tivemos 46 postagens de álbuns e 2 postagens especiais (Metal Christmas e Dia do Rock), que começou no dia 1 de janeiro de 2011 com Type O Negative – Bloody Kisses e termina agora com Savatage – Wake of Megellan, o que nos dá uma postagem há aproximadamente cada 13 dias.A partir deste ponto o pior avaliado pelos Metalcólatras foi justamente o disco do Type O Negative – Bloody Kisses e o melhor Avantasia – The Metal Opera (lembrando que nem todos os críticos participam da apuração de notas).

Sobre os acessos/visualizações por mês seguem os gráficos dos “picos” de acesso e o geral de acessos, a partir de janeiro de 2011:


De dia 1 de janeiro de 2011 até 30 de novembro tivemos 16.584 acessos com uma média mensal de 1.507 ou 50,25/acesso dia.

Sobre os dados de visualização de posts vale dizer que em 2011 surgiu aqui o nosso campeão disparado de acessos – o Black Álbum do Metallica, conforme segue:

No entanto ao considerarmos a quantidade de acessos levando em consideração a data em que os CDs foram postados (Média/dia) o quadro muda ligeiramente:



Após este panorama estatístico esperamos que em 2012 bons álbuns passem por nosso blog, e que o cenário em geral cresça e nos apresente ótimas novidades, seja por meio dos “dinossauros” ou de bandas iniciantes.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Kamelot - The Black Halo

O álbum "The Black Halo" lançado em 2005 pela banda Kamelot foi escolhido por Pirikitus Infernalis para a análise.




01 - March of Mephisto, 02 - When the Lights are Down, 03 - The Haunting (Somewhere in Time), 04 - Soul Society, 05 - Interlude I - Dei Gratia, 06 - Abandoned, 07 - This Pain, 08 - Moonlight, 09 - Interlude II - Un Assassinio Molto Silenzioso, 10 - The Black Halo, 11 - Nothing Ever Dies, 12 - Memento Mori, 13 - Interlude III - Midnight/Twelve Tolls for a New Day, 14 - Serenade

Phantom Lord

Ao ouvir pela primeira vez o Black Álbum do Kamelot, tive a impressão que tratava-se de um álbum conceitual, então dei uma olhada pela internet... e confirmei.
A ambientação do Black Halo mostra-se boa, pois mesmo sem prestar muita atenção, as músicas "encaixam-se" bem, porém prefiro não avaliar ou comentar a história que o disco conta, afinal creio que eu não fiz isso aqui no blog com trabalho algum. (estou "avaliando" principalmente as músicas / sonoridade dos álbuns)
Também não notei pontos fracos em relação aos componentes da banda, todos integrantes e/ou particapantes deste álbum tiveram um bom desempenho.

Em seu decorrer, The Black Halo apresenta forte tendência "melódica" (podem chamar de power e/ou symphonic metal) e um pouco de "progressive" com algumas variações de ritmo (não muito repentinas... ainda bem) e momentos de calmaria.
Como um todo o álbum é um pouco longo: 14 faixas, sendo 11 músicas e 3 "interlúdios", porém isso me parece uma característica comum de trabalhos conceituais. As 3 últimas faixas reforçaram esta minha sensação de que o disco é longo ou demorado... Memento Mori tem uma duração de 8:41, é seguida por um interlúdio (bem característico do rock/metal progressivo) e mais uma faixa (média) de 4:32.

Em minha opinião a maioria das músicas estão niveladas, mas a faixa Black Halo é um pouco mais interessante do que as demais.
Enfim Black Halo apresenta complexibilidade um pouco acima do meu gosto e agressividade um pouco abaixo... mas ainda reconheço que é um bom álbum.

March of Mephisto 7,8
When the Lights Are Down 7,8
Haunting 7,5
Soul Society 7,3
Abandoned 7,2
This Pain 7,3
Moonlight 7,5
Black Halo 8,2
Nothing Ever Dies 8,0
Memento Mori 7,4
Serenade 7,2

Modificadores:



Nota 7,8.

The Trooper
3O que, afinal, é a mesmice? Trata-se de um tema bastante subjetivo, Pirikitus aborda o tema em sua resenha sobre o Wicked Maiden ao criticar a "mesmice do metal melódico" e em seguida sugere este álbum para resenhar, bem, este trabalho se encaixa exatamente na mesmice do power-symphonic metal. Mesmice é algo que não te surpreende, que não impressiona, que causa tédio. Seria extremista de minha parte classificar o álbum todo como mesmice, porque surgem trechos interessantes no decorrer do trabalho, mas como resultado final, eu posso dizer: mesmice.
Riffs e solos de guitarra interessantes, distorção pesada, vocais e instrumental bons ... mas também um sonzinho de teclado chato se faz presente o tempo todo e a agressividade é interrompida em quase todas as faixas, o que passa a impressão de um álbum meio "morto". Embora existam vários trechos instrumentais interessantes, poucas faixas conseguem formar uma música "inteira", que consiga impressionar em toda sua construção, a que mais se aproxima disso é o meu destaque para o trabalho: When The Lights Are Down.
No geral é um bom e manjado álbum de metal melódico que você pode deixar tocando de fundo sem medo de errar, mas que fica "na porta" de receber uma nota como a do Wishmaster, que é menos sólido no total da obra, mas possui faixas mais impactantes.
Nota: 6,9.


The Magician


Após ter declarado neste blog minha opinião sobre a xenofobia do mercado norte americano de Heavy-Metal e de como ele direcionou (ou tentou direcionar) o gênero para canais mais acessíveis que distorcem suas características essenciais para enquadrá-lo em uma faceta pop, vejo uma enxurrada de posts de bandas dos EUA com atribuições mais técnicas aparecer no site dos Metalcólatras.




Até agora a mais surpreendente proposta de bandas pseudo-power-metal-americanas que surgiram por aqui, em minha opinião, é justamente a deste este álbum. O ótimo “The Black Halo” da banda Kamelot e sua produção muito bem concebida que mescla partes melódicas com temas pesados nos remete ao aclamado The Metal Opera de Tobias Sammet, e da mesma forma que este clássico, nos apresenta uma história única e contínua contada nas 14 faixas e interlúdios por diferentes interpretes.



As técnicas utilizadas pelos produtores também seguem a fórmula operística do Avantasia, com as presenças de vocais dobrados ou triplicados que se interagem com extrema facilidade, competência melódica e eficiência harmônica. Além disso as diversas transposições de alturas e a singular versatilidade de Roy Khan (vestindo o papel do personagem principal – Ariel, esse cara me deixou realmente espantado com o ótimo trabalho feito aqui) juntamente aos demais vocalistas, colocam as linhas de canto em extrema evidencia e obrigam o resto do conjunto trabalhar em consonância com a temática.



Os instrumentos, que é claro, não protagonizam a obra, são excelentes em suas partes. As guitarras utilizam artifícios variados, desde riffs e solos rápidos de estilos mais virtuosos de Metal até grooves rachados de New Metal que ainda assim não interferem no resultado melódico da obra. A bateria é impressionante na forma em que conduz os diversos elementos das canções; de forma diferente em cada faixa, se destaca. No entanto, essas linhas instrumentais que dão suporte aos vocalistas, são colocadas ao lado e equalizadas junto às quase sempre presentes linhas de teclados de camadas amplamente cheias e abertas.



Esses preenchimentos característicos dos versos em muitas faixas desembocam em “depressões” na melodia, que se invertem em repentes lentos e inflexívos. Esta abordagem acaba deixando de uma forma implícita um semblante gótico sobre o resultado final do trabalho.



E esta temática que oferece a ambientação é o cerne do trabalho. Uma atmosfera de melancolia com pitadas de tensão e passagens soturnas tecem o trabalho e caminha até a última faixa do CD sem grandes desvios de percurso.



Resume-se em um ótimo trabalho, com destaque para as excelentes 6 primeiras faixas e para a melhor do CD – “Nothing Ever Dies”, e não há nenhuma faixa fraca, só que eu apontaria “Moonlight” como aquela que poderia ser descartada. Há a ressalva de que como o foco do trabalho flerta com o soturno ou com o hipocondríaco não chega a ser uma obra que promoveria aos meus discos canonizados (acima de nota 9), mas com certeza é um dos álbuns mais competentes que já escutei de 2000 pra cá.



Talvez o erro do Kamelot foi ter convidado membros de bandas como “Epica” e “Dimmu Borgir”, ao invés de músicos mais competentes como fez Tobias Sammet. Eu trocaria todos os convidados, menos é claro, o Sr. Guaxinim; que faz uma ponta na música “Memento Mori” (há 1 minuto e 56 segundos), sua participação foi de fato de suma importância para o cenário do Heavy Metal mundial.



Nota 8,4 ou \m/\m/\m/\m/.






Sr. Guaxinim, convidado especial em The Black Halo




Metal Mercante


Graças ao “maravilhoso” transito de São Paulo tenho a oportunidade de escutar muitas músicas todos os dias e o processo de decisão de quais músicas são selecionadas para fazer parte do meu Pen drive é longo e complexo, envolvendo diversas etapas cujo resultado final é uma simples decisão binária...Ou permanece no Pen Drive (8g) ou dá lugar a outro CD.


Por esta visão Kamelot – Black halo é um sobrevivente já que é um dos poucos cds que está a mais de 2 anos no Pen Drive e eu continuo sem planos de remove-lo.


Este álbum é muito consistente, tirando um interlúdio aqui e ali e os vocais muito “calmos” para um álbum tão bem tocado e rápido não consigo ver falhas graves ou músicas ruins, todas elas são muito boas, bem tocadas e produzidas no geral, mas falta algo...


Mojo?


Pra quem lembra de Austin Powers, quando ele perde seu “Mojo” ele fica sem graça e perde seu apelo sexual, é algo parecido com esse álbum do Kamelot, as músicas são boas, bem tocadas, belas melodias bla bla bla, mas falta o Mojo, aquele mojo que faz o Metaleiro cantarolar “Ôo oo oooo, oô oo oo oo” num Fear of the Dark, bater cabeça insanamente num master of puppets, ou simplesmente cantar em coro como em Rebelion do Grave Digger, falta nesse CD aquela cola mágica que gruda a música na cabeça do Metaleiro e os torna inseparáveis para o resto da vida.



Nota : 7




Pirikitus Infernalis
Vamos comentar o cd postado por mim, afinal isso é o mínimo. The Black Halo é o sétimo cd da banda, o quinto com o vocalista Roy Khan. O motivo de ter falado isso é óbvio, Roy Khan mudou a cara do Kamelot tal qual Bruce fez isso com o Maiden (obviamente mantendo suas devidas proporções de importância), e isso pode ser visto claramente em Black Halo que, na minha opinião, é o melhor cd da banda. O Black Halo é conceitual e foi baseado na segunda parte da história de Fausto, dando continuidade ao seu antecessor Épica que inicia a saga.

O Kamelot possui um som mais enraizado no melódico sinfônico, que incorporou uma veia teatral bem forte com a chegada de Khan. Porém ele não é o único destaque dessa banda, Thomas Youngblood se firma cada vez mais como um bom e versátil guitarrista e Casey Grillo faz uma performance pra lá de gratificante na bateria. Como todo bom cd conceitual, aqui também contamos com os famosos interludes, todos com muito bom gosto (e bom senso). Uma destaque a parte são os convidados Shagrath como Mephisto e (a PERFEITA) Simmone Simmons como Marguerite, participações irretocáveis.

Dentro do que o Kamelot se propôs a fazer, fez com muita maestria. As músicas mantém o ritmo e peso certo conforme segue a saga, sem se perder em um falso brilhantismo de estar criando uma coisa épica.

Top 3: When the Lights are Down, The Haunting e The Black Halo. Shame Pit: -

Nota: 9