terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Kamelot - The Black Halo

O álbum "The Black Halo" lançado em 2005 pela banda Kamelot foi escolhido por Pirikitus Infernalis para a análise.




01 - March of Mephisto, 02 - When the Lights are Down, 03 - The Haunting (Somewhere in Time), 04 - Soul Society, 05 - Interlude I - Dei Gratia, 06 - Abandoned, 07 - This Pain, 08 - Moonlight, 09 - Interlude II - Un Assassinio Molto Silenzioso, 10 - The Black Halo, 11 - Nothing Ever Dies, 12 - Memento Mori, 13 - Interlude III - Midnight/Twelve Tolls for a New Day, 14 - Serenade

Phantom Lord

Ao ouvir pela primeira vez o Black Álbum do Kamelot, tive a impressão que tratava-se de um álbum conceitual, então dei uma olhada pela internet... e confirmei.
A ambientação do Black Halo mostra-se boa, pois mesmo sem prestar muita atenção, as músicas "encaixam-se" bem, porém prefiro não avaliar ou comentar a história que o disco conta, afinal creio que eu não fiz isso aqui no blog com trabalho algum. (estou "avaliando" principalmente as músicas / sonoridade dos álbuns)
Também não notei pontos fracos em relação aos componentes da banda, todos integrantes e/ou particapantes deste álbum tiveram um bom desempenho.

Em seu decorrer, The Black Halo apresenta forte tendência "melódica" (podem chamar de power e/ou symphonic metal) e um pouco de "progressive" com algumas variações de ritmo (não muito repentinas... ainda bem) e momentos de calmaria.
Como um todo o álbum é um pouco longo: 14 faixas, sendo 11 músicas e 3 "interlúdios", porém isso me parece uma característica comum de trabalhos conceituais. As 3 últimas faixas reforçaram esta minha sensação de que o disco é longo ou demorado... Memento Mori tem uma duração de 8:41, é seguida por um interlúdio (bem característico do rock/metal progressivo) e mais uma faixa (média) de 4:32.

Em minha opinião a maioria das músicas estão niveladas, mas a faixa Black Halo é um pouco mais interessante do que as demais.
Enfim Black Halo apresenta complexibilidade um pouco acima do meu gosto e agressividade um pouco abaixo... mas ainda reconheço que é um bom álbum.

March of Mephisto 7,8
When the Lights Are Down 7,8
Haunting 7,5
Soul Society 7,3
Abandoned 7,2
This Pain 7,3
Moonlight 7,5
Black Halo 8,2
Nothing Ever Dies 8,0
Memento Mori 7,4
Serenade 7,2

Modificadores:



Nota 7,8.

The Trooper
3O que, afinal, é a mesmice? Trata-se de um tema bastante subjetivo, Pirikitus aborda o tema em sua resenha sobre o Wicked Maiden ao criticar a "mesmice do metal melódico" e em seguida sugere este álbum para resenhar, bem, este trabalho se encaixa exatamente na mesmice do power-symphonic metal. Mesmice é algo que não te surpreende, que não impressiona, que causa tédio. Seria extremista de minha parte classificar o álbum todo como mesmice, porque surgem trechos interessantes no decorrer do trabalho, mas como resultado final, eu posso dizer: mesmice.
Riffs e solos de guitarra interessantes, distorção pesada, vocais e instrumental bons ... mas também um sonzinho de teclado chato se faz presente o tempo todo e a agressividade é interrompida em quase todas as faixas, o que passa a impressão de um álbum meio "morto". Embora existam vários trechos instrumentais interessantes, poucas faixas conseguem formar uma música "inteira", que consiga impressionar em toda sua construção, a que mais se aproxima disso é o meu destaque para o trabalho: When The Lights Are Down.
No geral é um bom e manjado álbum de metal melódico que você pode deixar tocando de fundo sem medo de errar, mas que fica "na porta" de receber uma nota como a do Wishmaster, que é menos sólido no total da obra, mas possui faixas mais impactantes.
Nota: 6,9.


The Magician


Após ter declarado neste blog minha opinião sobre a xenofobia do mercado norte americano de Heavy-Metal e de como ele direcionou (ou tentou direcionar) o gênero para canais mais acessíveis que distorcem suas características essenciais para enquadrá-lo em uma faceta pop, vejo uma enxurrada de posts de bandas dos EUA com atribuições mais técnicas aparecer no site dos Metalcólatras.




Até agora a mais surpreendente proposta de bandas pseudo-power-metal-americanas que surgiram por aqui, em minha opinião, é justamente a deste este álbum. O ótimo “The Black Halo” da banda Kamelot e sua produção muito bem concebida que mescla partes melódicas com temas pesados nos remete ao aclamado The Metal Opera de Tobias Sammet, e da mesma forma que este clássico, nos apresenta uma história única e contínua contada nas 14 faixas e interlúdios por diferentes interpretes.



As técnicas utilizadas pelos produtores também seguem a fórmula operística do Avantasia, com as presenças de vocais dobrados ou triplicados que se interagem com extrema facilidade, competência melódica e eficiência harmônica. Além disso as diversas transposições de alturas e a singular versatilidade de Roy Khan (vestindo o papel do personagem principal – Ariel, esse cara me deixou realmente espantado com o ótimo trabalho feito aqui) juntamente aos demais vocalistas, colocam as linhas de canto em extrema evidencia e obrigam o resto do conjunto trabalhar em consonância com a temática.



Os instrumentos, que é claro, não protagonizam a obra, são excelentes em suas partes. As guitarras utilizam artifícios variados, desde riffs e solos rápidos de estilos mais virtuosos de Metal até grooves rachados de New Metal que ainda assim não interferem no resultado melódico da obra. A bateria é impressionante na forma em que conduz os diversos elementos das canções; de forma diferente em cada faixa, se destaca. No entanto, essas linhas instrumentais que dão suporte aos vocalistas, são colocadas ao lado e equalizadas junto às quase sempre presentes linhas de teclados de camadas amplamente cheias e abertas.



Esses preenchimentos característicos dos versos em muitas faixas desembocam em “depressões” na melodia, que se invertem em repentes lentos e inflexívos. Esta abordagem acaba deixando de uma forma implícita um semblante gótico sobre o resultado final do trabalho.



E esta temática que oferece a ambientação é o cerne do trabalho. Uma atmosfera de melancolia com pitadas de tensão e passagens soturnas tecem o trabalho e caminha até a última faixa do CD sem grandes desvios de percurso.



Resume-se em um ótimo trabalho, com destaque para as excelentes 6 primeiras faixas e para a melhor do CD – “Nothing Ever Dies”, e não há nenhuma faixa fraca, só que eu apontaria “Moonlight” como aquela que poderia ser descartada. Há a ressalva de que como o foco do trabalho flerta com o soturno ou com o hipocondríaco não chega a ser uma obra que promoveria aos meus discos canonizados (acima de nota 9), mas com certeza é um dos álbuns mais competentes que já escutei de 2000 pra cá.



Talvez o erro do Kamelot foi ter convidado membros de bandas como “Epica” e “Dimmu Borgir”, ao invés de músicos mais competentes como fez Tobias Sammet. Eu trocaria todos os convidados, menos é claro, o Sr. Guaxinim; que faz uma ponta na música “Memento Mori” (há 1 minuto e 56 segundos), sua participação foi de fato de suma importância para o cenário do Heavy Metal mundial.



Nota 8,4 ou \m/\m/\m/\m/.






Sr. Guaxinim, convidado especial em The Black Halo




Metal Mercante


Graças ao “maravilhoso” transito de São Paulo tenho a oportunidade de escutar muitas músicas todos os dias e o processo de decisão de quais músicas são selecionadas para fazer parte do meu Pen drive é longo e complexo, envolvendo diversas etapas cujo resultado final é uma simples decisão binária...Ou permanece no Pen Drive (8g) ou dá lugar a outro CD.


Por esta visão Kamelot – Black halo é um sobrevivente já que é um dos poucos cds que está a mais de 2 anos no Pen Drive e eu continuo sem planos de remove-lo.


Este álbum é muito consistente, tirando um interlúdio aqui e ali e os vocais muito “calmos” para um álbum tão bem tocado e rápido não consigo ver falhas graves ou músicas ruins, todas elas são muito boas, bem tocadas e produzidas no geral, mas falta algo...


Mojo?


Pra quem lembra de Austin Powers, quando ele perde seu “Mojo” ele fica sem graça e perde seu apelo sexual, é algo parecido com esse álbum do Kamelot, as músicas são boas, bem tocadas, belas melodias bla bla bla, mas falta o Mojo, aquele mojo que faz o Metaleiro cantarolar “Ôo oo oooo, oô oo oo oo” num Fear of the Dark, bater cabeça insanamente num master of puppets, ou simplesmente cantar em coro como em Rebelion do Grave Digger, falta nesse CD aquela cola mágica que gruda a música na cabeça do Metaleiro e os torna inseparáveis para o resto da vida.



Nota : 7




Pirikitus Infernalis
Vamos comentar o cd postado por mim, afinal isso é o mínimo. The Black Halo é o sétimo cd da banda, o quinto com o vocalista Roy Khan. O motivo de ter falado isso é óbvio, Roy Khan mudou a cara do Kamelot tal qual Bruce fez isso com o Maiden (obviamente mantendo suas devidas proporções de importância), e isso pode ser visto claramente em Black Halo que, na minha opinião, é o melhor cd da banda. O Black Halo é conceitual e foi baseado na segunda parte da história de Fausto, dando continuidade ao seu antecessor Épica que inicia a saga.

O Kamelot possui um som mais enraizado no melódico sinfônico, que incorporou uma veia teatral bem forte com a chegada de Khan. Porém ele não é o único destaque dessa banda, Thomas Youngblood se firma cada vez mais como um bom e versátil guitarrista e Casey Grillo faz uma performance pra lá de gratificante na bateria. Como todo bom cd conceitual, aqui também contamos com os famosos interludes, todos com muito bom gosto (e bom senso). Uma destaque a parte são os convidados Shagrath como Mephisto e (a PERFEITA) Simmone Simmons como Marguerite, participações irretocáveis.

Dentro do que o Kamelot se propôs a fazer, fez com muita maestria. As músicas mantém o ritmo e peso certo conforme segue a saga, sem se perder em um falso brilhantismo de estar criando uma coisa épica.

Top 3: When the Lights are Down, The Haunting e The Black Halo. Shame Pit: -

Nota: 9


8 comentários:

  1. A explicação de meus modificadores de nota deve estar na página "Futilidades"... e o link desta página deveria estar na lateral do blog... mas às vezes, inexplicavelmente, surge lá embaixo depois dos posts.

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  2. Esse guaxinim do Magician tá parecendo Biker Mice From Mars.

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  3. O Sr. Guaxinim é uma “critica bem-humorada” ao CD, que exagera em querer sofisticar a obra;

    já basta alguns interlúdios bem forçados como aquela cantora de cabaré! Que diabos vai acrescentar o sonzinho do guaxinim no álbum??!

    É que se eu focasse nessa critica de repente podia descambar e soar incoerente com o que realmente achei do disco.

    Falar mal, sempre é mais fácil, como disse Venâncio...

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  4. Tive que escutar umas 10x para pegar o som do Guaxinim...Vc precisa parar de fumar esses troços e fazer reviews, tá te fazendo mal...

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  5. Mas escutou, não escutou? Eu podia citar o Sr. Morcego que tbm fez uma ponta neste CD, mas esse vcs terão que descobrir hehe...

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  6. Eu não consigo dar nota 7 para um álbum sem "mojo".

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  7. Ô povinho chato do metal, parece aqueles críticos esnobes de cinema

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