quarta-feira, 13 de julho de 2011

Rush - Moving Pictures


Escolhido por Phantom Lord para análise, o álbum Moving Pictures lançado pela banda Rush em 1981.




Phantom Lord

Ainda que o Rush não seja uma grande influência no cenário heavy metal, devemos reconhecer que com seu status de “famosa banda de rock” (dizem por aí hard, pop e progressive...), o Rush influenciou ao menos bandas de “metal progressivo” como o Dream Theater.

Ouvi diversos álbuns do Rush de 2007 pra cá, e notei uma ampla variedade de sonoridade em sua discografia. Em seu primeiro álbum o Rush soa como uma banda de “hard rock led zeppeliano”. Então seu estilo vai se tornando mais progressivo até 1980. Neste ano lançam o Permanent Waves que contém a clássica Spirit of the Radio com sua guitarra na pegada de reggae.

Nos anos 80 o Rush vai tornando suas músicas comerciais e eventualmente pop... Porém antes de afundarem em tecladinhos suaves e bregas, os caras do Rush lançaram Moving Pictures.
O álbum começa com a minha favorita... Provavelmente o maior clássico da banda: Tom Sawyer é digna de todo sucesso que fez.
Red Barchetta é um tanto suave, sem peso e sem agressividade, esta música está um tanto distante do tal Heavy Metal de nosso blog, mas não é ruim.
YYZ é excelente, uma das músicas instrumentais mais absurdas que eu já ouvi... demorei pra descobrir, talvez porque não fosse tão tocada nas rádios como a primeira faixa né?
Limelight ouvi pela primeira vez na rádio há anos atrás, depois ouvi numa coletânea da banda, que me fez buscar álbuns do Rush pela internet. Boa música.
Deste ponto para frente temos três músicas menos comerciais: The Camera Eye é longa, com excesso de teclados... talvez para gerar uma “atmosfera” super-moderna ou futurista, levando em consideração o ano em que o disco foi gravado; Witch Hunt começa bem e consegue transmitir um clima sombrio e/ou de perseguição condizente com sua letra, porém em minha opinião poderia se desenvolver melhor.... mudar de ritmo ou acelerar depois de certo ponto, enfim acabou me parecendo incompleta e um tanto repetitiva. O álbum fecha com Vital Signs, onde mais uma vez, a banda (provavelmente) usa os instrumentos para passar um “clima” condizente com o tema da música. Porém o resultado final desta música não me agradou muito... talvez por parecer muito próximo do reggae.

Nota: 7,5.


The Trooper
3

Rush...hmmmm...Rush...bem, o que falar de Rush? É comum ouvir piadinhas do tipo "mas quem é fã de Rush?", bem eu conheci dois, e um deles eu sabia que tinha toda a discografia, cheguei a pedir o álbum que tinha Ghost Rider emprestado porque acho esta uma música do c@#$&%#, mas não cheguei a pegar. Isso resume o que eu conheço de Rush também, algumas músicas muito boas perdidas, 1 ou 2 álbuns inteiros (agora 3), o último que ouvi foi o Counterparts, fornecido pelo sr. Phantom aí, e após tudo isso, chego a conclusão que Rush é banda de coletânea (é srs. Treebeard e Pentelho, mais uma para se juntar a Manowar).

O Rush consegue criar umas músicas excepcionais, rápidas e (quase) pesadas (porque é impossível uma música ficar pesada com vocais tão suaves), para depois se esbaldar em sua veia delirante e viajar pelo resto do álbum. Moving Pictures não foge a regra, bom álbum se você quiser dar um cochilo, já que as faixas mais empolgantes ficam no começo do álbum e as mais tediosas no final.

Destaque para a manjadíssima Tom Sawyer, já Witch Hunt é portadora de uma aura de sonolência intensa, com uma letra dessas, bem que dava para fazer algo melhorzinho.

A nota obviamente não pode ser baixa devido a técnica e criatividade, mas a pegada vai afrouxando e levando a nota deste metalcólatra junto.

Nota: 6,5

Pirikitus Infernalis

Hmmm...cd extremamente intrigante. Moving Pictures é um bom cd, porém Rush não me agrada.

Nunca fui um fã da banda. Quiçá um fã de progressivo, salvo alguns clássicos indiscutíveis. Clássicos que essa mesma banda possui neste exato cd, como Tom Sawyer que se imortalizou na abertura do MacGayver.

O cd não é metal, mas tudo bem, já que o blog está se habituando com o fato. Como já disse, ele abre com a clássica Tom Sawyer, seguida da ótima Red Barchetta e da sensacional YYZ. Logo em seguida, temos a música que mais me surpreendeu: Limelight. The Camera Eye é uma viagem longa que não me chamou muito a atenção. Witch Hunt é uma música ruim e Vital Signs volta a trazer o alto nível de volta a cena.

Eu honestamente achei o cd bom, o som é agradável, mas eu nunca pensaria na banda Rush como som para por no carro ou em casa por exemplo, acabei por tentar achar uma explicação pra isso. A voz chatinha de Geddy Lee não é, já que nem vozes extremamente agudas como as de Jim Gillette ou Michael Sweet me tiram totalmente o prazer pelo bom som. A guitarra de Alex Liefson poderia ser mais pesada, mas ele consegue compensar com bons riffs.

Sobrou apenas Neil Peart, mas peraí...Neil Peart é exatamente o motivo pelo qual eu continuo insistindo em ouvir Rush. Ele é o melhor baterista que já pisou na terra (Sim, ele é. Bonham é fenomenal, Keith Moon é insano, Dave Lombardo é fantástico, mas Neil Peart é o cara atrás da bateria).

Talvez o meu santo não bata com o da banda, fazer oq...

“Living in the limelight, The universal dream
For those who wish to seem, Those who wish to be.
Must put aside the alienation, Get on with the fascination,
The real relation, The underlying theme.”



The Magician
O primeiro nome que qualquer um pensa quando se profere a palavra “progressivo” em termos musicais?
Rush.
Ok, temos Yes, Pink Floyd e progressivos mais extremos como Dream Theater, mas ainda acho que o estilo dos canadenses foi mais disseminado no Rock moderno, se tornando sim, uma das mais influentes bandas de rock da história.
Os músicos (apenas três!) dispensam apresentação. Neal Peart e Geddy Lee são considerados ícones da bateria e do baixo respectivamente, enquanto Lifeson... bem, admito que Alex Lifeson não é tão cultuado quanto os outros, mas em minha opinião é um dos mais criativos e inteligentes guitarristas da história, e é direto nas suas bases e solos, não joga as notas à toa; compõe ótimas linhas de acordo com a melodia e sabe compartilhar seus espaços com os outros instrumentos.
No meu entendimento o rock progressivo é o estilo em que a música melhor se representa fora dos padrões repetidos e populares (mainstream), mas com evolução que seja natural e soe como coesa. E existe um limite realmente tênue do virtuoso/prog para o entediante/viajandão.
O Rush acerta bastante na fórmula da coerência, mas às vezes também erra e extrapola, até porque se percebe que nunca estiveram preocupados com isso.
Em Moving Pictures temos os dois casos e os destaques parecem óbvios: “Tom Sawyer”, “YYZ” e a ótima “Limelight”; e as demais preenchem as lacunas do álbum. Tenho que dizer que é bem difícil se manter acordado nas duas últimas faixas – “Witch Hunt” e “Vital Signs” são devaneios instrumentais que aparentam percorrer a eternidade ainda que o tempo total do disco não seja assim tão extenso.
Moving Pictures é um álbum clássico mas reserva algumas faixas “sonecas” que acabam abreviando esse trabalho em apenas 3 músicas.
P.S: Os responsáveis pela trilha sonora dos 3 primeiros títulos do game Megaman do console 8 BITS da Nintendo, com a mais plena certeza eram fãs de Rush. Basta escutar e comparar com a faixa 3 deste CD (“Red Barchetta”), além da dica passada pelo nome do cão-herói “Rush”.
Credito esta observação ao Sr. Phantom Lord.



Metal Mercante
Acho que para a época que foi lançado este álbum ele foi até inovador. O problema é que ele é paradão demais para me empolgar, até Tom Sawyer, que fez muito mais sucesso aqui no Brasil por conta do MacGyver não é suficiente para salvar esse álbum...pelo menos aqui no Metalcólatras.
É um álbum de rock, talvez ache apreciação de várias pessoas, mas não a minha...
Destaque para Tom Sawyer...e só!
Nota: 4 - Isso aqui é um site de Metal, vá reclamar da nota com a sua vó



4 comentários:

  1. Como este álbum é de 1981, eu nem citei que o Rush foi mudando a sonoridade mais uma vez a partir dos anos 90. Eu até pensei em "postar" o Counterparts ou um dos discos posteriores a este, por possuírem ALGUMAS músicas mais "heavy"... mas acho que não seria muito diferente.

    "afinal não é metal"

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  2. Não é metal, mas é legal \o/....mentira...eu nem sou fã de Rush...

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  3. Realmente Phantom, podia ter postado o Counterparts...

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  4. Foi o que eu disse em meu primeiro comentário, Mercante... não é metal.

    Apesar que me perguntei outro dia, porque o Mercante me passa uma lista de "melhores discos de heavy metal" (por e-mail) que contém Rush - Moving Pictures, Def Leppard, Faith no More e Guns N Roses?

    A lista não foi FEITA por Mercante, mas pergunta continua no ar.
    Talvez ele goste de perder tempo...

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