terça-feira, 28 de junho de 2011

Slipknot - All Hope Is Gone

O álbum All Hope Is Gone, lançado em 2008 pela banda Slipknot foi escolhido por The Trooper para análise.





faixas: 01- Execute; 02- Gematria (The Killing Name); 03- Sulfur; 04- Psychosocial; 05- Dead Memories; 06- Vendetta; 07- Butcher's hook; 08- Gehenna; 09- This Cold Black; 10- Wherein Lies Continue; 11- Snuff; 12- All Hope Is Gone.



The Trooper
3

A escolha deste álbum foi demorada, tratou-se na verdade de uma jornada desagradável como a de Dante no Inferno. Como já postei um álbum velho (na verdade de uma banda velha) e bom, e um novo e quase bom (na minha opinião), fiquei sem idéias, havia descoberto a banda Alter Bridge, que embora possua certo peso ainda está muito próxima de um rock mais pop que causaria náuseas nos linha-duras do blog, então retornei a uma das que havia surgido na época em que escrevi a resenha de City of Evil: descobrir se as bandas que ouvi no passado e que haviam lançado alguma música que me agradava, conseguiram lançar algum álbum razoável para podermos escrever uma resenha. Ao mesmo tempo ressuscitei outra idéia: achar algo razoável no new metal. Pois bem, comecei minha jornada com Slipknot e seu álbum homônimo, para rapidamente partir para seu último álbum, All Hope Is Gone (reservo os comentários sobre estes álbuns para alguns parágrafos adiante). Ouvi na sequência Antichrist Superstar, do Marilyn Manson, inspirado pela faixa The Beautiful People, que havia ouvido antes e gostado bastante, pois bem, mas que porcaria! Quem foi o maldito que indicou este álbum para a lista dos 1001 álbuns que você deveria ouvir antes de morrer? Já lhe adianto que você pode bater as botas em paz sem ouvir esse lixo fazendo a seguinte comparação: Antichrist Superstar = Blood Kisses. Já desanimado, ouvi The Art of Rebellion do Suicidal Tendencies até a metade e parei (coisa chata, cheio de trechos lentos), seguido por Menace to Sobriety do Ugly Kid Joe (que passou completamente batido) e Slave to The Grind (cuja faixa homônima ao álbum é a única que se parece com heavy metal) do Skid Row.


Já sem esperanças, Pirikitus me passa o álbum Follow the Dreamer, da banda dinamarquesa Missing Tide, que gostei muito, embora não seja nenhuma obra-prima. Fiquei em dúvida sobre o que postar, mas achei mais importante inserir o new metal na discussão, em vez de deixar aquele seu parente chato isolado numa mesa de aniversário comendo coxinha, bota ele na roda e fala porque não vai com a cara dele.


Em respeito a todos os metalcólatras reacionários/conservadores (estou incluído), decidi postar o álbum mais digerível dos caras, eu simplesmente não consegui ouvir o Slipknot (com a exceção de Wait And Bleed), fui pulando todas as faixas na metade delas, porque o vocal é gritado sem encaixar com a música (parece um carinha com acesso de raiva), é cheio de sons estranhos (tipo o que algumas bandas malucas de rock alternativo fazem) e está longe de parecer heavy metal.


Finalmente, paro de enrolar e vou ao que interessa: All Hope Is Gone. Eu gostei bastante do álbum até a faixa 5 (Dead Memories), na faixa 6 o álbum começa a ficar doente, morre na 7, usam o desfibrilador na 9, ele volta em coma na 10, os familiares choram na 11 e na 12 ele começa a voltar a vida mas acabou o tempo.


Enfim, da próxima vez que eu conversar com alguém que diz: “pô cara, eu também curto heavy metal”, “verdade? Qual sua banda preferida?”, “Slipknot”, eu não vou mais olhar disfarçado e pensar “bem, pelo menos ele não é emo” e vou poder dizer “pô, aquela música, Sulfur é muito louca”.


Nota: 6,0

p.s.: nem mencionei Streets of Fire do Place Vendome porque é vergonhoso ¬¬’


Phantom Lord

Entre 2001 e 2004 o tal nu metal estourou na mídia. Sabe-se lá porquê… mas parecia tocar frequentemente no radio e na MTV, porém eu não ouvia voluntariamente, em 2001 e 2002 eu provavelmente estava dependente de cds que uns colegas me emprestavam. Em 2003 se não me engano eu ouvia frequentemente a Kiss fm que tocava só os clássicos do rock... então eu estava seguro.

Infelizmente nesta semana me deparei com o nome Sniktslot aqui no blog e pensei “all hope is gone”... Então lembrei que já ouvi cacas como Bloody Kisses e Iron Blessings mesmo... Vamos dar uma chance ao Sliperynot...

Gematria é um heavy metal com suas devidas restrições devido ao vocal gutural... Podia ser pior, na verdade não houve problema como som de fundo...
Sulfur poderia ser melhor se não tivesse elementos de músicas moderninhas, velho carrancudo que sou, não consigo apreciar tal sonoridade.
Em Psychosocial, o vocal alterna entre o gutural e o pós-anos 90... deve ser aquele tipo de vocal que os críticos chamam de alternative-rock/metal.... Em minha opinião ambos vocais soam medíocres e as paradas e gritos desta música também não são interessantes. Dead Memories... seria um alternative metal? Sounds boring... Em Vendetta a música parece mais simples… e poluída. Talvez sejam características como as distorções de guitarras que gerem tal efeito... parece comum nas bandas rotuladas de “groove metal” (Sepultura, Pantera), seja lá o que “groove” quer dizer.... Butcher`s Hook apresenta um vocal um tanto “falado”... eu realmente não gosto disso... o ritmo dos instrumentos é pobre... essa é abaixo da “média”. Gehhena tem vocais menos gritados talvez para gerar algum clima específico na música, de qualquer maneira, não gostei. This Cold Black volta com o ritmo mais agressivo, servindo como um despertador. A faixa 9 me fez perguntar: quando acaba esse disco do Slothknit? Depois temos uma sono-lenta balada... não é horrível, mas enfim vamos a última: a faixa-título de certa forma resume All Hope is Gone... É um disco repleto dessas novas vertentes do heavy metal. Não é o pior dos “metais” que eu ouvi, mas está longe de ser considerado bom trabalho.


Deixe esse tipo de música para os mais jovens.
Nota: 4,3.


Pirikitus Infernalis

Esse cd do Slipknot deveria ser postado com um alvo, pela saraivada de cornetações que irá receber e poderá assumir o cargo de mega cornetação junto com outros CDs do blog como A7X, Sacred Steel e Type O Negative.

O cd na verdade tem de tudo um pouco, desde de extremas pancadarias como All Hope is Gone e Gemetria, Baladinhas como Snuff e ‘Til We Die, Músicas pops como Dead Memories e Psychosocial, músicas horríveis como Gehenna e Child of Burning Time.

A banda conseguiu impor uma característica mais Thrash e Heavy do que em outros álbuns, que tinham o new metal em maior evidência. Ainda sim, o som dos caras tem aspectos bem mais modernos, em várias músicas o som característico do vocal gutural cantado em estrofes não lineares (poderíamos dizer meio rap?), com um vocal mais melódico no refrão continua evidenciado nesse cd, além disso, o vocal do Corey traz um peso descomunal as músicas. O trabalho da guitarra chama diversas a atenção com riffs pesados, logo me vem a mente a base de All Hope is Gone, Sulfur e Vendetta (muito do mal!).

Eu gostaria de citar 2 nomes: O já citado Corey Taylor e Joey Jordison.

Corey é a prova que tudo evolui, houve a época em que os melhores vocalistas nasciam com belos vocais. Corey utiliza sua voz de n jeitos possíveis, ele é um dos vocalistas mais versáteis que já existiram. Se o vocal gutural dele não te apetece, ele canta normal na próxima música, na próxima ele canta rasgado, na próxima ele canta de maneira melódica, na próxima ele canta uma balada, e depois volta pro gutural. Jordison tem 1,60 de altura e é um monstro atrás da bateria.

Os pontos positivos ficam por conta de All Hope is Gone, Gematria, Psychosocial, Snuff e Vendetta. Os pontos fracos ficam por conta de Gehenna e Butcher's Hook.






Metal Mercante
Que tristeza...
Esse é mais um daqueles álbuns em que eu começo a ouvir um nível de preconceito avantajado...

...dessa vez eu estava certo desde o começo...
Não gostei nem um pouco deste álbum, não gosto do vocal gritado dessa maneira e tão pouco do trabalho instrumental. Sem dúvida nenhuma é um cd pesado, a música “Gematria” mostra bem isso, mas não tem nada demais além de um cara gritando bravo com uns riffs pesados por trás.

Vou lhes contar uma história...
Quando eu era apenas um garoto crescendo e tentando entender a vida eu ia varias vezes a casa dos meus primos passar os dias nas férias e uma das brincadeiras que fazíamos era subir em cima da laje da garagem deles, pular umas duas lajes para a esquerda que dava de frente para uma fabrica abandonada e ficar atacando pedras nas vidraças.
O interessante disso era que só atacávamos pedras nas vidraças que já estavam quebradas e aquelas que estavam intactas continuavam assim. Na época, é claro, eu não tinha parado para pensar nisso, mas hoje desenvolvi algo que gosto de chamar de “teoria da vidraça”.
- “Enquanto uma vidraça está intacta está tudo ótimo, a partir do momento em que ela apresenta algum problema, isto é está quebrada ou rachada, todas as pessoas automaticamente ganham o direito de arrebentar a vidraça”
É apenas uma variação da ideia da turba, onde as pessoas se comportam de maneira diferente em grupo do que quando estão sozinhas o que explica atos de vandalismo.

Voltando ao CD em questão, ele já não começou bem, porém aos 02:35 da música Sulfur veio a primeira pedra na vidraça. Quem foi o imbecil que teve a ideia de colocar aquele maldito som de discotecagem no meio da música? Cagou tudo, a partir daquele momento o cd inteiro ficou estragado para mim e depois disso em toda música que eu escutava eu só conseguia perceber esses malditos sonzinhos irritantes e raramente conseguia chegar até o fim do cd...
Que bosta de cd...Que perda de tempo...Que tristeza...


The Magician
O Nu Metal, frequentemente chamado de “New Metal” é um estilo de Heavy Metal moderno.

Em seus trabalhos mais extremos podemos escutar a utilização de mesas com pick ups de som e discotecagem, enquanto nos mais comuns ouvimos os vocalistas utilizarem entonação sincopada associada ao estilo do rap, quando não vocais melódicos suaves como o pop ou o estilo “garotão gritando” de HC.

Já opinei genericamente sobre a mistura desses estilos e sobre seu resultado no Post do Avenged Seven Fold, mas posso aproveitar a oportunidade para ser mais leniente e incrementar a ideia anterior.

O NM nasceu e cresceu nos “States” e por isso possui componentes musicais baseados nos produtos que tomavam espaço do Rock na indústria fonológica americana em meados de 2000.

Isso é determinante para entender o estilo, pois fora moldado para que a música pesada não morresse nos Estados Unidos recrutando adolescentes que eram enlatados pela mídia emergente do Hip Hop e do “Pop recauchutado”.

Esses são os tentáculos azuis vermelhos e brancos do capitalismo molestando a arte do Rock, mas convenhamos que boa parte da história da música foi escrita assim e esta é a evolução natural das coisas: o mais forte sobrevive, ou “o que mais vende sobrevive”. Subentende-se então uma evolução para músicas mais lentas, com menos guitarras, com grande apelo visual e menos técnica?

Talvez não... pois os EUA já não possui tanta força para determinar todas as tendências no cenário musical e pode acabar se isolando no seu mundinho ilusório (no qual EUA=Mundo), pois o acesso livre às musicas de todas as regiões graças à rede mundial enfraquece o modelo Grammy/MTV para as massas. O resultado é que ouvimos "cochichos" aqui ou ali do termo “old school” surgindo entre os lançamentos de alguns músicos do cenário e pode ser esta a chave para o retorno do velho e bom Heavy Metal.

Ah sim! Tinha um CD para comentar...

Slipknot me surpreendeu ao apresentar partes instrumentais interessantes e bem boladas e quando a banda foca apenas o som pesado acaba agradando. Infelizmente esta abordagem acontece por completo e com competência em apenas uma faixa, a que leva o nome do CD e é com certeza a melhor música do álbum.

A maior decepção vai para a faixa “Psychosocial” que seria de longe a melhor música caso o vocalista mantivesse sua hombridade por 5 min, e não interpretasse os refrãos com a voz de meninão-mau-chorão-hard-core. Se vai cantar HC, canta a música toda, porra!

O brincalhão do autor desse vídeo (link abaixo) com certeza só utilizou seus conhecimentos de compassos musicais para editar uma piadinha baseada em contraste sonoro e visual, mas acabou explicando o motivo de eu desgostar tanto desse estilo de metal que tanto se aproxima (principalmente nos refrãos) e utiliza de artifícios da música pop...

SlipkBieber



Julião

Acredito que eu tenha sido o primeiro Metalcólatra a ouvir Slipknot. Não que isso seja motivo de orgulho né? Mas vamos lá... Eu sempre fui da teoria que : "se for pra ouvir New Metal, que seja Slipknot". Comparado a outras bandas de New, Slipknot é rei! Talvez pela pegada mais pesada, com tendências ao trash. De qualquer forma eles fazem um som pesado, tem um visual diferente e o show deles é muito bom. Quando postaram esse cd eu achei que fosse gostar, afinal não conhecia e faz alguns anos que não ouço Slip. Vamos a avaliação do CD então.
Estou para Dizer que Slipknot está para o New Metal, assim como Metallica está para o Metal. Bicho, o que aconteceu com o Slip nesse album? Resolveram parecer um misto de Korn com Marilyn Manson? O que diabos é isso???
Eu deveria ter acreditado no título da primeira música e perdido as esperanças ali, mas resolvi insistir. O pior é que a primeira música começa até que bem. Poderia ser uma introdução mais ou menos leve para um CD pesado na sequência, mas o que vem a seguir é um amontoado de músicas lentas melosas que hora parecem Korn, hora parecem Marilyn Manson mesmo.
Na música Gematria parece que eles vão embalar. Pelo menos o peso eles voltam a encontrar, mesmo que seja sem sentido algum, mas pelo menos tem peso e, baseado no que veio antes, posso considerar isso um ponto positivíssimo!
Snuff talvez seja a música mais Korn do album (e para os fãs de Korn, isso é uma crítica negativa ao Slip!!). Baladinhas são bem vindas em cds. Eu pelo menos gosto bastante, mas Slip fazendo baladinha é no mínimo estranho. Já imaginou aqueles caras mascarados com cara de psicopata, fazendo carinha de meigo cantando uma baladinha dessas em pleno show ? Imaginem aquele cara com a máscara do nariz comprido segurando o nariz de forma meiga enquanto o vocalista canta "So if you love me let me go". Seria literalmente uma palhaçada.
Sulfur é boa, mas lembra bastante Linkin Park (outra banda aceitável no meio New) e essa também não é a pegada do Slip.
This Cold Black - Isso é Slip!!! Música de show essa. Música pra quebrar tudo mesmo no show. E essa é ou costumava ser a especialidade do Slip.
As outras músicas se enquadram nas classificações acima e por mais estranho que isso pareça teve mais uma baladinha !!!
Slip pra mim sempre foi aquela banda de ouvir alto qdo eu quero ouvir algo pesado de verdade.
Ainda não li o post dos outros metalcolatras, mas certamente não deve ter faltado críticas a banda e ao album.
Para não ficar uma impressão tão ruim do Slip eu deixo a dica da música "The Heretic Anthem" que certamente é uma das melhores músicas para quebrar tudo em shows que eu já ouvi. Vale a pena procurar alguns vídeos dela ao vivo no youtube.



Ozzy Osbourne - Ozzmosis


O álbum Ozzmosis, lançado em 1995 por Ozzy Osbourne foi escolhido por votação aberta na disputa entre este e Unification.





The Trooper
3
Se não me engano, este foi o primeiro álbum do Ozzy que ouvi, talvez isso explique o por que dele estar na minha lista de melhores álbuns (como explicar Hail to England estar na lista do Julião e do Mercante? As histórias são parecidas), logo, não tentarei defender seu nível de qualidade aqui, podendo ter sofrido influências das experiências de vida.

Conheci mais recentemente o álbum No More Tears, por intermédio do meu irmão do meio, e tenho que admitir que é bem superior ao Ozzmosis (mais pesado, mais rápido), mas não deixei de gostar do Ozzmosis, obviamente. Perry Mason é uma bela porrada, e pra "dar uma acordada", a penúltima faixa (My Jekyll Doesn't Hide) também, o restante das faixas são lentas, mas ainda sim me agradam bastante, talvez o sr. Wylde não consiga produzir algo ruim.

Meu destaque vai para I Just Want You e Perry Mason (se eu tivesse um filho, talvez incluísse My Little Man).


Nota: 8,0

Phantom Lord

Entre 1997 e 1998 ouvi este disco pela primeira vez. Na época eu não conhecia nenhum album do Ozzy, na verdade conhecia apenas aquelas músicas “arroz-feijão” que tocavam na rádio: No More Tears, Mr. Crowley, Crazy Train e I Just Want You...
A primeira impressão que tive deste cd, é que a primeira música (Perry Mason) era absurdamente boa... nada veloz mas bem pesada! Depois ouvi o restante do disco e achei entre médio e bom... Gravamos umas músicas (Tomorrow e See you on the otherside) em fitas e acabamos ouvindo-as centenas de vezes por uns 5 ou 6 anos no covil.
I Just Want You parece uma “balada romântica” que mantém uma distorção pesada da guitarra, porém apresenta um diferencial: O Ozzy parece cantar com uma voz menos anasalada e mais grave... boa música. Praticamente não há músicas com ritmo acelerado neste disco, o que é comum tratando-se de Ozzy. A discografia de Ozzy, ao meu ver, basicamente alterna entre rock (hard?) e heavy metal, muitas vezes se aproximando de músicas comerciais / “de moda”.
Enfim, depois que o Stereo do covil parou de tocar fita e depois que saímos da era da internet discada, ficou fácil guardar “cds” no computador. Baixamos muitos álbuns de rock/metal, e é claro, quase toda discografia do velho devorador de morcegos. Então ouvi este cd mais uma porrada de vezes e minha opinião não se alterou: é um bom cd, nada incrível mas provavelmente é o último do Ozzy que eu considero acima da média. Destaques para Perry Mason (é claro), I Just Want You e Tomorrow. Nota 7,6.


Metal Mercante
Ozzy Osbourne, provavelmente o maior showman do Heavy Metal, um dos responsáveis pela consolidação do Heavy Metal, já gravou mais álbuns do que você pode contar nas mãos, já emplacou mais sucessos do que é possível lembrar-se e de quebra teve seu próprio reality Show.
Da mesma forma que eu comentei no meu review do “Dance of Death” do Iron Maiden e em outros casos, a expectativa gerada em torno de um álbum dos “grandes mestres do Metal” é sempre grande e no caso do Ozzmosis não foi diferente só que eu não sei porque na época fique bem contente com esse cd (1995 lançamento, provavelmente peguei o CD em 1996).
Isso pode ter se dado por vários motivos, entre eles a quantidade absurda de vezes que escutei esse cd, o “peer pressure” que ocorreu na época, pois eu era um adolescente e meus amigos/primos também tinham esse cd e escutavam/comentavam a toda hora e eu até conhecia umas garotas que curtiam isso na época (mulheres escutando metal???) e algumas músicas eram absurdamente boas como por exemplo “Perry Mason” e ... e...
Um bom tempo se passou daquela época até hoje e durante esse tempo o cd ficou lá na minha gaveta tomando pó e agora graças ao Metalcólatras (em uma votação de merda - o Unification do Iron Savior era um CD MUITO melhor!) tive a oportunidade de tirar o pó do cd e dar mais uma chance para o avô do Heavy Metal.
No geral o Ozzmosis é um cd sólido, praticamente sem pontos fracos, a voz do Ozzy está bem bacana, as músicas “Perry Mason” e talvez “I just want you” estão bem acima da média, já as outras, apesar de serem interessantes, não são exatamente músicas as quais valem o esforço de ir até a gaveta desenterrar este cd.
15 anos depois de ter escutado esse cd até não aguentar mais minha opinião sobre ele mudou levemente, talvez eu tenha ficado mais exigente ou chato, mas hoje tenho a opinião firme de que uma ou duas músicas não são suficientes para criar um bom cd de Metal e que um nome famoso pode não significar muito na hora de agradar os fãs. E em retrospecto, se tem muita mulher que gosta de um determinado cd, provavelmente ele não é um bom cd de Metal...
PS: Tem uma versão desse cd com faixas bônus que contém “Back on Earth” que é uma música que não pertence a cd nenhum da discografia, só EP e coletâneas. Essa música é BEM BOA e o clipe dela foi um dos últimos clipes de Metal bom que já vi na MTV – produção digna do Ozzy. Não procurei, mas deve ter no youtube.
PSS: Malditos que votaram nesse CD, pelo menos procurem o CD Unification do Iron Savior e escutem.

The Magician
E estreando no nosso blog metal: Prince of Darkness – Ozzy Osbourne!
Ozzy é um dos caras a quem o Mundo Heavy deve sua existência e por isso é digno de toda a reverência e adoração que recebe. Não é nem preciso dizer que demorou bastante para surgir um de seus trabalhos por aqui, e um trabalho que eu particularmente não esperava que aparecesse, embora goste bastante.

Ozzmosis pode resumir bem o estilo de música que marcou seus trabalhos até meados de 2000, intercalando sonoridades bem pesadas com baladas ou pseudo-baladas em guitarras cheias de efeitos.

Entretanto neste trabalho produzido por Michael Beinhorn - bem conhecido pelos seus trabalhos com Marilyn Mason - existe um diferencial. Há uma boa dose de psicodelismo e surrealismo percebido no encarte, no vídeo-clipe de “I Just Want You” ou mesmo na sonoridade geral das músicas, onde os efeitos e distorções carregados de echoes, delays e chorus por vezes formam uma parede de sons insólitos (parecem sons subaquáticos).

Ozzy nunca foi um músico brilhante e nem mesmo impressiona com sua técnica vocal, no entanto sempre foi cercado de grandes músicos e produtores (não deixa de ser uma qualidade do Ozzy) e neste disco assina suas composições ao lado de diversos outros músicos, entre eles Steve Vai (“My Little Man”) e Lemmy Kilmster (“See on the Other Side”).

Essa característica também fez com que recrutasse ótimos, senão excepcionais guitarristas ao longo de sua carreira: Randy Rhoads, Jake E Lee, Zakk Wylde e recentemente Gus G.

E Zakk merece um parágrafo sobre seu trabalho em Ozzmosis e todo seu trabalho ao lado de Mr. Osbourne.

O guitarrista possui uma pegada única, incomparável e marcante que vibra em sua Gibson Les Paul criando em minha opinião os mais poderosos riffs de Heavy Metal que se possa imaginar. Wylde concatena seus PowerChords distribuindo ligados e Harmônicos “nervosos”, e arrancando trêmulos que mais se assemelham ao uso de uma alavanca (em um modelo que não possui haste) faz com que sua guitarra grite e ruja em baixo de seus ataques. Além disso, seus solos transbordam emoção e suas bases transmitem personalidade fazendo com que os arranjos sejam facilmente reconhecidos em qualquer trabalho em que participe (acho que apenas Zakk e Angus possuem esta característica). Para finalizar acredito que é ele quem melhor utiliza configurações de distorções ultra-pesadas, que muitos outros só se arriscariam a utilizar em bases bem simples; pois Zakk consegue evoluir sem emitir sons de arranho no desenvolvimento dos acordes ou notas fantasmas nas passagens mais complexas.

Os críticos dirão que Zakk não sai da escala pentatônica, e eu digo: e daí?

Ouçam um dos melhores solos de guitarra da história do HM que se encontra na faixa “Old L.A Tonight”, que começa aos 2:53 min. e chega ao ápice aos 3:20 min. da música.

Há de se dizer sobre este ótimo disco que existem quatro músicas fora do padrão comum: “Parry Mason”, com suas memoráveis linhas de baixo (cortesia de Geezer ButlerBlack Sabbath), “See you on the Other Side”, “I Just Want You” (espetacular) e “Tomorrow” (possível responsável pelos problemas vocais de Ozzy Osbourne - “LIVING IN THE BIG HOOOOOOOOOOOOOOUSE!”).

O velho Ozzy preenche muitos de seus álbuns com músicas lentas e morosas, algumas entediantes, que parecem ser de gosto próprio do velhinho (de outra época); mas quando quer fazer hits explosivos são poucas as bandas no mundo que conseguem igualar sua qualidade e genialidade.

“Dê aos garotos o que eles querem, Sharon”

- Ozzy Osbourne

Pirikitus Infernalis
Eu tenho um problema com algumas coisas dentro do mundo do rock consideradas “clássicas”. Eu nunca ouvi na íntegra o cd mais clássico dos Stones, ou do Alice Cooper, Scorpions, Whitesnake e por aí vai. Conheço as músicas clássicas obviamente, mas nunca ouvi os CDs na íntegra. Um tempo atrás fui na casa do Phantom Lord, onde eu peguei muitos CDs “clássicos”, o que me mostrou que eu não havia perdido muita coisa apenas conhecendo as clássicas, em sua grande maioria eram músicas medianas. Esse cd do Ozzy é mais uma prova disso.

O cd começa com a melhor música da carreira do Madman: Perry Mason. Essa música faz valer um cd, e junto com a I Just Want You, são suficientes para transformar um cd em razoável. O problema é o que vem depois, o cd é repleto de baladinha de velho e musiquinhas chatinhas como Ghost Behind My Eyes e See You On The Other Side. Quando eles resolvem tocar algo um pouco mais rápido como My Jekyll Doesn’t Hide, a coisa fica boa, porém isso é algo raro nesse cd.

O cara é muito bom, mas tirando as 2 primeiras, eu não vi nenhum destaque nesse cd. Ghost Behind my eyes vale pelo “all right now” sempre bem vindo na voz de Ozzy, Tomorrow e Denial são legalzinhas e My Little Man vale o destaque pela participação de Steve Vai. E só!

Destaque para a perfeita Perry Mason e a ótima I Just Want You. Ponto negativo pelo fato de nem Zakk Wylde ter conseguido chamar minha atenção nas outras músicas.

Ozzmosis é de 1995, um ano depois de Pride & Glory e um ano antes de Book of Shadows. Não é de se estranhar que a inspiração de Zakk não esteja aqui.

Ps: Anos atrás, fui ao Shopping Anália Franco e quando estava almoçando na praça de alimentação, fico pasmo quando o músico que estava tocando piano, começou a tocar Perry Mason. Fiquei a música inteira pensando se levantaria no final para aplaudir e quando veio o momento, antes de eu pensar, dava para contar uns 15 metaleiros perdidos de pé espalhados pela praça de alimentação aplaudindo. A surpresa estava estampada na cara do músico que logo depois, enquanto esboçava uma risada, fechou o piano encerrou a apresentação. Cena épica, nada como o poder de um verdadeiro clássico!


"Minding my own business, like my mamma always said
But if I don't try to help 'em, they could wind up on the frontpage"

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ozzmosis vs Unification


O vencedor terá seu conteúdo analisado pelos Metalcólatras.







(Votação aberta a todos participantes e visitantes do blog. Escolha um álbum e confirme o voto.)



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pantera - Cowboys from Hell

O álbum Cowboys from Hell lançado em 1990 pela banda Pantera foi escolhido por "Maurock" para análise.


Maurock

“Bom, começando o post não espero agradar ninguém, pois aqui é o meu espaço e escrevo o que quiser!”
Quando comecei a entrar no “Mundo Heavy Metal”, eu me tornei ouvinte das bandas Pantera, Sepultura, Manowar, Metallica etc... Pantera eu comecei a ouvir a partir de “Cowboys from Hell”, nem sei porque não há nada postado sobre a banda no Blog. Talvez porque a banda se tornou Trash Metal e o Anselmo parou de imitar os vocais do Metallica ou Judas. Na minha opinião é o melhor álbum da banda mesmo ouvindo os álbuns anteriores, por outro lado marca o seu fim.
Antes de entrar no álbum, é absolutamente necessário falar sobre o vocalista Phil Anselmo, o cara é muuuuuito mala. Mas quando ouvimos este álbum, definitivamente nos vem a tona o desempenho do cara, que na minha opinião é mais do que respeitável. Porque o cara não manteve a mesma pegada nos álbuns posteriores?!?
Para falar das músicas percebo que temos uma boa variedade nesse álbum. Destaque claro para o carro chefe do CD “Cowboys from Hell” a faixa-título que definitivamente é o hino final da banda, com grande influência do Metallica ficou muito foda!!!
Duas músicas que em especial eu achei interessantes são Domination e The Art of Shredding: parecem uma combinação de vários estilos de Metal, o que é exatamente o que este álbum incorpora. Gosto de ouvir mudanças vocais, que se deslocam entre o seu habitual tom elevado e em algumas partes as palavras faladas que aparecem nos versos, tipo um “back in vocal” de uma frase. As demais faixas preenchem com desenvoltura a pegada musical antes da era pós-grunge.
Em resumo: “Esse álbum tem todas as razões para qualquer fã achá-lo o melhor do Pantera”. Pelo menos na época do seu lançamento foi o mais coroado, e por sinal muito bem coroado”.
Nota: 9,0

Phantom Lord
Pantera foi uma banda que eu demorei para me interessar e buscar músicas... Porém após pegar a música “Cowboys from Hell” de algum colega, decidi “adquirir” o álbum que continha tal música.
O ábum Vaqueiros do Inferno foi o que tirou o Pantera da turma dos farofeiros (glam/hard rock) e o colocou entre os gêneros mais agressivos de rock/metal. Este álbum começa com nada mais, nada menos do que a debulhadora faixa título: Definitivamente um clássico do heavy (ou groove?) metal. A seguir temos a curta e poluída Primal Concrete Sledge...
Psycho Holyday e Heresy mantém o padrão pauleira, mesmo não parecendo tão inspiradas quanto a primeira faixa. Cemitery Gates segue em um ritmo mais lento e provavelmente por esta razão é a mais diferenciada do álbum. Domination aparentemente segue de modo parecido às faixas 3 e 4, mas não me chamou atenção. Shattered é uma das mais “porradas” e uma das melhores deste disco. Clash With Reality.. ainda é boa... Da faixa 9 em diante o álbum vai perdendo a energia ainda mantendo o efeito “poluído” provavelmente gerado pela distorção das guitarras. A última faixa (The Art of Shreding) recupera da combinação de ritmo agressivo com inspiração, até então, quase ausente nas faixas 9 a 11.
Enfim, destaco Cowboys From Hell, Cemitery Gates e Shattered e considero Message in Blood o ponto mais fraco do disco.

Nota: 7,0.


The Trooper
3
Não posso falar muito de Pantera, pois conheço apenas Cowboys From Hell e Vulgar Display of Power, do pouco que conheço posso dizer que em meio a algumas músicas entediantes surgem algumas porradas absurdas, com um nível de criatividade e técnica raríssimas de se achar por aí. Isso também resume minha opinião sobre este álbum, as músicas variam de entediantes, médias, boas e fantásticas, minha opinião sobre as faixas se aproxima muito da opinião do Phantom Lord.
Meu destaque vai para Cowboys from Hell (obviamente), Cemetery Gates e Shattered. Os pontos fortes do Pantera para mim são: distorção das guitarras, riffs de guitarra base (quando inspirados, esses riffs carregam um peso impressionante dotados de grande criatividade, em Cowboys From Hell por exemplo, os riffs lembram solos, parece que a música toda é um solo fantástico), solos de guitarra (algumas músicas entediantes quase se salvam graças aos solos) , e os vocais de Phil Anselmo (que consegue variar bastante quando preciso). Como ponto fraco estão algumas músicas com ritmo pausado.
Músicas como Cemetery Gates e Cowboys From Hell "carregam álbuns nas costas" facilmente, por isso a nota que dou para este álbum é muito mais alta do que seria se essas 2 faixas não existissem.
Nota: 7,0


Metal Mercante
Depois de várias tentativas, umas com mais, outras com menos paciência, estou eu aqui novamente com o cd “Cowboys from Hell” para apreciação.

Provavelmente o cd mais difícil de ser comentado por mim até hoje. Ao vê-lo postado no blog minha vontade era escutar uma vez, descer a lenha e sair com a cabeça erguida de ter mantido minha opinião, viva o true Heavy Metal, bla bla bla...

O problema é que cada vez que eu escutava esse cd algo novo aparecia, uma música, uma linha de vocal, bateria, guitarra um momento que eu não havia percebido, que havia passado despercebido na confusão que é esse álbum.

Para se ter uma ideia, mesmo tendo esse cd a anos, somente agora consegui apreciar a música Shattered, talvez a melhor do cd na minha opinião, lembra até um pouco de Judas Priest com esteroides.

Resumindo, preciso de mais tempo. Vou inserir esse cd no meu “radar” e talvez promove-lo ao pen drive do meu carro e quem sabe daqui um tempo eu tenha uma opinião mais correta sobre este cd. Por enquanto a única coisa que posso dizer é escute com atenção. Destaque para as faixas que o pessoal comentou acima: “Cemetery Gates”, “Cowboys from hell” e obviamente “Shattered”.



Pirikitus Infernalis
Pantera, uma banda de homens que decidiram parar de fazer som de meninos. Cowboys from Hell é o epicentro da transformação no som da banda que começou com a demissão de Glaze e a chegada de Anselmo no álbum anterior a esse, Power Metal.

É verdade que, com o tempo, o som do Pantera foi passando de um rock-farofa-nojento (fruto de uma tentativa lambe saco de cair no gosto comercial da época, juntamente com o Digger), para um groove pesadíssimo. O Cowboys from Hell ainda possui alguns resquícios do antigo pantera, mas é nitidamente mais agressivo. Nele já dá para perceber riffs extremamente poderosos do Diamond Darrel e um vocal rasgado do Anselmo em várias músicas, porém alguns elementos hard são facilmente percebidos, além do vocal melódico do Anselmo em algumas músicas (por exemplo Medicine Man).

Dimebag merece uma citação especial, é o maior destaque do Pantera e um dos maiores guitarristas de todos os tempos, conseguindo fazer uma infinidade de riffs que eu curto. Vinnie Paul poucas vezes me chamou atenção, é um bom baterista. Rex Brown, como a maioria dos baxistas, é apenas mais um. Anselmo mostra um ponto positivo na sua vocalidade, não é para qualquer um...obviamente ele não está nem perto de ser um Mike Patton, mas quem está?

Longe de pertencer a discografia básica de um metaleiro (se eu pudesse escolher um do Pantera, seria o Vulgar Display of Power), mas pela situação que engloba este cd, pode-se dizer que ele fez a sua parte.

Os pontos positivos vão para Cowboys from Hell, Cemetery Gates e The Art Of Shredding. O ponto fraco é sem dúvida Message In Blood.




The Magician

Pesquei músicas do Pantera por toda minha adolescência e um pouco alem, uma aqui outra acolá, mas a verdadeira curiosidade sobre a banda eu esperava despertar aqui em nosso blog. Como dizem por aí é muito mais didático aprender coisas mediante o convívio social, pois existe o estimulo comum, e eu usaria esse espaço para postar Pantera futuramente e obrigar a análise de todos outros Metalcólatras (inquisidores, fanfarrões, reacionários, incoerentes, etc...).

Mas Maurock se antecipou e fez a postagem antes do que eu imaginava, praticamente roubando minha proposta. Melhor assim, pois não queimo uma postagem minha...

Há de se consentir que o CD “Cowboys from Hell” tem uma característica ultra sobressalente: o extraordinário trabalho nas guitarras de Darrell Abbott.

Diz-se do falecido que desde pequeno ganhava prêmios de competições de guitarra nas quais participava e que teve inspiração dentro do blues, porta de entrada para grande maioria dos guitarristas roqueiros.

Em CFH dentro do estilo Trash Metal não fica devendo em nenhum dos riffs que solta e muito menos nos solos; sejam eles pausados ou frenéticos, chorosos ou agressivos, são sempre competentes com uma rara demonstração de evoluções complexas que soam interessantes. Grande parte dos arranjos são “recheados” de palm mutes, tremolos e harmônicos artificiais, e apresentam uma pegada violenta e única que é a assinatura do guitarrista.

Algumas frases da guitarra carregam sozinhas “nas costas” as canções “The Sleep” (a base do solo – Double Tracking - é tão boa que chama mais atenção que o próprio solo) e “Art of Shredding” (principalmente na parte introdutória), além de criar verdadeiros hinos do metal como “Cemetery Gates” e a faixa título “Cowboys from Hell” (existia algum segredo na alternância das palhetadas especificamente nesta música, não há como fazer um cover decente dela!!!). Outras boas faixas em destaque são “Domination”, “Heresy” e “Shatered” que tiram qualquer dúvida sobre a agilidade e também a criatividade do guitarrista em questão.

Enfim, Dimebag fazia frente a todos outros grandes nomes dentro do estilo. E mesmo depois de falecido continua sendo endorsee da marca americana de guitarras DEAN.

Sobre os outros músicos chama a atenção Vinnie Paul e seu entrosamento com Dimebag, com ótima condução em todo o trabalho.

Não gosto dos vocais manipulados de Anselmo, hora gritados, hora agudos e por vezes graves, mas com oscilação repentina nos mesmos versos. Soa como um “doidão” enrolando a língua e balbuciando. Não duvido de sua capacidade, mas esta abordagem me parece excessivamente extremada, e não agrada.

Rex Brow vai na onda da sonzeira, e não falha.

Cowboys from Hell pode ser resumido como um bom álbum de Heavy/Trash Metal, em um formato mais moderno e extremo motivado pelo estilo do vocalista.

Foi com certeza um dos últimos suspiros da industria metaleira norte americana.

Uma coisa que gostaria de compartilhar.

Em 2004 costumava assistir ao Jornal da Globo nas noites durante a semana, após a faculdade. Aguardava o resumo inicial quando eram apresentadas as principais notícias do dia, e avaliava se continuava em frente a TV, ou se iria dormir.

Foi anunciada a morte de Dimebag e resolvi (claro!) continuar a assistir até a reportagem ser exibida.

http://www.youtube.com/watch?v=94L04izRvWU

Devia ter ido dormir, nunca esperei para passar tanta raiva em toda minha vida (com exceção da vez do show do Guns no Paléstra Itália...).
Alguém devia avisar ao Jabor que toda generalização é burra!

Hellraiser
3Taí ! 

O disco em que o Pantera mudou drasticamente sua sonoridade ( pra melhor ) e que revolucionou o jeito de fazer Metal ! 
Talvez tenha influenciado muito mais bandas com seu secessor, o extremamente pesado ``Vulgar Display of Power``, mas com o CFH a coisa já começou a mudar ! 
Mas com certeza os anos 90 mudaram e muito, após conhecerem o ``NOVO`` Pantera !

Como já foi dito, a banda começou a fazer som de ´´HOMEM`` e acertou com tudo ! 

Dimebag Darrel era espetacular, ...com sua guitarra ultra-pesada, seus harmônicos únicos, fazendo um Thrash/Groove de altíssima qualidade. 
Phil Anselmo estava começando a tentar moldar seu estilo, o qual no disco seguinte, mudou pra mais extremo ainda, ...mas aqui já temos uma gritaria só.......aja garganta !!!! kkkk 
Vinnie Paul é um dos meus bateristas preferidos no quesito dos bumbos duplos, ...não é desenfreado e sempre a mesma coisa, ...o cara tem técnica, feeling, e usa excelentes paradas e contratempos, fazendo com que seus bumbos, ditem as regras ! 

Destaques para a faixa titulo, ``Primal Concrete Sledge``, a ótima ``Cemetary Gates``, ``Domination``, ``Message in Blood``e``The Art of Shredding``. 

 Nota 7,7

Manowar - Hail to England


O álbum Hail to England lançado em 1984 pela banda Manowar foi escolhido por votação aberta na disputa entre este e Machine Head.





The Trooper
3Ouvi novamente este álbum, com calma, para não escrever apenas um monte de palavrões, li as letras e tentei identificar os riffs de guitarra neste álbum "mono-tom". A análise mais justa deve ser faixa-à-faixa:

Blood of My Enemies - lenta, vocais pausados, repetitiva, solos de guitarra sem expressão;

Each Dawn I Die - a batida da introdução é interessante, mas o ritmo lento se propaga por toda a composição, o gritinho "Ahhh-ah!" do Eric Adams é bem estranho, as propriedades da faixa anterior se repetem nesta segunda;

Kill With Power - rapidez ilusória (é aquilo que parece rápido, mas devido a diversas pausas curtas, no fim não é), as propriedades da primeira faixa se repetem nesta terceira, o gritinho "Die, Die!" também é bem estranho;

Hail to England - a velocidade vai caindo até ficar lenta, repetitiva, refrão fraco, o solo de guitarra é mais expressivo na faixa-título, ponto forte da música;

Army of Immortals - lenta, vocais pausados, mas a base é boa, evolui para um bom refrão, seguido de um solo de guitarra que se encaixa bem, o segundo solo também encaixa, esta é de longe, a melhor faixa do álbum, mesmo assim se esta faixa estivesse no Battle Hymns seria apenas mediana;

Black Arrows - pois é, não sei como esta flecha não matou o próprio guitarrista, um exemplo de música instrumental esquecível, "fritação" descontrolada, sem nenhuma construção bem-feita;

Bridge of Death - introdução longa e sonolenta, ritmo extremamente pausado, enfim, seguiu exatamente o padrão da maioria das faixas anteriores, com a adição de uma letra que parece uma oração a Satanás, bem toscona.

Enfim, Hail to England peca pela falta de criatividade, velocidade, peso e expressão, ao ponto de apenas uma faixa poder ser considerada música. Depois de ouvir Battle Hymns, este álbum é uma tremenda decepção, não seria um exagero extremo, compará-lo ao Blood Kisses, onde a ambientação é levada muito mais em conta do que a composição das músicas.

Nota: 2,5

Metal Mercante
Ganhei esse CD de aniversário do meu pai, porém não lembro a data, só me lembro que foi o meu primeiro CD do Manowar e... ...daquele dia em diante, o mundo como eu conhecia tinha acabado de mudar... Minha visão “Metal” do mundo consistia em um mix de Iron Maiden, Metallica, Megadeth e Helloween (excluindo as bandas clássicas) e Manowar não tinha nada a ver com nada disso.
Era pesado e lento ao mesmo tempo, os instrumentos não tinham uma presença tão marcante como as obras contemporâneas - os riffs insanos tanto do Metallica como Megadeth, a cavalgada e os riffs pegajosos do Maiden ou o vocal absurdo do Helloween – mas eles se interligavam com os vocais de Eric Adams de forma a criar uma atmosfera épica em torno das músicas.

“Blood of my enemies”, é provavelmente a melhor música do Manowar até hoje, logo que o cd se inicia os vocais parecem ser mais altos do que o normal, mas isso provavelmente é intencional, já que o vocal Eric Adams é absurdamente bom e o coro (“oooo oooo oooohhh”) por de trás do refrão acabou tornando-se característica da banda.


Todas as outras músicas (com exceção de Black Arrow) são todas muito cativantes e ficam grudadas na memória. “Hail to england” com o simples e efetivo “Hail Hail to England hail hail hail” e seu duplo sentido já que além da “turnê fail” que motivou a criação do disco, não podemos nos esquecer que o local de nascimento do metal foi na Inglaterra - “On English
Ground-we were born”.

“Army of Immortals”, se não me engano a primeira vez que o termo “true metal” aparece em uma música que foi escrita para os fãs da banda e também uma das primeiras vezes que os termos “Manowarcentrísticos” (de que o mundo gira em torno do Manowar) apareceram em músicas:

“We were brought together-
Cause we've got the balls-
To play the loudest metal.
So hard and so wild and mean.-"


Black Arrow é a pior bosta que eu já ouvi em um cd de metal até hoje.


Por fim “Bridge of Death” é uma aposta da banda que vai mais na linha das músicas do disco anterior “Into glory ride” pelo menos na sua construção, ela é mais longa e chega até a destoar um pouco das outras músicas mais “feijão com arroz” do disco, mas nem por isso deixa de ser bacana, se bobear uma das melhores do disco (depois de Blood of my enemies, claro). Ela seria melhor ainda se o Manowar não tivesse ido pelo caminho piegas “Satan we love you” e tivesse trocado essa temática por uma Viking só para manter a consistência do álbum.


Um dos momentos mais marcantes do disco...


“I know the one who waits. Satan is his name.
Across the bridge of death, there he stands in flame.
I know the one who waits. Satan is his name.
Across the bridge of death, there he stands in flame.”

Para finalizar, o tema do CD é fantasia e mitologia, porém o ano é 1984 e 26 anos atrás, esses temas ainda não haviam sido explorados a exaustão e toda essa ideia de fazer um “Conan Metal” era novidade na época. Não dá para dizer que o Manowar foi pioneiro nesses temas, mas certamente foi o primeiro que conseguiu explora-los de forma consistente em um álbum inteiro.


Dizem que este disco foi gravado e mixado em 6 dias, tenho certeza que depois de trabalhar duramente para criar o mundo, tanto Deus como Joe Demayo descansaram no sétimo dia.



Phantom Lord
Inicialmente, eu gostaria de apresentar diversas maneiras de se fazer uma resenha a respeito do disco Hail to England:

Maneira Mercante:
“Vou sugerir a todos vocês que façam um teste, sempre que escutarem este CD do Manowar pulem a faixa Army of Immortals. O que sobrou?

Nada...” 




Maneira Pirikitus:
“Eu sempre suspeitei que a banda Manowar era bem meia boca. Esse foi o principal motivo que matou qualquer chance de conhecer a banda mais a fundo.
No meio do álbum até pareceu que ia dar uma empolgada. Army of Immortals é muito boa e sua letra também. Hail to England é quase boa...
O problema do Manowar está nas demais músicas. Parece que os caras fazem um som por fazer, algo entediante.
Uma pena, se a banda continuasse na pegada de Army of Immortals, o disco seria bom!” 




Maneira Julião:
“Mais um CD polêmico para o Metalcolatras... Minha primeira conclusão foi: "fácil chegar a uma conclusão sobre esse álbum".
A primeira música até parece que vai ser algo pesado, mas logo percebemos que essa não é a intenção da banda. Digamos que foi a falta de criatividade que afundou este disco, o vocal tenta um "grito do mal" vez ou outra, mas num geral, a banda não consegue levar as músicas para algo além de um metalzinho mal-feito e repetitivo. Como um todo o álbum é ruim. Na minha opinião faltou músicas mais marcantes. Digo que não valeu a pena conhecer e que, depois de várias vezes ouvindo este álbum ele não se tornou algo mais amigável. Talvez um 5 seja a nota justa pois apesar da banda fazer um pouco menos do que o básico, eles conseguiram criar Army of Immortals que é um alívio para os ouvidos.” 




Maneira Barbarian:
“Já que a coisa descambou de vez, quero sugerir algumas análises para o futuro do blog, à saber:”


Agora minha breve resenha:
Enfim, ouvi toda discografia do Manowar nesta última semana para tentar entender melhor a deficiência de Hail to England. No segundo álbum (Into Glory Ride de 1983), a banda ainda apresenta uma sonoridade rústica, mas também apresenta menos inspiração se comparado com o primeiro álbum. Sign of the Hammer de 1985 continua na mesma linha de Into Glory Ride, ou seja, nada demais... porém ambos são menos deficientes do que o Hail to England. A estrutura das músicas deste disco são simples demais e com um agravante: são todas lentas, ou seja não parecem heavy metal, pois letras não determinam genêros musicais (ao menos na minha opinião) nem parecem gêneros simples como punk rock, porque como eu já citei, as músicas não são "aceleradas". Se o Manowar gravou Hail to England as pressas, podemos entender porque este álbum resultou numa boa música (Army of Immortals) e um amontoado de barulhos repetitivos que só um fanático por Manowar pode gostar.
Nota: 4,6.


Julião
Poderíamos ter escolhido um CD mais fácil de comentar. Hail to England é simplesmente o primeiro cd do Manowar que ouvi. Provavelmente o meu preferido. Nas primeiras vezes que ouvi, eu só prestava atenção em Army of the Immortals. Quando finalmente me emprestaram o cd, eu ouvi aquilo por tantas vezes, mas tantas vezes, acompanhando as letras no encarte que veio a minha cabeça: "como eu vivi até hoje sem isso?"
Manowar tem algo que gera fanatismo. Talvez sejam suas letras fortes, a forma simples de tocar e cantar, acrescidos de muita emoção.
A verdade sobre esse cd é uma só: 4 músicas fantásticas, seguidas por uma épica. Depois vem Black Arrows para estragar e Bridge of Death que seria muito melhor se não fosse a forma apelativa e desnecessária de tratar um possível pacto com o Satan. Existem bandas onde músicas assim não destoam, mas para Manowar ela ficou meio que fora do contexto. Era um álbum perfeito de Connan Metal até essa música. (Black Arrows eu nem considero).
Chegamos a ótimos números com esse álbum: 5 de 7 músicas são pelo menos fantásticas. Dessas 5, uma é épica. Eu aumentaria o número de músicas épicas, mas não serei tão fanático assim hehehe.
E para finalizar, ficamos com uma parte da música que o Manowar dedicou a todos nós, fãs da banda:

"Metal makes us strong
Together we belong
forever here's your song"


e, se nos cabesse uma resposta, acredito que a que melhor se encaixaria seria:

"Thank you, thank you very much"



Pirikitus Infernalis
Manowar, uma das bandas mais protagonistas de discussões, principalmente entre dos Metalcólatras. Terceiro cd que cai no blog, fazer o que, cada um no seu quadrado. Eu sempre disse que do Battle Hymn’s até o Warriors of the World eu consigo achar no mínimo quatro músicas interessantes, as vezes muito mais. E 4 é exatamente o número de músicas boas nesse cd, muito pouco pra ganhar a batalha de um gigante como o Machine Head!

O cd abre com uma das maiores músicas da carreira dos guerreiros de couro. Blood of my Enemies dispensa comentários, vocais de Eric Adams afiadíssimos pra variar, Karl Logan mandando bem, letra boa e baterista nulo. Each Dawn I Die é uma música mediana, nada de extraordinário. Kill With Power chega pra matar. A faixa título volta a trazer marasmo para os ouvidos.

A partir desse momento chega a grandiosa Army of Immortals, que coisa magnífica essa faixa. Tudo se encaixa, o final com o Eric berrando “Stronger” e o Karl Logan solando em cima ficou muito bom, Karl estava inspirado....até que chegamos a Black Arrows. Eu não sei que inferno eles tentaram fazer, provavelmente era para você ter o sentimento de ter uma Black Arrow atravessando seu coração, mas ao invés disso eles criaram no ouvinte uma vontade de que uma Black Arrow ou qualquer outra coisa atravessasse o coração pra pararmos de escutar esse lixo. Felizmente, eles resolveram terminar o cd fazendo o que sabem, Bridge of Death é um épico a la Manowar. (I Know the one who waits, Satan is his name. Across the Bridge of Death and He stands in flaaaaaaaaaaaaaames!!!!)

Talvez devido ao pouco tempo que tiveram de preparação, eles conseguiram escrever 4 canções boas e como isso é um single e não um cd, resolveram preencher os meios, resultando um vai-não-vai desconfortável aos ouvintes. Pontos negativíssimos para o chiado Black Arrows, a péssima qualidade de produção (dane-se se foi intencional ou não, não ficou bom) e a bateria totalmente inoperante.

PS: Muitos anos atrás, quando eu comprei o Hell on Wheels, Julião (bardo fanfarrão) me disse que a melhor música era Black Arrows. Ele nega até hoje esse fato, que eu recordo com muito ódio de ter ouvido aquela porcaria na inocência.

PS2: A única banda que detém o direito de ter um baterista nulo é o ACDC, e tenho dito!

PS3: Esse é foda e pretendo comprá-lo um dia.



The Magician
 
O terceiro Cd do Manowar é um clássico, um dos organismos que fecundou o universo do Power Metal (esse negócio de “true metal” é pataquada).

É um dos singulares itens que fazem parte daquele acervo do Manowar que verdadeiramente influenciou estilos posteriores de musica e de visual eloqüentes (de bandas boas e de ruins também).

Tanto os versos quanto a arte geral do trabalho revelam temas pagãos baseados em uma iconografia fantasiosa de cenários medievais como Asgard e Cimeria. Essas parábolas “Manowarianas” são fundamentais para compreensão do estilo de som da banda americana, não melhoram nem pioram o produto sonoro mas explicam muita coisa que pode soar estranho à primeira escuta do álbum.

Longe de classificá-lo um trabalho digno de repúdio ou de idolatria, o considero como um álbum muito bom.

A cadência é praticamente linear por quase toda extensão (com exceção de “Kill with Power”), com a marcação de tom bem destacada e forte, executada pela guitarra de Ross e pelo baixo de DeMaio que cria ótimas conexões entre suas bases. Alias o entrosamento desses instrumentos nas bases é um dos pontos altos do CD, uma conseqüência direta do fato que eram eles os dois responsáveis pelas composições do Manowar na ocasião.


Ainda assim este conjunto é coadjuvante de Eric Adams em HtE, com uma saúde vocal impecável mas não ainda no seu auge de técnica. Eric coloca a melodia em suas linhas e se destaca em cada uma das faixas (menos naquela que não canta...).

O refrão de “Blood of my Enemies” é de arrepiar, e coloca o som dentre os melhores da história da trupe, nada melhor para começar o álbum que segue com a boa “Each Dawn I Die” e a média “Kill with Power”, onde a melodia não empolga tanto quanto a gritaria e acaba ficando devendo.
A crista do álbum no entanto está nos versos da faixa título que nos conduz a um dos refrãos mais grudentos do Heavy Metal.


“Army of Immortals” é uma musica equilibrada, dentro deste CD o melhor que Ross the Boss fez, com certeza. E o disco acaba na cativante levada de “Bridge of Death”, que destaca as distorções e principalmente o compasso em que Eric Adams desenvolve a melodia isento das batidas viciadas da música. Ótima desenvoltura!


“Black Arrows” deve ser encarada como música? Talvez nos rápidos segundos em que a guitarra interrompe suas convulsões e concatena quatro ou cinco notas agudas que fazem nexo...


Achei que o formato breve de apenas 7 (6) músicas também agrada, pois embora o vocalista garanta um ótimo desempenho, o trabalho seria colocado em xeque se tivéssemos que ouvir seus gritos por mais de 40 minutos.


O ponto fraco é a produção medíocre, pois ainda existem ressonâncias e microfonias (!), além de alguns solos serem captados com timbres toscos que simplesmente engolem algumas notas, e os vocais (provavelmente intencional) foram colocados em uma altura muito superior aos demais instrumentos. E aqui, por a produção porca soar como uma manipulação dos envolvidos, a característica perde sua riqueza.


Esse sim seria um bom trabalho pra uma reedição.


Hail to England! Hail to Manowar! Hail to Metalcólatras!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Hail To England vs Machine Head


O vencedor terá seu conteúdo analisado pelos Metalcólatras.


(Votação aberta a todos participantes e visitantes do blog. Escolha um álbum e confirme o voto.)