terça-feira, 30 de novembro de 2010

Demons & Wizards - Demons & Wizards

Demons & Wizards lançado em 1999, foi um dos álbuns eleitos pelos metalcólatras.





Phantom Lord

Este peculiar álbum saiu da “combinação” das bandas Iced Earth e Blind Guardian e ainda que classificado como Power Metal por críticos de música, eu acredito que não exista nada parecido no universo, logo não posso chamar Demons & Wizards de “Power Metal”. Mesmo que as músicas deste disco possuam as características do “Iced” e do “Blind” (guitarra e vocal inconfundíveis) o resultado é único: todas as músicas parecem estar carregadas de emoções de seus criadores e de certa forma transmitem uma “energia negativa”. Demons & Wizards é a prova que é possível transmitir “sensações” como fúria, ódio, rancor, terror, medo, tristeza e insanidade com elevado nível de criatividade e musicalidade. É a prova que não precisa ser “Thrash” ou “Death” para mostrar fúria, nem “Doom” ou “Prog” para transmitir tristeza, insanidade etc...
Gostei dos discos do Iced, porém achei que a guitarra de Jon Schaffer ficou melhor em Demons & Wizards. Quem prefere as músicas do Iced Earth, certamente irá discordar, mas eu diria que há uma harmonia praticamente perfeita com os demais instrumentos (e vocal) do Demons & Wizards.
Ao longo da última década, posso dizer que escutei poucas vezes Demons & Wizards, se comparado com outros álbuns de “metal”, mas mesmo assim reconheço um trabalho muito bem feito aqui.
Minha faixa favorita é o cover do Cream (White Room), mas não há grandes altos e baixos no álbum... Nota  7.2

Treebeard
Hello Metalcólatras Nation! Sem mais delongas, irei ser direto e reto neste review, pois acho que o Sr. Phantom deu umas descrições que se encaixam perfeitamente neste CD. É um CD onde se pode ouvir musicas com alto teor dos sentimentos citados pelo meu amigo acima. Tratando-se da parte instrumental da coisa, Demons & Wizards traz uma qualidade sonora absurda, apesar deste primeiro CD ter sido gravado com uma bateria eletronica, se não me engano. As guitarras de John Schaffer, pra variar, estão com aquelas batidas impossiveis, quebradas e bem trabalhadas, o cara não esbanja solos, porém os riffs e poucos solos que existem neste CD são totalmente condizentes com o tipo de musica e com o clima que cada uma destas musicas trazem.

Darei destaque a algumas musicas que acho mais impressionantes deste CD, onde na minha humilde opinião, TODAS, sem exceção, são FODASTICAMENTE FODAS! "Heaven Denies" é a musica mais perfeita da história do Heavymetal, pois é uma porradaria absurda e desenfreada, deixando no chinelo muitas musicas consideradas "Heavy" no Universo Metal. Outra musica que também é muito boa para incitar a violencia e te fazer ter aquela vontade de destruir tudo a sua volta é a "Blood in my Hands", estas duas musicas citadas representam o momento "ódio e violencia" do CD. A musica aterrorizante fica a encargo " My last sunrise", com um clima bem soturno e um peso absurdo. "Gallows Pole", acredito que seja aquela que traduz mais a sensação de insanidade citada pelo meu amigo Phantom Lord. Por fim, gostaria de dar destaque a mais 2 musicas, sendo "Fiddler on the Green", que é a mais amarga de todas as musicas, pela sua melodia totalmente melancólica e sua letra triste. O momento final desta música te da a sensação do que pode ser que aconteça quando estamos no fim de nossas vidas, no momento em que o "Ceifador" estiver para nos pegar, tenho certeza que ele dira as palavras finais da "Fiddler on the Green", que são estas: "Just hold my hand. I'll take you there. Your pain will go away...". Após estas palavras tristes e melodramáticas, dou meu ultimo destaque a musica "White Room" que diga-se de passagem é um cover do Cream, muito bem elaborado e executado na versão Demons & Wizards.

Finalizando meu ponto de vista sobre este MARAVILHOSO CD, diria que apesar do segundo CD do D&W não ter sido tão épico quanto este, saliento que a combinação de Iced Earth + Blind Guardian é absurdamente perfeita e faz covers de musicas no estilo Demons & Wizards de ser, o que poderia até gerar um CD de COVERS transcritos e tocados pelo D&W, e digo mais, estes 2 senhores (John Schaffer e Hans) deveriam realizar uma turnê fora da Europa para conferirem a legião de fãs que os aguardam e muito para ve-los tocar ao vivo! Para mim, só falta assistir a um show desta banda para que eu possa morrer feliz com a sensação de "missão cumprida", sei que parece algo impossível, mas ainda tenho esperanças de que irei assistir um show destes caras!

Ha muito tempo atrás, no Centro Cultural Vergueiro:

Eu: Cara, tem uma banda chamada Demons & Wizards que é MUITO BOA
Amigo meu: Sério? Nunca ouvi falar destes caras...
Eu: POis é, esta banda é mais ou menos como uma junção de Iced Earth com Blind Guardian!
Terceiro Elemento: E é possivel isto? (com cara de espanto) São duas bandas MUITO FODA!
Eu: Sim, é possivel e é MUITO FODA!

\m/ Cheers Mates!


The Trooper

3


Sinistro, essa é a palavra que resume esse álbum, é realmente a junção de Iced earth e Blind Guardian, união excepcional. Sinistro porque as letras são pesadas e o som mais pesado ainda, se Black Sabbath iniciou uma jornada pelas trevas, Demons & Wizards a completou. A primeira faixa parece dar uma visão do universo by Lucifer, e a última faixa, My Last Sunrise é uma descrição peculiar de Cristo na Gólgota, talvez focado no famoso momento de dúvida de Jesus quando ele pergunta "Pai, porque me abandonastes?", é de longe, a faixa mais absurda, a música passa toda raiva e dúvida possível, embora eu seja "fã" de Jesus (pra não dizer cristão), e a música pareça sugerir que não há nada de divino nele, tenho que admitir que é a melhor composição do álbum. Fiddler On The Green (faixa que serviu de inspiração para a capa) é outra composição fantástica, realmente triste, sobre a morte de uma garotinha. Como dito na resenha de Nightfall At The Middle-Earth, Hansi sabe como passar emoção nas músicas e as composições de Schaffer acompanharam na mesma medida. As letras são variadas, mas todas soturnas, desde o comentado anteriormente, até flautistas que controlam ratos (provavelmente baseado na lenda) e cruzados sanguinolentos. Na wikipedia consta que o baterista que gravou o álbum foi Bobby Jarzombek, mas não dá pra ter certeza pela wikipedia, então a teoria da bateria eletrônica continua em pauta. Pra fechar, até o cover de Cream é fantástico, resumindo, álbum que não pode faltar no seu hd, quando você estiver na merda ou com raiva então, pode ouvir que vai te ajudar muito (a se aprofundar na merda ou ódio), enfim, recomendo.



Metal Mercante

Iced Earth não é um consenso entre os Metalcólatras, CDs diferentes receberam votos, mas nem os Metalcólatras que votaram em Iced Earth concordam entre si sobre quais os melhores álbuns da banda.
Eu acho que Iced é uma banda muito boa, com umas músicas animais, porém falta consistência nos seus CDs onde algumas músicas parecem que estão no CD simplesmente para ocupar espaço.
Blind Guardian, por outro lado, é uma banda “querida” pela grande maioria dos Metalcólatras e provavelmente dispensa comentários já que estes foram feitos no post do CD “Nightfall in Middle Earth”
Por fim, roubando o jargão corporativo contemporâneo digo que Demons & Wizards pode ser resumido pela seguinte equação:
“1 + 1 = 3”



Joe The Barbarian

Me parece um pouco óbvio dizer que este disco se assemelha muito com Blind Guardian, afinal trata-se da junção entre Blind e Iced Earth, mas mesmo assim, acredito que não seria uma redundância total falar que, na minha opinião, ficou mais próximo de Blind Guardian do que de Iced Earth, talvez pela voz de Hansi ser mais contundente e original que as guitarras do Iced, inclusive nos coros de voz, que seguem a linha da banda do vocalista, eu gostaria de ver algo um pouco diferente, como por exemplo, Bruce D. no álbum AoB (já comentado no blog), que desempenhou bem o papel em outra banda e me surpreendeu ao fazer isso com qualidade (pelo menos no álbum postado).
Feita essa consideração inicial, eu particularmente gosto muito de Demons and Wizards, visto que se aproxima muito dos projetos principais de seus integrantes, mas discordo dos demais Metalcólatras ao afirmarem que DaW é melhor que Blind Guardian e Iced Earth, quando comparados individualmente. Um exemplo contrário, na minha concepção, seria o Avantasia de Tobias S., este projeto que reuniu diversos músicos de várias bandas, supera em muito tais bandas se consideradas individualmente, na minha modesta opinião (acredito que em breve Avantasia será objeto de estudo deste blog).
Mais especificamente sobre este álbum, os nuances de baladas e porradarias se intercalam bem, dividindo espaços com corais de vozes e ambientalizações bem peculiares. O vocal é sólido e bem característico, quem não prestar muita atenção no instrumental, ouvindo apenas o vocal, pode confundir facilmente com Blind Guardian. Já as guitarras levam a assinatura do Iced Earth, riffs pesadíssimos e agressivos e é aqui que diferencia o DaW da banda do vocalista. Eu particularmente gosto das guitarras desse jeito, no entando, elas carregam o mesmo defeito do Iced Earth, os solos são menos elaborados e, de certa forma, limitados, mas não prejudicam a obra como um todo.
Disco de muito peso e muito bem produzido, trazendo características marcantes de duas grandes bandas do Heavy Metal, que agradam muitos, entretando, acredito que não supere o trabalho individualmente considerado dessas bandas originárias. Tanto é que não vejo notícias de muita continuidade desse trabalho, com apenas 2 álbuns lançados em 13 anos de exsitência da banda.
NOTA: 8,5
Kill, Crush n' Destroy...



The Magician


Poucas são as vezes que escutamos os CD´s atentos à proposta do trabalho propriamente dita, normalmente contida nos detalhes das gravações. Felizmente o afiadíssimo eleitorado dos Metalcólatras nos proporcionou algumas boas surpresas e oportunidades.
Uma delas é Demons & Wizards (nome baseado em uma obra do Uriah Heep).
Embora logo de cara a amalgama do Iced Earth e Blind Guardian servir de convite para a escutarmos, e servir também como apresentação do álbum, definitivamente não é o único motivo que sustenta a sua excelente qualidade.
Os músicos responsáveis souberam traçar um novo perfil para o projeto, não totalmente desprendido de suas bandas originais, mas com características únicas e marcantes.
Sou um tanto crítico quanto ao trabalho do Iced Earth, que acredito carecer de consistência; entretanto a respeito de Schaffer, que trabalha como poucos os arranjos em cordas nas partes acústicas, exalto sua qualidade na composição neste álbum. Sua sensibilidade quanto ao conteúdo como um todo fez com que criasse linhas de guitarras que valorizasse ainda mais a voz de HK e criasse o clima ideal em cada faixa.
Pode-se dizer que as guitarras são “coadjuvantes”, fato bem raro em um CD de Heavy Metal.
Os vocais de Hansi acertam no ponto quanto à entonação e melodia e em diversas passagens exploraram os métodos de canto gregoriano, que foram totalmente condizentes com o conteúdo temático. Aliás, é notória toda a colaboração instrumental e musical em torno dos versos e contos de Demons & Wizards.
O projeto que apresenta características extremamente soturnas teve como a cereja do bolo produção excepcional de Hansi Kursch nas passagens e composições instrumentais extras.
É complicado definir o trabalho como Ópera Rock ou como “apenas” um disco conceitual, o fato é que desaperceber-se da mensagem lúgubre é no mínimo leviano.
Destaco as faixas “Heaven Denies”, “Fiddler on the Green” e “Path of Glory”, colocadas em ordenação estratégica fazem que a cadencia não se vicie.
Curiosidades:
*As bandas favoritas dos membros – Jon, Iron e Sabbath; Hansi, Queen e Purpple;
*O nome original era Demons & Angels sugerido pela esposa de Jon e alterado posteriormente por Hansi;
*No site oficial o redator comenta a multiface de Azrael – anjo da morte em várias culturas - como conteúdo principal do trabalho (não apenas na faixa “Tear Down the Wall” que profere seu nome).





Venâncio
PQP!!!! Salvo engano essa banda me foi apresentada pelo Metalkilo justamente pela melhor musica desta obra Heaven Denies, do inicio ao fim possui muita qualidade técnica e inspiração, demonstrando a soma dos talentos dos envolvidos...O melhor dessa faixa é justamente o seu efeito de começo forte terminando em uma paz de espírito. sniff.

O restante da obra não deixa cair a peteca, apesar de que algumas musicas são extensas demais.

8 pitus e um pouco de gordura derretida pra poder voar.

8 comentários:

  1. É difícil um amálgama dar errado. Senão não sai do papel.

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  2. Todo boiola com esse vocabulário rsrsrs

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  3. Não supera as 2...mas supera Iced fácil

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  4. Eu li a referência sobre Azrael que Magician citou no site oficial, seria uma trilogia (Tear Down the Wall, Gallows Pole e My Last Sunrise), só é facilmente perceptível isso em Tear Down the Wall, em Gallows Pole dá até pra engolir, afinal as letras são bem indiretas, mas em My Last Sunrise? "Golgotha - had seen nothing else but
    A carpenter's death", não tem como NÃO ver essa música isoladamente, ninguém que não tenha lido o site oficial vai sequer imaginar que um gnomo semi-deus está citando Jesus enquanto morre O.o
    p.s.: se eu fosse mais paranóico diria que foi uma jogada de marketing para atrair fãs de black metal...hehehe

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  5. Concordo, inclusive interpretei o texto como se referindo ao trabalho como um todo, pois essa citação do anjo ceifador pode ser interpretada em Heaven Denies e Fiddler on the Green.

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  6. gostei, achei foda, é massa. com certeza D&W não pode ser considerado "power metal"...
    Mas oq realmente importa é q bandas novas estão nascendo, bons projetos como Avantasia podem ser comparados com essa banda foda pakas.

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  7. Boa Venancio!!!! kkkkkk
    Heaven Denies - NES 8 BITS
    http://www.youtube.com/watch?v=buDqZ6fl0CI
    kkkkk

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