sábado, 13 de fevereiro de 2016

Star One - Space Metal

O álbum Space Metal lançado pelo projeto Star One em 2002 foi escolhido por Venâncio para analise.


Faixas: 01. Lift Off  // 02. Set Your Controls // 03. High Moon // 04. Songs of the Ocean // 05. Master of Darkness // 06. The Eye of Ra // 07. Sandrider // 08. Perfect Survivor // 09. Intergalactic Space Crusaders // 10. Starchild



Venâncio
Como é de conhecimento geral, o país só volta ao ritmo normal depois da passagem de ano após o carnaval... o que não seria diferente com os Metalcolatras.

Findo o período de festividades tentaremos voltar ao nosso padrão de postagens dadas as particularidades de cada um dos colaboradores...

Hoje trago a vocês um trabalho que junta duas de minhas várias paixões, metal e ficção cientifica...

Aqui o idealizador do projeto Arjen Anthony Lucassen, um camarada que acumula muitas funções no meio musical, nos presenteia com seu talento nessa obra muito bem produzida e que conta com a participação de Sir Russell Allen, Damian Wilson, Dan Swanö, Floor Jansen, Peter Vink, Ed Warby, Gary Wehrkamp e Joost van den Broek dentre outros...

Confesso não ser muito fã do metal progressivo, dado o excesso de viagens (que sem aditivos químicos, podem ficar cansativas), todavia o contexto futurístico, científico e ficcional em minha opinião acabam por formar uma base muito mais sólida para este tipo de trabalho que o medieval e fantasioso tão comum no metal em geral.

Destaques: Set Your Controls, Sandrider e Intergalatic Space Crusaders.

7 Bloodwines e uma cerveja romulana.

Recomendo escutar Ayreon também.



Phantom Lord
Olá esparsos e incógnitos leitores! Acho que os metalcólatras devem uma explicação (ou não) à todos que acompanham ou Lêem o blog ocasionalmente: Os metalcólatras estão resolvendo uma série de assuntos particulares. Após supostas "lideranças" do blog serem dissolvidas, as promessas de maior participação dos membros ficou apenas no campo das promessas mesmo! Isso é natural, uma vez que ninguém assumiu um compromisso sério aqui. Indicar álbuns e resenhar é apenas um "hobby" para os metalcólatras em geral. 
 É isso. 
Vamos a resenha do Space Metal: Um disco composto por músicos competentes. Particularmente achei o vocal o maior exemplo de competência neste trabalho. Apesar de ser entitulado como trabalho de "metal", ao meu ver, este álbum traz diversas músicas com prováveis inspirações na sonoridade de bandas de rock dos anos 70 e 80, como Deep Purple e Black Sabbath com Ian Gillan nos vocais... 
Creio que Venâncio acertou em indicar este álbum ao blog: As músicas contém algumas características incomuns: forte presença de back vocals femininos, teclados nos estilos "setentistas", vocais que alternam do grave quase gótico ao melódico mais agudo (e bem afinado, prestem atenção em Sandrider), mistura de ritmo cadenciado com trechos mais acelerados cheios de técnica e apresenta um tema de ficção (espacial) que só o Iron Saivor QUASE mostrou aqui no blog há anos atrás. Enfim, um disco diferenciado, com grande potencial e criatividade, porém não é exatamente o meu estilo favorito e os back vocals em coros delicados acabam torrando minha paciência... 
No fim das contas me pareceu um disco mediano, quase bom... Não sei dizer se este álbum tem algo de progressivo, mas sei que é melhor do que muitos discos de metal progressivo que passaram por aqui. 
O ponto fraco do cd fica por conta da última faixa Starchild. 

Nota Final: \m/ \m/ \m/


The Trooper
3
Eis um trabalho dificílimo de ser avaliado.

Em primeiro lugar irei colocar um rótulo logo de cara, para se ter uma ideia vaga do que se trata: prog metal.

A estrutura progressiva contém a presença de distorção de guitarras, solos e riffs característicos de heavy metal, mas a coisa toda puxa muito mais pro prog do que pro metal, e acho que isso se deve principalmente por causa da temática.

Space Metal, foca, como o nome deixa claro, em ficção científica, particularmente, viagem espacial. Essa temática é introduzida de maneira impecável (embora usar um tecladinho para fazer 'sons do espaço' seja meio batido), tão impecável que compromete o trabalho no quesito heavy metal (pra deixar bem claro: ninguém disse que você deveria esperar heavy metal nesse álbum).

Entretanto os caras (e minas) do Star One cumprem seu papel com maestria e entregam o que prometeram com muita qualidade: música ambientada de acordo com o tema.

O maestro da parada (Arjen Lucassen) escolheu 4 vocalistas monstrinhos que tornam o álbum muito difícil de ser criticado:

Dan Swanö (Whiterscape)



Damian Wilson

 

Russel Allen (Symphony X)



Floor Jansen (Nightwish)



Tenho a impressão que Russel Allen puxa o carro, e o cara é muito bom, com a adição fabulosa de Jansen, temos um efeito parecido com o que ocorre com Whitin Temptation: o trabalho fica muito "bonito". 

Os instrumentistas também são bons, os solos de Gary Wehrkamp são bem legais, e o próprio Lucassen faz riffs bacanas e se vira bem no teclado ('óia, falando bem do teclado' ... tá, mas sem se empolgar).

A musicalidade lembra levemente Deep Purple e Pink Floyd (a última faixa lembra muito o último) com alguma banda melódica genérica (Masterplan?). Não há como eu avaliar o trabalho sem compará-lo com seus semelhantes: Operation Mindcrime (por ser temático) e Avantasia (por ser um 'dream team').

O trabalho é temático mas não se trata de apenas uma história, eu notei isso ao ouvir Master of Darkness e me ligar que se tratava de Darth Vader e Luke Skywalker, aí tive que procurar, e achar, isso:

Album Themes

The themes of the album's songs are based on the following works of fiction:

On CD 1


O projeto é ambicioso e abraça várias histórias, é bacana, mas traz suas limitações: é bem difícil abordar tantos temas assim sem ser absolutamente suscinto, o que danifica as histórias e força a interpretação dos cantores.

O nível de emoção que os intérpretes colocam nas canções não chega nem perto do nível alcançado nos trabalhos supracitados que uso para comparação.

Um outro problema, gerado pelo foco nos vocalistas fodões e nas histórias, é a cadência exagerada do trabalho, com trechos lentos e com pouca distorção nos instrumentos para passar a bola pros vocalistas. Isso acontece em parte em OMC, mas muito pouco em Avantasia (talvez isso explique porquê Avantasia é uma obra-prima). Ou seja, a ambientação leva a vantagem sobre a música (particularmente o heavy metal) no equilíbrio entre os dois.

Bem, para resumir: é um bom trabalho, mas é bem específico, difícil querer ouvir com frequência, e se afasta perigosamente do heavy metal quanto mais tempo passa de sua execução. Mas a ambientação é perfeita, terminando magistralmente no ápice: Starchild (tão viajante quanto a obra que a inspira - 2001: Uma Odisséia no Espaço, e a pegada Pink Floyd)

Destaque para Set Your Controls, High Moon e Sandrider (onde o álbum pesou mais para o metal)

Nota: \m/\m/\m/\m/

P.S.: Eu não consigo dar uma nota muito alta porque se afasta bastante de heavy metal (ou mesmo rock'n'roll acelerado), e não consigo dar uma nota baixa porque é competente e bom dentro da sua proposta.



2 comentários:

  1. De vez em quando o Venâncio QUASE acerta ... hahaha

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  2. Ah ... já ia esquecendo: eu tinha um álbum do Ayreon (que ganhei) e doei para o Treebeard. Ou seja, ao contrário do Venâncio, eu (e provavelmente o Treebeard) não recomendo escutá-lo.

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