terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Skid Row - Rise Of The Damnation Army

O álbum Rise Of The Damnation Army - United World Rebellion - Chapter Two lançado em 2014 pelo Skid Row, foi escolhido por Trooper para análise.

Faixas: 01.We Are The Damned; 02. Give It The Gun; 03. Catch Your Fall; 04. Damnation Army; 05. Zero Day; 06. Sheer Heart Attack; 07. Rats In The Cellar.  


The Trooper
3Mas pode postar EP? E hard rock? E como saber se um trabalho é realmente hard rock. Talvez a gente não saiba mais o que é EP daqui a um tempo. 

Tudo isso possui bordas borradas, a linha que separa rótulos é tênue, então quis colocar esse EP do Skid Row pra fomentar a discussão. 

A banda dividiu seu último trabalho em dois EPs, será que isso pode vir a ser um padrão entre as bandas? Com a internet e o formato digital das músicas, por quê se manter em um padrão antigo? Vale a pena lançar metade do cd e depois a outra metade diminuindo o intervalo de tempo que os fãs tem que esperar?

Skid Row ainda é uma banda de hard rock? O hard rock ainda existe nos dias de hoje? Ele é como era nos anos 90?

São muitas perguntas, o que posso dizer é que só ouvi o capítulo dois do álbum dos caras, e gostei bastante. Provavelmente este é um dos trabalhos mais pesados dos caras.
Todas as faixas são legais e Sheer Heart Attack é um cover do Queen, bem bacana.

Nota: \m/\m/\m/\m/

  Phantom Lord
Post útil para saber o destino (ou os rumos tomados) da banda de farofa metalizada, Skid Row... 
 RotDA é um disco de curta duração constituído de músicas com a sonoridade flutuando entre um heavy metal e um hard rock atual... 
 Em minha opinião, o resultado num geral soou mais interessante do que o clássico debut da banda, porém diferente de seus primeiros discos, parece não haver destaques ou "hits" em RotDA. O momento mais fraco do disco fica por conta da balada Catch you Fall, e Sheer Heart Attack possívelmente é a melhor música do Queen. que acaba ofuscando a "melhor música" do Skid neste disco... 
Enfim, esta resenha fica assim: curta como o álbum analisado. 

 01 .We Are The Damned 7; 
 02. Give It The Gun 7,1; 
 03. Catch Your Fall 6,2; 
 04. Damnation Army 7,2; 
 05. Zero Day 6,7 
 06. Sheer Heart Attack ; 
 07. Rats In The Cellar 7,4 

 Nota Final: 6,9 

The Magician
Parece que não, mas o álbum em questão é apenas o oitavo na carreira dos americanos que colocaram pela primeira vez o pé na estrada em 1986; isso se contarmos os EP's como discos oficiais (que é o caso de "Rise of the Damnation Army"). Isso dá uma média de um lançamento a cada 3 anos e meio!

Essa média é muito baixa para bandas que sobreviveram no mainstream por mais de 20 anos, e embora seja compreensível que assim como a maioria delas o Skid Row tenha um período de desaceleração nas ideias e na criatividade, o que de fato aconteceu é que a banda hibernou por oito anos - de 1995 a 2003. 


Isso reflete também a dificuldade que as bandas americanas de Hard Rock tiveram pra sobreviver após o "estouro da bolha" e à decadência desse gênero após a virada da década de 80 para os 90's, quando os castelos de areia da Sunset Strip começaram a se desmanchar expostos às brisas do Heavy Metal e principalmente aos vendavais Grunges vindos de Seatle.

De qualquer modo os caras estão de volta, e pelo jeito adaptados aos novos modelos comerciais, que priorizam os EP's (extended play) aos convencionais LP's (long plays). E já que o mercado da música de hoje é vulnerável a proliferação de conteúdo digital não controlado é melhor que você aumente sua frequência de lançamentos ao invés de lançar conteúdos mais longos e completos que muitas vezes não podem ser digeridos por inteiro dentro do concorrido tempo ocioso do ouvinte moderno. Logo, manda pro público algumas ideias esparsas mas conectadas, em pequenas doses, e alimente seus ouvidos aos poucos... gostei da ideia.

E é por isso que esse trabalho vem como um spin off de seu predecessor Chapter One, e poderiam ser lançados como um só trabalho no sentido de sonoridade e temática. 

Embora o formato ágil de 6 músicas + 1 cover seja propício para uma audição de forma descompromissada, para meu método de avaliação no blog Metalcólatra o trabalho acabou soando um pouco menos consistente e meio que "avulso". É como se essa agilidade proposta não permitisse a aderência do trabalho, mas confesso que pode ser apenas uma dependência fisiológica de ouvidos Metaleiros mais acostumados à álbuns longos, quando esses são conceituais.

Sobre o trabalho musical, é fácil reconhecer o DNA "hardroqueiro" de Dave Sabo, um dos grandes nomes da guitarra oitentista, que tem seu trabalho influenciado diretamente pelos trejeitos de EVH. São riffs seguros e bem colocados em todo o álbum, com doses de bom Heavy Metal em "We Are The Damned" e "Zero Day", e de Hard Rock pesado em "Give It The Gun" e "Damnation Army". A balada "Catch Your Fall" é a que mais faz jus ao estilo "musiquinha de novela" bastante relacionado ao SkidRow no auge de sua carreira e tinha de estar aí, senão não seriam eles. 
Os vocais de J.Solinger não me agradam, mas se fazem suficientes.

No geral atendeu minhas expectativas, ao reencontrar o caminho do Heavy Rock old school sem precisar repetir trabalhos antigos ou se vender aos estilos modernos que não cabem à banda; ainda que tenham feito isso criando um trabalho um pouco "avulso".

Gostaria de encerrar comentando o trabalho lírico de "Rise of the Damnation Army". 

Realmente me surpreende como as bandas de Heavy Metal de outrora ainda ativas estão antenadas com os temas atuais que urgem na nossa sociedade, mas que são insistentemente ignorados ou colocados em colunas periféricas dos canais de comunicação que conseguem alcançar a maioria. 
  
Depois de me surpreender com as alusões à visão de replanificação social de Jacque Fresco no álbum "13" e de comentar sobre a abordagem científica do Metal em "Super Collider", agora me deparo com um trabalho que incute em seus versos (nas faixas "Zero Day", "We Are the Damned" e "Damnation Army") o fenômeno recente do "Anonymous" e do hacktivismo global.

Como disse antes: mais orgulhoso do que nunca por poder bater no peito e falar que sou roqueiro/banger, nossa música faz sentido e está preocupada (também) no que está acontecendo. Como verdadeiros bardos contemporâneos esses caras estão divulgando os acontecimentos que são alheios ao grande público embora aconteçam embaixo de seus narizes. 

As histórias que ninguém tem coragem de contar, o Heavy Metal conta.

Nota 6,9, ou \m/\m/\m/. 

8 comentários:

  1. Resenhem o "Anthems to the Welkin at Dusk" (1997), do Emperor.

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  2. Queria ver vocês resenhando algum album do The Sword, acho uma das melhores bandas da atualidade. Se quiserem ouvir o som dos caras: http://www.youtube.com/watch?v=Hr2m1VzTAI8

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    1. Já ouvi alguns sons do The Sword e parece bom. Apesar de diferentes, já passaram duas bandas aqui pelos metalcólatras que parecem seguir esta linha meio black-sabbática: Grand Magus e Ghost.
      Talvez The Sword também apareça por aqui, valeu pela participação G. Nascimento!

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  3. Sobre os temas que "orbitam" neste álbum: Sim, o hard rock existe (ou sobrevive), num geral, não mais como a farofa oitentista: É um gênero adaptado aos recursos atuais, como vários outros gêneros. Ainda existem bandas que mesclam o hard rock com diversos outros estilos de rock/metal, porém não acompanho tais trabalhos... Sobre Eps... Acho que a ideia inicial neste blog era deixá-los para sessões/páginas alternativas, mas enfim... Só não me venham com coletâneas e lives, ok?

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  4. "Sheer Heart Attack possívelmente é a melhor música do Queen.."

    .....................................................................


    PULTA QUE O PARIU!!!!!!!

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  5. Puro "metal pauleira" de 1977. Embora o álbum de mesmo nome seja de 1974.

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  6. Ah, esqueci de colocar no post que mesmo com sua voz de taquara rachada de hoje em dia, acho que Sebastian Bach poderia ser vocalista desse álbum sem problemas...

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