quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Van Halen - Van Halen

O álbum Van Halen lançado em 1978 pela band Van Halen foi escolhido para análise por Phantom Lord.




Phantom Lord

Qual é o significado da palavra Heavy Metal? Metal Pesado? Porquê? O som das guitarras é como bigornas caindo do céu ou o que? Bom, já faz muito tempo que ouvi pessoas falando (várias vezes) que o termo surgiu em alguma entrevista com um dos integrantes do Led Zeppelin. Também cansamos de ouvir que o Black Sabbath é o “pai” do Heavy Metal... Mas este gênero musical ganhou força no início dos anos 80, além dessa “força”, a sonoridade foi mudando de tal forma, que surgiram várias espécies, ou vertentes de heavy metal... Eu acredito que a primeira mudança significante na sonoridade do rock pesado (ou heavy metal) “inventado” por bandas como Led Zeppelin, Black Sabbath e Deep Purple, surgiu no final dos anos 70. E o responsável foi o Van Halen. 
 Essa mudança existiu não só pela técnica ou pelo modo de Ed Van Halen tocar a guitarra, mas também pelo fato que suas músicas soam anos a frente de suas contemporâneas! O álbum Van Halen apresenta um som inigualável nas guitarras e o mais absurdo desta história é que este é o primeiro álbum da banda! Geralmente, os primeiros álbuns das bandas de rock/metal apresentam uma produção e/ou sonoridade mais rústica... Mas com o Van Halen a história foi bem diferente. 
 Este disco abre com a repetitiva, porém marcante Running With the Devil, segue com o épico/distorcido solo de Eruption e o ótimo cover You Really Got Me. Logo em seguida surge, em minha opinião, a melhor música da banda: Ain't Talkin' 'Bout Love. Da faixa 5 em diante, as músicas me chamaram menos atenção, exceto pela última faixa (On Fire) que também merece destaque. 
O álbum foi tão impactante que conseguiu emplacar pelo menos 5 ou 6 hits nas estações de rádio durante décadas. Será que algum outro álbum lançado em 1978 conseguiu esta façanha? Eu não me considero fã do Van Halen, mas o primeiro álbum dos caras é de tirar o chapéu. 

 Runnin' With The Devil 7,2 
Eruption 8,8 
You Really Got Me 8,6 
Ain't Talkin' 'Bout Love 9,9 
I`m The One 6,8 
Jamie's Cryin' 7,5 
Atomic Punk 7,0 
Feel Your Love Tonight 6,8 
Little Dreamer 7,6 
Ice Cream Man 7,0 
On Fire 8,4 

 Modificadores: 


 Nota: 8,0

The Trooper
  3


Devo concordar com o Phantom sobre o que ele disse da produção estar muito boa para a época, e principalmente sobre o som feito pelo holandês, Eddie Van Halen, estar anos a frente. Mas paro por aí, não sou um profundo conhecedor de Van Halen, mas até gosto bastante do que conheço, entretanto tirando as músicas mais famosas, esse álbum não impressiona muito, hard rock puxado para o rock clássico, sem nada muito empolgante. Em alguns trechos dá pra ouvir uma pegada heavy metal, e obviamente, os solos do EVH são fodas, mas talvez fosse mais legal analisar o 1984.
Enfim, Ain't Talkin' 'Bout Love é de longe a melhor música do álbum, seguida por Runnin' With the Devil, o cover You Really Got Me e com um leve destaque para I'm the One, Atomic Punk e On Fire.

Nota: \m/\m/\m/





Pirikitus Infernalis
Alguns artistas conseguem realmente fazer coisas absurdas, Van Halen definitivamente é uma dessas bandas. Fico feliz de não ter sido postado o 1984, assim podemos confrontar aqui o melhor que existe nessa banda.

Não vou falar aqui sobre o grande nome da banda pois temos o nosso ilustre guitarrista metalcolatriano Magician para tecer páginas e páginas sobre a habilidade virtuosa de nosso querido(ou não) guitarrista holandês. Basta dizer que ele é foda e nada mais, sem contar que a banda ainda conta com Diamond Dave nos vocais, um dos melhores existentes na minha opinião.

Musicalmente falando, temos neste álbum preciosidades. Pegamos, por exemplo, o “lado A” deste álbum. Temos Runni’ with the Devil, Eruption, You Really Got Me ( Ray Davies agradece), Ain’t Talking About Love e I’m the One. Honestamente, apenas o “lado A” desse cd é melhor do que quase todos os outros CDs lançados na história (se você considerar a quantidade de cd’s lançados...true history).

O grande ponto é que Van Halen vai além e faz de seu “lado B” um verdadeiro lado B, obviamente tirando Feel Your Love Tonight. A ótima e Funkeada Little Dreamer e o rockabilly Ice Cream Man (John Brim também agradece) são o ponto alto dessa experimentada, ainda temos On Fire com uma pegada mais metal.

Agora vem o grande x da questão. Runnin with the Devil ou Jump? Eruption ou 1984? Ain’t Talking About Love ou Panama? Feel Your Love Tonight ou Hot for Teacher? Eu sempre possuí uma tendência a ceder para o lado de 1984, porém, independente de qual seja o seu favorito, quem ganha é você.

Top3: Runnin’ with the Devil, Ain’t Talkin’ ‘bout Love e Feel your Love Tonight. Shame Pit: Atomic Punk .

Nota: 8


Whoo! Bop ba da, shoo-be doo-wah
Bop ba da, shoo-be doo-wah
(Ba dum bum)
Bop ba da, shoo-be do-wah
(shoo-be doo-be doo-be do-whum)
Bop ba da, shoo-be doo-be doo-be do-wah
Bop ba da, shoo-be doo-wah
(Bop ba da, shoo-be doo-be doo-be doo-whum)
Bop ba da, shoo-be doo-wah
(Bop ba da, shoo-be doo-be doo-be doo-whum)
Bop ba da, shoo-be doo-wah
(Ba dum bum)
Bop ba da, shoo-be doo-wah Whoo!
The Magician
O álbum homônimo da banda Van Halen de 1978  apresenta para o mundo o holandês Eddie Van Halen, que na minha opinião se não o mais genial é com certeza o mais completo guitarrista na longa história do Rock n Roll. 
Em 25 de julho de 2011 escrevi sobre esse guitar hero aqui no blog: "Van Halen converge todos os conhecimentos da guitarra rock elétrica para criar o mais emblemático e extremo estilo de tocar influenciando todos adeptos do instrumento de 6 cordas que viriam depois dele".
 Pois bem, Eddie Van Halen (EVH) criou seu estilo sobre o trabalho de caras como Hendrix, Page e principalmente Clapton,  e sobre esse "core" colocou seu talento e transformou as linhas de guitarra que eram até certo ponto colaboradoras em linhas de guitarra definitivamente protagonistas. Por isso nota-se mesmo com o peculiar estilo de Lee Roth preenchendo o álbum, que a "Frankenstrat" (nome da guitarra custom by de EVH - um trocadilho com o nome do monstro e com o modelo Strato) não se retira do foco das 11 músicas de VH(1). Esse despudor no estilo de tocar do instrumentista deu mais do que uma simples ênfase aos guitarristas roqueiros, que já haviam se emancipado na geração anterior. Na implementação estilística vanhaliana a guitarra não somente dá corpo à música mas é propriamente a música, onde arbitra sobre os demais instrumentos, cria a melodia, permite ou não a inserção dos vocais, e em alguns casos determina os tempos e rege a banda conforme sua vontade.
EVH tem performance inquestionável no decorrer de todo disco, em suas bases de distorções extravagantes embala harmonias ousadas de acordes saturados com maestria única, preenchendo os intervalos com riffs abafados e elementos interpretativos correspondentes à sua assinatura característica que é repleta de harmônicos e vibratos. Me surpreende o modo como EVH consegue desmembrar dois ou três acordes em frases consistentes o bastante para sustentar uma música inteira ("Aint Talk About Love" se desenvolve apenas sobre duas notas: Am e G). 
Mas é mais do que óbvio que seu grande triunfo está em seus solos exibicionistas representados pelo mais conhecido de todos - Eruption - que trouxe à tona a técnica de tappings. O método, que implica em usar os dedos da mão direita para martelar a nota sobre a escala/braço da guitarra criando rápidos ligados de grande extensão, deixou os guitarreiros da época de cabelo em pé, e deu o status totêmico ao guitarrista que ganhou o respeito dos críticos e dos "acadêmicos" da área.
Particularmente vejo Eruption como uma propaganda, ou um cartão de visitas de Eddie, mas não sintetiza todo seu repertório de solos; entendo que suas maiores jóias solistas foram escritas em compassos bem menos pretensiosos, como em "Dreams", "I Cant Stop Loving You" e na faixa fodástica presente neste álbum "Aint Talkin Bout Love". 
Vejo Van Halen também como um dos criadores do Hard Rock - coração do Rock n Roll - que explodiu na década posterior, já que sua habilidade e velocidade acabou por evocar outros grandes nomes para o gênero como Gilbert e Timmons que com certeza foram influenciados por sua obra.
Sobre o disco-debut proposto,Van Halen (I) destaco as super clássicas: "Running with the Devil", "You Really Got Me" (Cover), "Ain't Talkin' bout Love" e as ótimas: "Atomic Punk" e "On Fire".
Sobre a importância dos demais membros do grupo no trabalho soma-se apenas as vozes de David, que impregna o trabalho com seus gritinhos histéricos mas que compensa usando seus bons tons médios e graves (se sobressai no estilo bluseiro). O vocalista também colaborava com seu carisma, sendo um contra ponto à altivez do líder da banda.
O estudo da guitarra iniciado no século passado confere ao instrumento um espaço especial reservado entre os músicos, principalmente por guiar a música popular por mais de 50 anos. Sob esta leitura pode-se entendê-lo como o fruto de aprendizado contínuo e possivelmente ininterrupto mas que incontestavelmente teve um divisor de águas que separa toda a cronologia da Guitarra em duas partes: antes de EVH e depois de EVH.
O que o Heavy Metal tem a ver com isso? Pergunte à qualquer guitarrista que em seus solos decide ou decidiu usar tappings... posso citar alguns: Karl Logan (Manowar), Kirk Hammet (Metallica), Stefan Elmgren (Hammerfall), Kiko Loureiro (Angra), Randy Rhoads (Ozzy), Michael Weikath (Helloween) entre outros...             
Nota 7,3 ou \m/\m/\m/\m/.

6 comentários:

  1. Hmpf... Uma resenha apática vinda do apático Trooper. Que novidade...

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  2. Convenhamos Phantom... VH não é exatamente uma novidade certo? Se o Trooper fez aquela resenha super comprimida no épico The Chemical Wedding imagina aqui...

    O Trooper só arrisca mais naqueles CDs que ele mesmo posta e naqueles que ele Desce a lenha,... é um sujeito um tanto recatado.

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  3. I am The One não é lado A do Van Halen, Pirikitus.
    Nunca vi numa coletânea, nem ouvi tal música em estação de rádio alguma...

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  4. Phantom, eu não falei lado A de ser conhecida. Lado A pq no vinil era lado A, rsrsrs.

    http://pixhost.me/avaxhome/72/63/001d6372_medium.jpeg

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  5. Acho que todos sabem que o Pirikitus posta um trecho de uma das músicas do "disco resenhado", mas ele anda se superando... O que diabos foram os trechos das músicas do Van Halen e do Unherz?.. Pura fanfarronice...

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  6. Li uma entrevista de 2011 do papa da guitarra Joe Satriani onde ele comentava a "descoberta" dos Tappings feita pelo Van Halen, e de como poderia ter sido ele ao invés do holandês, o descobridor dessa técnica...

    Isso prova que de lá pra cá pouquíssima coisa relevante foi criada na guitarra, ...ou prova no mínimo como nesse ramo a inveja é uma coisa recorrente e onipresente.

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