terça-feira, 5 de junho de 2012

Anthem - Eternal Warrior

Escolhido por The Trooper, o álbum Eternal Warrior, lançado pelo Anthem em 2004.



Faixas: 01-Onslaught; 02-Eternal Warrior; 03-Soul Cry; 04-Life Goes On; 05-Let The New Day Come; 06-Distress; 07-Bleeding; 08-Omega Man; 09-Easy Mother; 10-Mind Slide.



The Trooper
3
Anthem é uma banda de rock/heavy metal japonesa criada em 1980, desmembrada em 1992 para ser reformada em 2000. 

Se não me engano, o álbum de 2000, Heavy Metal Anthem, com Graham Bonnet nos vocais é o único com letras totalmente em inglês, o restante dos álbuns contam com letras em japonês com trechos em inglês (principalmente os refrãos), acho que isso reflete bem a cultura japonesa, com a enorme influência americana na reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, mas trata-se de uma língua bem diferente da japonesa, o que traz dificuldades para aqueles que tentam utilizá-la (como dá pra notar nos sotaques da maioria dos vocalistas japoneses).
O vocalista neste álbum é Eizo Sakamoto, que canta bem, mas às vezes alguns agudos machucam meus ouvidos, fora o já citado sotaque. No geral toda a banda trabalha bem, mas o que me chamou a atenção foi o trabalho do guitarrista Akio Shimizu, e meu destaque vai portanto, para a faixa instrumental Omega Man.
Enfim, é um bom trabalho, para aqueles que odeiam letras em japonês, sugiro que ouçam o álbum Heavy Metal Anthem para conhecerem a banda.

Nota: \m/\m/\m/\m/

Phantom Lord

Mais uma banda do outro lado do planeta...
Eternal Warrior inicia-se com um trabalho instrumental impressionante na música Onslaught, porém o vocal parece básico: apenas “segura as pontas”... O álbum segue num estilo tradicional de heavy metal sem grandes altos e baixos. A parte instrumental se destaca em diversos pontos do disco, porém o vocal continua mediano. Mas porque isto acontece?
...The Trooper citou algo sobre a diferença dos idiomas (japonês e inglês) e a dificuldade de se cantar uma canção numa língua estrangeira. Daí poderíamos pensar: porque cada banda não canta em seu idioma nativo? Bem, algumas até cantam, mas primeiramente se a banda deseja uma projeção mundial, é melhor que “ela cante” em um idioma difundido / popular... O idioma inglês, com certeza é um dos mais falados pelo mundo e parece ser o preferido das bandas de rock e heavy metal. A forma como as palavras soam neste idioma parecem fluir de maneira mais fácil e mais agradável do que em vários outras linguas. Idiomas como o japonês e o português estão cheio de palavras “quebradas” onde as consoantes se destacam, possivelmente dificultando a pronúncia adequada a maioria dos ritmos encontrados nas melodias de heavy metal...
...P$#@ que pariu, enrolei bastante, não? Até parece que sou tradutor/intérprete e/ou músico! Enfim, é mais ou menos isso que eu penso, é difícil explicar, mas temos outro exemplo aqui no blog: Quando o Arya (banda russa) “apareceu” aqui, foi bastante criticado... Afinal quantas bandas que cantam em russo são mundialmente conhecidas? O idioma russo é ensinado nas escolas de algum país da América? Acho que não... Tudo isso faz com que o “não-russo” estranhe tais músicas, assim como é comum que brasileiros estranhem melodias de heavy metal sejam cantadas em japonês, italiano, alemão, espanhol etc...

Onslaught 7,8
Eternal Warrior 8,4
Soul Cry 7,2
Life Goes On 6,0
Let the New Day Come 7,0
Distress 6,3 
Bleeding 7,2
Omega Man 7,0
Easy Mother 6,0
Mind Slay 7,4

Finalmente, em minha opinião, Eternal Warrior é um bom trabalho, porém o vocalista é apenas mediano, as melodias em japonês são no mínimo estranhas e...
Sempre me lembrarão Jaspion, Jiraya, Samurai X, Evangelion etc.
Nota: 7,1


Pirikitus Infernalis


Eis que nos deparamos com mais uma banda da tríade japonesa de heavy metal oitentista. Esse cd foi uma gama de gratas surpresas. Primeiramente por ser bom, segundo por manter um clima anos 80 que eu acho sensacional, terceiro por ter sido feito em 2004 e quarto por conseguirem demonstrar influência do rock Japonês.
Uma grata surpresa de uma banda que eu conhecia apenas por nome, até onde me lembro. Um cd com um heavy metal tradicionalíssimo com uma pitada J-Rock, mesmo em uma época dominada por rocks modernos. Uma cozinha discreta, um bom vocalista e o grande trunfo da banda, o guitarrista Akio Shimizu.
Esse guitarrista não é de uma técnica suprema como Gus G., nem de uma velocidade abissal como Herman Li. Ele simplesmente sabe pegar o feeling da música. Suas composições nesse cd são simples, porém de ótimo gosto, e sua performance em Omega Man é de tirar o chapéu.
Um bom cd de metal tradicional sem perder a raíz do rock japonês, que por diversas vezes me fez pensar que tal música encaixaria bem em algum anime, porém é um cd muito interessante.
Top 3: Eternal Warrior, Life Goes On e Easy Mother (Menção honrosa para Omega Man). Shame Pit: Distress.
Nota: 7,5
Ps: Mesmo tendo boas músicas para animes, nenhum supera a eterna L'Arc-En-Ciel - Ready Steady Go.




The Magician

Os Metalcólatras acima já descreverem os pontos e observações mais essenciais sobre "Eternal Warrior", por isso vou apenas reforçar algumas de suas análises.

Ouvir esse japa maluco cantar as vezes incomoda, seja pela interpretação exagerada ou (principalmente) a pronuncia do Nihongo, que por ser língua aglutinante se torna pouco melodiosa neste genêro (lembrando novamente que o metal e o rock foi criado por e para a lingua inglesa). E falta um pouco de técnica  para os vocais que as vezes assume responsabilidade imensa dentro das músicas,  em bases de grooves monotônicos.

Se existe a critica aos vocais há de se elogiar as composições das guitarras. Esse tal Shimizu faz miséria, acerta em cheio em bases, licks e solos, nos timbres, tempos, melodias, multiabordagens, enfim nas ideias colocadas em geral. Raríssimo o dinamismo desse cara, que realmente me espantou, e imediatamente me remeteu (ouça Omegaman) às trilhas sonoras mais destruidoras dos games de 90 a 00 da Nintendo, que residiam nos jogos da Capcom/Konami/Rareware, entre outras.

Muitas vezes jogando esses tipos de games eu pensei: "por que um fdp apenas não coloca uma letra da hora nessas músicas? é uma fonte infinita de coletâneas!!". Eu acho que esse japa guitarrista pensou isso, se é que o cara já não trabalhava em estúdios desse tipo antes... pensei em perguntar pra ele mas não tenho Facebook, quem tiver e também possuir essa curiosidade:http://www.facebook.com/pages/Akio-Shimizu/206159786073486.

A resenha deste álbum ressuscita a linha de pensamento que o oriente tenta melhorar o que o ocidente criou, cfe. abordado no post do Loudness, e o Anthem neste trabalho quase fez eu voltar atras e me convencer de que isso é possível também na música.



Duas conclusões: 1 - Ao invés de tentar um vocalista americano nesta banda, porque não levar esse  Akio Shimizu para uma banda americana ou européia?
2 - Se fosse um álbum integralmente instrumental, provavelmente teria nota 10 neste blog.

Nota: 7 ou \m/\m/\m/\m/.
   

5 comentários:

  1. Essa imagem que o senhor postou está péssima, Trooper.

    Toma vergonha nessa sua cara e procura por uma de melhor qualidade!

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  2. Realmente... é a segunda imagem de capa em baixa qualidade que Trooper posta neste blog. Wicked Maiden também estava horrível. Mas quem tem que tomar vergonha na cara são os metalcólatras que não postam uma resenha há mais de 2 meses! O que eles estão fazendo? Se masturbando no Diablo 3?

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  3. Wicked Maiden tudo bem, mas essa do Anthem eu peguei em 1039x1024.

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  4. Acho que ouvi uma influência Painkilleriana na música “Onslaught”. Mas que álbum de metal “pós-anos-90” não tem um toque de Painkiller?
    O ritmo dos instrumentos da faixa Distress me lembrou algumas músicas do Dio, gravadas entre 1990 e 2004...

    Pois é, estas são mais provas de que é bem difícil inovar dentro da “velha fórmula do heavy metal”.

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  5. Ok... Após ouvir mais vezes, tive que aumentar a nota da faixa Eternal Warrior. O instrumental (principalmente a guitarra de Akio Shimizu) nesta música é monstruosamente bom!

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