quarta-feira, 7 de março de 2012

Mastodon - Crack The Skye

O álbum Crack the Skye lançado pela banda Mastodon em 2009, foi escolhido por Pirikitus Infernalis para análise.













The Trooper
3


Mais uma viagem no blog, Crack the Skye tem uma influência fortíssima de rock progressivo, embora o peso o torne indiscutivelmente um álbum de heavy metal. Logo, a classificação que se vê por aí, "progressive metal", se encaixa bem neste trabalho.


Algumas observações são pertinentes entretanto: os vocais lembram rock alternativo, espalham melancolia pelo álbum todo, com trechos gritados adicionados acertadamente nos momentos em que agressividade se faz mais necessária; as mudanças de ritmo, são no geral, mais fluídas do que, por exemplo, as apresentadas pelo Fates Warning em Awake the Guardian.


A arte da capa e as letras são bem interessantes, embora na minha humilde opinião, o compositor exagere em sua veia poética e as letras se tornem bastante caóticas.


Meu destaque vai para as faixas Oblivion, Divination e The Czar (a parte rápida é muito boa, embora a parte lenta se estenda demais).


Dentro do seu próprio nicho, Mastodon criou um trabalho sólido de alto nível, claro que, como dissemos várias vezes, nossas notas são baseadas em gosto pessoal e eu prefiro ouvir algo mais "porrada", mas colocar esse álbum de fundo cria um ambiente "viajante" ideal.


Nota: 6,7.




Phantom Lord


Depois de ouvir apenas possíveis citações sobre o Mastodon em programas do tipo “backstage”, finalmente escutei um trabalho desta banda.
O vocal parece típico das bandas que surgiram do meio pro fim dos anos 90 e ocasionalmente muda para um estilo mais peculiar (lembrando vagamente Ozzy... ). A parte instrumental que está um tanto embolada e chiada, também possuí características das bandas que surgiram na época...

As músicas não são ruins, mas obviamente se afastam bastante do heavy metal tradicional em rumo ao sabe-se-lá-qual-metal. Na última faixa (possivelmente uma das mais longas do disco) tanto o vocal, como o som obscuro dos instrumentos, já me pareceram bastante cansativos e/ou entediantes.

Falando em obscuro, o tema abordado não me pareceu claro: entre czares, barões, mortes e outras dimensões, foi possível entender uma coisa ou outra. Enfim, cada banda aborda o assunto que gosta, da maneira que acha melhor e por isso creio que tais características não interferem diretamente na qualidade do álbum.
Crack the Skye não é um álbum ruim, pode e deve atrair legiões de fãs (provavelmente mais jovens do que eu, em sua maioria), porém continuarei por um período indeterminado com meu gosto e preferências musicais “limitadas”.

Oblivion 7
Divinations 6,6
Quintessence 6,0
The Czar 6,3
Ghost of Karelia 6
Crack the Skye 5,6
The Last Baron 6

Nota final: 6,1


The Magician 3
Dos trabalhos da "Nova Onda de Metal Americano" que escutei "Crack the Skye" foi de longe o mais interessante deles.

É um tipo de som bem atípico que não escutamos com frequencia nas midias pricipais do gênero, embora a banda ja tenha obtido o respeito da critica em geral. No estilo sonoro adotado pelo Mastodon acredito que a banda que mais se destacou até hoje seja o System of a Down, guardada algumas diferenças nas suas composições.

Nascidos e batizados na casa do NWOAHM, entendo que o Mastodon consegue se destacar por dois fatores principais, o afastamento do vocal HC e a adoção de criações mais progressivas. São pontos determinantes para que dentro dessa escola o trabalho não se torne a porcaria de sempre.

Mais do que óbviamente a banda gira em torno da bateria, com participação efetiva do baixo nas viradas e retornos. O estilo de tocar do bateirista Brann Dailor é reconhecidamente cheio de firulas, com exagero nos revezamentos de tons e nos pedais duplos, mas eu particularmente gosto bastante do estilo e acho até que sob certos limites, isso é o Heavy Metal: tocar os instrumentos e interpretar de forma bem mais intensa o Rock.

As composições mais longas possuem uma boa dosagem de abordagens progressivas, com conduções lentas e retomadas mais velozes, enquanto naquelas mais curtas os refrãos são os pontos chave entre os versos e solos, dando solidez e amarrando muito bem as partes em cada música. Aliás cada música possui suas particularidades, mas quando se olha o álbum de forma mais ampla podemos fácilmente analisá-lo em um só contexto, em que induz o ouvinte metaleiro à uma viagem em sons propositalmente embolados e super distorcidos (é aí onde as guitarras e os vocais entram) que de forma estranha e peculiar "se arrasta" até os riffs e partes de ataques explosivos.

O ponto contra deste CD é que a temática esotérica invoca um tipo de som que se assemelha à um padrão hipnótico, se escutado repetidamente o material fatalmente se desgasta, como se cada loop no repeat do MP tomasse um efeito corrosivo e cumulativo... mas no geral aprovo o disco.

Nota: 6,9 ou \m/\m/\m/.


Pirikitus Infernalis

10Quando essa banda me foi apresentada, comecei por este cd. De começo me pareceu tudo muito estranho, as vezes parecia que pegaram 3 musicas e picotaram e embaralharam as mesmas, um som complexo de d+ de se apreciar. Resolvi ir atrás dessa banda e vi esse bendito cd em tudo quanto era lista de melhores CDs do ano. Resolvi na base da força, deixei esse cd pra tocar e fui ouvindo uma, duas, três vezes até que as musicas começaram a me parecer familiar. A partir daí eu comecei a achar uma legal, e depois outra e por aí foi até eu parar e pensar: “Esse cd é realmente muito bom”.

Estava em dúvida entre esse cd e o Leviathan, mas creio que Mastodon por si só já foge do gosto musical de muitos metalcólatras então optei pelo bom, porém meio maluco, Crack the Skye já que aqui a banda pende um pouco mais pro lado progressivo da coisa, deixando um pouco do Jazz e Hardcore nos álbuns anteriores. Como curiosidade, cada cd anterior da banda simbolizava um elemento (Leviathan – Água, Blood Mountain – Terra e Remission – Fogo), e o elemento apresentado nesse cd é o Éter.

O cd já começa mostrando o que a banda tem de melhor, sua alternância e fusão de ritmos, sua combinação de vocais e seu baterista. Assistir o Brann Dailor tocando é realmente impressionante, uma constante mudança de ritmo e pegada sem se perder no meio do caminho. Me recordo do DVD The Workhorse Chronicles que, enquanto a banda apresentava Aqua Dementia (acho), o câmera focou apenas no Brann praticamente a musica inteira, ele é um insano.

Roda o disco e logo de cara já vem na sequencia Oblivion, Divinations e Quintessence.

As duas músicas mais longas, The Czar e Last Baron, possuem alternância constante de ritmos porém sempre mantendo um nível adequado ao cd, sem ser desinteressante.

Top 3: Ghost of Karelya, Oblivion e Quintessence ou Crack the Skye. - Shame pit: Esse cd não possui uma única música desinteressante.

Nota: 8

4 comentários:

  1. Eu devo estar ficando louco, mas essa música "The Czar" parece que é cantada pelo Ozzy!!!

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  2. Parece mesmo...mas acho q é distorção.

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  3. Fiquei curioso para saber como algumas músicas devem ser tocadas ao vivo...

    Existe um excesso nos fatores de produção e nos overdubs, que em uma apresentação talvez seja bem complicado de se reproduzir... apesar que, se o Blind consegue...

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  4. Eu ouvi uma versão "ao vivo" do youtube, e para mim, praticamente não difere da versão de estúdio. Os caras até que mandam bem.

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