sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Loudness - Thunder in the East

Escolhido por Phantom Lord para análise o álbum Thunder in the East lançado pelo Loudness em 1986.




Phantom Lord


Após ouvir o álbum Crimsom Thunder do Hammerfall, pensei que raios de bônus track é essa?.... Crazy Nights? Então descobri o disco Thunder in the East da banda Loudness no 1º semestre de 2010.
Nada espetacular, mas um bom trabalho, gosto do heavy metal dos anos 80 desde que não seja influenciado por vertentes populares (ex.: rock farofa) ou extremas. O vocal está ótimo se comparado com bandas japonesas como o X-Japan e as guitarras ocasionalmente lembram as músicas do Ozzy Osbourne.

Ainda não tive coragem de buscar outros álbuns do Loudness, pois “ouvir dizer” que entraram no rock farofa após o Thunder in the East... Talvez eu procure por um trabalho anterior deles... um dia.
As primeiras faixas (Crazy Nights, Like Hell e Heavy Chains) se destacam. The Lines are Down recupera parte da energia das três primeiras músicas e a “semi-enfarofada” Never Change Your Mind encerra o disco.

Crazy Nights 8,2
Like Hell 7,8
Heavy Chains 8,0
Get Away 7,4
We Could Be Together 6,5
Run for Your Life 6,0
Clockwork Toy 6,8
No Way Out 6,9
The Lines are Down 7,0
Never Change Your Mind 6,5

Modificadores de Nota:

Nenhum

Nota: 7


The Trooper
3
E aparece o metal japonês no blog, foi uma boa escolha, embora eu prefira Anthem. O Loudness faz um bom "feijão-com-arroz", nada excepcional, mas aquele álbum que você pode colocar pra variar sem ter medo de desagradar. O vocalista até que possui um sotaque leve (leve apenas em comparação com outros vocalistas japoneses, é claro), e canta em inglês todas as músicas (o Anthem por exemplo costuma fazer letras híbridas, parte em japonês e parte em inglês - claro, ainda difícil de compreender por causa do sotaque), além disso, na minha opinião é um cantor razoável. O instrumental é bom, mesmo sem ter um peso excepcional ou técnica extremamente apurada. Não sei qual faixa destacar, porque elas possuem pontos altos e baixos distribuídos proporcionalmente.
Nota: 6,9.




Metal Mercante

Mas que bela surpresa este álbum...


Estatisticamente era factível não esperar nada desta banda, já que o Japão não tem um histórico muito bom em bandas de metal, por isso já entrei com o pé atrás esperando muito pouco.

Pros:
- Metal clássico dos anos 80
- Bom vocalista
- Heavy Chains*

Contras:
- As melhores músicas estão no começo e o álbum vai ficando cansativo/repetitivo
- é um trabalho genérico, muito parecido com o que já estava rolando no Oeste
- Não existe um esforço em inovar, melhorar, ou no mínimo adicionar alguns toques regionais na música. Somente copiar o que estava dando certo na América/Europa

* Apesar da mais manjada Crazy Nights gostei bastante da música Heavy Chains, que com algumas pequenas modificações poderia facilmente se passar por uma música do Manowar.
Trecho original

What’s left is torn apart
Heavy chains on heavy heart
Her broken life, her broken heart
Broken promises lost and found
Just like a knife into her heart keeping her down


Como seria se o Manowar gravasse:

“What’s left is torn apart
Heavy chains on heavy heart OF STEEL
Her broken life, her broken heart OF STEEL
Broken promises lost and found
Just like a knife into her heart keeping her down ON HER KNEES


Nota: 6.5


Pirikitus Infernalis

Bandinha japa que eu só conhecia pelo nome, foi uma bela pedida do senhor Phantom Lord.

O som dos caras é um heavy metal que as vezes se aproxima de um Hard Rock, tudo muito bem executado. Destaque para o vocalista, que não chega a ser ótimo mas tem uma voz que combina muito bem com a banda. Outro ponto que me chamou muito a atenção foram alguns solos sem muita velocidade, porém de muito bom gosto, como o da música Never Change Your Mind e We Could Be Together.

Musicalmente, eles alternam bem entre o Heavy e o Hard, tendo músicas bem intensas como Crazy Nights, Glams melódicos como We Could be Together e baladinhas como Never Change Your Mind.

Um posto a se destacar, é a semelhança entre os refrões de Like Hell e Blackout (Scorpions). Dando uma pesquisada vi que o Blackout (1982) saiu antes do Thunder in the East (1985), portanto caso alguém mais perceba isso, a culpa é dos japoneses!

Esse cd cheira anos 80, dá a impressão que era fácil fazer rock naquela época...mesmo não sendo um excelente cd, pode botar pra tocar no churrasco que não será questionado.

Top 3: Crazy Nights, Get Away e Never Change Your Mind. O ponto fraco fica por conta de No Way Out e The Lines Are Down.

"I was a hungry mean beast
I'll never be satisfied
Always looking for the next feast
Wailing for the next ride"

Nota: 7


The Magician

"Thunder in the East" é um disco de mediano para bom, não consegue de fato chamar muita atenção mas pelo menos não criaram nenhuma pérola que afundasse o trabalho (e acreditem, isso já é merece destaque). 


A banda japonesa apenas e simplesmente reimprime o cenário heavy/hard da época nesse release, e cantando em inglês poderia facilmente ser confundida com uma banda ocidental. Somente conseguiram atribuir alguma característica local na estampa (o nipônico sol nascente que é um dos símbolos da nação - uniforme do Solaris, lembram?) e no próprio nome do álbum que referencia sua origem geográfica. 


Sobre os componentes instrumentais e qualidade sonora percebe-se o grande destaque que ganham os takes de guitarras, bem executados e suficientes, "o de-sempre-com-batatas"; mas diferente dos demais Metalcolatras achei que o vocal fraco prejudica o todo, ficou bem longe de me agradar.


E essa é a conclusão, e para o sr. "Lorde Fantasma" que indicou a obra e que às vezes gosta de desmerecer alguns outros trabalhos com seus termos RPGísticos, basta dizer que 9D20 gravações de discos de bandas da época supririam a necessidade desta postagem.


Como a postagem foi sucinta, vou aproveitar para expor alguns entendimentos meus que foram realçados pelo Loudness. 


Alguns traços da personalidade coletiva japonesa podem explicar o fenômeno ocorrido neste CD. A tendencia ordeira e preponderantemente baseada em lógica faz com que eles tenham extrema facilidade de aderir ou entender conhecimentos externos, e principalmente de aprimorar esses conhecimentos. A sociedade japonesa pós guerra se tornou uma "copiadora" dos modelos ocidentais e isso foi visto e percebido principalmente nos segmentos tecnológicos e produtivos, nos conceitos de administração (kanban, kaizen, just in time, chão de fábrica, etc.) e no regimento da economia. O tão dito padrão de qualidade japonês.
     
No mundo da música gosto de citar o caso das japonesas Ibanez e ESP, duas gigantes do mercado de guitarras que são marcas de ponta apresentando quesitos tecnológicos e de conforto bem acima de concorrentes como Gibson ou Fender, que são escolhidas principalmente pelas características de timbre e de "pegada". Ou seja, um mercado ótimo em guitarras e insignificante em guitarristas (músicos).  


A impressão geral do Loudness pelos demais metalcólatras foi de "lembrança": lembra Scorpions, lembra Manowar, lembra Ozzy, etc... Mas não lembrou nenhuma música e sim gêneros e estilos, talvez por tentarem "copiar e melhorar" o metal já existente. Só que diferente de outras ciências, o rock e o Metal caminham em direção oposta ao da lógica...


Nota 六.七 ou 6,7 ou \m/\m/\m/. 
    


3 comentários:

  1. ... seria este um dos álbuns menos polêmicos da história deste blog?

    a "variedade" de notas até agora é de apenas 0,5...

    ResponderExcluir
  2. Não tente polemizar o que não é polemico!

    ResponderExcluir
  3. "... essa é a conclusão, e para o sr. "Lorde Fantasma" que indicou a obra e que às vezes gosta de desmerecer alguns outros trabalhos com seus termos RPGísticos, basta dizer que 9D20 gravações de discos de bandas da época supririam a necessidade desta postagem"

    Detectei uma rasgação de tanga?

    De fato, este cd parece pouco ou nada inovador, mas não apareceu um cd parecido com este aqui no blog até então. (ou alguém postou Scorpions, Ozzy dos anos 80?)

    Até ouvirei Battle Hymns do Manowar novamente para verificar se há semelhança entre "Heavy Chains" e uma música deste cd.

    ResponderExcluir