sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Impellitteri - Wicked Maiden

Escolhido por The Trooper, o álbum de 2009, Wicked Maiden, do Impellitteri para análise.




Faixa 01 - Wicked Maiden, 02 - Last of a Dying Breed, 03 - Weapons of Mass Distortion, 04 - Garden of Eden, 05 - The Vision, 06 - Eyes of an Angel, 07 - No More School, 08 - Wonderful Life, 09 - Holy Man, 10 - The Battle Rages On


The Trooper
3

Há um tempo eu estava pesquisando guitarristas bam-bam-bans, para ver se saía algo que presta além de firulas, tal foi minha surpresa ao me deparar com Wicked Maiden, a faixa título, foi um baque e tanto, e aquele sentimento de que não ouvia algo tão bom fazia eras.

O interesse foi grande, e passei a buscar a discografia, infelizmente, embora Rob Rock tenha sido o fundador da banda com Chris Impellitteri, ele saiu rapidamente da banda, e o vocalista Graham Bonnet nunca me agradou. Seu retorno à banda coincidiu com o ápice criativo do virtuoso Chris, que embora possua um estilo de fazer solos de guitarra firulentos, seus riffs são absurdos e ele encaixa bem os solos na música. O álbum é uma síntese de ótimo heavy metal, com algumas poucas faixas puxando para o hard rock.

Algumas pessoas dizem que a banda é cristã, entretanto apenas o vocalista o é, o que pode ser percebido em algumas letras, logo Impellitteri não entra para a classificação "white metal" (uma pena, porque podia servir de inspiração para o Narnia).

Meu destaque vai para a faixa título (Wicked Maiden), Last of a Dying Breed e Holy Man, não achei um ponto fraco neste trabalho (nem mesmo o famigerado "tecladinho").

Nota: 8,8


Phantom Lord

Mais uma “banda nova” para meu repertório...

O disco começa bem com a faixa-título e segue com duas boas músicas, porém estas não chamam atenção como a primeira.
Garden of Evil tem um refrão facilmente memorizável (ou grudento) e também é uma boa música.
The Vision surge com o som de um insistente tecladinho terrível. Eyes of Angel começa muito bem, parece ser uma das melhores até que ele ressurge: o tecladinho! Eu gosto de umas músicas com teclado, mas aqui ele estraga mais uma música deste álbum.
Hi-school Revolution tem uma pegada rock e/ou blues. Boa.
Wonderful Life é um bom heavy metal... seria melhor sem o teclado “8 bits”. Holy Man segue a linha da maioria das músicas do álbum e obviamente com aparições do terrível teclado.
The Battle Rages On é razoável, nem preciso dizer que as breves aparições do teclado são desnecessárias né... Alguns trechos me lembraram For Whom The Bell Tools do Metallica, mas é claro que esta música do Metallica é superior.
Em minha opinião os pontos fortes do álbum me pareceram o vocal e guitarras e as faixas de destaque são as duas primeiras: Wicked Maiden e Last of Dying Breed.
Como o teclado é desnecessário na maioria das músicas deste estilo, creio que ele é não apenas o ponto fraco do Wicked Maiden, como também é o responsável por impedir-me de dar uma nota maior do que 7 para este disco...
Nota 6,8.


Metal Mercante
Considero Impellitteri como sendo mais um dos bons frutos advindos do projeto Avantasia, pois os integrantes desta banda também estavam presentes no projeto do “Bon Jovi” do Metal: Tobias Sammet

Wicked Maiden da banda Impellitteri é um bom cd, mas falha em alguns pontos:
- Os vocais do Rob Rock são muito bons, mas diferentemente dos cds do Avantasia onde ele participa de 2 ou 3 músicas, ouvi-lo por 10 músicas seguidas começa a ficar cansativo.


- O som que o guitarrista Chris Impelliteri consegue tirar do seu instrumento é de alto nível, ele realmente é um guitarrista bom e muito rápido (de acordo com a Guitarworld Magazine), mas toda essa velocidade não se aplica as composições como um todo, então temos músicas lentas com o cara arregaçando na guitarra. Não chega a ser um ponto negativo, mas se mantivéssemos a velocidade das guitarras e acelerássemos todo o resto talvez o álbum ficasse mais interessante.

- O maldito tecladinho aparece demais na minha opinião, o que torna o álbum um pouco “festivo demais”


Fora os pontos levantados acima existem outras coisas que chamaram atenção no álbum (não necessariamente pontos fracos)


- No geral senti que esse álbum tem um som que puxa um pouco para o “metal” dos anos 80, com refrãos pegajosos e uma estrutura mais simplificada nas músicas


- As vezes tenho a impressão de estar escutando um “super Alice Cooper / Twisted Sister” ou algo parecido, isso fica BEM evidente na música “Hi-Scool revolution”


Nota: 6,5




The Magician


Wicked Maiden do Impelliteri possui características de um pesado metal melódico. Com o bom vocal semi aranhado e linhas de guitarras que se destacam, este disco nos remete automaticamente aos sons mais pesados do Helloween, no estilo de “Mr. Torture”, “Are you Metal?” ou “Falling Higher”.



A qualidade do álbum quanto suas composições é surpreendente para o mercado americano recente, que não costuma seguir essa linha de Heavy Metal. Já se comparado à industria europeia desse mesmo segmento o CD deixa um pouco a desejar.



A produção é apenas suficiente, percebe-se o intuito da banda em ser direta em suas canções e o som só não é mais cru por causa da intervenção das distorções utilizadas por Chris Impelliteri e da participação inconstante dos teclados.



Sobre este aspecto acho que a banda poderia adotar uma segunda guitarra que daria certa “cor” aos versos, fosse através de linhas dobradas, explorando as famosas terças ou oitavadas, ou mesmo por simples execuções de licks mais ousados.



O fato é que o guitarrista, embora excelente nas suas performances técnicas em solos (principalmente no shreding/fritação) não é tão competente assim na criação das bases das músicas; às vezes elas se mostram repetitivas por causa do abuso dos ligados velozes e dos harmônicos artificiais (os “gritinhos” curtos provocados pela guitarra). Mas vale citar que esse cara é com certeza um dos guitarristas mais técnicos que já ouvi.



No geral as construções da estrutura das músicas se garantem, e facilmente permitem a apreciação dos metaleiros mais convencionais.



De novo vou bater na tecla da classificação do subgênero das bandas de Metal americanas, que evitam a todo custo serem classificadas como Speed Metal ou Metal melódico, e aqui temos um caso bem óbvio dessa situação... será que eles acham cafona demais? Pode sim ser viagem minha, mas me parece que “the american bands” não aceitam se enquadrar em subgêneros importados.



Destaque para: "Wicked Maiden", "Garden of Eden" e "Wonderful life"



Nota: 7,1 ou \m/\m/\m/\m/



P.S: Por algum motivo a música "Holy Man" me lembrou "Laid to Rest" do Lamb of God.

Pirikitus Infernalis

Mais um dos prováveis melhores guitarristas do mundo, um cd com solos absurdos, porém que não teve a mesma evolução nos outros quesitos.

Eu não conhecia essa banda, nem esse guitarrista, minha época melódica ficou no passado. Coloquei pra ouvir na casa de um amigo que é guitarrista e o mesmo ficou babando no solo, realmente bom, de Wicked Maiden. Começa Last of a Dying Breed e eu começo a achar realmente muito bom, mas para por aí. A criativida da bandinha melódica começa a acabar e fica aquela mesmice melódica carregada nas costas pelos solos absurdamente rápidos de Chris Impellitteri. Músicas como Garden of Eden, The Vision e The Battle Rages On passam batidas, tive que ir ler o nome das mesma pra escrever aqui, mesmo depois de ouvir o cd umas 4 vezes.

Um resquício de criatividade ainda é notado nas músicas Eye of An Angel e Hi-Scool Revolution, depois disso vem um monte de música melódica idêntica as outras milhões já existentes com solos mais elaborados. Ainda prefiro a banda solo do Turilli hehehe...

Top 3: Wicked Maiden, Last of a Dying Breed e Eyes of An Angel. A piorzinha é Garden of Eden.

Nota: 6,5


6 comentários:

  1. Bora baixar mais essa dica!!!

    Até agora não me arrependi de nenhuma trabalho bem comentado por aqui!!!

    Espero análises aqui no litoral!!! ;)

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  2. O que??? Merchant fazendo analise técnica???

    parabens Merchant, por incrivel que pareça foi muito bem...

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  3. Newton, cuidado com essa sua frase ao baixar este cd kkkk...

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  4. tá aí uma coisa que eu nem tinha pensado...Os caras são americanos...

    Estamos tão acostumados a ouvir esse tipo de música vinda da Europa (e ignorar completamente TODAS as bandas novas vindas da America do Norte) que eu nem me preocupei em saber a origem...

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  5. Ah, eu esqueci de por as notas das músicas do Wicked Maiden... Bom, a faixa título é disparada a melhor do álbum, por mim ela merece no mínimo nota 8... já a maioria das outras músicas ficam em torno da nota 6.

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  6. Pra quem odiou os teclados (e apenas eles), ache um álbum mais velho. Segue abaixo lista dos álbuns com ano de lançamento e vocalista:

    Stand In Line - 1988 (Graham Bonnet)
    Grin And Bear It - 1992 (Rob Rock)
    Answer to the Master - 1994 (Rob Rock)
    Screaming Symphony - 1996 (Rob Rock)
    Eye of the Hurricane - 1997 (Rob Rock)
    Crunch - 2000 (Rob Rock)
    System X - 2002 (Graham Bonnet)
    Pedal to Metal - 2004 (Curtis Skelton)
    Wicked Maiden - 2009 (Rob Rock)

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