terça-feira, 21 de abril de 2015

Unisonic - Light of Dawn

O álbum "Light of Dawn" da banda Unisonic, lançado em 2014, foi escolhido por The Magician para análise dos Metalcólatras.



Faixas: 1-Venite 2.0; 2-Your Time Has Come; 3-Exceptional; 4-For the Kingdom; 5-Not Gonna Take Anymore; 6-Night of the Long Knives; 7-Find Shelter; 8-Blood; 9-When the Deeds is Done; 10-Throne of the Down; 11-Manhunter; 12-You and I.

The Magician
Uma das manifestações mais importantes no cenário Rock/Metal de 2000 pra cá é o fenômeno dos chamados "super grupos", que são no geral, bandas que se reinventaram a partir de desmanches de outras bandas (já comentei o tema parcialmente nos posts do Megadeth e Dio), mas que adicionalmente procuraram se mesclar com ex-formações de outros grupos já consagrados perante o grande público.

Esse conceito gerou recentemente a formação de bandas como Symfonia (Matos, Tolki & Cia.), Winery Dogs (Portnoy, Kotzen & Cia.) Big Noize (S. Bach, Vinny Appice & Cia.) e Chikenfoot (S. Hagar, Satriani & Cia.), e antes disso a ideia já começava a crescer no cenário alternativo com bandas como Velvet Revolver, Audioslave, Alterbridge e Them Crooked Vultures.

Não dá pra saber se esse movimento é mais um suspiro derradeiro do gênero como um todo, ou apenas representa o reflexo da liberdade oferecida pela tecnologia no âmbito da música, que viria a permitir reuniões e gravações mais descompromissadas sem a interferência de grandes estúdios e técnicos de som.

De qualquer modo, um dos trunfos dessa tendência foi a auspiciosa reunião originada do "berço dourado" do Metal alemão oitentista, a tão sonhada aliança de Kiske e Herr Kai!

A união de duas mentes desse calibre (ou somente da guitarra de um e voz de outro) não poderia dar errado, e não deu, mas preferi escolher o segundo trabalho frente ao primeiro (que tinha um perfil muito mais Hard Rock). Quanto as atuações desses membros sêniors, são firmes como rocha, de uma sobriedade assombrosa na escolha de timbres e tons. Nada foi jogado à toa nas músicas.  

O disco "Light of Down" é equilibrado e atua em um nível bastante alto de qualidade (gostaria de sublinhar as melodias muito boas que são performadas com estruturas convincentes), além de que, o trabalho se mostra bastante inspirado sempre importando os pontos altos da longa carreira do Gamma Ray, Helloween e Iron Savior.  O core do CD é sem dúvidas Heavy Metal, com exceção apenas para as faixas "Manhunter", "Not Gonna Take Anymore" e "When the Deed is Done" que são interpretadas em pautas um pouco mais "Hard roqueiras"; e posso afirmar que fora esses momentos o trabalho inteiro é uma saborosa regressão nostálgica aos gloriosos momentos áureos do Power/Speed Metal germânico. 

Nesses memoráveis flashbacks oferecidos pelo grupo em "Light of Dawn" fui realmente cativado por todas as faixas, mas me rendi de fato à qualidade do trabalho e ao talento dos músicos quando fui atordoado pelas músicas "Night of the Long Knives" (que refrão f$%d@!!!) e "Find Shelter". Adicionalmente destaco as 4 primeiras faixas (com menção especial para "For the Kingdom", que em alguns momentos me lembrou a super épica faixa "Streets of Fire" do Place Vendome).

 Longa vida aos super grupos, principalmente quando se originarem do núcleo do Heavy Metal Germânico.

Nota 7,9 ou \m/\m/\m/\m/.

p.s: qualquer trouxa vê que o primeiro álbum dos caras é bem mais pop/hard rock: 

"...It should be noted for the record that while this is much more of a power metal album than its predecessor,..." (Metal Archives)

"...para o primeiro lançamento era bem grande [...] onde a sonoridade pendia mais para o Hard Rock do que para o Metal propriamente dito..."
"...Ao começar a audição de "Light Of Dawn" fica logo evidenciado que se trata de um registro de Power Metal..." (Wiplash)


Phantom Lord
Seguindo a linha de trabalhos do Helloween (e talvez Gamma Ray) surge Unisonic com seu segundo disco: 
 Light of Dawn traz bastante do Power metal, metal melado ou qualquer outro nome que identifique (ou tente identificar) este gênero musical... 
Mas é só isso? Com certeza não! 

O figura do Kyske após se cansar de experimentar do hard rock meloso e chorão, veio trazendo alguns de seus elementos de encontro ao heavy metal, e é claro, ao subgênero praticamente fundado pelo Helloween: o tal do power metal. Estes estilos musicais estão presentes no Unisonic, e embora eu não goste da definição "power metal", utilizo-a para evitar atritos com grande parte do povo metalhead, que num geral tende a ser cabeça dura. 
Desta união ou mescla de estilos utilizada no álbum Light of Dawn, surgem diversas músicas boas que demonstram não apenas qualidade (instrumental/vocal) como também mostram inspiração. 

Este é um ponto ainda não tocado pelos metalcólatras, talvez por ser subjetivo e altamente complexo de se interpretar. Ao meu ver, a inspiração é uma coisa QUASE aleatória de se obter, mas tem seus pré-requisitos para ser alcançada. 

 Vejamos, alguns casos onde a inspiração foi mínima ou inexistente: Como citado por Venâncio em Black Label Society - Order of the Black, é possível perceber que muitos músicos e artistas em geral, fazem seu trabalho por necessidade (ou "fazem por fazer"). A chance de um trabalho artístico ser bom quando feito por mera necessidade, é minúscula, na verdade quase inexistente, pois pelo menos um indivíduo da banda deveria ter inspiração enquanto compõe a música. Order of the Black foi criticado e tido como um álbum medíocre aqui entre os Metalcólatras, apesar de ser uma banda liderada por um ótimo guitarrista (Zakk Wylde). 
Há 2 ou 3 anos atrás, percebi uma falta de criatividade no álbum 7 Sinners do Helloween: Bons trechos de músicas, gravados individualmente, mas como um todo, não passou de um amontoado de fragmentos mal costurados, ou seja mais um frankstein da indústria da música (neste caso, um frankstein do heavy metal e seus sub gêneros). Talvez os casos mais óbvios (de inspiração mínima ou inexistente) sejam de bandas com muitos anos de estrada, que acabam lançando discos apenas para cumprir contratos... 

Por um outro lado, se buscarmos álbuns aparentemente cheios de inspiração poderíamos citar vários dos "debuts" como "Black Sabbath" de 1970, "Sirens" do Savatage (1984), "Kill em All" do Metallica (1983), "Apetitte for Destruction" do Guns n Roses (1988)... E saindo dos debuts das bandas que se tornaram famosas, temos o projeto de Tobias Sammet e seu "super grupo" Avantasia - The Metal Opera (2001), também temos o genial e atemporal "Blood of the Nations" lançado pelo Accept (em 2010) depois de uma "pausa" de 13 anos! Enfim, juntando estas peças, talvez seja possível compreender a importância (e a raridade) da inspiração em trabalhos musicais. 

Música, assim como pintura, ilustração, escultura, dança, teatro, cinema etc é arte. Não há nada de errado em querer seu ganha pão, ou bofunfa, com isso, mas todas as artes requerem inspiração e trabalho. O trabalho serve para aprimorar, refinar a execução da arte e sua qualidade. E a inspiração seria a essência, o lado mais intuitivo e ainda assim obrigatório para se "criar arte", pois se não houvesse inspiração haveria apenas o trabalho e todos sabemos que trabalho não é arte, é uma necessidade (ou um porre). 

Light of Dawn não é um debut nem um trabalho lançado após anos de inatividade da banda. Ao meu ver, a inspiração deste álbum surgiu de uma maneira mais rara, como a ideia de unir elementos que combinam entre si. Os elementos utilizados pelos integrantes do Unisonic são frutos de suas experiências musicais ao longo de suas respectivas carreiras: são os elementos do hard rock, do heavy metal e de seu sub gênero (power metal). 

Ainda que o álbum Light of Dawn possa apresentar alguns altos e baixos, o segredo de sua qualidade e inspiração foi a ideia de unir estes gêneros musicais de maneira harmoniosa, se desprendendo um pouco de rótulos únicos e de "trabalhos enlatados". A união de elementos e gêneros pode não ser presente em todas músicas, mas se mostra como uma arma secreta para se fazer músicas memoráveis e até certo ponto inovadoras. 
(É claro que se o ouvinte não gosta da maioria dos estilos musicais abordados pela banda, ele simplesmente achará o trabalho uma merda) 

1."Venite 2.0" /2."Your Time Has Come" 7,2 
3."Exceptional" 8,0
4."For the Kingdom" 7,0 
5."Not Gonna Take Anymore" 7,6 
6."Night of the Long Knives" 8,1
7."Find Shelter" 7,5
8."Blood" 6,9 
9."When the Deed Is Done" 6,7 
10."Throne of the Dawn" 8,8
11."Manhunter" 7,9 
12."You and I" 6,4 

 Nota Final: 7,6

The Trooper
3
Belíssima pedida do Magician, já tinha ouvido esse álbum uma vez mas passou batido, ter que ouvir mais uma vez foi muito bom para prestar atenção nos detalhes desse grande álbum que é 'Light of Dawn'.

Ele começa numa pegada meio 'Place Vendome' na faixa 'Your Time is Come', o que causou um certo desânimo e temor de que o trabalho viesse a descambar para a veia pop do vocalista. Mas nada disso senhores, logo em seguida vem a excepcional 'Exceptional' (desculpa, não deu pra segurar), com uma linha de baixo fantástica, esta é a melhor faixa do álbum, obra-prima.

Temos muitas músicas boas na sequência até chegar no segundo melhor ponto do cd, 'Find Shelter' (talvez a música mais 'Helloween' do álbum), e não é só, o que vem depois dela? Uma balada ... baladaaaaa? blargh ... no, no, no, essa balada deu gosto, bateu bem na parte saudosista e fez lembrar as baladas fodas do 'Helloween', como 'Why?' ou 'In the Middle of a Heartbeat', deu até vontade de levantar da cadeira no final dela e bater palmas.

'When the deed is done' deixa a peteca cair ligeiramente embora ainda seja boa, mas beleza, 'Throne Of the Dawn' dá um up novamente (esse comecinho parece que saiu da era Load do Metallica, mas acalme-se, tudo vai ficar bem).

'Manhunter' e 'You and I' fecham o álbum com uma boa qualidade mesmo sem se destacarem muito.

Considerações finais: O Helloween voltou pra valer! OK, não é Helloween, lembra bastante mas tem uma identidade própria bem forte, de qualquer maneira, obrigado ao Kiske e ao Kai Hansen por se moverem do hard rock do primeiro álbum para o metal melódico de Light of Dawn, deram uma revivida nesse estilo tão controverso e cheio de chatices e me lembraram que há muitas coisas boas nesse gênero.

Destaque para 'Exceptional', 'Find Shelter' e 'Blood'.

p.s.: Quem é o baixista? O cara tava entre duas lendas do metal e não fez feio, pelo contrário, até chamou mais a atenção que os caras várias vezes.
p.p.s.: O Kiske é um baita de um cantor, mas as vezes ele me enche o saco e eu não sei bem ao certo porquê. Mas o importante é que neste trabalho ele agradou muito mais do que me perturbou.

Nota: \m/\m/\m/\m/


segunda-feira, 6 de abril de 2015

Saxon - Inner Sanctum

O álbum The Inner Sanctum, lançado pelo Saxon em 2007, foi escolhido por The Trooper para análise.

Faixas: 01-State of Grace; 02-Need for Speed; 03-Let me Feel Your Power; 04-Red Star Falling; 05-I've Got to Rock; 06-If I was You; 07-Going Nowhere Fast; 08-Ashes to Ashes; 09-Empire Rising; 10-Atila the Hun.


Phantom Lord
Depois de anos, Saxon volta ao blog com um de seus discos mais acelerados e pesados. 
 Se analisarmos a discografia do Saxon, veremos que esta banda passou por 3 fases durante sua extensa carreira: A 1ª fase era constituída por um hard rock rústico vagamente "metalizado", talvez flutuando entre Motorhead e Iron Maiden; A 2ª fase era predominantemente farofa: Hard/Glam rock que durou do meio dos anos 80 até o início dos anos 90; Por fim, na 3ª fase o Saxon foi gradualmente adentrando o heavy metal. Desta fase, não ouvi os discos pós Inner Sanctum, mas imagino que eles tenham continuado no estilo "heavy". 
Conheci o Inner Sanctum por volta de 2008, enquanto vasculhava a discografia do Saxon e confesso que eu estava exausto por causa do elevado número de álbuns e por causa da rara inovação existente nas músicas desta banda britânica. Mas o Inner Sanctum foi uma boa surpresa: Possivelmente o melhor álbum da banda depois do Dogs of War. Em Inner Sanctum a banda se mostrou focada no heavy metal (talvez exceto pela faixa 5 - I`ve Got to Rock, que pende para o Rock n Roll/Hard Rock), refinando sutilmente suas músicas em relação aos seus álbuns anteriores, como Metalhead, Lionheart e alguns outros... 

Enfim, não existem muitos altos e baixos neste álbum, embora State of Grace e a introdução de Atila the Hun sejam chamativas... 
... Deixarei esta avaliação assim: 

 "State of Grace" 7,6 
 "Need for Speed" 7,2 
"Let Me Feel Your Power" 8,0 
"Red Star Falling" 6,8 
"I've Got to Rock (To Stay Alive)" 7,0 
"If I Was You" (Album Version) 7,4 
"Going Nowhere Fast" 7,8 
"Ashes to Ashes" 6,9 
"Empire Rising / "Atila The Hun" 7,2 

Modificador:




 Nota Final: 7,5

The Trooper
3Para fechar minhas postagens regulares com chave de ouro, 'Inner Sanctum' é uma boa pedida.

O álbum abre com 'State of Grace', que não é a música mais pesada do universo, nem a mais rápida, mas é muito boa mesmo. E os caras não perdem a pegada, continuam em uma sequência de músicas muito boas, até as mais lentas chamam a atenção pela melodia.

'Inner Sanctum' é mais pesado do que 'Dogs of War', e provavelmente este seja o motivo de eu ter gostado mais deste álbum do que o anterior, mas ele ainda mantém uma pegada hard rock que é mais clara em algumas faixas (como 'I've Got to Rock').

Enfim, é um trabalho muito equilibrado que mantém o nível alto durante toda a sua execução e fecha de maneira fenomenal com a estupenda 'Atila the Hun'.

Destaque para 'State of Grace', 'Need for Speed' e 'Atila the Hun'.

Nota: \m/\m/\m/\m/



Hellraiser
3O Saxon foi uma das primeiras bandas a eu ter um LP, nesse caso o fabuloso Crusader, e também a ver um vídeo clipe na TV, da musica Power and Glory,..... agora, como o Phantom citou, ...o Saxon de fato tem 3 fases na extensa carreira, .... a primeira que é a clássica, onde faziam o clássico Heavy Metal comum em varias outras bandas da NWOBHM, depois caiu pra Hard Rock ( o qual não me interesso ) e depois retornou com um Heavy Metal mais pesado e um pouco mais moderno. 
Eu sinceramente tenho o Crusader e o Dogs of War como meus álbuns preferidos, porem adoro os 03 ultimos álbuns ( Into the Labyrinth, Call to Arms e Sacrifice ), gosto dos primeiros albuns da banda, e gosto muito também deste álbum em questão. 
Já de volta na linha do Heavy Metal o Inner Sanctum tem composições bem legais como Need for Speed, Let me Feel Your Power, e a excelente Atila the Hun, porem o restante das faixas mantem um certo nível, sem deixar a peteca cair, mas  também sem outro ponto mais alto, ...acho um album bem reto, sem muitos altos e baixos, o que as vezes acaba não chamando tanto a atenção.
Destaque tambem para a mais Rock n Roll do álbum, a Ive Got to Rock. 
Sem muitas delongas afirmo se tratar de um bom álbum da banda na minha opinião. 
E sendo assim escolho a Nota 6,9 para classifica-lo.

The Magician
Me surpreendeu a terceira postagem do Saxon em nosso blog Metaleiro, que dentre outras idiotices tem a mania de tachar algumas bandas como "genéricas" e que injustamente acabou anteriormente apontando o Saxon (eu sei... #vergonha alheia) como um desses grupos.

As bandas que tiveram 3 postagens ou mais aqui no blog são reconhecidamente grupos de relativa influência e quase total unanimidade entre os bangers comuns (Metallica, Manowar, Maiden, Megadeth, Sabbath, Judas e Blind são exemplos), e acho bastante justa a "promoção" do Saxon para esse seleto time. Isso sem falar naqueles elogios de sempre que devem ser citados, como: a importância da banda na influência pro cenário como um todo, o seu tempo de estrada de mais de 35 anos, o vigor dos caras que lançam álbuns ano sim/ano não..... e ainda por cima o do fato do vocalista Peter Byford parecer um personagem "pressão" de mangá (lembra o Sephiroth/FFVII e Magus/Chrono Trigger).

Fora esta resenha introdutória sobre a banda clássica inglesa e sobre um breve histórico das postagens dos Metalcólatras, sobra a análise do muito bom e surpreendente "Inner Sanctum".

Surpreendente por causa que eu particularmente tinha uma expectativa mais baixa para a sonoridade geral, que apresenta maior intensidade do que (por exemplo) "Metalhead" durante todo seu decorrer. Aliás uma intensidade constante e bem diluída que não deixa margem para minha famosa reclamação sobre o "miolo de pão" que grandes bandas costumam colocar nos seus materiais mais recentes (i.e. músicas e sons reciclados de sua longa carreira, sem liga ou simples em demasia, que servem apenas pra preencher alguns espaços dos discos).

O CD avança do degrau "bom" para o "muito bom" na medida que entrega construções de estruturas sonoras cativantes, sem grande virtuosismos é verdade, mas muito inteligentes e arrebatadoras. Dessas criativas criações dos músicos do Saxon posso citar várias partes: a melodia principal de "Red Star Falling" com sua interpretação atmosférica e refrão memorável, o ótimo solo/base de solo de "If I Was You", as "grudentas" guitarras de verso de "State of Grace" que desembocam em um bridge empolgante e em seguida num refrão seco e direto, a porradaria que cerca o bridge/refrão melódico de "Let Me Feel Your Power" e seu ótimo interlúdio ou a intensidade integral de "Atila de Hun".

Em suma, o trabalho dos caras em "The Inner Sanctum" mais do que apenas me convenceu, por vezes me empolgou a ponto de matar minha sede de escutar um ótimo disco de Heavy Metal básico, sem a contaminação de nenhum sub gênero. Foi uma grande satisfação.

Destaque para "State of Grace", "Let Me Feel Your Power", "Ashes to Ashes" e para a excelente "Red Star Falling"; 
nota 7,4 ou \m/\m/\m/\m/. 

Ah... e sim, esse disco é melhor que "Dogs of War"!


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Pantera - Power Metal

O álbum Power Metal lançado pelo Pantera em 1988 foi escolhido como postagem do dia da mentira.


Phantom Lord
Aqui está mais um caso das mentiras que orbitam o heavy metal. 
Ao bater o olho na capa do disco Power Metal do Pantera, a primeira coisa que qualquer headbanger vai pensar é: Isso não é power metal... é Glam! Soma-se a esta capa patética, os boatos sobre os trabalhos pré-Cowboys From Hell do Pantera, e qualquer "roqueiro ou metaleiro" vai esperar só farofa deste disco. 

Porém a realidade não é bem assim: 
A produção ainda é consideravelmente oitentista, o que pode remeter ao Hard / Glam Rock de tal época, mas a sonoridade das músicas em geral é em sua maioria composta por porradas do Heavy Metal. Não faltam bons riffs e solos de heavy metal pelo álbum Power Metal, então o que este trabalho tem de Hard e/ou Glam? Talvez o visual da banda, da capa do disco... e algumas letras. Só. 
O resto é puro heavy metal, mas mesmo assim este álbum faz parte do suposto "passado vergonhoso" do Pantera... 

 Assim podemos deduzir que a maioria das pessoas (neste caso, os headbangers) formaram sua opinião através da imagem (visual da banda) e informações rasas e/ou falsas (em geral, fofocas de troozões)... 
 Particularmente gostei do álbum "Power Metal" de um modo geral e achei que os momentos mais hard rock do álbum são sutis e insignificantes... Este caso é o contrário do que aconteceu com o Def Leppard que era classificado de Heavy Metal por alguns críticos nos anos 80... Power metal foi julgado como farofa pelos "headbangers" provavelmente por causa da aparência da banda na época de seu lançamento. 
Na verdade tivemos discos obviamente e notoriamente mais farofas do que este aqui no blog... Basta escutar o Trash do Alice Cooper, ou até mesmo o Show-ya e quem sabe o Chameleon do Helloween... 

 6,9 "Rock the World" 
 7,5 "Power Metal" 
 6,8 "We'll Meet Again" 
 7,2 "Over and Out" 
 7 "Proud to Be Loud" 
 7 "Down Below" 
 7,6 "Death Trap" 
 7 "Hard Ride" 
 7,2 "Burnnn!" 
 6,9 "P*S*T*88" 

 Nota Final: 7,2 


Hellraiser
3Concordo com meu amigo Phantom. 
Esse álbum foi muito bem postado no dia da mentira ! 
E por varias razões : 
1 - Quem conhece apenas a fase Groove ( e mais comercial ) da banda, ao escutar esse álbum pela primeira vez, deve pensar mais ou menos assim : MAS QUE PORRA É ESTA ??? rsrsrs, e é bem capaz de jogar o álbum no meio da rua, 
2 - porem uma grande massa rockeira intitula esta fase da banda como GLAM, o que de fato pode ser até aceito pelo visual oncinha e de cabelos arrepiados e coloridos dos membros da banda, porem com excessão dos trabalhos anteriores, este álbum, o Power Metal, 
3 - ( tai mais uma mentira, ele não tem nada a ver com o gênero musical de mesmo nome ) é bem um álbum de Heavy Metal oitentista, tem alguns excessos mais Hards como as faixas Hard Ride e Well Meet Again, porem no geral é puro Heavy Metal, e as faixas Burnnn, Death Trap, Over and Out e Down Below entre as outras, não deixa duvida nenhuma disso. 
Não nego que sempre preferi a brutalidade vinda de álbuns como Vulgar Display of Power e Far Beyond Driven, mas esse álbum em questão nunca pode ser desprezado por curtidores da musica pesada. 
E nem mesmo ser classificado por sua capa ou por boatos.
Nota 6,5