Phantom Lord
Embora nem a banda Gamma Ray, nem seu "sub-gênero" musical sejam novidades no blog, este álbum teve uma pequena história de impacto significante para alguns metalcólatras...
Ouvi o No World Order pela primeira vez por volta de 2002 e gostei bastante, depois disto, demorei alguns meses (ou anos) para escutá-lo novamente... E não apreciei muito das vezes seguintes que ouvi, acabei ficando apenas com as faixas Heaven or Hell e Eagle (cedidas por Treebeard) em meu computador.
Porém, Joe, the Barbarian, indicou outro disco do Gamma para o blog há uns 3 ou 4 anos atrás: Powerplant. Um disco tecnicamente bom, como diria Magician... e praticamente só isso. Então, após ouvir o Powerplant e postar a resenha, decidi buscar o No World Order para ouví-lo novamente e desta vez não me arrependi: achei tal álbum nitidamente superior ao Powerplant...
De modo similar ao álbum Painkiller do Judas Priest, precisei ouvir o No World Order algumas vezes para passar a gostar mais de suas músicas... E falando em Painkiller, no decorrer do NWO, além da óbvia influência do Helloween, também é possível perceber toda uma inspiração nas músicas do Painkiller. As músicas do NWO apresentam menos quebras de ritmo e parecem mais inspiradas (com características próprias marcantes) e menos bregas do que a maioria das músicas do Powerplant.
De resto, não há novidade alguma... No World Order provavelmente é o melhor trabalho do Gamma Ray e é um bom álbum das vertentes mais melódicas (speed/power metal) que tanto bombardeiam o blog.
Introduction/Dethrone Tyranny 7,8
The Heart of the Unicorn 8
Heaven or Hell 8,4
New World Order 7,7
Damn the Machine 7,3
Solid 7,5
Fire Below 8,2
Follow Me 7,1
Eagle 8,3
Lake of Tears 7
Modificadores:
Nota Final: 7,9
The Trooper
Escolhi este álbum por dois motivos: 1-ele é excepcional e portanto apaga a má impressão que Power Plant deixou; 2-o tema é sobre os Illuminatti.
O que diabos é Illuminatti? Bem, supostamente é um grupo secreto, a faixa New World Order descreve melhor:
"We live inside society, our presence is unknown
We plot and we manipulate you to which way to go
Illumination comes across the world to bring an end
Intimidating silent force that puts us in command"
O Gamma Ray não foi o único a abordar o tema, o Megadeth, por exemplo, embora o Mercante tenha dito em uma de nossas conversas de boteco que os caras viraram direitistas (e uma revista de reputação impecável ... O.o ... tenha até incluído a banda em uma lista de rockeiros que debandaram para a direita), na realidade se referia aos Illuminatti no álbum Endgame (que aliás é o nome de um dos livros que explora essa teoria da conspiração), daí o apoio às soberanias nacionais (no caso, americana) em detrimento às políticas da ONU (ponto chave da teoria da conspiração). Na verdade toda a divisão de direita e esquerda se torna borrada quando se assume que um grupo secreto de manipuladores busca a dominação mundial, paranóicos de ambos os lados se acusam bestamente citando coisas como o Foro de São Paulo para dar razão aos seus devaneios. Ou não, afinal, não dá pra saber o que é realidade e o que é fantasia em toda essa história.
Há várias abordagens (como esperado sobre um grupo secreto) sobre os Illuminatti: religiosos cristãos acusam os maçons de cultuarem deuses egípcios e com os Illuminatti arrastarem o mundo para os braços de Satã; ufólogos acreditam que alienígenas estão por trás do controle exercido pelo grupo (já assistiram Arquivo X?); e por fim, uma galera "pé no chão" acredita que o comando do grupo é de um grupo seleto de políticos/multimilionários/etc que visa o controle total da população (seus objetivos seriam algo como o descrito no livro Brave New World), essa terceira vertente me convenceu um pouco mais porque coisas como o grupo Bilderberg estão aí, debaixo do nariz de qualquer um que queira ver.
Mas afinal, pra quê você escreveu tanta besteira, cara? É uma resenha de metal ou o quê? Bem, eu peguei aqui o âmago do Gamma Ray, os caras viajam em todas as suas músicas (a temática de UFOs está sempre presente na sua carreira), não só nas letras, mas toda a parte instrumental serve de suporte pra te levar pra outro lugar. E neste álbum, em específico, os caras acertaram a mão. Vai por mim, ouça o cd inteiro com o encarte em mãos.
Nota: \m/\m/\m/\m/
The Magician
"No World Order" de 2001 é mais uma pedra no canteiro de obras de Herr Kai Hansen.
Um disco bem definido no estilo-de-sempre da banda alemã, ou seja, classificado sem sombras de dúvidas como mais um trabalho no famosíssimo nicho do Metal Melódico.
Porém em minha opinião o resultado final da obra é muito mais criativo (musicalmente) e menos cansativo do que o enlatado "Power plant" de 1999, postado anteriormente aqui no nosso blog.
Ao escutar o álbum de ponta a ponta surpreendentemente não saí estafado, como se tivesse praticado horas de exercícios físicos, coisa que para mim é bem comum de acontecer quando escuto algum álbum padrão de metal melódico super clichê. Logo, o disco em questão se mostra bastante bem feito, à priori, apresentando estruturas de composição que não se perdem ou se desencaixam facilmente.
Uma grande responsável pelas partes cativantes são as entradas de guitarras com riffs fortes e expressivos no decorrer do disco (destaque para as introduções das faixas "New World Order" e "Fire Below"), o que às vezes é escasso nos trabalhos desse tipo. Hansen se entrega nesse sentido, e embora protagonize obviamente com seus ótimos agudos e falsetes vocais, no aspecto instrumentista é que realmente chama atenção.
Por fim, o trabalho se nega à cair na mesmisse, e cada música varia muito quanto aos seus modelos e estruturas, principalmente no que diz respeito às cadencias e tempos (um problema crítico em Power Plant). Contudo, por um motivo muito pessoal acabei apenas enjoando um pouco dos vocais de Kai, mas isso infelizmente se deve ao excesso da exposição que tive à esses tipos de cantos ao longo da minha vida metaleira, e não propriamente à alguma opção de abordagem que o líder da banda dá especificamente nesta obra.
Ao tempo que "No World Order" é muito equilibrado e consistente (sem nenhuma faixa fraca, com certeza), ele falha em entregar algum super petardo inesquecível, meu destaque vai para a intensa "Heaven or Hell" - o que o álbum gerou de mais aderente.
Ah sim, o Trooper tinha razão quanto ao material ganhar qualidade quando escutado com o encarte em mãos. Hansen contextualizou muito bem as composições e é notório que as partes estruturais (versos, pontes, solos e refrões) são colocadas de forma competente ao se correlacionarem de forma factível aos textos narrados nas canções.
Gute arbeit Herr Kai!!!
Nota 7.3 ou \m/\m/\m/\m/.
Nota sobre a temática da obra: o contexto geral é apocalíptico, com ênfase nas conspirações da sociedade secreta conhecida como "Illuminatis" (já detalhado pelo Trooper, acima). Independente de levar a sério as aspirações de Kai Hansen nesse disco, tendo em vista que ele é muitas vezes um fanfarrão - como na conclusão de "Fire Bellow" - acredito que a "ascenção" anunciada de um poder latente é balela. O motivo é um só, e bem simples: se existe alguém no poder com influência dominante nas principais instituições privadas ou públicas, com o poder majoritário sobre o fluxo econômico e político, por que esta supra-entidade se preocuparia em mudar as regras do jogo, seja essa mudança através de uma remodelação global das classes sociais, ou por uma investida sobre os possíveis grupos de ameaça....?
Se essa força manipuladora de fato existe, devem estar bem satisfeitos com a situação atual, pois nunca esteve tão fácil se manter no poder sem nenhuma ameaça eminente, e nunca com níveis de controles de massas tão efetivos, ou vocês acreditam mesmo que o facebook ira alimentar uma insurreição popular em nível mundial?
A única coisa que o Facebook garante é que suas informações sejam compartilhadas com as entidades públicas / privadas que possuem grande parcela do mercado de informação mundial, e que fatalmente, obedecem aos planos maquiavélicos dos Illuminattis!
Metal MercanteSe eu fosse resumir o que eu acho do álbum “no world order” em apenas uma palavra essa seria…
Consistente…
Consistente porque exatamente a 30 anos atrás surgiu uma banda que veio para revolucionar o mundo do metal, o Helloween e 30 anos depois, ao ouvir “No World Order”, fiquei com vontade de ouvir “Walls of Jericho”. Além disso, a música “Follow Me” me lembrou demais a música “Eagle Fly Free”, apesar de começar de forma muito semelhante a música “One with the World” do próprio Gamma Ray. Apesar disso, o álbum não me parece “preguiçoso” ou que acabou a criatividade do nosso bom e velho Kai Hansen da mesma forma que apontado pelo nosso querido Magician no seu post sobre o “Knights of the Cross”, o que acontece é exatamente o oposto.
Consistente porque esse álbum é uma paulada do começo ao fim, sem tempo para descanso, sem nenhuma música fraca…também sem nenhuma música espetacular, mas todas elas em uma boa pegada.
No final das contas, isso pode variar de ouvinte para ouvinte, o que é que vale mais, um álbum com duas ou três músicas fantásticas ou um álbum consistente de cabo a rabo, mas sem nenhuma música capaz de cativar o suficiente para ser cantarolada no banheiro???
Nota: 7,5
Essas coisas existem:
ResponderExcluirhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pedras_guia_da_Ge%C3%B3rgia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Clube_de_Bilderberg
Muito boa sua abordagem reveladora, Trooper. Poderíamos estender a teoria da conspiração no meio corporativo das fusões, conexões e aquisições dos grandes conglomerados, ...o grande tabuleiro de xadrez dos Bilderbergs... mas seria fugir demais.
ResponderExcluirForças manipuladoras sempre existiram, afinal oligarcas interesseiros existem desde o começo da civilização.
ResponderExcluirMagician, acho que você está certo quando diz que "nunca esteve tão fácil se manter no poder", só não sei se quem está "no poder" fica satisfeito com tudo que já tem...