Faixas: 01-Kingmaker; 02-Super Collider; 03-Burn!; 04-Built For War; 05-Off The Edge; 06-Dance In The Rain; 07-Beginning Of Sorrow; 08-The Blackest Crow; 09-Forget to Remember; 10-Don't Turn Your Back; 11-Cold Sweat.
Phantom Lord
Desde que este blog foi criado entre julho e agosto de 2010, o Megadeth lançou dois álbuns, mas só abordamos os clássicos desta banda. A idéia de trazer um álbum atual da banda é interessante para discutir não apenas as músicas como o trajeto do Megadeth.
O último trabalho do Megadeth a passar por este blog foi o Cryptic Writings lançado em 1997, que de um modo geral recebeu boas avaliações e uma boa classificação no "ranking de discos" dos Metalcólatras. Porém se formos ler matérias e resenhas sobre aquele álbum em várias outras mídias, podemos detectar muitas críticas e comentários negativos. Como se o Cryptic Writing fosse um disquinho de música pop ou uma afronta aos "verdadeiros clássicos thrash metal" da banda. Interessante que o trabalho seguinte, lançado em 1999 (Risk), foi muito além... Apresentou uma sonoridade mais distante do que o Megadeth vinha fazendo até então (thrash / heavy metal) como se tentasse imitar o Load ou o Reload do Metallica. Daí pergunto aos críticos rabugentos: o Cryptic Writings foi mesmo um álbum comercial? Foi pop? Sem peso? Sem agressividade em momento algum? Então o que foi o Risk??
Após estes trabalhos o Megadeth lançou o The World Needs A Hero ("mediocramente" recebido pela crítica em 2001) e o System has Failed (bem recebido pelos críticos em 2004) que em ambos os casos não me agradaram muito... Os 3 álbuns seguintes até que foram bem recebidos com destaque para o Endgame, o único disco desta "era" em que minha opinião talvez tenha ficado bem próxima a maioria dos críticos de música.
Agora em 2013, chega o Super Colider... Consideravelmente apedrejado pelos "sábios" críticos de música, como se fosse o novo Risk do Megadeth... De fato, em várias músicas do álbum é possível perceber um afastamento do estilo "thrash", o que talvez classifique algumas faixas como "comerciais"... Mas comparar com Risk? Dar notas abaixo de 5 na "escala 0 a 10"??
É engraçado... As vezes acho que os tais críticos não entendem p%$#@ nenhuma de música! O álbum Super Colider se arrisca de maneira INSIGNIFICANTE no que se diz respeito a se afastar do heavy metal! E não me venha com o papinho que Megadeth é banda thrash! Não é, se foi durante alguma época, já deixou de ser, e deixou de ser naturalmente, pois nenhuma banda com tantos anos de estrada que queira apresentar trabalhos novos (não repetitivos) tem que se prender a um SUB-gênero musical.
Afinal gênero musical serve para classificar músicas e não bandas.
O ponto mais distante da discografia do Megadeth ainda é o Risk... o Super Colider é apenas um pouco mais "comercial" do que o Cryptic Writing (este, que em minha opinião, ainda é um grande clássico do heavy metal)!
A conclusão é que o Super Colider tem seus momentos menos pesados, mais simples ou até mesmo desinteressantes, mas é (ao todo) um bom álbum.
Kingmaker 7,8
Super Collider 6,8
Burn 7,5
Built for War 7,0
Off the Edge 7,0
Dance in the Rain 5,9
Beginning of Sorrow 6,5
The Blackest Crow 7,2
Forget to Remember 7,6
Don't Turn Your Back 6,5
Cold Sweat 7,4
Nota Final: 7
The Trooper
Megadeth começa o Super Collider sendo Megadeth ...até demais, pois King Maker é um clone acelerado de Sweating Bullets, mas de qualquer maneira nega inicialmente os comentários de que este seria um álbum pop. Então vem a faixa título, e realmente esta música tem uma pegada mais rockzão básico, eu que me importo mais se a música é boa ou não, até que gostei. Daí vem Burn!, metalzão com a cara do Megadeth, embora eu não gostei tanto do refrão, não tem nada de pop aí. Built For War lembra os trabalhos mais antigos da banda, ou seja, novamente a crítica não se justifica. Off The Edge parece um heavy metal manjado, até comercial, mas eu gostei bastante, uma das melhores faixas do cd. Dance In The Rain também lembra trabalhos antigos do Megadeth no que diz respeito à mudanças de ritmo, é uma faixa que muda bastante no final (totalmente Rust In Peace), e carrega um dos pontos fortes do Megadeth, boa letra. Beginning of Sorrow é uma música que tem um começo meio estranho, e lembra bandas mais modernas, você pode até acusá-la de parecer numetal ou outra vertente mais comercial, mas os solos de guitarra e a letra me fazem discordar, parece Megadeth mesmo. The Blackest Crow é a melhor faixa do álbum, novamente, um show de ambientação do Megadeth, conseguem encaixar a violinha feliz em uma letra extremamente soturna (eu acabei imaginando uma casa semi-abandonada no interior dos E.U.A.).
O álbum ainda tem Forget to Remember (lembra um pouco Alice Cooper), Don't Turn Your Back... e Cold Sweat (música simples, para gente simples ... gostei) que ficam entre o heavy metal e (no máximo) o hard rock.
Enfim, bom trabalho da banda, variou bastante entre as faixas,e talvez por isso, não agrade a todos. Não chega a ser um dos álbuns épicos do Megadeth, mas cumpriu seu papel. Meu destaque vai para Off The Edge, The Blackest Crow e Cold Sweat.
Nota: \m/\m/\m/\m/
The Magician
O 14º álbum do Megadeth lançado no final do ano passado e postado aqui no blog pelo Metalcólatra Trooper me induz a escrever a resenha ordenada em dois tópicos principais.
1 - A nova fase do grupo:
O Megadeth nasceu, cresceu, fortaleceu, adoeceu, e agora convalesce.
Após a saga que foi da ascensão à queda da banda de Mustaine, essa verdadeira "instituição" do Heavy Metal americano parece ter alçado vôo em uma fase mais sóbria e estável, que se perfaz no lançamento de "Super Collider" e de seus dois álbuns antecessores (TH1RT3EN e End Game).
Desde que iniciou essa nova jornada, Mustaine vem de certa forma encaixando algumas partes mais experimentais, sem dúvidas, mas sem abrir mão dos ingredientes básicos para preparação de suas famosas iguarias metaleiras, e por causa disso os resultados de forma alguma soam como fora de contexto ou como releases forçados. Dentre esses ingredientes clássicos, dois condimentos chamam atenção - a voz mais grave, concentrada e menos "ardida" do vocalista (mas não se engane... muitas vezes ele ainda soa como um arranhar de unhas sobre a superfície de um quadro negro); e o trabalho das guitarras, pois por incrível que pareça entra ano e sai ano, o Megadeth continua sendo representado principalmente pelos seus infinitos riffs/licks/solos de distorções ultra eletrizantes.
O produto musical portanto, não economiza no peso sonoro, e entrega belas doses de virtualismo entrosado das linhas de guitarra (destaque para o guitarrista Chris Broderick ex-Nevermore) que sedimentam o disco no estilo bruto e clássico do Heavy Metal noventista. Em alguns momentos no decorrer do álbum (como nas faixas "Forget to Remember" e "Super Collider") a bateria ensaia passagens swingadas obrigando a mudança das interpretações em 6 cordas, que por osmose deixam o campo do groove de Heavy Metal característico para entrar em uma vibe de hard/rock n roll mais sofisticado e encharcado de distorção saturada.
Muito me agrada a postura e o caminho musical que o Megadeth percorre nos dias de hoje, com o lançamento de "Super Collider" e de suas duas obras que o antecedem. Sr. Mustaine mais do que nunca é um verdadeiro porta-voz do Heavy-Metal e mostra que, a despeito de outras figuras da cena, é o cara que mais parece manter o foco há um bom tempo, firme em suas escolhas sobre suas produções musicais.
2 - O Rock, e a ciência:
Ao visualizar apenas a foto na capa do CD já logo o vinculei ao tão falado Colisor de Partículas (Colisor de Hádrons), uma geringonça faraônica resultante do projeto "tera-mirabolante" do CERN (qualquer semelhança com NERV - do projeto da instrumentabilidade humana - é mera coincidência), localizado na Suiça.
Gostaria apenas de colocar esta questão ainda não explorada pelo nosso time de estudiosos do blog; o fato de o Rock e Heavy Metal flertar também com a tecnologia e com o provocante mundo da ciência aplicada. Como um produto da própria inserção da tecnologia no campo da música (mais especificamente através da guitarra, com a utilização de bobinas elétricas para captação de som sobre um corpo sólido, com a sobrecarga das válvulas amplificadoras e também com a oscilação de frequências nas distorções) o Rock' n Roll sempre foi muito competente em criar essa sintonia com a ciência, e desde seus primórdios desmistifica esses temas de difícil acesso, ou provoca a curiosidade de seus seguidores para a descoberta desses conceitos.
Após ter acesso a uma reportagem da globo.com, descobri que o professor Emerson Ferreira Gomes (USP) esmiúça essa relação curiosa do Rock, ao propor (em consonância com o discurso de outros profissionais da área) sua utilização em sala de aula como uma ferramenta de incentivo aos alunos iniciados nessas disciplinas. Seu trabalho escrito para a Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, tem viés acadêmico e pode ser encontrado na internet.
Em seu conteúdo o professor revela a importância do Pink Floyd como precursor do discurso científico na música, mas arrisco dizer que essa história começou um pouco antes, por volta de 1960 em uma conversa entre Paul McCartney e Bob Dylan, onde o americano perguntou para os ingleses sobre o que cantavam.
"- Sobre sentimentos, amor e coisas boas em geral..."
E retrucou:
"- Então vocês cantam sobre nada."
Fato é que o Rock e o Heavy Metal, a partir de certo momento ganha conteúdo, e dissemina a ciência (aqui uso a palavra em um sentido mais completo, como um "conhecimento genérico" em todos os campos) direta ou indiretamente para seus seguidores e traz dessa forma conhecimento e cultura para as pessoas, principalmente para aquelas com os ouvidos mais ávidos por conhecimento, como os mais jovens...
Ponto para o Metal, ou é isso, ou é música "sobre nada".
Destaques do CD do Guitar Hero Mustaine: "Burn!", "Forget to Remember" e "Cold Sweat".
Nota 7,7 ou \m/\m/\m/\m/.
Talvez seja óbvio, mas para quem ainda não ouviu o álbum, a faixa 6 (Dance in the Rain) é a música que mais se afasta do "metal", ao menos em minha opinião... Pois além de mudanças bruscas de ritmo, esta música também apresenta efeitos bizarramente eletrônicos...
ResponderExcluirNão concordo com o seu comentário, Phantom...
ResponderExcluirMas realmente, os críticos só falam merda mesmo, esse CD é tão Metal (mas não tão bom) quanto o Criptic Writings
Dance in the Rain é um clássico. Mudanças de tempo e de certa forma mais densa e sombria. Além do vocal do Draimon na segunda parte. Phantom, vc ouviu essa faixa pelo cu.
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