Faixas: 01-Sign of Satan; 02-After The Bomb; 03-Dark Fade; 04-Homicide Rocker; 05-Without You; 06-Metal Racer; 07-Burning The Witches; 08-Hateful Guy; 09-Holding Me
The Trooper
Tosco, é o que esse álbum é, não no sentido de malfeito, mas no sentido de rústico. Mas nem tudo precisa ser complexo ou bem trabalhado para ser bom, que o diga a bela vocalista (pelo menos na época), Doro Pesch, que nasceu desse jeito. E quando eu digo rústico, não se trata do trabalho em si, mas da produção, o trabalho instrumental foi feito com esmero, embora os vocais da Doro não, pelo menos não estavam no nível em que estavam quando fez covers do Dio.
Quando avisei qual era o álbum a ser postado, o Phantom cornetou "mais uma farofa", mas muito pelo contrário, o primeiro álbum do Warlock era de heavy metal, heavy metal de verdade (talvez Homicide Rocker tenha uma pegada mais clássica, e Without You, bem... balada é sempre balada).
Destaque para Dark Fade, Burning The Witches e Hateful Guy.
Enfim, o álbum não é estupendo, mas trata-se de um bom e velho heavy metal, valeu a pena ter curiosidade em conhecer a banda.
Nota: \m/\m/\m/\m/
Phantom Lord
Sim, eu achei que este álbum era composto de músicas mais próximas do hard rock e/ou do glam (rock farofa). Mas eu estava enganado. Burning the Witches é um álbum de heavy metal "tradicional", possivelmente com influências de Judas Priest, Iron Maiden etc...
Não estudei muito a discografia do Warlock ou da vocaalista Doro Pesch... Talvez as músicas farofas tenham sido gravadas anos depois deste álbum.
O problema deste disco não é melancolia nem ritmos ou ambientações românticas. Burning the Witches foi gravado por músicos iniciantes (é claro, afinal este é o primeiro álbum do Warlock não é mesmo?) não muito técnicos nem virtuosos. Os integrantes da banda (incluindo a musa-vocalista) tinham potencial mas a produção é extremamente rústica. Para ser mais preciso, este é o álbum mais rústico que passou por este blog, acho que bateu os recordes do Hail to England e do The Legacy.
Outro problema deste disco "oitentista" (como Trooper citou), é a vocalista Doro, que não parece estar no auge de sua "afinação". Apesar de mandar suficientemente bem em grande parte das músicas, Doro deu umas desafinadas evidentes em diversos momentos deste álbum...
É uma pena... Talvez um outro disco do Warlock (menos tosco) seria mais interessante, mas o Burning the Witches acaba parecendo mal-feito de um modo geral. Ouvi o álbum nos modos e "stereo" e "mono" em um notebook. Por incrível que pareça, as músicas soaram mais interessantes no "mono" do notebook, é como se o som "stereo" revelasse muitas falhas.
Ah... eu falei que não era um disco de rock farofa, mas Without You já apresentava toda lamúria da farofa típica dos anos 80.
Metal Racer é a mais tosca do álbum, aqui podemos multiplicar a produção tosca pela simplicidade da composição e suaves desafinos da vocalista... e obter um resultado um tanto decadente...
Como um todo, Burning the Witches não chegou a ser um trabalho ruim... Eu acredito que serviu como um estudo importante para todos integrantes do Warlock.
Sign of Satan 7,0
After the Bomb 7,0
Dark Fade 6,8
Homicide Rocker 6,8
Without You 6,4
Metal Racer 4,0
Burning the Witches 7,7
Hateful Guy 7,2
Holding Me 6
Modificadores: Nenhum
Nota: 5,9
The Magician
OK Trooper, acho que esta proposta de resenha também serviu
indiretamente como resposta à minha crítica no álbum da banda Phantom -
"CD simples para gente simples" - , desta vez você levou a sério este
mote.
Mas neste caso, pelo Warlock ser o que é e vir de onde vem (esse
pleonasmo é o que melhor expressa a situação), cria uma outra ideia de resenha
com um background bem diferente de apenas grupos simples escrevendo discos
simples; E isso nada tem a ver com o resultado musical propriamente dito do
disco, e sim analisando os componentes sociais da banda.
O Warlock abraça a primeira "menina do metal", talvez
não a primeira de fato, mas a primeira revelada para o mundo, e a única da
geração do metal clássico. Esse mimo seria o estigma do grupo para
toda história, sendo que antes de todos outros predicados essa seria a banda
"da Doro", e para piorar esse quadro o Warlock ainda teve problemas legais
com a utilização de seu nome.
O terrível fato de o Metal ser produto da co-existência masculina
acabou dando oportunidade a uma banda bem média nas qualidades técnicas, mas
que com certeza tinha uma das mais belas (se não a mais) vocalista do estilo
musical. E nunca saberemos de fato até onde este fato influenciou os produtores
à atrapalhar/inibir o campo de criatividade das ideias desses músicos, ou por outro lado, o quanto isso ajudou na promoção da trupe alemã. Afinal, mesmo com inúmeras bandas oitentistas de qualidade, o Warlock foi support band de vários grandes nomes do metal, além de se apresentarem em grandes festivais da época.
Mas, somente pelo feito de improvável continuidade da banda ao passar dos anos (décadas), e da permanência da vocalista nesta "profissão", já temos motivos o bastante para respeitar o Warlock/Doro. Imaginem como devia ser nos anos 80 a concorrência de bandas, músicos e pseudo-músicos para permanecerem ou serem inseridos no "Showbiz Metal"; e se no mundo da grana/rock/drogas/sexo alguns "homens" já se prostituíam para os produtores com o objetivo de conseguir um lugar ao sol, deduzimos que o assédio sobre as artistas mulheres só podia ser voraz. Meu palpite é que a Doro tenha passado mais de uma vez pelo teste do sofá...
Em defesa do heavy metal só tenho a dizer que não é a única comunidade machista da música, já que para esta análise específica e para tantas outras, o gênero permanece como terminal contínuo da imensa matriz Rock n Roll, e quem são os grandes?? Rolling Stones, The Beattles, Led Zepplin, The Who... Alguma mulher? Joplin, talvez..., e essa sim era louca a ponto de ultrapassar qualquer homem nesse quesito.
E apenas para concluir este assunto (acho que pela primeira vez aqui no blog), mas sem a pretensão de dissecar a mais nefasta artimanha de engenharia social - [aquela prática subliminar adotada na era moderna/pós moderna de um garotinho ganhar um carro (a tradução frívola e icônica do capitalismo) na sua mais tenra infância ao tempo que garotinha recebe sua pequena bonequinha bebê para cuidar e um pouco mais tarde suas bonecas "Barbies" para maquiarem e "bater pernas"] - afirmo que a comunidade da música é apenas fichinha perto de segmentos muito mais importantes da sociedade, como política, economia, religião, etc...
The Burning Witches é um álbum de Metal clássico que por estar no berço do iluminismo metaleiro oitentista apresenta bastante energia, abafada em uma produção precária. Mas só ganha visibilidade à medida que é a moradia da princesinha (gritalhona e desafinada na época) do Metal.
Nota 6 ou \m/\m/\m/.
Pirikitus Infernalis
Warlock chega ao blog trazendo o bom o velho Heavy Metal, com direito ao amadorismo e bagaçera que rodeou muitas bandas dos anos 80, e mesmo assim o melhor de tudo que foi feito continua por lá.
Burning the Witches apresenta, como o viajante Magician abordou, uma mulher a cena. E não é simplesmente isso, mas uma mulher liderando a banda, em uma época onde isso era praticamente nulo. Tivemos The Runaways, irmãs Ann e Nancy Wilson, e a belíssima Debbie Harry e isso foi uma puta quebra nos paradigmas do rock dos anos 70 e com Doro não foi diferente no Metal dos 80. Todas as musas de hoje (Simone Simons (a melhor ever!), Maria Brink, Angela Gossow, Christina Scabbia, Sharon den Adel, Otep Shamaya, Tarja Turunen, Anette Olzon, Lacey Sturm, Alissa White-Glutz e a queridinha do momento Lzzy Hale) devem muito do que são hoje a Doro, que deu início ao sonho de muita rockeira. Mas vamos ao que realmente interessa...
O álbum é bom, possui ótimas músicas, mas peca em não conseguir manter um nível constante, a clássica solidez. Ao mesmo tempo que Sign of Satan é ótima, Dark Fate é meia boca, Without You é ruim e Holding Me é péssima. Mas a banda ainda possui uma energia bem Heavy Metal, é fácil de perceber uma pitada de metal tradicional (Sign of Satan, Burning the Witches, Hateful Guy) uns riffs puxados um pouco mais pro Thrash (After the Bomb, Metal Racer) e até uma pegada mais Hard (Homicide Rocker). A voz da Doro me pareceu pertinente com o que a banda ia apresentar instrumentalmente, não havia necessidade de uma voz afinada durante boa parte do disco, mas sim uma voz mais bagaçera, coisa que a Doro fez com competência. Concordo que em músicas como Without You, uma afinação seria muito mais interessante.
Um bom álbum, inferior ao Hellbound, mas é um bom álbum.
Top3: Sign of Satan, Metal Racer e Hateful Guy . Shame Pit: Holding Me .
Nota: 7
By burning the witches,
The demon dies by fire.
Apesar de ser um albúm que me fez reviver a infância, achei o som meio ruim. O disco inteiro eu pensei estar ouvindo Barracuda, do Heart. No final a única coisa bacana é que o vocal feminino gemendo toda hora me fez ficar excitado... nada que um redtube não faça melhor.
ResponderExcluirO Redtube acaba com a imaginação :P
ResponderExcluirNossa...quando ouço falar em Warlock a primeira coisa que penso é no "Triumph and Agony"...
ResponderExcluirEsse álbum é de 1984 por isso o som é ruim... Escuta, por exemplo o Walls of Jericho do Helloween, ele é de 85 com o CD lançado em 88 e comparado aos cds de hoje parece que foi gravado dentro de uma caixa...
Cadê a resenha do Phantom???
ResponderExcluirEi Mercante você secretamente continua acompanhando o blog?? Pensei que minha resenha do Chamaleon tinha te deixado super chateado e feito o sr. desistir...
Doro evoluiu muito desde este álbum. Basta ouvir "lives" e covers gravados ao longo da carreira dela. E falando em covers, Egypt do Dio, com ela cantando é espetacular.
ResponderExcluirEm relação a produção tosca, acho que só a época não justifica. No início dos 80 já existiam clássicos do rock/metal bem produzidos. É que Burning the Witches era o primeiro do disco Warlock, vai saber onde e como foi gravado...
Tinha um amigo metaleiro no colegial que chamava a Doro de "bocalista" ao invés de vocalista. Porquê será??
ResponderExcluirMagician se superando em enrolações e viagens filosóficas nos posts...
ResponderExcluirAcabei de descobrir que Dark Fade é plágio da faixa Death or Glory do Holocaust:
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=sxvR3YZQyoA&list=PL2Qt9Ttwtjny0F1Geqb8mb6od8J9huAPJ&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=OwEk6AInRbY