segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Warlock - Burning The Witches

O álbum Burning The Witches, lançado em 1984 pelo Warlock, foi escolhido por The Trooper para análise.
Faixas: 01-Sign of Satan; 02-After The Bomb; 03-Dark Fade; 04-Homicide Rocker; 05-Without You; 06-Metal Racer; 07-Burning The Witches; 08-Hateful Guy; 09-Holding Me

The Trooper
 3Tosco, é o que esse álbum é, não no sentido de malfeito, mas no sentido de rústico. Mas nem tudo precisa ser complexo ou bem trabalhado para ser bom, que o diga a bela vocalista (pelo menos na época), Doro Pesch, que nasceu desse jeito. E quando eu digo rústico, não se trata do trabalho em si, mas da produção, o trabalho instrumental foi feito com esmero, embora os vocais da Doro não, pelo menos não estavam no nível em que estavam quando fez covers do Dio.
Quando avisei qual era o álbum a ser postado, o Phantom cornetou "mais uma farofa", mas muito pelo contrário, o primeiro álbum do Warlock era de heavy metal, heavy metal de verdade (talvez Homicide Rocker tenha uma pegada mais clássica, e Without You, bem... balada é sempre balada).
Destaque para Dark Fade, Burning The Witches e Hateful Guy.
Enfim, o álbum não é estupendo, mas trata-se de um bom e velho heavy metal, valeu a pena ter curiosidade em conhecer a banda.

Nota: \m/\m/\m/\m/


Phantom Lord
Sim, eu achei que este álbum era composto de músicas mais próximas do hard rock e/ou do glam (rock farofa). Mas eu estava enganado. Burning the Witches é um álbum de heavy metal "tradicional", possivelmente com influências de Judas Priest, Iron Maiden etc... 
Não estudei muito a discografia do Warlock ou da vocaalista Doro Pesch... Talvez as músicas farofas tenham sido gravadas anos depois deste álbum. 
O problema deste disco não é melancolia nem ritmos ou ambientações românticas. Burning the Witches foi gravado por músicos iniciantes (é claro, afinal este é o primeiro álbum do Warlock não é mesmo?) não muito técnicos nem virtuosos. Os integrantes da banda (incluindo a musa-vocalista) tinham potencial mas a produção é extremamente rústica. Para ser mais preciso, este é o álbum mais rústico que passou por este blog, acho que bateu os recordes do Hail to England e do The Legacy. 
Outro problema deste disco "oitentista" (como Trooper citou), é a vocalista Doro, que não parece estar no auge de sua "afinação". Apesar de mandar suficientemente bem em grande parte das músicas, Doro deu umas desafinadas evidentes em diversos momentos deste álbum... 
É uma pena... Talvez um outro disco do Warlock (menos tosco) seria mais interessante, mas o Burning the Witches acaba parecendo mal-feito de um modo geral. Ouvi o álbum nos modos e "stereo" e "mono" em um notebook. Por incrível que pareça, as músicas soaram mais interessantes no "mono" do notebook, é como se o som "stereo" revelasse muitas falhas. 
 Ah... eu falei que não era um disco de rock farofa, mas Without You já apresentava toda lamúria da farofa típica dos anos 80. 
Metal Racer é a mais tosca do álbum, aqui podemos multiplicar a produção tosca pela simplicidade da composição e suaves desafinos da vocalista... e obter um resultado um tanto decadente...
 Como um todo, Burning the Witches não chegou a ser um trabalho ruim... Eu acredito que serviu como um estudo importante para todos integrantes do Warlock. 

 Sign of Satan 7,0 
After the Bomb 7,0 
Dark Fade 6,8 
Homicide Rocker 6,8 
Without You 6,4 
Metal Racer 4,0 
Burning the Witches 7,7 
Hateful Guy 7,2 
Holding Me 6 

 Modificadores: Nenhum 
 Nota: 5,9


The Magician

OK Trooper, acho que esta proposta de resenha também serviu indiretamente como resposta à minha crítica no álbum da banda Phantom - "CD simples para gente simples" - , desta vez você levou a sério este mote.
Mas neste caso, pelo Warlock ser o que é e vir de onde vem (esse pleonasmo é o que melhor expressa a situação), cria uma outra ideia de resenha com um background bem diferente de apenas grupos simples escrevendo discos simples; E isso nada tem a ver com o resultado musical propriamente dito do disco, e sim analisando os componentes sociais da banda.
O Warlock abraça a primeira "menina do metal", talvez não a primeira de fato, mas a primeira revelada para o mundo, e a única da geração do metal clássico. Esse mimo seria o estigma do grupo para toda história, sendo que antes de todos outros predicados essa seria a banda "da Doro", e para piorar esse quadro o Warlock ainda teve problemas legais com a utilização de seu nome. 
O terrível fato de o Metal ser produto da co-existência masculina acabou dando oportunidade a uma banda bem média nas qualidades técnicas, mas que com certeza tinha uma das mais belas (se não a mais) vocalista do estilo musical. E nunca saberemos de fato até onde este fato influenciou os produtores à atrapalhar/inibir o campo de criatividade das ideias desses músicos, ou por outro lado, o quanto isso ajudou na promoção da trupe alemã. Afinal, mesmo com inúmeras bandas oitentistas de qualidade, o Warlock foi support band de vários grandes nomes do metal, além de se apresentarem em grandes festivais da época.
Mas, somente pelo feito de improvável continuidade da banda ao passar dos anos (décadas), e da permanência da vocalista nesta "profissão", já temos motivos o bastante para respeitar o Warlock/Doro. Imaginem como devia ser nos anos 80 a concorrência de  bandas, músicos e pseudo-músicos para permanecerem ou serem inseridos no "Showbiz Metal"; e se no mundo da grana/rock/drogas/sexo alguns "homens" já se prostituíam para os produtores com o objetivo de conseguir um lugar ao sol, deduzimos que o assédio sobre as artistas mulheres só podia ser voraz. Meu palpite é que a Doro tenha passado mais de uma vez pelo teste do sofá... 
Em defesa do heavy metal só tenho a dizer que não é a única comunidade machista da música, já que para esta análise específica e para tantas outras, o gênero permanece como terminal contínuo da imensa matriz Rock n Roll, e quem são os grandes?? Rolling Stones, The Beattles, Led Zepplin, The Who... Alguma mulher? Joplin, talvez..., e essa sim era louca a ponto de ultrapassar qualquer homem nesse quesito.
E apenas para concluir este assunto (acho que pela primeira vez aqui no blog), mas sem a pretensão de dissecar a mais nefasta artimanha de engenharia social - [aquela prática subliminar adotada na era moderna/pós moderna de um garotinho ganhar um carro (a tradução frívola e icônica do capitalismo) na sua mais tenra infância ao tempo que garotinha recebe sua pequena bonequinha bebê para cuidar e um pouco mais tarde suas bonecas "Barbies" para maquiarem e "bater pernas"] - afirmo que a comunidade da música é apenas fichinha perto de segmentos muito mais importantes da sociedade, como política, economia, religião, etc...
The Burning Witches é um álbum de Metal clássico que por estar no berço do iluminismo metaleiro oitentista apresenta bastante energia, abafada em uma produção precária. Mas só ganha visibilidade à medida que é a moradia da princesinha (gritalhona e desafinada na época) do Metal.
Nota 6 ou \m/\m/\m/.



Pirikitus Infernalis
Warlock chega ao blog trazendo o bom o velho Heavy Metal, com direito ao amadorismo e bagaçera que rodeou muitas bandas dos anos 80, e mesmo assim o melhor de tudo que foi feito continua por lá.

Burning the Witches apresenta, como o viajante Magician abordou, uma mulher a cena. E não é simplesmente isso, mas uma mulher liderando a banda, em uma época onde isso era praticamente nulo. Tivemos The Runaways, irmãs Ann e Nancy Wilson, e a belíssima Debbie Harry e isso foi uma puta quebra nos paradigmas do rock dos anos 70 e com Doro não foi diferente no Metal dos 80. Todas as musas de hoje (Simone Simons (a melhor ever!), Maria Brink, Angela Gossow, Christina Scabbia, Sharon den Adel, Otep Shamaya, Tarja Turunen, Anette Olzon, Lacey Sturm, Alissa White-Glutz e a queridinha do momento Lzzy Hale) devem muito do que são hoje a Doro, que deu início ao sonho de muita rockeira. Mas vamos ao que realmente interessa...

O álbum é bom, possui ótimas músicas, mas peca em não conseguir manter um nível constante, a clássica solidez. Ao mesmo tempo que Sign of Satan é ótima, Dark Fate é meia boca, Without You é ruim e Holding Me é péssima. Mas a banda ainda possui uma energia bem Heavy Metal, é fácil de perceber uma pitada de metal tradicional (Sign of Satan, Burning the Witches, Hateful Guy) uns riffs puxados um pouco mais pro Thrash (After the Bomb, Metal Racer) e até uma pegada mais Hard (Homicide Rocker). A voz da Doro me pareceu pertinente com o que a banda ia apresentar instrumentalmente, não havia necessidade de uma voz afinada durante boa parte do disco, mas sim uma voz mais bagaçera, coisa que a Doro fez com competência. Concordo que em músicas como Without You, uma afinação seria muito mais interessante.

Um bom álbum, inferior ao Hellbound, mas é um bom álbum.

Top3: Sign of Satan, Metal Racer e Hateful Guy . Shame Pit: Holding Me .

Nota: 7


By burning the witches,
The demon dies by fire.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ozzy Osbourne - No More Tears

O álbum No More Tears lançado em 1991 por Ozzy Osbourne, foi escolhido para análise por Phantom Lord.


Phantom Lord
 
Continuando a história que contei na postagem do álbum Ozzmosis, no meio do ano passado: Após finalmente sair da Idade da Pedra, consegui “adquirir” vários discos do Ozzy via internet e durante este processo de aquisição, confesso que eu não estava muito esperançoso. Eu achava que após ouvir a discografia do velho Quiropterófaga, acabaria com uma humilde coletânea de suas músicas em meu computador. 
Como pirikitus comentou na postagem do álbum Ozzmosis, é comum encontrarmos cds de grandes bandas de rock/metal com apenas um ou dois clássicos e um monte de músicas "mais ou menos".
Porém tinha um tal No More Tears entre aqueles álbuns. 
 A performance de Zakk Wylde neste álbum é no mínimo impressionante, bem como a sinergia entre o som de sua guitarra e o vocal único do Ozzy. Ainda neste disco, Zakk deve ter consolidado seu estilo de tocar guitarra, pois quando ouvi o álbum anterior (No Rest for the Wicked) confesso que não fiquei impressionado. 
Em minha opinião, da faixa 1 a 7, o disco No More Tears é absurdamente inspirado e viciante e apesar da faixa-título ser tocada milhões de vezes nas rádios, eu não consigo me cansar dela. O som grave e distorcido utilizado nesta música pode ser chamado de revolucionário. 


Enfim, depois das 7 ótimas músicas, temos mais 4 músicas que ficam entre o nível bom e razoável. Assim, posso concluir que o álbum No More Tears poderia ser mais interessante se tivesse uma distribuição (sequência) diferente de músicas... Ou poderia ter um total de apenas 9 faixas...Por causa deste(s) probleminha(s), No More Tears não ultrapassou a barreira da “nota 8,_”, mas ainda assim, este é o melhor disco da carreira solo do velho Osbourne. 

 Mr. Tinkertrain 8,3 
I Don't Want to Change the World 7,8 
Mama, I'm Coming Home 9,2 
Desire 9,0 
No More Tears 10,0 
Sin 9,2 
Hellraiser 9,7 
Time After Time 6,7 
Zombie Stomp 6,7 
A.V.H 7,2 
Road To Nowhere 7,2 

 Modificadores: 


 
  Nota: 8,6 

 Se não me engano, meses atrás, Magician disse que no início dos anos 90 aconteceu o último “boom” do heavy metal (na postagem do Painkiller)... Isso me fez lembrar que o disco No More Tears (de 1991) é uma das obras que reforça meu ponto de vista: O início dos anos 90 não foi a “era de ouro” nem exatamente um “boom”, mas foi quando ocorreu o último suspiro do heavy metal (livre de seus subgenêros). Pois depois desta época, o heavy metal começou a se afogar em diversos álbuns-modinhas e em vertentes / ramificações que se multiplicaram em demasia... 

The Trooper
 3
Talvez o melhor trabalho de mr. Ozzy Osbourne, No More Tears é um álbum excepcional, e todos que participaram (Lemmy Kilmister, Randy Castillo, John Purdell, Mike Inez, o próprio Ozzy, e claro, o monstro, Zakk Wylde) estão de parabéns. Um daqueles álbuns que entram para a lista de obras-primas do heavy metal.
O álbum começa com a doentia Mr. Tinkertrain, e segue com uma obra-prima após a outra até Hellraiser, quando entram as ótimas Time After Time e Zombie Stomp, seguidas das "apenas" boas A.V.H. e Road to Nowhere.
A linha de baixo é muito boa, seguida pela guitarra de Zakk, que na minha opinião, foi o melhor trabalho de sua carreira, distorção mostruosa, riffs pesados e magníficos nas músicas lentas, solos impressionantes. As músicas lentas aliás, são as que mais impressionam nesse álbum, Time After Time é muito boa e Mama, I'm Coming Home, é uma das melhores baladas da história do heavy metal (embora Ozzy havia cantado algumas que pareciam baile da terceira idade, ele já havia acertado anteriormente em Changes, do Sabbath).
Destaque para Mama, I'm Coming Home, No More Tears e Hellraiser.
Longa vida ao príncipe!

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/

The Magician
Alguns trabalhos dispensam elogios, são unanimidades, posso ficar aqui elogiando e elogiando, e nada do que escreverei será realmente novo.
Mas como redundância e síntese:

 “No MoreTears” é a estrela-mor do asterismo de Ozzy, e suas composições são fortes e diretas, de aderência imediata para o ouvinte .Como de costume em seus álbuns, não há rodeios mas o trabalho explora bem as diversidades melódicas do rock pesado, e fornece um repertório bastante rico.

Nota-se também o desempenho mais sólido no quesito de gravação das linhas vocais de Ozzy, no que diz respeito à sobriedade no timbre, nas interpretações, na saúde vocal, e na escolha dos tons. Ainda que contestado quanto aos seus métodos de canto, Ozzy alinhou bem a voz com os demais instrumentos e se apresenta melhor do que em qualquer outra obra que tenha criado (antes ou depois).

Menos experimental do que em Ozzmosis e muito mais centrada, em “NMT” a guitarra é o elemento nuclear da composição. E Ozzy sempre foi muito honesto no sentido de entender que em seu nicho, e pelas suas próprias raízes e características musicais, quem protagoniza seus trabalhos é o instrumento elétrico de seis cordas. Mr. Wylde então se soltou e teve total liberdade de criação, com crédito dado e reconhecido em cada uma das faixas do disco.

As múltiplas e destrutivas rajadas encharcadas de distorção, arrancadas da Gibson Les Paul – “Bull’s Eye” de Zakk entravam definitivamente para história da guitarra, sublinhando o portfólio do então jovem guitarrista que posteriormente estaria no Hall dos melhores da história. O trabalho de riffs tempestuosos, harmônicos penetrantes, e de expressivos solos “inconstantes” foi axial na composição do disco que faturou um Grammy e excelentes marcas de vendas. Em tempo, a revista Guitar Player promoveu (em minha opinião com total justiça) o transgressivo solo da faixa título como um dos “50 solos mais influentes da guitarra rock”.

A cozinha (bateria + baixo) também é excelente com especial menção ao contra baixo de Lemmy Kilmister (Motorhead) em “Hellraiser” e de Mike Inez (Alice in Chains) na faixa “No More Tears”.

No More Tears, como disco e música, foi também bastante promovido pela veiculação na época de seu vídeo clipe na MTV. Para rockeiros/metaleiros de minha faixa etária era emocionante ser presenteado por horas de espera na frente da TV com uma cacetada dessas. Mr. Madman acabava sempre sendo associado à temas soturnos ou insanos, que é o caso dessa fita histórica. Particularmente o cenário claustrofóbico do clipe, onde a moça se condenava em uma espécie de aquário de lágrimas, me lembra muito o surrealismo de Dali, com relógios, cores berrantes e xadrez. A guitarra signature de Zakk acabou coincidentemente sendo, entre bocas e olhos sem faces, mais um assessório insólito da gravação do micro filme.

Sobre os aspectos líricos o trabalho se resume a um confessionário de Ozzy Osbourne, de seus problemas e fraquezas e de tudo que passara em sua vida artística e pessoal até aquele momento; o que aproxima bastante os versos dos temas mundanos abordados principalmente pelas bandas de metal norte americanas. Não é minha abordagem favorita, mas entendo bem o fato de que um cara problemático como Ozzy precise usar a música mais como um desabafo do que um meio de reflexão social, artística ou histórica. E ainda assim vai atingir o que muita gente por aí gosta de ouvir..

A minha conclusão do título como um todo é que foi obra essencial e inspiradora do gênero, de uma época em que o metal ainda conseguia sustentar grandes lançamentos, festivais e até nascimentos de algumas ótimas bandas (Angra, Edguy, Black Label Society, Rhapsody, etc..); para Ozzy foi consolidador, passou uma espécie de borracha em sua dependência por Rhandy o colocou em um status de grande compositor e deu espaço para transformação de um dos novos ícones da guitarra, Zakk Wylde.

Nota 8,9 ou \m/\m/\m/\m/.

Pirikitus Infernalis

Finalmente o clássico dos clássicos do Madman está no blog. Se Blizzard of Ozz é meu álbum favorito com o mestre Randy Rhoads, No More Tears com certeza é o melhor álbum da época Wylde. Um cd espetacular, digno de aplausos de pé.


- Mr. Tinkertrain, I Don’t Want to Change the World, Desire, No More Tears, Hellraiser, Zombie Stop e Road to Nowhere estão no topo da cadeia alimentar do bom heavy metal. ;
- A voz de Ozzy está no auge;
- A formação Ozzy/Wylde estava inspiradíssima na composição de letras, ainda mais tendo ajuda em algumas música de Mr. Lemmy Kilmister;
- Zakk Wylde está um verdadeiro MONSTRO na guitarra.

Esses singelos motivos são argumentos mais do que suficientes para mostrar o quanto eu aprecio esse cd, um dos melhores existentes e um “must have” para qualquer metaleiro.

Ps: Devo concordar com Phantom Lord no quesito não enjoar da faixa título. Apesar de tocar em demasia em qualquer coisa relacionada a rock (rádio, canal de TV, casas de show, etc...) minha reação a ela é extremamente diferente do que a outros clássicos como Smoke on the Water, Rock ‘n Roll all night, Fear of the Dark e etc...

Top3: No More Tears, Hellraiser, I Don't Want to Change the World. Shame Pit: Time After Time.

Nota: 8,5