quarta-feira, 20 de junho de 2012

Black Sabbath - Mob Rules

Escolhido para análise por Phantom Lord, o álbum Mob Rules, lançado em 1981 pela banda Black Sabbath.



Phantom Lord
 Escolhi este álbum para o blog não somente por este estar em minha lista dos 20 melhores discos de rock/metal... mas também por se tratar de um dos fundadores do gênero heavy metal. Mob Rules é o segundo álbum do Black Sabbath com Dio nos vocais, lançado em 1981 apenas um ano após o “divisor de águas” Heaven and Hell. Não estudei profundamente todas as histórias e mitos sobre a banda, mas parece que o Black Sabbath estava mal das pernas no final dos anos 70. Possivelmente por causa de divergências de “opiniões musicais”, idas e vindas do senhor Osbourne etc... Como eu disse anteriormente, acredito que até os anos 70 não existiu um álbum de heavy metal (ou rock pesado): existiram apenas músicas pesadas espalhadas pelas discografias de algumas bandas.

Eu acredito que Mob Rules como um todo, é tão consistente (ou sólido) quanto o primeiro disco da era “Sabbath-Dio” (Heaven and Hell) e um pouco mais pesado do que os dois clássicos do “Dio solo” (Holy Diver e The Last in Line).
O Black Sabbath é considerado um dos criadores do tal heavy metal desde a “Era Ozzy”, mas a verdade é que durante esta era, o Sabbath raramente arriscava criar músicas com um ritmo mais veloz. Ozzy sempre teve seu estilo único de cantar, porém foi em conjunto com o Dio que esta banda lendária ajudou a aumentar a força (e talvez a popularidade) do heavy metal. Dio e Black Sabbath foram a combinação mais revolucionária que o mundo do rock precisava naquela época, pois no Rainbow, Ronnie limitava-se a fazer algumas canções de heavy metal “esparsas” e outras diversas canções de rock aleatório. A combinação do estilo rock-pesado criado por Iommi/Butler/Ward e dos vocais mais melódicos de Ronnie James Dio, possivelmente consolidou o heavy metal como um (amplo) gênero separado do rock e suas várias vertentes. É claro que ainda assim existem semelhanças entre muitas músicas destes estilos musicais...

Não estou dizendo que o Sabbath é o único responsável pela criação de um gênero musical e todas suas ramificações... Nesta época (1980-1981) Saxon e Iron Maiden apresentavam um rock de peso, mas suas “personalidades” ainda estavam em formação. O Motorhead vinha padronizando seu estilo em um rock mais veloz e “sujo” e o Judas Priest oscilava entre um rock n roll e um rock pesado. Enfim, o Black Sabbath com Dio nos vocais mudou grande parte da estrutura de suas melodias, mas conseguiu reter o peso existente em várias músicas dos discos com o Ozzy no vocal. Durante estes anos, o Black Sabbath foi a única banda a fazer um álbum praticamente todo constituído de rock pesado (ou metal...) não só por apresentar algumas músicas velozes, mas também por causa dos sons graves dos instrumentos, distorções e boa produção.

O álbum Mob Rules segue um estilo semelhante ao seu antecessor e para mim é bem difícil decidir qual destes dois discos é o melhor.
Este disco começa com a porrada Turn Up The Night, segue com a genial Voodoo que abre passagem para longa viagem The Sign of the Southern Cross (que destrói praticamente qualquer outro “metalzinho-viagem ou progressivo” que já passou por este blog). Eu poderia dizer que a peteca caí em E5150 (Desnecessária? Provavelmente sim) , mas eu acredito que esta faixa serve como um simples encerramento da anterior e abertura da próxima paulada: The Mob Rules. O último destaque do disco vai para Falling off the Edge of the World, sendo que Country Girl, Slipping Away e Over and Over são no mínimo razoáveis.

Turn Up the Night 9,3
Voodoo 8,7
The Sign of the Southern Cross 8,0
E5150 / The Mob Rules 9,3
Country Girl 7,3
Slipping Away 7,5
Falling off the Edge of the World 8,4
Over and Over 7,0

Modificadores:




Nota: 8,7 


The Trooper
 3Acho que a principal idéia do Phantom ao afirmar que este é o segundo álbum de metal se trata da falta de faixas psicodélicas presentes neste álbum. Concordo em parte, é verdade que a psicodelia presente durante a década de 70 e portanto durante a estadia de Ozzy no Sabbath pode ser usada para separar o heavy metal do rock n' roll clássico, principalmente se considerarmos todas as faixas de um único álbum. Entretanto nossa concordância termina por aí, porque eu acho que o Black Sabbath perdeu peso na mudança de Ozzy para Dio, e para mim som pesado representa mais o heavy metal do que velocidade. Por que perdeu peso? Não sei ao certo, talvez o surgimento do hard rock tenha influenciado em algo, mas eu aposto minhas fichas em certo timbre das trevas, o de Ozzy Osbourne. A combinação da guitarra de Iomi com o timbre do Ozzy formava O MAIOR som macabro do mundo musical, que para mim nunca foi superado, e mais, considero sim, que o verdadeiro pai do heavy metal é o Black Sabbath e ninguém me convencerá com o argumento que for de que é outra banda.
Voltando ao álbum, não sei se ele é realmente todo composto de heavy metal, as psicodelias "sumiram", mas para mim aparecem de forma disfarçada em músicas lentas e longas como o próprio Phantom cita "The Sign of The Southern Cross". Enfim, mesmo que seja um legítimo álbum de heavy metal por inteiro, dois anos depois, Dio lançava o fabuloso "Holy Diver" que considero muito mais empolgante, rápido e inspirado, e começando assim sua carreira solo superando o Black Sabbath (pelo menos nos primeiros álbuns).
Mas a primeira vez que eu ouvi "Mob Rules" eu fiquei surpreendido positivamente, bons riffs de Iomi, os vocais energéticos de Dio e o bom trabalho no geral com certeza coloca esse álbum como um dos clássicos do heavy metal, como disse anteriormente, até prefiro o Holy Diver mas não tem como dizer que Mob Rules é mediano ou ruim.
Meu destaque vai para Voodoo, The Mob Rules e Falling of The End of the World (que começa lenta e dá uma acelerada). Negativamente, The Sign of The Southern Cross podia acelerar pelo menos um pouquinho e Over and Over é realmente a única faixa fraca do álbum, que consegue "torrar meu saco" rapidamente.
Sobre o Sabbath, eu acho que essa transição se deu na linha do macabro para o épico, ou do heavy metal para o power metal (sim, considero Dio o pai do power metal, mais em essência do que em estrutura).
Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician

O empoeirado Phantom Lord nos presenteia com mais um clássico, e mais uma vez da banda mais influente da história do Metal; do soturno, nesfasto, macabro, infernal, Black Sabbath.
Dessa vez no entanto, em um contexto bem diferente daquela primeira postagem (Paranoid), onde o porta-voz da banda era Mr. Fucking Crazy Ozzy Osbourne e por consequência principalmente disso, a banda retinha uma biometria completamente diferente da registrada em “Mob Rules”.
Mas assim como já houve resenha do Sabbath, já houve também aqui em nosso blog o postagem de CD solo de Dio (“Holy Diver”), e se o leitor tiver a oportunidade de escutar os dois trabalhos e compará-los com este segundo disco da era Sabbath + J. R. Dio, com certeza notará maior semelhança com o trabalho próprio do vocalista.
Embora dirão os sabichões que este é um fato óbvio, não acho que ocorreram inversões tão acentuadas no estilo de tocar como aconteceu com o Black Sabbath nessa época, tem-se como exemplo grandes bandas que tiveram este tipo de desafio e que mesmo assim continuaram bastante fiéis às suas assinatura de trabalhos anteriores: AC/DC, Deep Purple, Helloween, Judas Priest, e o caso mais simbólico de todos, o Iron Maiden. Da mesma forma que a Dama de Ferro, a banda de Iommi também modificou as linhas vocais de um estilo mais simples e limitado (guardadas as proporções, claro) para um canto primordialmente técnico e super melodioso, mas nem por isso Harris disse: “para tudo! Vamos ter que mudar nosso som!”, já Tony Iommi...
Então descortinando os fatos:
Tony Iommi confessa ter entrado em depressão na época da saída de Ozzy, não conseguia mais criar estruturas e arranjos onde somente um simples preenchimento de voz desse vida às músicas, forma de composição essa que o acompanhou da fase inicial (Earth) até o então ingresso de Dio na banda. Revelou também (em biografias ou entrevistas) que Dio chegou com composições praticamente feitas e que ao invés de ter a responsabilidade de compor os sons sozinho, o guitarrista, às vezes precisava apenas seguir a voz de Dio em suas próprias melodias ou devaneios. Com um conhecimento musical muito mais avançado do que Ozzy e com uma imensa bagagem que ganhou ao lado de Richie Blackmore (Rainbow/Purple), foi o novo vocalista que deixou o Black Sabbath (que o contratou) à vontade e não ao contrário, como deveria ser.
E amarrando os fatos, Dio comentou esse evento como particularmente fácil de lidar, já que estava acostumado a, de certa forma, ser podado e ter que dar conta das invenções do louco (gênio) do Blackmore. O encontro com o Sabbath de Anthony foi como soltar-se das amarras e ter espaço pra criar.
Para colocar aqui esta análise de forma mais coerente o ideal mesmo seria resenhar o álbum “Heaven and Hell” do ano anterior, o primeiro lançado por esta união (Dio + Sabbath), mas tendo em vista que a sonoridade de Mob Rules segue a mesma linha e que este seja uma continuação daquele primeiro trabalho, acho que a mesma leitura é valida.
Mas minha conclusão é que Dio imprimiu sua personalidade neste trabalho e as músicas se tornaram, quando não mais velozes, meros acompanhamentos para a sua performance, e por uma questão simples de espaço nas ideias, acabou naturalmente inibindo aquela sinistra veia compositora de Tony Iommi; que se alimentava na primeira formação da banda e que só veio a ressurgir décadas depois nas duas faixas inéditas do álbum “Reunion”. Essa “liberdade” dada a (ou imposta por) Dio culminaria na história de sua demissão, já conhecida e comentada neste blog.
Ainda assim o álbum Mob Rules é uma das grandes obras da época, esse título está com certeza cravado na grande pedra dos álbuns clássicos do Heavy Metal. Ao lado dos primeiros trabalhos de Ozzy com sua própria banda, do Iron Maiden com Bruce, do AC/DC com Brian, e principalmente sendo material de estudo para os trabalhos futuros de DIO, foi um dos elementos que incentivaram o boom do movimento HM nos anos 80 (o Iluminismo do Metal). E se o antigo Sabbath jazia, nascia uma banda revigorada e "reinspirada", tendo como núcleo do trabalho a criatividade e técnica absurda dos vocais de Ronnie James Dio.
As faixas "The Sign of the Southern Cross" (épica), "Voodoo", "Turn up the Night" e "The Mob Rules", são acima da média e carregam o disco do status "bom", para um nível "ótimo".
Mob Rules é uma espécie de proto-obra da carreira solo de Dio e foi imprescindível para que aquele Black Sabbath que inventara o Metal do jeito que conhecemos descansasse nas sombras do passado, marcando assim, o fim de uma geração.
Nota: 8,2 ou \m/\m/\m/\m/.



Pirikitus Infernalis
Cara, esse álbum é simplesmente sensacional. Um dos melhores da história. Dio + Iommi = Fuderagem das bravas!

Eu sempre disse que pra mim a "era Dio" do Black Sabbath nunca deveu 1 centavo para a "era Ozzy", e mantenho até hoje essa opinião me baseando nas 3 obras primas que estes senhores criaram. Óbvio que eh muito fácil julgar tendo uma quantidade considerável de álbums a menos e isso seria até leviano de minha parte, mas aqui não estamos decidindo se os álbums com Dio são melhores, apenas afirmando que não piores.

O Sabbath mantém sua personalidade musical aqui, é muito fácil você saber que é o Sabbath quando rola determinada canção e isso é ótimo porque as músicas são fantásticas dentro da personalidade musical que a banda desenvolveu. Dio é, literalmente, o Deus do vocal. Iommi é um gênio controlando uma guitarra, Appice dá vida a bateria nesse álbum. Resumindo, nota 10 para os membros.

Quanto as músicas, não tem 1 única música ruim. Desde porradas como The Mob Rules ou viagens como The Sign of the Southern Cross, a qualidade é impecável. O único problema é que quando se cria algo excelente, algo ótimo fica bem abaixo, mas obviamente não significa que seja de baixa qualidade.

Top3: The Sign of the Southern Cross, The Mob Rules e Falling of the Edge of the World. Shame Pit: - .

Nota: 8,5


You've nothing to say,
They'll drag you away,
If you listen to fools,
The mob rules!!!!

terça-feira, 5 de junho de 2012

Anthem - Eternal Warrior

Escolhido por The Trooper, o álbum Eternal Warrior, lançado pelo Anthem em 2004.



Faixas: 01-Onslaught; 02-Eternal Warrior; 03-Soul Cry; 04-Life Goes On; 05-Let The New Day Come; 06-Distress; 07-Bleeding; 08-Omega Man; 09-Easy Mother; 10-Mind Slide.



The Trooper
3
Anthem é uma banda de rock/heavy metal japonesa criada em 1980, desmembrada em 1992 para ser reformada em 2000. 

Se não me engano, o álbum de 2000, Heavy Metal Anthem, com Graham Bonnet nos vocais é o único com letras totalmente em inglês, o restante dos álbuns contam com letras em japonês com trechos em inglês (principalmente os refrãos), acho que isso reflete bem a cultura japonesa, com a enorme influência americana na reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, mas trata-se de uma língua bem diferente da japonesa, o que traz dificuldades para aqueles que tentam utilizá-la (como dá pra notar nos sotaques da maioria dos vocalistas japoneses).
O vocalista neste álbum é Eizo Sakamoto, que canta bem, mas às vezes alguns agudos machucam meus ouvidos, fora o já citado sotaque. No geral toda a banda trabalha bem, mas o que me chamou a atenção foi o trabalho do guitarrista Akio Shimizu, e meu destaque vai portanto, para a faixa instrumental Omega Man.
Enfim, é um bom trabalho, para aqueles que odeiam letras em japonês, sugiro que ouçam o álbum Heavy Metal Anthem para conhecerem a banda.

Nota: \m/\m/\m/\m/

Phantom Lord

Mais uma banda do outro lado do planeta...
Eternal Warrior inicia-se com um trabalho instrumental impressionante na música Onslaught, porém o vocal parece básico: apenas “segura as pontas”... O álbum segue num estilo tradicional de heavy metal sem grandes altos e baixos. A parte instrumental se destaca em diversos pontos do disco, porém o vocal continua mediano. Mas porque isto acontece?
...The Trooper citou algo sobre a diferença dos idiomas (japonês e inglês) e a dificuldade de se cantar uma canção numa língua estrangeira. Daí poderíamos pensar: porque cada banda não canta em seu idioma nativo? Bem, algumas até cantam, mas primeiramente se a banda deseja uma projeção mundial, é melhor que “ela cante” em um idioma difundido / popular... O idioma inglês, com certeza é um dos mais falados pelo mundo e parece ser o preferido das bandas de rock e heavy metal. A forma como as palavras soam neste idioma parecem fluir de maneira mais fácil e mais agradável do que em vários outras linguas. Idiomas como o japonês e o português estão cheio de palavras “quebradas” onde as consoantes se destacam, possivelmente dificultando a pronúncia adequada a maioria dos ritmos encontrados nas melodias de heavy metal...
...P$#@ que pariu, enrolei bastante, não? Até parece que sou tradutor/intérprete e/ou músico! Enfim, é mais ou menos isso que eu penso, é difícil explicar, mas temos outro exemplo aqui no blog: Quando o Arya (banda russa) “apareceu” aqui, foi bastante criticado... Afinal quantas bandas que cantam em russo são mundialmente conhecidas? O idioma russo é ensinado nas escolas de algum país da América? Acho que não... Tudo isso faz com que o “não-russo” estranhe tais músicas, assim como é comum que brasileiros estranhem melodias de heavy metal sejam cantadas em japonês, italiano, alemão, espanhol etc...

Onslaught 7,8
Eternal Warrior 8,4
Soul Cry 7,2
Life Goes On 6,0
Let the New Day Come 7,0
Distress 6,3 
Bleeding 7,2
Omega Man 7,0
Easy Mother 6,0
Mind Slay 7,4

Finalmente, em minha opinião, Eternal Warrior é um bom trabalho, porém o vocalista é apenas mediano, as melodias em japonês são no mínimo estranhas e...
Sempre me lembrarão Jaspion, Jiraya, Samurai X, Evangelion etc.
Nota: 7,1


Pirikitus Infernalis


Eis que nos deparamos com mais uma banda da tríade japonesa de heavy metal oitentista. Esse cd foi uma gama de gratas surpresas. Primeiramente por ser bom, segundo por manter um clima anos 80 que eu acho sensacional, terceiro por ter sido feito em 2004 e quarto por conseguirem demonstrar influência do rock Japonês.
Uma grata surpresa de uma banda que eu conhecia apenas por nome, até onde me lembro. Um cd com um heavy metal tradicionalíssimo com uma pitada J-Rock, mesmo em uma época dominada por rocks modernos. Uma cozinha discreta, um bom vocalista e o grande trunfo da banda, o guitarrista Akio Shimizu.
Esse guitarrista não é de uma técnica suprema como Gus G., nem de uma velocidade abissal como Herman Li. Ele simplesmente sabe pegar o feeling da música. Suas composições nesse cd são simples, porém de ótimo gosto, e sua performance em Omega Man é de tirar o chapéu.
Um bom cd de metal tradicional sem perder a raíz do rock japonês, que por diversas vezes me fez pensar que tal música encaixaria bem em algum anime, porém é um cd muito interessante.
Top 3: Eternal Warrior, Life Goes On e Easy Mother (Menção honrosa para Omega Man). Shame Pit: Distress.
Nota: 7,5
Ps: Mesmo tendo boas músicas para animes, nenhum supera a eterna L'Arc-En-Ciel - Ready Steady Go.




The Magician

Os Metalcólatras acima já descreverem os pontos e observações mais essenciais sobre "Eternal Warrior", por isso vou apenas reforçar algumas de suas análises.

Ouvir esse japa maluco cantar as vezes incomoda, seja pela interpretação exagerada ou (principalmente) a pronuncia do Nihongo, que por ser língua aglutinante se torna pouco melodiosa neste genêro (lembrando novamente que o metal e o rock foi criado por e para a lingua inglesa). E falta um pouco de técnica  para os vocais que as vezes assume responsabilidade imensa dentro das músicas,  em bases de grooves monotônicos.

Se existe a critica aos vocais há de se elogiar as composições das guitarras. Esse tal Shimizu faz miséria, acerta em cheio em bases, licks e solos, nos timbres, tempos, melodias, multiabordagens, enfim nas ideias colocadas em geral. Raríssimo o dinamismo desse cara, que realmente me espantou, e imediatamente me remeteu (ouça Omegaman) às trilhas sonoras mais destruidoras dos games de 90 a 00 da Nintendo, que residiam nos jogos da Capcom/Konami/Rareware, entre outras.

Muitas vezes jogando esses tipos de games eu pensei: "por que um fdp apenas não coloca uma letra da hora nessas músicas? é uma fonte infinita de coletâneas!!". Eu acho que esse japa guitarrista pensou isso, se é que o cara já não trabalhava em estúdios desse tipo antes... pensei em perguntar pra ele mas não tenho Facebook, quem tiver e também possuir essa curiosidade:http://www.facebook.com/pages/Akio-Shimizu/206159786073486.

A resenha deste álbum ressuscita a linha de pensamento que o oriente tenta melhorar o que o ocidente criou, cfe. abordado no post do Loudness, e o Anthem neste trabalho quase fez eu voltar atras e me convencer de que isso é possível também na música.



Duas conclusões: 1 - Ao invés de tentar um vocalista americano nesta banda, porque não levar esse  Akio Shimizu para uma banda americana ou européia?
2 - Se fosse um álbum integralmente instrumental, provavelmente teria nota 10 neste blog.

Nota: 7 ou \m/\m/\m/\m/.