quarta-feira, 21 de março de 2012

Deep Purple - Machine Head

Escolhido por Phantom Lord o álbum Machine head lançado em 1972 pelo Deep Purple.





Phantom Lord


Demorou mas apareceu: Deep Purple chegou atrasado aqui no blog, por causa da falta de bom senso de certos metalcólatras que votaram contra o álbum Machine Head há meses atrás (em um dos duelos de álbuns).

Obviamente o disco não é de “heavy metal”, mas é um clássico que contém alguns (ou ao menos um) dos melhores “rock-pauleira” dos anos 70...

Highway Star abre o disco Machine Head de modo revolucionário... esta música é o rock mais "pauleira" do disco e ao lado de algumas outras do Black Sabbath e do Led, deve ter servido de inspiração para uma infinidade de bandas mais novas.
Maybe I Am a Leo é um classic rock de qualidade... Pictures of Home recupera um pouco de velocidade e Never Before fecha esta “trinca de músicas lado-B” do Machine Head.
Smoke on the Water é um clássico eternizado nas rádios-rock... Tocado até a exaustão, mas com certa razão, pois os caras do Deep Purple deviam estar muito inspirados não só quando criaram esta música, mas ao criar quase todas músicas deste álbum.
Lazy é mais longa do disco e se aproxima de um blues, mas aqui, esta faixa ajuda a reforçar a variedade de melodia e/ou ritmos do Machine Head.
Space Truckin é mais uma boa música que eu já conhecia por escutá-la nas estações de rádio.

Como um todo, acho que Machine Head é um ótimo álbum de rock, inspirado e estável como nenhum outro dos anos 70! (mesmo se comparado com os demais trabalhos feitos anteriormente pela própia banda...)
Após 1972, eu acho que o Deep Purple demorou muito para lançar um álbum que se aproximasse da qualidade do Machine Head, apesar que podemos dar “um desconto” pois a banda foi desfeita por volta de 1976 e só retornou em 1984... E em minha opinião, foi exatamente em 1984 que a banda conseguiu lançar outro ótimo disco, mas isso já é história para uma outra postagem...

Highway Star 10,0
Maybe I'm a Leo 7,5
Pictures Of Home 8,4
Never Before 7,0
Smoke On The Water 8,8
Lazy 8,0
Space Truckin' 8,2

Modificadores de Nota:

Nota final: 8,6

The Trooper
3
Minha banda jurássica preferida, aqui se encontra um dos principais pilares do heavy metal. Esse trabalho, com uma formação absurda, é com certeza um dos maiores clássicos do rock/heavy metal, até tenho uma preferência por álbuns posteriores da banda, mas algumas músicas desse álbum são a epítome do rock'n'roll, clássicos como Smoke On The Water e Highway Star falam por si só, é muito improvável que QUALQUER metaleiro que se preze não as conheça.
Meu destaque vai principalmente para Jon Lord, o cara é um mito, isso que ele faz no Purple tem o som verdadeiro de rock muito foda, é uma pena que hoje em dia a maioria dos tecladistas gostam de usar uns efeitinhos chinfrins que deveriam ficar limitados à música pop, muito menos ousam criar uns solos absurdos como mr. Lord, talvez a explicação seja que em bandas de 2 guitarristas não haja mais espaço para esse tipo de som, eu discordo, afinal se o Iron Maiden pode ter 3 guitarristas...
As melhores músicas do Machine Head são as duas óbvias citadas acima + Space Truckin' e Pictures of Home (que aliás, estou chegando à conclusão que é A melhor do álbum). Never Before (lembra um pouquinho Beatles) e Lazy ficam atrás por bem pouco, e a mais fraquinha é Maybe I'm a Leo, mas nada que comprometa o todo.
Álbum para ser ouvido por inteiro e em alto volume.
Nota: 8,0.


Metal Mercante


Escolha sólida para o Blog…

O que seria do Metal sem os clássicos? E o que seria dos clássicos sem o poderosíssimo “Machine Head” do “Deep Purple”? Quantas vezes você já ouviu “Smoke on the Water”? E “Highway Star”? É impossível não me emocionar cada vez que escuto esse álbum, é a mesma coisa que ver o nascimento de um bezerro que cai no chão e logo já começa a andar, engorda e vira um delicioso churrasco que é a mais porca analogia para a criação do Heavy Metal que consegui criar…

E o principal, já reclamei várias vezes aqui no blog e provavelmente os outros Metalcólatras compartilham minha frustração com a inconsistência dos álbuns antigos que possuíam 3 ou 4 músicas muito boas e um monte de porcarias psicodélicas e/ou músicas para tapar buraco no disco e “Machine Head” não sofre desse problema, é um álbum muito, mas muito sólido, realmente vale a pena ouvir esta obra prima na íntegra…

Nota: 9.0


The Magician
Na epopeia do Heavy Metal, nas antigas inscrições, é contada a historia de 3 majestosos reinos com seu poderosos reis-arcanos que criavam magias terríveis ou maravilhosas com seus cajados encantados .... ou guitarras-elétricas, tanto faz.
O primeiro reino representava todo o bem e os céus, era o esplendoroso "Led Zeppelin", reinado pelo sábio e justo Rei Jimmy Page, e sua maior e mais poderosa magia criada se chamava "Starway to Heaven".
O Segundo Reino era o mal, o Inferno na Terra, seus domínios eram conhecidos como o profano nome "Black Sabbath" e em seu trono se sentava o cruel tirano Anthony Iommi que com seu cajado tomado a força do próprio demônio escreveu a terrível magia "N.I.B".
E havia um terceiro Reino, entre os dois, representava apenas o caos e a liberdade do arbítrio. "Deep Purple" tinha uma coroa e estava na cabeça de um homem chamado "BlackMore" o louco, que escreveu um códice mágico que liberaria todos os monstros das masmorras dos 3 castelos, guardadas pelos 3 reis desses 3 incríveis reinados.... o tomo se chamava "Machine Head".
Ok, caros leitores e colegas Metalcolatras, a verdadeira história foi contada.
Esse manuscrito de Blackmore trouxe especificamente três poderosas magias que transcendem a história: Smoke on the Water (com influencia indireta do bruxo Frank Zappa), Space Truckin' e Highway Star. 
Foram 3 obras suficientes para suportar o conteúdo de Machine Head e transformá-lo em um verdadeiro clássico referencial de décadas atras. Os três sons possuem diferentes características e dão um aspecto dinâmico ao álbum, marca que inclusive é bem comum nos trabalhos do Purple, provavelmente pela polivalência dos super-técnicos membros da banda com suas diferentes assinaturas nas pautas musicais.
Destaco as contínuas e ininterruptas batidas de Glover/Blackmore nos tons em "Highway Star" em compassos de colcheias. A marcação constante foi, e ainda é um dos principais artifícios do metal moderno, roubado dessa obra por quase-todas-bandas-de-metal.
Enquanto o bem e o mal lutavam entre si, o insano Blackmore estourou as antigas masmorras, libertando todos os monstros e magos perigosos que vivem até hoje nos nossos reinos do Metal.
Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/

Hellraiser
3O que pode ser dito sobre (talvez) o melhor trabalho, de uma banda considerada como um dos 3 pilares do mundo da musica pesada ? 
Uma banda que em 1972 estava no auge de sua criatividade, e que trazia no seu line-up músicos de extrema qualidade e técnica invejável. 
Blackmore, Gillan, Paice, Lord e Glover são considerados, sem sombra de duvidas, mestres no que faziam !! 
E quanto as musicas deste álbum, .....apenas duas delas já valeriam o disco, a rápida ``Highway Star``, e a talvez, a musica com riff mais tocado do mundo, a hiper mega conhecida de todos seres humanos, e principalmente dos guitarristas de todo o mundo, a simples ``Smoke on the Water`` que nasceu de um festival em Mountreax que acabou com um incêndio no prédio onde se hospedava a banda e outros artistas. Porem ainda temos a ``Lazy`` para provar que John Lord era um musico altamente competente e um dos melhores do mundo no seu intrumento. 
E a fantástica ``Space Truckin`` ? Sonzeira excepcional !! 
Sem desmerecer as outras 3 faixas, principalmente a ``Pictures of Home`` que são ótimas também, .....porem acabam sendo um pouco ofuscadas pelo alto brilho das outras já citadas ! 
Banda excelente, músicos excelentes, álbum excelente ! 
Nota 8,9

quarta-feira, 7 de março de 2012

Mastodon - Crack The Skye

O álbum Crack the Skye lançado pela banda Mastodon em 2009, foi escolhido por Pirikitus Infernalis para análise.













The Trooper
3


Mais uma viagem no blog, Crack the Skye tem uma influência fortíssima de rock progressivo, embora o peso o torne indiscutivelmente um álbum de heavy metal. Logo, a classificação que se vê por aí, "progressive metal", se encaixa bem neste trabalho.


Algumas observações são pertinentes entretanto: os vocais lembram rock alternativo, espalham melancolia pelo álbum todo, com trechos gritados adicionados acertadamente nos momentos em que agressividade se faz mais necessária; as mudanças de ritmo, são no geral, mais fluídas do que, por exemplo, as apresentadas pelo Fates Warning em Awake the Guardian.


A arte da capa e as letras são bem interessantes, embora na minha humilde opinião, o compositor exagere em sua veia poética e as letras se tornem bastante caóticas.


Meu destaque vai para as faixas Oblivion, Divination e The Czar (a parte rápida é muito boa, embora a parte lenta se estenda demais).


Dentro do seu próprio nicho, Mastodon criou um trabalho sólido de alto nível, claro que, como dissemos várias vezes, nossas notas são baseadas em gosto pessoal e eu prefiro ouvir algo mais "porrada", mas colocar esse álbum de fundo cria um ambiente "viajante" ideal.


Nota: 6,7.




Phantom Lord


Depois de ouvir apenas possíveis citações sobre o Mastodon em programas do tipo “backstage”, finalmente escutei um trabalho desta banda.
O vocal parece típico das bandas que surgiram do meio pro fim dos anos 90 e ocasionalmente muda para um estilo mais peculiar (lembrando vagamente Ozzy... ). A parte instrumental que está um tanto embolada e chiada, também possuí características das bandas que surgiram na época...

As músicas não são ruins, mas obviamente se afastam bastante do heavy metal tradicional em rumo ao sabe-se-lá-qual-metal. Na última faixa (possivelmente uma das mais longas do disco) tanto o vocal, como o som obscuro dos instrumentos, já me pareceram bastante cansativos e/ou entediantes.

Falando em obscuro, o tema abordado não me pareceu claro: entre czares, barões, mortes e outras dimensões, foi possível entender uma coisa ou outra. Enfim, cada banda aborda o assunto que gosta, da maneira que acha melhor e por isso creio que tais características não interferem diretamente na qualidade do álbum.
Crack the Skye não é um álbum ruim, pode e deve atrair legiões de fãs (provavelmente mais jovens do que eu, em sua maioria), porém continuarei por um período indeterminado com meu gosto e preferências musicais “limitadas”.

Oblivion 7
Divinations 6,6
Quintessence 6,0
The Czar 6,3
Ghost of Karelia 6
Crack the Skye 5,6
The Last Baron 6

Nota final: 6,1


The Magician 3
Dos trabalhos da "Nova Onda de Metal Americano" que escutei "Crack the Skye" foi de longe o mais interessante deles.

É um tipo de som bem atípico que não escutamos com frequencia nas midias pricipais do gênero, embora a banda ja tenha obtido o respeito da critica em geral. No estilo sonoro adotado pelo Mastodon acredito que a banda que mais se destacou até hoje seja o System of a Down, guardada algumas diferenças nas suas composições.

Nascidos e batizados na casa do NWOAHM, entendo que o Mastodon consegue se destacar por dois fatores principais, o afastamento do vocal HC e a adoção de criações mais progressivas. São pontos determinantes para que dentro dessa escola o trabalho não se torne a porcaria de sempre.

Mais do que óbviamente a banda gira em torno da bateria, com participação efetiva do baixo nas viradas e retornos. O estilo de tocar do bateirista Brann Dailor é reconhecidamente cheio de firulas, com exagero nos revezamentos de tons e nos pedais duplos, mas eu particularmente gosto bastante do estilo e acho até que sob certos limites, isso é o Heavy Metal: tocar os instrumentos e interpretar de forma bem mais intensa o Rock.

As composições mais longas possuem uma boa dosagem de abordagens progressivas, com conduções lentas e retomadas mais velozes, enquanto naquelas mais curtas os refrãos são os pontos chave entre os versos e solos, dando solidez e amarrando muito bem as partes em cada música. Aliás cada música possui suas particularidades, mas quando se olha o álbum de forma mais ampla podemos fácilmente analisá-lo em um só contexto, em que induz o ouvinte metaleiro à uma viagem em sons propositalmente embolados e super distorcidos (é aí onde as guitarras e os vocais entram) que de forma estranha e peculiar "se arrasta" até os riffs e partes de ataques explosivos.

O ponto contra deste CD é que a temática esotérica invoca um tipo de som que se assemelha à um padrão hipnótico, se escutado repetidamente o material fatalmente se desgasta, como se cada loop no repeat do MP tomasse um efeito corrosivo e cumulativo... mas no geral aprovo o disco.

Nota: 6,9 ou \m/\m/\m/.


Pirikitus Infernalis

10Quando essa banda me foi apresentada, comecei por este cd. De começo me pareceu tudo muito estranho, as vezes parecia que pegaram 3 musicas e picotaram e embaralharam as mesmas, um som complexo de d+ de se apreciar. Resolvi ir atrás dessa banda e vi esse bendito cd em tudo quanto era lista de melhores CDs do ano. Resolvi na base da força, deixei esse cd pra tocar e fui ouvindo uma, duas, três vezes até que as musicas começaram a me parecer familiar. A partir daí eu comecei a achar uma legal, e depois outra e por aí foi até eu parar e pensar: “Esse cd é realmente muito bom”.

Estava em dúvida entre esse cd e o Leviathan, mas creio que Mastodon por si só já foge do gosto musical de muitos metalcólatras então optei pelo bom, porém meio maluco, Crack the Skye já que aqui a banda pende um pouco mais pro lado progressivo da coisa, deixando um pouco do Jazz e Hardcore nos álbuns anteriores. Como curiosidade, cada cd anterior da banda simbolizava um elemento (Leviathan – Água, Blood Mountain – Terra e Remission – Fogo), e o elemento apresentado nesse cd é o Éter.

O cd já começa mostrando o que a banda tem de melhor, sua alternância e fusão de ritmos, sua combinação de vocais e seu baterista. Assistir o Brann Dailor tocando é realmente impressionante, uma constante mudança de ritmo e pegada sem se perder no meio do caminho. Me recordo do DVD The Workhorse Chronicles que, enquanto a banda apresentava Aqua Dementia (acho), o câmera focou apenas no Brann praticamente a musica inteira, ele é um insano.

Roda o disco e logo de cara já vem na sequencia Oblivion, Divinations e Quintessence.

As duas músicas mais longas, The Czar e Last Baron, possuem alternância constante de ritmos porém sempre mantendo um nível adequado ao cd, sem ser desinteressante.

Top 3: Ghost of Karelya, Oblivion e Quintessence ou Crack the Skye. - Shame pit: Esse cd não possui uma única música desinteressante.

Nota: 8