O álbum Operation Mindcrime lançado pelo Queensryche em 1988, foi escolhido por Pirikitus para análise.
Phantom Lord
Queensryche é considerada por muita gente, uma banda de uma música só: Silenty Lucidty. Não é pra menos, raramente as rádios tocavam outras músicas da banda, por isso, não é bom depender de mídia alguma...
Curioso, há poucos meses atrás, decidi ouvir o álbum Empire do Queenscryche, e... Bom, o álbum não me chamou a atenção... Pareceu alternar entre um pop rock e o progressive rock...
Ainda bem, que nosso colega passeriforme indicou outro álbum da banda pro nosso blog: Operation Mindcrime é notoriamente superior ao Empire se você está procurando algo menos comercial/pop.
Dentro de um único tema (pois Operation Mindcrime conta uma história), a sonoridade apresentou-se interessante e diversificada neste disco, o que me fez deduzir que o Queensryche teve influências de diversas bandas (desde Iron Maiden, Judas Priest até... Genesis?).
O que menos me agradou no álbum é o fato dele ser longo (15 faixas, sendo 5 delas intros/interlúdios), porém ele não chega a ser cansativo e provavelmente é um dos melhores discos de uma banda com o “rótulo” de rock/metal progressivo. Talvez uma melhor distribuição das “faixas intermediárias” poderia tornar o álbum, como um todo, ainda mais agradável.
Destaco as faixas Anarchy-X/Revolution Calling, Speak, The Needle Lies e Breaking the Silence (esta última é uma das poucas músicas da banda que eu ouvia na rádio).
Nota: 7,4
The Trooper
Boa pedida Pirikitus, o que era Queensryche para mim antes dessa resenha? "Silent Lucidity".
Ouvi a primeira vez no celular, sem as letras e me espantei com a semelhança com Helloween (principalmente porque o vocalista usa mais os tons agudos durante a maioria das músicas). Ouvindo com as letras na tela do computador as músicas ficaram mais claras, Operation: Mindcrime é um álbum conceitual, uma ópera-rock, e (eu não sabia nem isto) Queensryche é uma banda de rock-metal progressivo. Agora as coisas ficaram mais claras ainda, essa capa me fez recordar "Another Brick On The Wall", e talvez o conceito do álbum tenha recebido inspiração do álbum-filme do Pink Floyd. Então lá pela faixa "I Don't Believe In Love" eu notei a semelhança com Avantasia, e minha mente simples logo colocou os 3 trabalhos em uma linha evolutiva e que também bate com meu gosto musical, sendo Avantasia o ápice desta linha de trabalho.
Bem, preciso focar no álbum: Bom trabalho da banda, passagens instrumentais interessantes, vocais muito bons, letras com temática muito boa ("Spreading The Disease" me lembrou os HQs "Sin City" e "Preacher", e o resto do álbum o filme "V" e é claro, as bandas que sempre "descem a lenha", como Megadeth) e ambientação fantástica. Mas a ambientação às vezes afeta a musicalidade, algumas faixas acabam deixando o álbum meio paradão (é aí que eu me lembro do ápice dessa linha evolutiva: Avantasia), e eu fiquei esperando algumas faixas em que o Nikki saísse matando todo mundo para vingar Sister Mary (o que talvez resultasse em algumas faixas "porrada" que faltaram no álbum).
Destaque para "Speak", "Spreading the Disease" e "The Needle Lies".
Nota: 7,5.
p.s.: Se comparar com as bandas de metalprog que ouvi, Queensryche é bem mais legal.
p.p.s.: Para aqueles que ficaram em dúvida como eu: os vocais de Sister Mary foram feitos pela cantora Pamela Moore.
The Magician
Operation: Mindcrime. Trabalho peculiar.E um tanto complexo.
As bandas reconhecidas dentro do estilo “metal-prog” carregam certo estigma, suas músicas não são consideradas acessíveis e são de certa forma seletivas, cativando àqueles que praticam estudos musicais ou estão realmente preocupados com o contexto do enredo do trabalho.
Mas os rótulos servem para simplificar o crivo de mercado, para colocar trabalhos sob moldes padronizados e disseminados, obedecendo uma necessidade comercial de aceitação. Isso já foi discutido aqui e acredito que quem melhor resumiu o assunto foi Venâncio em sua conclusão de que o gênero musical pode ser melhor atribuído à uma canção em sua singularidade, e ainda assim, correndo o risco dessa unidade possuir estruturas ambíguas em sua própria composição.
Digo isso neste post porque o caro metaleiro-leitor perceberá que as músicas (aquelas que não existem apenas para preencher o argumento da história contada) não possuem abordagens progressivas extremas, e seguem estruturas bem claras e cíclicas de versos, pontes e refrãos, com introduções e finalizações. A leitura da obra como um projeto progressivo só pode ser herança da percepção errônea de “ópera rock/conceitual = progressivo”. Um outro motivo seria as ligações entre essas faixas intervalares se ligarem às musicas principais sem pausas ou anúncios perceptíveis.
Este CD conceitual conta a história de um assassino manipulado mediante uma droga-soro criada por um cientista maquiavélico com planos corruptos de controle e ascensão ao poder. O personagem principal que acorda sem memórias começa a recobrar suas lembranças e clamar por vingança ao tal Dr. X, e por ai vai...
Uma história bastante típica de HQ’s e a ilustração da capa confirma esta ideia.
Como a história contada não atraiu o suficiente de minha atenção vou tentar me ater à musicalidade. Aliás atrair atenção é um problema recorrente inclusive quando falamos propriamente dos sons do CD, que possuem certa semelhança sonora nas texturas utilizadas criando uma espécie de padrão hipnótico que dispersa o ouvinte (seria alguma peripécia do Dr. X?).
Entretanto, mesmo com a morosidade sugerida pude apreciar algumas características do Operation: Mindcrime. Geof Tatte gravou aqui um dos melhores registros de vocais que já escutei, interpretação e melodias perfeitas; Os guitarristas são muito bons com execuções bastante técnicas de bases e solos; e os demais instrumentos também são competentes em suas partes.
Conclui-se que o álbum é bem construído e bastante técnico, mas carece de impacto e aderência; e essa censura a esses atributos que seriam fornecidos a partir de sets distorcidos e de faixas mais agressivas é afinal uma escolha dos produtores de um trabalho que foca a história contada.
Nota: 6.7 ou \m/\m/\m/
P.S: No fim das contas não consegui mencionar qual o aproximado subgênero do trabalho em questão, exceto que de fato é um ópera-rock. Gostaria de pedir sugestões dos comentaristas de plantão. Para mim flerta muito com o melódico, talvez a não classificação do Queensryche neste gênero seja pura xenofobia norte-americana.
Pirikitus Infernalis
Cd escolhido pra dar uma quebrada no gelo deste blog que contrasta com alguns pontos do blog, como o fato de esse cd também ser um antecessor/sucessor do álbum mais conhecido da banda, como no caso do Come Out and Play, porém aqui a história é outra. Operation Mindcrime é infinitamente superior ao seu mais pop cd Empire, em absolutamente TODOS os sentidos.
Essa obra conceitual trouxe de vez o nome do Queensryche para a cena prog. metal. O primeiro ponto alto é uma história muito bem desenrolada, que ao contrário do que a maioria dos fãs de metal estão acostumadas, nada tem a ver com guerreiros e dragões. O tema aqui é revolução, na sua melhor e mais sórdida forma. Contar a história seria apenas encher lingüiça, já que ela pode ser facilmente acessada na Wikipédia, então podemos nos atentar aos outros pontos altos do cd.
O segundo ponto alto desse cd é como os músicos conseguiram dar o clima correto as músicas, cada música tem um clima que cai como uma luva na canção, seja ele denso, agressivo, melancólico, clima de alívio e por aí vamos embora. Algo que também é facilmente destacável nessa obra é a interpretação dos personagens, dando uma exímia nota 10 nesse aspecto para Geoff Tate. É possível acompanhar o crescimento do personagem Nikki ao longo cd na voz desse cara.
O terceiro e mais positivo dos pontos é com certeza a qualidade da obra como um todo. O período de 88-90 foi sem dúvida o mais produtivo da banda, musicalmente falando. É impressionante o alto padrão que consegue ser mantido durante toda a obra. Claro que, como uma obra conceitual, sempre teremos aquelas famosas “passagens”, mas nada que atrapalha pra um cd semi-perfeito.
Difícil um Top 3 aqui...Spreading the Disease, Speak e Breaking the Silence.
Nota: 8,5
Metal Mercante
Operation Mindcrime um álbum paradão, nenhum dos instrumentos chama muito minha atenção e a única coisa que realmente se destaca é o vocal de Geoff Tate.
Procurar reviews desse cd na internet é se deparar com notas excessivamente altas e nenhuma economia nos elogios.
Os pontos positivos:
- é um álbum da década de 80
- Vocais absurdos
- álbuns conceituais são bem mais difíceis de serem feitos
Os negativos:
- interlúdios
- álbum longo, muitas músicas paradas
- NENHUMA grande música
No geral é um álbum com potencial, mas nenhuma musica é “boa demais”, nenhuma música dá vontade de abrir uma roda em um show, nenhuma música dá vontade de “headbanguear”, melhor das hipóteses me vejo escutando este álbum ao mesmo tempo que tomo um bom vinho e discuto as implicações da crise na europa.
A única música que realmente me chamou a atenção (provavelmente em relação as outras) foi “Eyes of a Stranger” e olhe lá (trocadilho não intencional)
Nota 6
Nota 6
Caramba !!!
Li algumas resenhas aqui, e as vezes, preferia nem ter lido, kkkkkkkk
Poxa galera, ...esse é o maior álbum conceitual de toda historia do Rock/Metal !
Esse álbum bota no bolso todos os álbuns dessas bandas de Power que se aventuraram a fazer albuns conceituais.
Isso foi sucesso de critica, e é tido até hoje como um dos melhores álbuns da banda e de todos os tempos.
Sem contar a excelente performance de Geoff Tate, que nesta época era considerado como um dos melhores vocalistas do gênero.
História magnífica, que poderia virar facilmente um livro ou filme.
Desde ``Revolution Calling``, passando pela faixa titulo, a ``Speak``, a linda ``Suite Sister Mary`` e as excelentes performances de Tate em ``I Dont Believe in Love`` e ``Eyes of a Stranger`` fazem deste trabalho, uma excelência em sua totalidade !!
Sem contar a excelente performânce de toda a banda, a qual estava altamente inspirada e super afiada, fazendo com que esse trabalho soasse impecável !!!
Sinto repetir, ...mas muito acima de qualquer outro trabalho que se diz ``conceitual`` !!
FATO !!!!
Nota 9,1
Album complexo para análise...
ResponderExcluirApesar do vocal parecer um pouco com Helloween em algumas músicas, não acho que o Operation Mindcrime seja um disco de "metal melódico". Pra mim pareceu uma mistura de hard rock com heavy metal (básico)... com uma faixa mais "prog" (Suite Sister Mary) e muitas "intros" e interlúdios.
ResponderExcluirConsiderado por muitos como album mais "inteligente" do Heavy Metal, um otimo album conceitual, e é um dos albuns mais inspiradores! Na minha opinião Eyes Of A Stranger deve está no Top 5 das melhores musicas do Heavy Metal de todos os tempos
ResponderExcluirCaraleo !!!
ResponderExcluirDepois de ler algumas resenhas aqui, ....perdi a esperança na humanidade !!!!
Não acredito que alguns amigos Metalcolatras conseguiram descer a lenha nesta OBRA !!!!!!
ai depois vem falar de albuns conceituais de Blind Guardian e afins, ....AFFFFF !!!!
rsrsrsrs