O álbum Mechanized Warfare lançado em 2001 pela banda Jag Panzer foi escolhido por The Magician para análise.
1 - Take to the Sky; 2 - Frozen in Fear; 3 - Unworthy; 4 - The Silent; 5 - The Scarlet Letter; 6 - Choir of Tears; 7 - Cold is the Blade; 8 - Hidden in My Eyes; 9 - Power Surge; 10 - All things Renewed;
The Magician
Saudações queridos leitores do Metalcólatras! Eis que trago mais uma banda de respeito do lado B do Metal.
Jag Panzer tem muitos anos de estrada, mas infelizmente não angariou uma quantidade copiosa de fãs que o sustentasse na parte de cima das mais famosas listas Metaleiras. Vêm dos EUA, justamente do celeiro dourado oitentista, e tinha tudo pra dar certo e explodir... em minha opinião somente uma coisa pode ter sido a "pedra no sapato" dos caras: ter sido rotulada como "Power Metal". Já citei inúmeras vezes aqui no blog como essas bandas foram vítimas de um esforço mercadológico orquestrado pelos produtores americanos, que fuzilavam todos aqueles que ousassem escolher o caminho que Mestre Dio um dia desbravou.
Tomei conhecimento da banda há muitos anos atrás através de um amigo, que a citou como se fosse uma daquelas "bandas relíquias", que forjaram grandiosas obras para depois desaparecer na névoa misteriosa que envolve os debuts promissores. Mas a verdade é que os anos se passaram, e o grupo se mantém até hoje com uma longa e interessante discografia. Discografia essa que só vim a estudar nesse ano passando por "Ample Destruction" e "Age of Mastery"; dois trabalhos bem diferentes em minha opinião (até por causa do longo intervalo de anos entre as obras) mas que deixavam uma assinatura genuína do Jag Panzer, o que me motivou para insistir um pouco mais sobre seus discos.
"Mechanized Warfare" (ou MW) revela uma proposta muito mais ousada do que nos CDs citados acima, tangendo os limites do Power com o progressivo em um trabalho que converge de forma surpreendente os aspectos líricos e sonoros. Ao iniciar o disco com a ótima "Take to the Sky", você logo se coloca dentro de um exoesqueleto voador de combate ao lado de um grupo robótico de elite, impulsionado pelas descargas trovejantes despejadas pelas guitarras. E essa sintonia é a tônica de todo o trabalho, quando não ao compor uma parede sonora bruta para ilustrar um apocalipse tecnológico, dá cores sombrias sobre qualquer outro conto que passe pelas estrofes do álbum.
No geral duas características se sobressaem, que inclusive podem incomodar aqueles que preferem um estilo mais direto e menos alegórico: as passagens que lembram cantos eclesiásticos ou sacros, e os grooves rachados em distorções ultra pesadas que evocam um estilo mais moderno do Metal. Essas abordagens já estavam lá antes (nos discos anteriores) mas estão muito mais evidentes aqui, e levam MW para um lado mais "lustroso" do Heavy Metal que me lembrou trabalhos como "Border of Reality" e "Crows Fly Black" (podem me acusar de estar pendendo para um subgênero, eu não ligo, ainda sou o mais moderado do blog).
Tecnicamente o disco é ainda mais audacioso do que se mostra em sua leitura estrutural. As inversões e mudanças de tempo estão por todas as partes, dando a impressão que as faixas irão se perder em algum momento, mas ao invés disso elas voltam ao eixo principal para continuar no percurso inicial. Para tudo isso acontecer o baterista Rikard S. trabalha pra casseta. E sobre o empenho nas guitarras posso afirmar que elas são excelentes no sentido de oferecer a atmosfera apocalíptica/tecnológica para das canções, se utilizando de riffs circulares de pontuações bem marcadas e viciadas ("Cold is The Blade" é um ótimo exemplo), bends cabulosos de 1 tom nos bordões ("Hidden in my Eyes") e os massacrantes padrões digitados em palm nos versos das músicas (p.e. "Power Surge"), e embora se mostre muitas vezes inspirados acho que às vezes existe certo exagero nos timbres dos solos - vezes embolados e vezes super destacados - de C.Broderick, ante as bases super densas de M.Briody.
Como análise final, a obra me agradou bastante mas não é unanimidade, o "calcanhar de Aquiles" é sua longevidade, que passa do ponto de saturação uma vez que os vocais de H.Conklin e alguns devaneios instrumentais cansam ao longo do tempo, e podem apunhalar o trabalho elaborado com notória dedicação.
O Jag Panzer ta aí pra provar que tem muita, mas muita coisa boa mesmo, esquecida pela maioria dos Metaleiros e Metalcólatras de plantão.
Nota 7,3 ou \m/\m/\m/\m/.
Phantom Lord The Magician
Saudações queridos leitores do Metalcólatras! Eis que trago mais uma banda de respeito do lado B do Metal.
Jag Panzer tem muitos anos de estrada, mas infelizmente não angariou uma quantidade copiosa de fãs que o sustentasse na parte de cima das mais famosas listas Metaleiras. Vêm dos EUA, justamente do celeiro dourado oitentista, e tinha tudo pra dar certo e explodir... em minha opinião somente uma coisa pode ter sido a "pedra no sapato" dos caras: ter sido rotulada como "Power Metal". Já citei inúmeras vezes aqui no blog como essas bandas foram vítimas de um esforço mercadológico orquestrado pelos produtores americanos, que fuzilavam todos aqueles que ousassem escolher o caminho que Mestre Dio um dia desbravou.
Tomei conhecimento da banda há muitos anos atrás através de um amigo, que a citou como se fosse uma daquelas "bandas relíquias", que forjaram grandiosas obras para depois desaparecer na névoa misteriosa que envolve os debuts promissores. Mas a verdade é que os anos se passaram, e o grupo se mantém até hoje com uma longa e interessante discografia. Discografia essa que só vim a estudar nesse ano passando por "Ample Destruction" e "Age of Mastery"; dois trabalhos bem diferentes em minha opinião (até por causa do longo intervalo de anos entre as obras) mas que deixavam uma assinatura genuína do Jag Panzer, o que me motivou para insistir um pouco mais sobre seus discos.
"Mechanized Warfare" (ou MW) revela uma proposta muito mais ousada do que nos CDs citados acima, tangendo os limites do Power com o progressivo em um trabalho que converge de forma surpreendente os aspectos líricos e sonoros. Ao iniciar o disco com a ótima "Take to the Sky", você logo se coloca dentro de um exoesqueleto voador de combate ao lado de um grupo robótico de elite, impulsionado pelas descargas trovejantes despejadas pelas guitarras. E essa sintonia é a tônica de todo o trabalho, quando não ao compor uma parede sonora bruta para ilustrar um apocalipse tecnológico, dá cores sombrias sobre qualquer outro conto que passe pelas estrofes do álbum.
No geral duas características se sobressaem, que inclusive podem incomodar aqueles que preferem um estilo mais direto e menos alegórico: as passagens que lembram cantos eclesiásticos ou sacros, e os grooves rachados em distorções ultra pesadas que evocam um estilo mais moderno do Metal. Essas abordagens já estavam lá antes (nos discos anteriores) mas estão muito mais evidentes aqui, e levam MW para um lado mais "lustroso" do Heavy Metal que me lembrou trabalhos como "Border of Reality" e "Crows Fly Black" (podem me acusar de estar pendendo para um subgênero, eu não ligo, ainda sou o mais moderado do blog).
Tecnicamente o disco é ainda mais audacioso do que se mostra em sua leitura estrutural. As inversões e mudanças de tempo estão por todas as partes, dando a impressão que as faixas irão se perder em algum momento, mas ao invés disso elas voltam ao eixo principal para continuar no percurso inicial. Para tudo isso acontecer o baterista Rikard S. trabalha pra casseta. E sobre o empenho nas guitarras posso afirmar que elas são excelentes no sentido de oferecer a atmosfera apocalíptica/tecnológica para das canções, se utilizando de riffs circulares de pontuações bem marcadas e viciadas ("Cold is The Blade" é um ótimo exemplo), bends cabulosos de 1 tom nos bordões ("Hidden in my Eyes") e os massacrantes padrões digitados em palm nos versos das músicas (p.e. "Power Surge"), e embora se mostre muitas vezes inspirados acho que às vezes existe certo exagero nos timbres dos solos - vezes embolados e vezes super destacados - de C.Broderick, ante as bases super densas de M.Briody.
Como análise final, a obra me agradou bastante mas não é unanimidade, o "calcanhar de Aquiles" é sua longevidade, que passa do ponto de saturação uma vez que os vocais de H.Conklin e alguns devaneios instrumentais cansam ao longo do tempo, e podem apunhalar o trabalho elaborado com notória dedicação.
O Jag Panzer ta aí pra provar que tem muita, mas muita coisa boa mesmo, esquecida pela maioria dos Metaleiros e Metalcólatras de plantão.
Nota 7,3 ou \m/\m/\m/\m/.
Com características do power e do "prog" metal, o álbum Metalized Warfare do Jag Panzer mostra uma sonoridade diferenciada... Ao menos diferente do que a maioria dos álbuns que passaram aqui pelos Metalcólatras.
Apesar do disco apresentar umas ideias aparentemente boas e inovadoras, existem elementos que não me agradaram logo na primeira audição: bruscas quebras de ritmos e semelhança entre as faixas do álbum
O vocal é mediano, até que é afinado, mas "grita" quase sempre no mesmo tom. As guitarras virtuosas, ocasionalmente ganham muito espaço e... torram minha paciência. Por fim, faltam uns momentos de mais agressividade e velocidade, pois as músicas de um modo geral são bem "paradas"...
Apesar dos defeitos do Mechanized Warfare, consegui perceber algumas músicas interessantes que se destacam em minha opinião: Frozen Fear e The Scarlet Letter.
As letras / composições trazem algumas críticas (às guerras, violência e religião) com pouco espaço para clichês do heavy metal. Uma pena que a sonoridade lenta-virtuosa cheia de back-vocals em coro (tipo igreja) me deixou empapuçado durante boa parte da audição.
Take to the Sky 6,0
Frozen Fear 7,7
Unworthy 6,4
The Silent 6,2
The Scarlet Letter 7,4
Choir of Tears 5,9
Cold is the Blade 6,1
Hidden in my Eyes 6,2
Power Surge 6,8
All Things Renewed 5,8
Nota Final: 6,5
The Trooper
Mechanized Warfare é uma grande ilusão.
O álbum começa mostrando guitarras com distorção pesada, vocais muito bons, algo que lembra levemente Demons & Wizards ou Iced Earth. Mesmo com o tipo de sonoridade que o Magician classifica de moderna aparecendo lá pelos 2 minutos da primeira faixa, você ainda pensa, "ei, isso parece ser bom".
Vem Frozen In Fear e daí você pensa "é bom, mesmo!". Ledo engano, mortal. Duas faixas lentas logo depois e você começa a hesitar. Então chega The Scarlet Letter e você leva um susto: "Ué, faixa repetida?". À partir daí tudo parece repeteco de alguma coisa, com palhetadas cadenciadas nas guitarras de distorção pesada, bateria que acelera e desacelera, solos parecidos, vocais que parecem se repetir e repetir...
Enfim, eu ouvi esse álbum diversas vezes e até agora não consigo diferenciar as faixas!
Destaque para Frozen In Fear.
O álbum começa mostrando guitarras com distorção pesada, vocais muito bons, algo que lembra levemente Demons & Wizards ou Iced Earth. Mesmo com o tipo de sonoridade que o Magician classifica de moderna aparecendo lá pelos 2 minutos da primeira faixa, você ainda pensa, "ei, isso parece ser bom".
Vem Frozen In Fear e daí você pensa "é bom, mesmo!". Ledo engano, mortal. Duas faixas lentas logo depois e você começa a hesitar. Então chega The Scarlet Letter e você leva um susto: "Ué, faixa repetida?". À partir daí tudo parece repeteco de alguma coisa, com palhetadas cadenciadas nas guitarras de distorção pesada, bateria que acelera e desacelera, solos parecidos, vocais que parecem se repetir e repetir...
Enfim, eu ouvi esse álbum diversas vezes e até agora não consigo diferenciar as faixas!
Destaque para Frozen In Fear.
Nota: \m/\m/\m/
P.S.: Que tristeza, esse trabalho poderia ter sido épico.
P.S.: Que tristeza, esse trabalho poderia ter sido épico.
Hellraiser
O Jag Panzer é uma banda que oras me anima, oras me desanima, e as vezes até demais. Porém admito que sou muito mais ¨chegado¨ nesse tipo de som do US Power Metal do que no ultra-melódico, cansativo, repetitivo e alegre Power Metal Europeu.
O Jag Panzer já tem boa bagagem, ótimos álbuns na carreira, e mesmo sempre vivendo à beira do underground, já teve ótimos músicos em seu line-up.
No caso deste trabalho em questão, os caras contavam com o virtuoso Chris Broderick na guitarra principal.
Um disco bem audacioso, repleto de viagens como trocas bruscas de andamento, cantos a La ¨gregorianos¨, solos técnicos e virtuais, mas tudo em cima de musicas muito bem trabalhadas e compostas, dando espaço para a voz de Harry Cookin, que apesar de não querer se aparecer muito, não compromete o trabalho e acaba executando com muita competência o que lhe foi dado a fazer.
No final de tudo, você fica com aquela sensação de que temos aqui, no mínimo um álbum interessante.
As faixas passeiam entre o Heavy Metal, o Power e o Prog Metal, as vezes você sente algo mais moderno fluindo também, mas apesar das misturas e trocas de andamentos, o álbum não soa esquisito, e acaba até empolgando.
Porém temos aqui um disco para se escutar com a mente aberta, prestando atenção nos detalhes e nos instrumentos, mas nunca para animar uma festa de rockeiros regada à cerveja.
Não destaquei nenhuma faixa em especial, pois acho que as musicas no geral meio que se parecem muito, e o álbum parece mostrar que cada faixa posterior é um complemento da anterior, como se fosse um álbum conceitual.
Nota: 6,9