O álbum Ritual lançado pela banda Shaman em 2002, foi escolhido para análise por Magician.
Phantom Lord
Há aproximadamente 10 anos atrás ouvi este cd pela primeira vez. Naquela época eu estava expandindo meu conhecimento sobre o heavy metal e suas raízes... Mais precisamente estava descobrindo as"raízes": muitas bandas de rock e suas músicas dos ano 70-80 através de programações de estações de rádio.
Ainda estava difícil explorar ou adquirir o heavy metal pós anos 90... Este gênero musical só chegava aos meus ouvidos via empréstimos de discos de colegas ou de raríssimos programas de rádio (como o Backstage por exemplo).
Foi aí que o cd Ritual do Shaman ganhou alguns pontos comigo. Escutei este trabalho um porrilhão de vezes, pois fora o stéreo do covil, eu ainda dependia da conexão de internet discada para buscar músicas, ou seja, eu não procurava / buscava merda alguma na internet...
Em uma análise breve e mais superficial do álbum Ritual, eu poderia afirmar que é um trabalho com "cara de conceitual" e que não me impressionou tanto como alguns outros cds de heavy metal que descobri na mesma época.
O vocalista André Matos já não esbanja seus agudos (que algumas vezes soavam bem forçados e demasiadamente estridentes), os instrumentistas fazem um bom trabalho, a duração das músicas e do disco como um todo não é longa, enfim, Ritual quase não possuí defeitos, logo é um bom álbum.
É claro que existem N razões para pessoas não gostarem do álbum, mas a maioria das opiniões negativas de supostos headbangers que ouvi sobre este álbum foram infundadas ou meramente birrentas.
Ancient Winds / Here I Am 8
Distant Thunder 8,2
For Tomorrow 8
Time Will Come 7,5
Over Your Head 6,5
Fairy Tale 6
Blind Spell 7,5
Ritual 7,9
Pride 8,2
P.S.: A intro de Over Your Head é na melhor das hipóteses estranha (...para não dizer ruim!), mas ainda bem que esta música se desenvolve muito bem. As vozes nesta introdução parecem falar de patinhos indo além das montanhas...
Nota: 7,6
The Magician
Caros seguidores e seguidoras do blog, esta postagem celebra o ultimo verdadeiro suspiro da cena do Heavy Metal nacional. Em 2002 o gênero em âmbito internacional estava infectado pelo boom das bandas "Nu" e não havia nada acontecendo no sentido de lançamentos de qualidade na cena mais ortodoxa, e para piorar as bandas que até então pareciam percorrer uma curva ascendente de suas carreiras apresentaram nesta época trabalhos bem aquém das expectativas (como o Blind Guardian - "A Night at Opera", Hammerfall "Crinsom Thunder", Raphsody - "Power of the Dragonflame", Sonata "Songs of Silence", etc...).
O agourento ano de 2002 ainda acabaria com mais um piti de Mustaine, sinalizando o desmanche do Megadeth.Mas para aliviar a barra do ano negro, aqui no Brasil um fato pontual mudou essa história, e graças a explosão de egos dos membros do dream-team paulista Angra que acabou causando a separação do grupo.
Entre 2001 e 2002 essa rescisão de contrato gerou para o público 3 ótimos trabalhos: "Rebirth", "Hunter and Pray" e o disco em questão - "Ritual", justificando aqui a minha tese (exposta no post do Megadeth e reforçada pelo Merchant no post do Bruce Dickinson) de que as fissuras ou reformulações de grandes bandas é o mais produtivo dos métodos de fortalecimento do gênero, permitindo alem da gemulação do grupo, uma especie de motivação criativa baseada no confronto de ideologia musical da parte da "resistência" e da parte dos "amotinados".
Ritual é o exemplo clássico desse tipo de cenário, que inclusive causou reação não proporcional da mídia na época. Me lembro que a expectativa sobre este trabalho era imensa por todas as partes, com algumas provocações mútuas entre os divorciados e entre seus fãs tieteiros, como se podia perceber em workshops e grandes eventos do estilo, como os EXPO Music's da época. O ótimo Rebirth lançado em 2001 serviu como mais lenha na fogueira; afinal, a responsabilidade de um trabalho de repercussão se tornara obrigação na medida que a antiga banda - com apenas dois membros remanescentes, os guitarristas - apresentara um material exímio nos quesitos instrumentais em que foram desfalcados..
Somado a este panorama, estava o fato do Shaman já sair com um grande contrato de gravadora, pois a banda conseguiu suporte de nada menos do que a Universal para gravar seu debut. E há de se admitir que os "cabeças" do selo musical trabalharam muitíssimo bem nos bastidores, já que além das aparições menores como na rede de TV Cultura (sendo esta a primeira aparição, no programa do Gastão Moreira apresentando já em 2011 o single "For Tomorrow"), a banda se apresentou no programa global Altas Horas do Serginho Groisman e ainda por cima promoveu seu trabalho cedendo a faixa "Fairy Tale" como trilha sonora oficial da novela "O beijo do Vampiro", fato obviamente inédito para uma banda de metal nacional.
Pois bem, o disco foi lançado, e atendeu às expectativas criadas. O respaldo do público e crítica foi imediato, confirmado pelas vendas dos ingressos da turnê Ritual live.
Quanto às minhas impressões, foram as melhores possíveis, começando pelo conteúdo gráfico e a contextualização do trabalho. O encarte se vincula obviamente à temática principal do CD que é evocada na maior parte das composições. Os contos e lendas dos povos pré-colombianos foi a escolha da banda, e fornece o conteúdo musical e visual com acabamento impressionante e realizador àqueles que não apenas se atém ao produto sonoro, mas sim às suas coleções materiais.
O ponto mais evidente no entanto é a veia compositora na obra em questão, os músicos estavam tinindo neste quesito. Com preenchimentos mega diversificados nos canais (guitarra e teclados) eles criaram estruturas impecáveis distribuindo muito bem as modalidades de faixas, e conquista o ouvinte música a música, com um repertório riquíssimo para todos os gostos metaleiros: os mais agressivos ("Here I am" e "Pride"), arraigados ("Distant Thunder" e "Over Your Head"), melódicos ("Time Will Come" e "Blind Spell"), atmosféricos ("Ritual" e "For Tomorrow") e por fim os mais melosos ("Fairy Tale").
Não existe nenhum ponto fraco, e os altos na minha opinião estão em "Here i am", "Distant Thunder" e "Ritual", mas sem desprezar simplesmente nenhuma passagem do álbum, forjado meticulosamente nos detalhes pelo guitarrista e ótimo produtor alemão Sascha Paeth (Rhapsody, Kamelot, After Forever).
Individualmente é desnecessário comentar as performances técnicas de Luís Mariutti e Ricardo Confessori, mestres em suas atribuições. O ACHADO aqui é o guitarrista Hugo Mariutti, que se não pode ser admirado pelas suas habilidades de The Flash, deve ser respeitado pela criatividade, entrosamento e dinamismo espantoso para um primeiro trabalho com o resto da equipe. Isso que teve de dar a cara a tapa nos shows interpretando as antigas musicas do Angra, e com todo o respeito ao senhor Kiko Loureiro e ao Rafael Bittencourt, mas mandou super bem!!
A única decepção nas partes técnicas ficou para o maestro Andre Matos, pois justamente no momento após danificar de forma irreversível suas cordas vocais teve que registrar o disco debut do Shaman (provável macumba dos caras do Angra), o que prejudica um pouco o release. Mas mesmo cantando com voz nasal e fanhosa fez o que fez em "Over your Head" e além disso assina por todas as letras do álbum e cria ótimas sequencias no teclado.
O Disco "Ritual" da banda Shaman lançado em 2002 é particularmente nostálgico pra mim, sintetiza toda uma época e me remete aos tempos em que bem ou mal, o cenário metaleiro nos apresentava certo movimento, shows inesquecíveis e lançamentos promissores de grandes bandas. Bom enquanto durou.
Nota 9 ou \m/\m/\m/\m/\m/.
The Trooper
Mais um trabalho próximo da perfeição. Ritual lembra Fireworks por causa de seu equilíbrio, principalmente na oscilação entre trechos lentos e rápidos, suaves e pesados, embora quando a distorção das guitarras aparece por aqui, é até mais pesada do que o álbum referido do Angra.
O nome da banda, inspirado na música do álbum Holy Land, influi em boa parte das composições do álbum, a faixa título aliás, lembra a faixa original do Angra, mas é dona de um timing e ambientação perfeito, que a torna única.
Ambientação, aliás, é o forte deste trabalho. Todos os instrumentos utilizados e introduções, foram colocados de maneira perfeita (até os patinhos, Phantom resmungão, a importância era colocar crianças, você não queria que elas entoassem algum hino satânico, queria?). Em For Tomorrow as flautas entram até mesmo no meio da música, quase tão bom quanto as gaitas de fole do Grave Digger.
Sobre os integrantes da banda, não tenho muito a dizer, o Magician cobriu boa parte do que eu ia escrever, só mais algumas colocações: essa banda tem apenas um guitarrista, mesmo assim vocês notaram a monstruosidade da base, mesmo quando o guitarrista está solando? (não consigo reconhecer se houve algum trecho em que o guitarrista gravou a base e depois o solo, parece mais é que o Luis é que toca rápido e com alguma distorção). E sobre André Matos, bem, pouco importa se ele estava com caganeira, traqueostomia, se ele é gay, chorão ou o raio-que-o-parta, o cara é um monstro! Ele destruiu nesse cd inteiro, o estilo me lembrou um pouco o Dark Ride do Helloween, pra mim, é indiscutível que esse cara é um dos melhores vocalistas do planeta, e não acho nenhum absurdo discutir quem é melhor: Bruce, Halford ou André Matos. E eu ainda tenho que ouvir do Venâncio que ele não coloca emoção nas músicas...ah, vá tomar no freulis!
Nota: \m/\m/\m/\m/\m/
quarta-feira, 24 de abril de 2013
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Anvil - Juggernaut of Justice
O álbum Juggernaut of Justice lançado em 2011 pelo Anvil foi escolhido para análise por The Trooper.
Faixas: 01-Juggernaut of Justice; 02-When Hell Breaks Loose; 03-New Orleans Voodoo; 04-On Fire; 05-Fuckin Eh!; 06-Turn It Up; 07-This Ride; 08-Not Afraid; 09-Conspiracy; 10-Running; 11-Paranormal; 12-Swing Thing.
The Trooper
Vagando por aí, principalmente entre o thrash, até que achei alguma coisa legal, nada de queimar o cérebro, mas que pelo menos dá pra perder um tempinho ouvindo. Essa postagem ficou entre algo do Exciter ou Anvil, e acabei decidindo pelos também canadenses da segunda banda.
Os caras estão na estrada desde 78 e eu juro que nunca ouvi nada deles, pelo menos que eu me lembre, então escolhi o último álbum lançado, em 2011 (tá pra sair um agora em 2013).
Juggernaut of Justice até que é bem sólido (com uma leve viajada no final), e como não escondi isso de ninguém até agora, eu curto sons simples, desde que eles me agradem. É o que rola por aqui, nada muito complexo na base, mas com uma pegada legal.
Como ponto negativo, alguns riffs parecem bem genéricos, como em Conspiracy. On Fire só pode ser uma homenagem a Burn do Purple, até o nome lembra, se não for isso, o troféu Óleo de Peroba vai para esses caras. As letras também são simples e curtas, mas em alguns pontos acertam em cheio, como em Not Afraid.
Destaque para When Hell Breaks Loose, Fuckin Eh! (parece uma mistura da música Breadfan com Megadeth das antigas) e Not Afraid.
Nota: \m/\m/\m/\m/
Phantom Lord
Anvil... Acho que nunca ouvira falar desta banda e consequentemente, nem deste disco... Vamos lá...
As músicas do álbum variam entre o heavy metal tradicional e umas "pauladas" que possivelmente são chamadas de thrash metal por aí a fora... As faixas mais "thrash" podem parecer com a sonoridade do Motorhead pós-anos 90, porém o vocal não é muito parecido com a rouquidão de Lemmy. O vocal é simples (razoável), sendo mais grave nas pauladas e mais... genérico nas demais músicas. E apesar de citar semelhanças ao Motorhead e ao thrash em geral, ao analisar algumas faixas, consegui perceber que este disco não é tão repetitivo.
A faixa de abertura é boa, eu diria que até é empolgante...
When Hell Break Loose é uma das faixas com sonoridade próxima as músicas típicas do Motorhead... Acho que posso "nivelar" esta música com as mais básicas do álbum Inferno, heheh.
Not Afraid tem seus momentos próximos de estilos como o hard core, apesar que se for pra rotular, podem ser que digam que esta música é thrash metal...
Paranormal segue uma pegada mais "clássico da pesada", mostrando um ritmo mais próximo ao velho Black Sabbath.
A última faixa... é uma trilha sonora de Cowboy Beebop, uma mescla de música velhaca com rock... ou mera fanfarronice?
De modo geral, o estilo das músicas alterna entre o Rock pesado ao Thrash Metal, passando pelos possíveis gêneros intermediários (com leve predominância das pauleiras, ou speedfreaks), resultando em um álbum no mínimo razoável, já que os músicos não pisaram na bola.
Para fazer uma avaliação precisa, até tentei bancar o Metal-Mercante, ouvindo várias vezes este álbum (ok, nem tanto)...
Concluindo, em minha opinião, o álbum não é medíocre mas não chega a ter músicas que realmente se destaquem... talvez só a faixa-título poderia ser chamada de destaque.
Juggernaut of Justice 7,9
When Hell Break Loose 7
New Orleans Voo Do 6,7
On Fire 6,2
Fuken He 7,1
Turn It Up 6
This Ride 6,5
Not Afraid 6,5
Conspiracy 6,8
Running 7
Paranormal 7,3
Swing Thing 6,9
Nota: 6,8 (...é eu sei, esta parece uma nota bem comum em minhas avaliações.)
The Magician
O décimo e quarto CD do Anvil, escolhido pelo Trooper, vem com certeza para tomar o título de maior trabalho arroz-com-feijão postado aqui no blog.
Juggernaut of Justice é enraizado na escola básica do Metal "oldschool", por isso particularmente não tenho problemas com o disco, mas aviso que pode frustrar àqueles que já saíram dessa onda em busca de linhas de sons mais alternativos ou rebuscados.
Sobre o trabalho sonoro posso dizer que nesse panelão de feijão e arroz a banda também adicionou farinha, o que deixou o material mais sólido e consistente, se é que me entendem...
A toada é frenética na maioria do tempo - ao melhor estilo Motorhead e das estruturas proto-trashmetal - mas sem esquecer em alguns trechos as músicas e passagens cadenciadas que evocam as idéias soturnas da guitarra de Iommi e Blackmore , não à toa que a banda canadense é apontada como uma importante referência para o Big Four Trash norte-americano.
O líder da banda Steve "Lips" é o destaque do grupo já que monopoliza metade dos canais disponíveis do conjunto, e acaba fazendo duas funções com resultado mediano, ao invés de focar uma opção com mais qualidade; ou seja, canta escondido se enroscando em suas linhas de guitarra, e exatamente na mesma frequência os dois sons acabam se confundindo. O baixo costuma ser inaudível e se apresenta para o ouvinte apenas nos desfiles desajeitados dos solos de guitarra.
O ponto alto no entanto é o entrosamento dos riffs de guitarra com as levadas aceleradas do baterista Robb Rener, mas como um bom consultor de Heavy Metal que sou, aconselho aos canadenses recontratarem um novo lead-guitar mais dinâmico e desprendido que colocasse outras colorações para as bases, licks interessantes e solos mais criativos e chamativos. Enfim, acho que vou mandar meu currículo para Steve...
Concluindo: o álbum de produção e material sonoro suficientes apresenta ideias e melodias bastante surradas, sendo pragmático e fiel ao estilo de heavy metal encrustado que moldou o trash no início dos anos 80. Suas composições são simples e cheias de energia mas possivelmente não possuem mais aquela aderência de outrora devido ao fato de deslizar sobre uma pista exaustivamente desgastada pelas demais bandas oitentistas. No fim a obra bastante mediana sem a intenção de ousar deixar o velho protetorado metaleiro, fatalmente carece de grandes hits para se auto-sustentar.
Nota 6 ou \m/\m/\m/, devido uma tendência levemente conservadora deste crítico.
Faixas: 01-Juggernaut of Justice; 02-When Hell Breaks Loose; 03-New Orleans Voodoo; 04-On Fire; 05-Fuckin Eh!; 06-Turn It Up; 07-This Ride; 08-Not Afraid; 09-Conspiracy; 10-Running; 11-Paranormal; 12-Swing Thing.
The Trooper
Vagando por aí, principalmente entre o thrash, até que achei alguma coisa legal, nada de queimar o cérebro, mas que pelo menos dá pra perder um tempinho ouvindo. Essa postagem ficou entre algo do Exciter ou Anvil, e acabei decidindo pelos também canadenses da segunda banda.
Os caras estão na estrada desde 78 e eu juro que nunca ouvi nada deles, pelo menos que eu me lembre, então escolhi o último álbum lançado, em 2011 (tá pra sair um agora em 2013).
Juggernaut of Justice até que é bem sólido (com uma leve viajada no final), e como não escondi isso de ninguém até agora, eu curto sons simples, desde que eles me agradem. É o que rola por aqui, nada muito complexo na base, mas com uma pegada legal.
Como ponto negativo, alguns riffs parecem bem genéricos, como em Conspiracy. On Fire só pode ser uma homenagem a Burn do Purple, até o nome lembra, se não for isso, o troféu Óleo de Peroba vai para esses caras. As letras também são simples e curtas, mas em alguns pontos acertam em cheio, como em Not Afraid.
Destaque para When Hell Breaks Loose, Fuckin Eh! (parece uma mistura da música Breadfan com Megadeth das antigas) e Not Afraid.
Nota: \m/\m/\m/\m/
Phantom Lord
Anvil... Acho que nunca ouvira falar desta banda e consequentemente, nem deste disco... Vamos lá...
As músicas do álbum variam entre o heavy metal tradicional e umas "pauladas" que possivelmente são chamadas de thrash metal por aí a fora... As faixas mais "thrash" podem parecer com a sonoridade do Motorhead pós-anos 90, porém o vocal não é muito parecido com a rouquidão de Lemmy. O vocal é simples (razoável), sendo mais grave nas pauladas e mais... genérico nas demais músicas. E apesar de citar semelhanças ao Motorhead e ao thrash em geral, ao analisar algumas faixas, consegui perceber que este disco não é tão repetitivo.
A faixa de abertura é boa, eu diria que até é empolgante...
When Hell Break Loose é uma das faixas com sonoridade próxima as músicas típicas do Motorhead... Acho que posso "nivelar" esta música com as mais básicas do álbum Inferno, heheh.
Not Afraid tem seus momentos próximos de estilos como o hard core, apesar que se for pra rotular, podem ser que digam que esta música é thrash metal...
Paranormal segue uma pegada mais "clássico da pesada", mostrando um ritmo mais próximo ao velho Black Sabbath.
A última faixa... é uma trilha sonora de Cowboy Beebop, uma mescla de música velhaca com rock... ou mera fanfarronice?
De modo geral, o estilo das músicas alterna entre o Rock pesado ao Thrash Metal, passando pelos possíveis gêneros intermediários (com leve predominância das pauleiras, ou speedfreaks), resultando em um álbum no mínimo razoável, já que os músicos não pisaram na bola.
Para fazer uma avaliação precisa, até tentei bancar o Metal-Mercante, ouvindo várias vezes este álbum (ok, nem tanto)...
Concluindo, em minha opinião, o álbum não é medíocre mas não chega a ter músicas que realmente se destaquem... talvez só a faixa-título poderia ser chamada de destaque.
Juggernaut of Justice 7,9
When Hell Break Loose 7
New Orleans Voo Do 6,7
On Fire 6,2
Fuken He 7,1
Turn It Up 6
This Ride 6,5
Not Afraid 6,5
Conspiracy 6,8
Running 7
Paranormal 7,3
Swing Thing 6,9
Nota: 6,8 (...é eu sei, esta parece uma nota bem comum em minhas avaliações.)
The Magician
O décimo e quarto CD do Anvil, escolhido pelo Trooper, vem com certeza para tomar o título de maior trabalho arroz-com-feijão postado aqui no blog.
Juggernaut of Justice é enraizado na escola básica do Metal "oldschool", por isso particularmente não tenho problemas com o disco, mas aviso que pode frustrar àqueles que já saíram dessa onda em busca de linhas de sons mais alternativos ou rebuscados.
Sobre o trabalho sonoro posso dizer que nesse panelão de feijão e arroz a banda também adicionou farinha, o que deixou o material mais sólido e consistente, se é que me entendem...
A toada é frenética na maioria do tempo - ao melhor estilo Motorhead e das estruturas proto-trashmetal - mas sem esquecer em alguns trechos as músicas e passagens cadenciadas que evocam as idéias soturnas da guitarra de Iommi e Blackmore , não à toa que a banda canadense é apontada como uma importante referência para o Big Four Trash norte-americano.
O líder da banda Steve "Lips" é o destaque do grupo já que monopoliza metade dos canais disponíveis do conjunto, e acaba fazendo duas funções com resultado mediano, ao invés de focar uma opção com mais qualidade; ou seja, canta escondido se enroscando em suas linhas de guitarra, e exatamente na mesma frequência os dois sons acabam se confundindo. O baixo costuma ser inaudível e se apresenta para o ouvinte apenas nos desfiles desajeitados dos solos de guitarra.
O ponto alto no entanto é o entrosamento dos riffs de guitarra com as levadas aceleradas do baterista Robb Rener, mas como um bom consultor de Heavy Metal que sou, aconselho aos canadenses recontratarem um novo lead-guitar mais dinâmico e desprendido que colocasse outras colorações para as bases, licks interessantes e solos mais criativos e chamativos. Enfim, acho que vou mandar meu currículo para Steve...
Concluindo: o álbum de produção e material sonoro suficientes apresenta ideias e melodias bastante surradas, sendo pragmático e fiel ao estilo de heavy metal encrustado que moldou o trash no início dos anos 80. Suas composições são simples e cheias de energia mas possivelmente não possuem mais aquela aderência de outrora devido ao fato de deslizar sobre uma pista exaustivamente desgastada pelas demais bandas oitentistas. No fim a obra bastante mediana sem a intenção de ousar deixar o velho protetorado metaleiro, fatalmente carece de grandes hits para se auto-sustentar.
Nota 6 ou \m/\m/\m/, devido uma tendência levemente conservadora deste crítico.
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