sábado, 21 de março de 2015

Tarot - Crows Fly Black

O álbum Crows Fly Black lançado pela banda Tarot em 2006 foi escolhido por Phantom Lord para análise.

Phantom Lord
Eu acredito que existe uma capacidade limitada de repertório na mente de cada ser humano e isto vale para praticamente todo assunto, incluindo música. Obviamente a capacidade varia muito entre cada indivíduo mas eu estou "re alcançando" meu limite no quesito música. Existem períodos de expansão da capacidade de absorver conteúdo (musical neste caso), mas após o fim de cada um desses períodos... Voltamos a escutar álbuns velhos! 

"X" meses atrás, Metal Mercante afirmou algo sobre a preferência das pessoas ouvir sons/músicas repetidas... E também disse algo sobre estações de rádio induzirem tal comportamento nas pessoas... Talvez o limite de absorção de informação (cultural, musical etc) esteja interligado com a acomodação... ou a inércia de comportamento. 

 Eu tive 3 períodos principais de expansão de meu "repertório roqueiro-metaleiro": No final dos anos 90, fui bombardeado por colegas (principalmente pelo Mercante) com diversos cds emprestados, em sua maioria dos gêneros melódicos/power metal. Entre 2002 e 2005 expandi meus horizontes em direção às origens do metal, abastecido por programações de rádio e "bares de rock". De 2006 a 2012 foi a vez de caçar discos pela internet, ainda relativamente preso ao tal mainstream do rock/metal... E por fim incrementei um pouco meu repertório com páginas de suposto "metal independente" apresentadas a mim pelo Hellraiser em 2014. 
 Porque toda esta enrolação? Ora bolas, porque estou voltando ao passado e encontrando bons discos dos quais eu mal me lembrava: Se não me engano conheci Crows Fly Black do Tarot, via Julião, há muitos anos atrás em um "programa de índio" no estacionamento de um hiper mercado. "Re-encontrei" este álbum num site indicado pelo Hellraiser há uns meses atrás, então decidi escutá-lo novamente... E achei bom... Melhor do que eu imaginava. 
Aparentemente Crows Fly Black conseguiu se desvincular da maioria dos gêneros do heavy metal conhecidos sendo nitidamente inovador com características próprias marcantes (vocais, teclados, distorções das guitarras, produção, praticamente tudo soa único) Poucas bandas conseguiram forjar uma identidade forte como O Tarot conseguiu neste álbum... É claro talvez eu não conheça o suficiente, talvez existam algumas bandas com características bem similares ao Tarot em seu álbum CFB... Mas o fato é que se passaram quase 10 anos desde que ouvi este álbum pela primeira vez e eu continuo percebendo suas características únicas. 
A qualidade dos vocais e instrumentos são boas e embora eu não tenha encontrado um grande destaque em CFB, também não encontrei pontos fracos. 

1. Crows Fly Back 7 
2. Traitor 7,3 
3. Ashes to the Stars 7,6 
4. Messenger of Gods 7,8 
5. Before the Skies Come Down 7 
6. Tides 6,9 
7. Bleeding Dust 7,8 
8. You 7,8 
9. Howl 6,8 
10. Grey 7,5 

 Nota Final: 7,4


The Magician
Quando olhei para esta capa bibinha e constatei o local de origem da banda (Finlândia) confesso que torci o nariz e fiquei meio preocupado (me veio a mente coisas como Avatar e Wintersun), mas depois disso sabendo que o âncora da banda era Marco Hietala - o mesmo da dupla caipira Marco e Tarja - minha impressão já começava a mudar mesmo sabendo que a banda Tarot já vinha de antes dos anos 90.

Porém quando começou a rolar o som no meu Mídia Player todas as especulações e impressões iniciais ficaram para trás... ainda bem. 

O disco tem aquele tempero de sonoridade "down", quando no recheio de grande parte dos versos ele usa aquela já conhecida fórmula da camada aberta dos teclados que ficam zunindo por trás dos demais instrumentos "pintando" a atmosfera das músicas com cores soturnas. É óbvio que para isso funcionar o som das bobinas elétricas dos captadores são retroalimentados umas 500.000 vezes com distorções ultra pesadas. Além disso o conjunto sonoro conta com um contra baixo saliente e bastante presente que colabora com mais uns 50kg de peso em cada faixa.

Tive também a impressão de escutar algumas passagens com uma pegada mais moderna, motivadas seja pelas distorções sintéticas, pelos grooves rachados (bastante perceptível em "howl!") ou por alguns backing vocals mais sincopados; no fim nada que tenha desviado o álbum de suas características principais.

Duas características que em minha opinião mantém esse álbum em um alto nível são as linhas melódicas bastante criativas (sempre a criatividade...) e aderentes, e a atuação dos vocais, que embora não seja o mais técnico que se possa escutar, primam por uma interpretação firme e sem muitos falsetes. Tem um perfil um pouco fanhoso as vezes, é verdade, e acredito que até por isso acaba dando bastante espaço para as guitarras protagonizarem. Em outras palavras, bastante sóbrio o trabalho do vocalista.   

Isso resume minhas boas impressões sobre o trabalho, mas gostaria apenas de adicionar um adendo sobre os comentários de meu amiguinho Phantom que falam sobre a "inovação" e desprendimento aos genêros do Crows Fly Black. 

Isso é Power Metal, e dessa fonte que o Tarot bebeu muitas outras bandas beberam, como Kamelot, Nightmare e Pyramaze, isso só pra citar algumas que desfilaram pelo nosso blog. Particularmente até acho que a presença contínua das linhas disfarçadas dos teclados poderiam contribuir para uma outra nomenclatura desse gênero, algo como "Power Metal Hipocondríaco" talvez... mas ainda Power Metal. Ademais, quando escuto esses trabalhos eles imediatamente remetem ao pesado, nefasto e referencial "The Chemical Wedding" de 98, esse sim Heavy Metal na veia.
  
Destaques para as boas "Crow Fly Black", "Traitor" e "Messenger of Gods" e para a ótima "Ashes to the Stars".

Nota 7,5 ou \m/\m/\m/\m/.

Metal Mercante

Uma surpresa esse álbum aqui no blog, principalmente postado pelo nosso amigo Phantom...

Eu faço meus reviews desordenadamente, mas vale mencionar que (se não me engano) temos 4 bandas diferentes da Finlândia no blog: Tarot, Nightwish, Amorphis e Battle Beast. O que é um belo número considerando que a terra da Nokia tem ¼ da população de São Paulo.

Mais especificamente Tarot é a banda que só apareceu no meu radar por conta do Nightwish que se deu conta lá no começo dos anos 2000 que a galera estava ficando com o saco cheio dessas bandas carregadas com tecladinhos e uma soprano miando no microfone e resolveu dar uma misturada nas coisas lançando o Century Child em 2002 que continha alguns duetos de vozes com Marco Hietala e realmente me surpreendeu. Músicas como Phantom of the Opera estão entre as melhores já gravadas pelo Nightwish.

Aproveitando a inércia do sucesso, Marco que já tinha sua bandinha Tarot lançou em 2006 “Crows fly back” que na época me deixou bem feliz...por algum tempo...E ele foi esquecido...

...Agora, alguns anos depois com o post do Phantom voltei a escutar esse álbum e minha opinião é de que no geral é um álbum “meh!”...Ele não tem defeitos, eu gosto bastante do vocal, mas falha em empolgar...

“Ashes to the Stars” é ponto fora da curva nesse álbum, o resto meio que segue uma fórmula batida e básica demais pro meu gosto...

Nota: 6.5 

The Trooper
3
Chatão ... bem chatão ... se a voz do vocalista condiz com sua personalidade, ele também deve ser um baita de um chato, como seu trabalho.

Dizer que é ruim é forçar a barra, o álbum até engana no começo, você pensa 'ei, riffs pesados e bacanas com uma linha de baixo muito legal, o teclado tá bem discreto, não deve estragar o álbum'. É, ele não chega a estragar, mas o excesso de trechos lentos (e até faixas lentas) estragam.

O vocalista também não ajuda, quando ele canta gritando até que escapa, mas nos trechos lentos ele é quase tão chato quanto o vocalista do Sonata.

Eu ia comparar este trabalho com o Black Halo, mas a verdade é que Crows Fly Black está um pouco abaixo, pois além da falta de mojo do vocalista, tem mais trechos lentos e maçantes.

Meu destaque vai para Traitor, a única música realmente legal.

Nota: \m/\m/\m/


sábado, 7 de março de 2015

Angelus Apatrida - The Call

O álbum The Call lançado em 2012 pela banda Angelus Apatrida foi escolhido por Hellraiser para análise.


Track list :
1. You Are Next
2. At the Gates of Hell
3. Violent Dawn
4. It's Rising!
5. Blood on the Snow
6. Killer Instinct
7. The Hope Is Gone
8. Fresh Pleasure
9. Still Corrupt
10. Reborn  

Hellraiser
3E olha eu de volta aqui ! 
E pra importunar novamente os ouvidos mais sensíveis de alguns amigos metalcolatras !! 
E dessa vez o que trago, depois de vários pedidos da oposição ?? 
Thrash Metal !!!!! 
Porem, ATUAL, NOVO, DA NOVA SAFRA, MODERNO, DOS ANOS 2000 !! 
E logo com uma banda que vem de um país até muito pouco tempo atraz sem muita expressão no mundo do Metal, a Espanha ! 
A banda em si, o Angelus Apatrida, é uma das que mais gosto atualmente. 
A banda destila um Thrash Metal com pegada oitentista, mas com uma certa cara moderna, ...com uma ótima produção e uma qualidade musical incontestavel. 
Um Thrash muito bem trabalhado, alternando velocidade com cadência, e sempre com muito peso. 
Fora os músicos extremamente afiadíssimos, e com destaque para o incansável batera da banda. 
O álbum abre como um álbum de Thrash deve abrir, porrada na orelha, uma verdadeira paulada com You Are Next, uma pancadaria digna de abertura, já mostrando a competência da banda ! 
Segue as pancadas com At the Gates of Hell e Violent Dawn ! 
It´s Rising, a proxima, é um dos destaques do album. 
Mais pancadaria muito bem trabalhada na orelha com Blood on the Snow e Killer Instinct. 
A faixa – The Hope is Gone é uma de minhas favoritas do album, um trabalho maravilhoso de alternância de velocidade e cadência ( o refrão desta musica é maravilhoso ), e da-lhe bumbos !!!! 
Flesh Pleasure na sequência, mantendo o mesmo nivel até agora, talvez a musica que menos chama a atenção, mas sem ser fraca. 
Still Corrupt é outra pancada, ...porem ela é mais legal na versão do disco anterior, o Give Em War. 
Não sei informar porque tinha esta versão neste álbum também, e ainda com outra letra. 
No outro álbum ela se chama Corruption ! 
E pra fechar esse álbum, na minha opinião, talvez a musica mais trabalhada deste álbum. Reborn é uma faixa e tanto, pesada, com linhas de guitarra muito boas, e mais um refrão animal ! 
Meus destaques deste álbum são as faixas The Hope is Gone e Reborn, porem o álbum todo é uma pancadaria com muita qualidade e criatividade. 
Nota 8,5 


Phantom Lord
Conheci o trabalho da banda Angelus Apatrida numa página da net apresentada por Hellraiser, meses atrás. Embora o trabalho seja predominantemente dominado pelo thrash metal "sobre-acelerado", a banda espanhola criou uma sonoridade "suja" mas de alta qualidade. 
Repleto de pedradas e com algumas doses de virtuosidade, The Call traz poucos momentos para o ouvinte "respirar"... talvez apenas breves momentos desacelarados em Reborn... 
O problema da maioria dos álbuns que se prendem ao sub gênero thrash é que dificilmente eles apresentam inovações nítidas e ainda possuem algumas características limitadas como os vocais, melodia etc. Mas estas características jamais incomodariam fãs do thrash metal e sub gêneros similares... Como meu gênero musical favorito é o heavy metal (tradicional, original, oldschool ou qualquer outra definição inútil), em minha opinião o álbum The Call é muito bom... dentro das limitações criadas ou escolhidas pela própria banda... 

Como observação final... Tive a impressão que este é um daqueles álbuns que ficam mais interessantes quando ouvimos em um volume bem alto e com um pouco de alcóol no sangue... Isto também acontece com várias músicas de bandas que apresentam sonoridade mais simples: Motorhead, Saxon, AC DC etc... 

1. You Are Next 6,1 
2. At the Gates of Hell 7 
3. Violent Dawn 6,6 
4. It's Rising! 7,5 
5. Blood on the Snow 7,3 
6. Killer Instinct 7 
7. The Hope Is Gone 7,1 
8. Fresh Pleasure 6,8 
9. Still Corrupt 7,5 
10. Reborn 7,8 

 Nota Final: 7,1


The Magician
A vibe desse CD é realmente incrível, tem um nível de intensidade muito alto com consistência, o que é surpreendente nos dias atuais.

A proposta é clara, cacetada atrás de cacetada e sem sossego para a criançada. As sequências nervosas destacam principalmente as partes gravadas nas baquetas (e pedais... e que pedais!) e o ótimo entrosamento das guitarras com essa condução maluca. 

Além disso pode-se dizer que os guitarristas trabalharam bem nos duetos e nos riffs de conexão, que chamam bastante atenção nas inversões das músicas, porém os solos não conseguiram me surpreender; são competentes e apresentam algumas características clássicas nas composições de trash (como interpretação em diferentes andamentos e apresentação de compassos "convulsivos") mas se mostram insistentes em atuar numa tessitura limitada.

A produção que compila todo o trabalho é ótima, nada ficou pra trás e acima de tudo ela garantiu as linhas equalizadas de forma coerente em todas as faixas (talvez o baixista tenha sido um pouco ofuscado, mas é normal até certo ponto, principalmente se considerarmos que as guitarras atuam com frases gêmeas quase em tempo integral e com boas doses de distorções pesadas).

O conjunto todo de composições é aderente e firme, normalmente te levam para o clima de um violento moshpit, mas durante toda a execução me deram esperança de encontrar uma sonzeira acima da média, o que infelizmente não aconteceu... 

Os caras estão de parabéns, pois dentro da proposta dada de porradaria consistente eles atingiram o objetivo, pena que no terreno trash seja realmente muito difícil imortalizar um clássico!

Destaque para Blood on the Snow. Não tem música ruim, mas "Reborn" é muito moderninha para o meu gosto.

Nota 7,1 ou \m/\m/\m/\m/.





   
The Trooper
3
Os espanhóis do Angelus Apatrida fizeram um trabalho competente dentro do estilo thrash metal neste álbum, mas nada além disso. O álbum está recheado de riffs com distorção apropriada e até certo grau de criatividade, solos de guitarra bem trabalhados e uma batida bem monstrinha do baterista, entretanto ele falha em entregar uma música marcante. 

Não há uma evolução de riffs que impressione, que marque uma música com uma característica própria, no fim o álbum inteiro parece uma faixa só. Enfim, com este trabalho o Angelus Apatrida aparenta ser uma banda pra se banguear bêbado no show.

A música mais diferente acaba sendo 'Reborn' (a última faixa), e é por causa da sua pegada System of a Down.

É um álbum para deixar fazendo uma barulheira legalzinha enquanto você faz outra coisa. É difícil destacar uma faixa, talvez 'The Hope Is Gone'.

Nota: \m/\m/\m/


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Battle Beast - Unholy Savior


O álbum "Unholy Savior" lançado pela banda Battle Beast em 2015, foi escolhido pelo MetalMercante para análise dos Metalcólatras.



  1. "Lionheart"   4:53
2. "Unholy Savior"   5:36
3. "I Want the World... and Everything in It"   4:37
4. "Madness"   4:01
5. "Sea of Dreams"   5:01
6. "Speed and Danger"   4:38
7. "Touch in the Night"   4:27
8. "The Black Swordsman"   1:15
9. "Hero's Quest"   2:30
10. "Far Far Away"   3:46
11. "Angel Cry"   3:33
12. "Push it to the limit" (bônus)
13. "Wild Child" (bônus)



Phantom Lord
De início o Battle Beast traz um Heavy Metal espadificado, ou seja, com presença de características power metal, porém com vocais femininos. Um fator batido e um detalhe raro ou inovador. Outros elementos perceptíveis nos primeiros momentos foram: O uso dos teclados, backvocals, letras "clichê-like"... ah nada inovador, então vamos às músicas: 
 As faixas 1 e 2 são boas, sendo que a primeira (Lionheart) seria um destaque, ou ao menos, mais interessante, se tivesse teclados mais discretos ou talvez, se não tivesse teclados. Tanto o instrumental como o vocal se mostram muito bons em diversos trechos... 
A faixa 3 que parecia ir bem, descamba para algo meio eletrônico quando surge o vocal grunhido, momentos definitivamente esdrúxulos deste álbum em minha opinião. 
A faixa 4 (Madness) segue numa pegada similar às duas primeiras músicas deste álbum... 
 Sea of Dreams começa como uma trilha sonora de Donkey Kong... Depois assume um estilo mais canção de ninar, e quando as guitarras surgem no ritmo baladinha, já se foi 70% da música... 
Daí vem Speed and Danger mostrando similaridades com Metal Militia e com alguma música do Manowar, mas os vocais e backvocals cagam em determinados trechos novamente "speed an danger, speed and danger"... Pqp... e... o que é esse teclado de festinha no meio de um quase-thrash metal?? Que mistureba é essa, molecada? 
 Aah... e... que porra é essa?? Vocês estão de zueirinha né? Falando em mistureba, surge Touch in the Night, um disco-soundtrack-power-pop-rock. Alguém explica isso ae!! ..
O álbum segue com mais algumas experimentações pós-modernosas repleta de tecladinhos em Hero Quest... 
 Então Far Far Away, surge parecendo 2 Minutes for Midnight e segue num ritmo metal básico comercial, exceto pelos trechos onde soa mais pop... 
 Enfim, Unholy Savior de início pode parecer mais um álbum power metal pós 2000, com vocais e instrumental de qualidade (alto potencial) em diversos trechos, mas a banda experimenta além do necessário bombardeando o ouvinte com meteoritos pops e eletrônicos... Em meio ao caos deste álbum, eu acabei prestando bastante atenção na sonoridade, pois tive dificuldade em cair na sonolência, exceto na última faixa que é "full-ballad"... 

 1. "Lionheart" 7 
2. "Unholy Savior" 6,6 
3. "I Want the World... and Everything in It" 5,7 
4. "Madness" 7 
5. "Sea of Dreams" 5,8 
 6. "Speed and Danger" 5,2 
 7. "Touch in the Night" 3,9 
 8. "The Black Swordsman" / 9. "Hero's Quest" 5,1 
10. "Far Far Away" 6,7 
 11. "Angel Cry" 5,9 . 

 Nota Final: 5,8 

The Magician
Bom, quem leu minha resenha do Elvenking postada no ano passado pode me cobrar coerência sobre a utilização de alguns recursos parecidos nesse curioso álbum do Battle Beast, que foi indicado pelo mesmo crítico "true metal" aqui do nosso blog, nosso querido Metal Mercante.

De fato, o disco em questão carrega algumas daquelas características que impulsionaram minhas críticas quanto ao Heavy Metal de hoje aceitar qualquer tipo de merda sob o disfarce do bumbo duplo, ou principalmente sobre o Metal "agregar" alguns pontos da música pop, particularmente aqueles que fornecem aderência ao trabalho. E neste aspecto, sem dúvidas a banda é muito menos discreta em revelar esse tipo de influência na sua música, a começar pelo seu clipe estilinho "bad dark girl" ( o Heavy Metal contrata coreógrafos, COM URGÊNCIA!!!) com demonstração de corpetes e cinta ligas de sobra, lembrando obviamente a diva do chicotinho (Schicotti!!), Madonna.

A banda perde as estribeiras nesse sentido quando teve "as manha" de gravar "Touch in the Night", que se por um lado pode ser uma homenagem a verdadeira dama do Metal (Rob Halford e sua "Touch of Evil"), por outro lado fez com que a recordação do boom pop nos 80's/90's da MTV representado pela banda Roxette estalasse em minha mente como um verdadeiro flashback!

De qualquer modo Unholy Savior conseguiu me agradar mais do que "The Pagan Manifesto", não pela qualidade consolidada dos dois CDs que quase se equiparam, mas principalmente pela proposta mais clara deste disco que fez no mínimo que esta resenha tivesse um perfil mais positivo de crítica.

Os caras meio que admitem sem problemas essa faceta "cor-de-rosa" da banda, e acrescentam todas influências (de Metallica em "Speed and Danger" a Within Temptation em "Sea of Dreams") sem perder o fio da meada já que duas características principais estão espalhadas por todo o trabalho fornecendo a identidade única da banda - os vocais rasgados de Noora Louhimo e as permanentes linhas de teclados.

Adicionalmente, os músicos são bem competentes sem exceções, com destaques para a expressiva guitarra solo que (mesmo assediado pelas meninas, como podem ver no vídeo acima) se apresenta de forma nada tímida.

Nota 6,9 ou \m/\m/\m/, pela sinceridade da banda em se prostituir. Destaque para "Madness", "Speed and Danger" e, sim... "Touch in the Night", que independente de ser boa ou ruim, é um destaque.

Ah sim pra quem não sabe do que estou falando quando cito Roxette:





Lembra, não lembra?


Metal Mercante
Quando escutei esse álbum pela primeira vez, diversos temas apareceram na minha mente, então acabei postando-o mais para poder explorar esses temas do que como uma forma de recomenda-lo aos meus amigos Metalcólatras...

Vamos aos temas:

1 – Como o Metal se encaixa na atualidade – Battle Beast é a geração Y do Metal, esses caras fizeram a lição de casa, pitadas de elementos de várias bandas aparecem lá e cá – “Speed and Danger” é até mais explícito:
Put your pedal to the metal
It's time to rock and ride!
Keep the engine roaring louder than hell
Machine guns are singing
Can you hear the dying screams?
Better to die with your boots on
Than beg for mercy


Madness pra mim encaixa bem dentro de “Wishmaster” e o cover de Wild Child encaixa perfeitamente nesse álbum...

Mas algumas coisas não são mais as mesmas em 2015 do que eram no passado, o melhor exemplo é o vídeo acima...

Em 1977 o KISS lança o Love Gun, seu sexto álbum, onde a faixa título foi tocada em todas as turnês do KISS até 2014 e foi uma música que o Paul Stanley escreveu como homenagem para o seu pau! Nessa época e nas décadas subsequentes, Metal era testosterona! Era coisa para macho, comedor, ogro, bárbaro, Conan, peludão cabeludo. Exemplos não faltam, nesse mesmo álbum temos o cover de Wild Child do WASP, que era famoso por esse tipo de letra...

Quase 40 anos se passaram, os caras do Battle Beast resolvem publicar um vídeo (bem comportado para nossos padrões carnavalescos) com mulheres e a internet fica doida com isso!!!

Great song, shitty video. First Mastodon, and now Battle Beast uses women as background decoration that have absolutely no relation to the song. The creativity of Metal bands must be rather low if women's sexy bodies are all they can think of for their music videos.”

Esse comentário aparece em primeiro após o vídeo, tem vários likes e comentários. Parece que em 2015 todo mundo esqueceu que Metal é Testosterona!


2 – Índice “I’m too old for this Shit” – O post do Trooper de algumas semanas atrás me fez refletir sobre o posicionamento dos EPs na economia mundial e na forma como nós consumimos músicas.

Convenhamos, se você tem 30 ou mais anos e é metaleiro, você adorava comprar CD, Discos, Fitas e curtia cada minuto de cada uma das obras que consumiu. O problema é que hoje o negócio é diferente, a forma como as pessoas consomem músicas mudou, são poucos os guerreiros que ainda consomem música como era antigamente e as vezes é melhor escutar 3 ou 4 músicas boas do que ter que escutar um álbum se arrastar por uma hora inteira...ninguém tem mais tempo para isso!

Esse álbum do Battle Beast tem momentos fantásticos, mas pecou fortemente por ter mais de 4 músicas, cada música que vinha depois do primeiro terço era como uma cagada nos meus ouvidos!

Por isso eu estava pensando em criar um índice chamado “I’m too old for this Shit”.

Esse índice basicamente compara a variação acumulada em torno da média do próprio álbum para tentar mostrar para o leitor como é que eu me senti ao ouvir esse álbum. Sempre que o valor cai abaixo da linha média é um momento de tristeza, sempre que está acima é um momento de felicidade.

O resultado segue abaixo:




Agora fica fácil ver como é sofrido ouvir esse álbum...

O começo dele é fantástico, até que me aparece a porra do “Sea of Dreams”. Eu estou de saco cheio de bandinhas “Nightwish-to-be” e mesmo com ela cantando mais “nervosa” no final da música essa música é uma decepção. Speed and Danger dá uma segurada, mas aí vem “Touch in the Night”...Isso é lambada!...daí pra frente é ladeira abaixo...até que vem o cover do WASP, mas aí já é tarde demais!

Nota: 6.5

Hellraiser
3Caros amigos, metalcolatras, telespectadores, internautas, rockeiros, noveleiros e afins, eu sinceramente achei que não iria nunca mais precisar escutar isso !! 
Engano meu !! 
baixei na época do lançamento, escutei rapidamente, fui ali vomitar, e por sorte ( ou não ) acabei esquecendo de jogar este arquivo fora ! 
E ai me aparece essa maravilha aqui no blog, por intermédio de meu amigo Mercante, o qual já se tornou meu desafeto musical aqui. ( ainda mais agora ) kkkkkkkk. 
Bom, brincadeiras a parte, vamos ao disco, ...ou melhor , vamos a ISSO !!!! 
Isso antigamente com certeza não era classificado como Metal,.... na minha época, a maioria das musicas deste álbum fariam parte da trilha sonora das novelas das 6, e hoje em dia caberiam fácil nas novelas da Record. 
Eu sinceramente tive uma guerra interna em tentar não comparar isso com coisas a la Bonnie Tyler com seu Total Eclipse of the Heart e Kim Carnes com Betty Davis Eyes, mas foi mais forte do que eu !! 
Os teclados sobressalentes em quase todas as musicas me enjoaram demais, ...lembrei de como passei mal na primeira audição, e corri pra tomar um Plasil e rezar para que tudo acabasse rápido e tranquilo. 
Os refrõeszinhos alegres e fortes, super bem cantados nunca fizeram meu gosto e acho que aqui são extremamente exagerados. 
Até que com muito esforço e paciência, consegui chegar na faixa Sea of Dreams , ...mas.... 
MA QUE PORRA É ESSA ?????? Enya ????? 
O Metal ta ficando muito fresquinho mesmo !!!!! 
Ai vem um baita som com Speed and Danger, ...guitarras pesadas, riffs legais, bumbos dobrados, ...seria uma salvação a este disco ?????? 
Aiiiiiiii...NÃO !!!!...chegou o refrão !!!! Por que ?????? 
Essa musica sem um refrão seria bem interessante !!! 
Touch in the Night, ....PQP !!!!!!!!!! Eletro music, ….Yazoo, Depeche Mode, Pet Shop Boys ?? 
Não !! Muito pior !! 
Acho que voltamos mais forte pra Bonnie Tyler e Kim Carnes. 
Sério que isso hoje em dia é Metal ???? 
Uma baladinha, e ai, .....tome tecladista em cima de um cavalo !! 
Far Far Away, ...mais uma tentativa de salvar o álbum ?? 
Riff legal, mas chegou mais um refrão igual a todos os outros !!...é uma pena !! 
Nossa, ...e por fim, mais uma baladinha sem graça pra fechar com chave de ouro. 
Nem vou comentar muito pra não criar discórdia interna, kkkkkkkk 
Chega, nem me arrisco a continuar nos bônus !
Nota 4,0 
 
The Trooper
3
Nome da banda pressão - Check

Capa Maligna - Check

Nome do álbum clichê - Check

Letras com: Glory, castle, sword, darkness, blazing, death... - Check

Resultado Final: meh

Battle Beast - Unholy Savior engana, engana bem, mas não passa de uma tentativa falha em misturar dois gêneros de música “tão parecidos, mas tão diferentes” ao mesmo tempo.

Deixando a brincadeira com o oscilante Metal Mercante de lado, tenho que recorrer à uma citação feita pelo membro bipolar do blog, The Magician: "Hoje em dia você pode jogar um bumbo duplo em qualquer merda e falar que é Metal.". Dentre seus ataques desprovidos de sentido à alguns álbuns e defesas de bom gosto duvidoso de outros, Magician aqui disse uma verdade que merece ser gravada em uma tabuleta de metal e pendurada em todo estúdio existente.

Battle Beast é mais uma dessas bandas que vieram para confirmar a tese de doutorado do Magician, a banda até se autointitula como banda de heavy metal, mas não ... não engana ninguém (talvez o Mercante durante uns 10 minutos).

De qualquer forma, não é uma banda ruim, longe disso, só pilantra, muito pilantra. Unholy Savior começa numa pegada power metal disfarçada, claramente mostrando sua veia pop enrustida através dos teclados. A banda apela para tudo que fez dinheiro no rock/metal até hoje: bumbos duplos, distorção pesada (aqui foram mais espertos que o Dragonforce), vocalista tesão, solinhos firulentos e rápidos, videoclipes cheio de mulheres gostosas (mesmo que não tenha nada a ver com a letra), letras sem sentido com frases de efeito, letras de acasalamento, etc.

O resultado final até que foi legal, mas extremamente comercial e longe de ser metal de verdade. Como um álbum de heavy metal eu tenho que estender meu repúdio em conjunto com o Hellraiser, mas como um álbum de música eu não achei o trabalho ruim não, você só precisa estar em um dia meio pop para ouví-lo (de preferência com um saudosismo do Roxette).

Destaque para 'I Want The World ... And Everything In It' (a música que mais chegou perto de ser heavy metal), 'Madness' (gruda como chiclete) e 'Speed And Danger' (outra que com letra tosca e rapidez quase chegou a ser metal de verdade).

Nota: \m/\m/\m/

Tenho trocentos post scripts:

p.s.:  Touch In The Night é extremamente pop e só serve para extravasar sentimentos de acasalamento por parte de todos os envolvidos (compositor, intérprete e ouvinte).
p.p.s.: Os riffs iniciais de The Black Swordman e Far, Far Away são um plágio DESCARADO! (não lembro de quem, Hammerfall e Dio talvez?)
p.p.p.s: Hero's Quest é a instrumental que o tecladista estraga e melhora ao mesmo tempo. O primeiro trecho de teclado é ridículo, mas o segundo é muito bom (meio Megaman?), e o terceiro meia-boca.
p.p.p.p.s.: A vocalista as vezes lembra a Doro.
p.p.p.p.p.s.: Como vocês podem descer a lenha no Battle Beast e venerar WASP? Espero que o álbum que vocês postem deles realmente justifique isso.


sábado, 7 de fevereiro de 2015

Faith No More - Angel Dust

O álbum "Angel Dust" lançado pela banda Faith No More em 1992, foi escolhido por The Magician para análise dos Metalcólatras.



1- Land of Sunshine; 2- Caffeine; 3- Midlife Crisis; 4- "RV"; 5- Smaller and Smaller; 6- Everything's Ruined; 7- Malpratice; 8- Kindergarden; 9- Be Agressive; 10- A Small Victory; 11- Crack Hitler; 12- Jizzlobber; 13- Midnight Cowboy; 14- Easy.

The Magician
Durante os anos 90 houve uma catarse no âmbito criativo do Rock e do Metal. Após ser explorado à exaustão o Rock gerou alguns movimentos alternativos nos Estados Unidos de bandas não convencionais que flertavam com o funk music, e suas apresentações mais lembravam “Jam Sessions” do que um show com começo meio e fim.

Desse meio vieram Jane’s Addiction, RHCP e Faith No More, que consequentemente tiveram seus trabalhos expostos ao grande público.

Embora eu não aprecie – com raras exceções - o que é encontrado na continuidade do rastro deixado por essas bandas, que termina nas opções do mainstream orientadas por este portfólio (bandas grunge e pós grunge, em geral), existem alguns trabalhos que eu tiro o chapéu.
É desse limítrofe que eu minerei o álbum “Angel Dust” do Faith No More, uma compilação muito mais do que peculiar...

Não acho que o disco tenha sido nem o mais influente da banda - como muitas resenhas por aí afirmam – tampouco acho que este contém os melhores hits de toda discografia do FNM (todos esses, encontrados em “The Real Thing”, em minha opinião). Porém, é espantoso como podemos apreciar partes geniais espalhadas por todo álbum, que em seu decorrer prima por várias qualidades, mas que cedo ou tarde serão compensadas por alguma característica sem nexo ou bizarra.

Acima de tudo, ficaram registradas partes instrumentais grandiosas em Angel Dust, eu diria histórica para todo o gênero quando avaliamos a interação dos teclados/guitarras/baixo e bateria; nada pode ser ignorado, pelo simples fato que cada linha foi gravada para chamar atenção e não somente por estar preenchendo espaço vazio. Ainda dentro dessa análise cabe dizer que a musicalidade paradoxal de Angel Dust deriva das sequências solenes e dos pseudo classicismos evocados pelos teclados de Bottum, confrontadas pelo peso descomunal das guitarras de J.Martin e pelas baquetas de Bordim, e completadas pelas linhas funkeadas do baixo de Gould, tudo isso com uma boa dose de virtuosismo e outra grande dose de insanidade.

 Sobre esse conjunto antagônico percorre a voz polivalente de Mike Patton com sua multi abordagem oscilante, que consegue ser ainda mais excêntrica que o próprio composto instrumental, variando do estilo death metal ao rap sincopado.

Ao aprofundar minha análise não consigo evitar decretar que a inconstância é a verdadeira assinatura genética do disco, que entra em um êxtase epilético com variações de humor que apresentam trechos épicos contrapostos por maluquices que parecem ter sido encaixadas propositalmente para rejeição do resto do conteúdo. Entre essas pérolas que podem ser identificadas como puro delírio febril de um colapso mental,se destacam: um monólogo de um bêbado em “RV” embalado por uma suave balada de circo; a explosão de risadas histéricas em “Land of Sunshine”; as partes apoteóticas de coro à lá Manowar (ô Ô ô) intercalando uma vibe swingada em “Crack Hitler”; cânticos indígenas em "Smaller and Smaller", um coro de criancinhas cantando o refrão de uma música que fala sobre sexo oral em “Be Aggressive”; entre outras inúmeras insanidades (sons de grilos, macacos, etc.)....

Pela escolha dos timbres e tons, pela qualidade de produção, e devido ao momento inspirado da banda na ocasião, vejo no conjunto da obra o disco “Angel Dust” do Faith No More como uma verdadeira obra de Metal Alternativo norte americano de grande destaque, que deve ser exaltado por algumas sequências e músicas grandiosas sem semelhantes nas demais discografias do gênero, mesmo percebendo que não era essa a intenção da banda – nem ser Heavy Metal e nem entregar grandiosas sequências.

Destaque para “Land of Sunshine”, “Caffeine” e “Small Victory”. Nota 7,5, ou \m/\m/\m/\m/.

P.S: Não dei ênfase para aquela discussãozinha surrada aqui do blog sobre o que é/não é metal. Basta pesquisarem referências externas, e resenhas mais específicas do Metal Archives, Sputinik, Allmusic, MetalHammer ou Kerrang!, aonde é inclusive apontado como um dos CD’s mais influentes do Metal...
Pode não ser um Salvo-Conduto, mas somente o fato do Helloween - banda “dinossaura” do Metal - ter feito um cover do Faith No More em sua coleção “Metal Jukebox”, já me diz alguma coisa.

Ah... sobre esse álbum tirar “as pregas” do blog para o acesso de qualquer outra coisa mais que se possa escutar, o álbum Chamaleon do próprio Helloween já tinha feito isso.

Phantom Lord
Faith no More foi uma das bandas mais significantes em minha formação musical pelo simples fato de que a primeira música que me atraiu para o rock e seus gêneros foi Falling to Pieces em 1990. Mais ou menos duas DÉCADAS depois decidi ouvir uma coletânea da banda e... Descobri que eles eram experimentais em demasia... 

Agora, aproveitando esta época carnavalesca, decidi re-escutar Angel Dust desta peculiar banda... Um disco que começa aparentemente esquisito e em seu decorrer se mostra literalmente uma fanfarra caótica... Em meio ao caos é possível detectar diversos trechos de música bem executados, mas o problema é que trechos bem executados mas desconectados entre si não formam uma música... Formam? 

Além de atirar em diferentes estilos do rock e seus subgêneros (como Helloween fez no álbum Chameleon), o Faith no More usou diversas quebras de ritmo e experimentações (como o Dream Theater usa em diversos de seus discos). Apesar de trabalhar ritmo e melodias durante maior parte do álbum, (sem descambar muito para falatórios e ruídos como algumas outras bandas) o resultado final disto tudo ainda só pode ser uma coisa: bizarro. 

 Land of Sunshine 6,1
 Caffeine 6,3
 Midlife Crisis 6,9
 RV 4
 Smaller and Smaller 4,2
 Everything is Ruined 7
 Malpratice 6
 Kindergarten 5,9
 Be Agressive 5,9
 A Small Victory 7,0
Crack Hitler 6,7 
Jizzlobber 5,6 
Midnight Cowboy 4,9 

 Uma observação: O "coro" de Be Agressive não deve ser de criancinhas, pois parece feito por garotas adolescentes, como as típicas líderes de torcida colegial. 

Nota Final: 5,7

Hellraiser
3Até que enfim voltei as tarefas metalcolatras, rsrs.
E o que logo encaro de frente é um album que eu classificaria como : ¨pra louco ¨ !
Confesso que sempre achei o Faith no More bem legal, muito criativo pra época dele, mas sinceramente o album Angel Dust nunca me chamou muito a atenção, ...bem diferente do The Real Thing. 
Nesse álbum em questão a sonoridade da banda vai do Countryzinho pra louco, até o Punk Hardcore pra doido. 
O álbum tem seus momentos altos, como o incio, que englobaria as faixas Land of Sunshine, Caffeine e a manjadona Midlife Crisis. 
Porem cai no que eu chamaria de ¨manicômio sonoro ¨. 
As faixas que seguem são pra la de doidas, e chegam a soar bem esquisitas, ...claro, nunca contestando a criatividade e o poder dos músicos em questão, ...mas é muita doidera prum disco só !!!!! 
O álbum volta a ter alguns pontos de lucidez em Kindergarten e na ( outra ) manjadona, A Small Victory. Daí pra frente voltamos a loucura insana com as 3 ultimas faixas deste trabalho (?), que diga-se de passagem, chegam ao cúmulo da doidera com a ultima faixa. 
Sempre soube porque foram escolhidas as duas faixas de trabalho na época, ....era por que não haviam outras que poderiam ser tocadas em FMs !
O trabalho é bem mediano, ...principalmente se comparado ao seu antecessor. 
Nota 5,9  

The Trooper
3
Há neste trabalho diversos trechos bacanas, um ou outro riff de guitarra, linha de baixo, etc. Mas eles raramente se unem para formar uma música agradável.

Aliás, acho que o objetivo dos compositores realmente não era criar músicas agradáveis, muito pelo contrário, em algumas músicas acho que a ideia era criar um ambiente desagradável mesmo para expor sua crítica social ou seja lá o que se passa na mente do compositor.

Outro problema é esse, está tudo criptografado para mim, e eu não sou muito fã de criptografia, pelo menos quando não sou eu criando.

O estilo varia do funk para o grunge, para o alternativo e até mesmo para o heavy metal, mas tudo em relação à trechos de músicas, talvez o estilo mais presente seja o funk.

Enfim, embora reconheça a competência e a criatividade dos músicos, esse não é definitivamente um trabalho palatável. Pelo menos para alguma coisa a mídia serve de vez em quando, e aqui ela filtrou bem (dentro do possível) o que iria tocar na rádio, e para mim seria suficiente ouvir o que a mídia escolheu.

Uma vez fui com minha prima em um bar na Praça Roosevelt no centro de São Paulo ver um festival de bandas independentes, a banda de um outro primo ia tocar mas acabou não indo, pra não perder a viagem a gente assistiu à algumas bandas. 

Dentre elas (nem me lembro mesmo se vi mais de uma), uma ficou na minha mente porque fez uma apresentação teatral e bizarra, com uma crítica social razoável e que no final me chocou por passar uma mensagem cristã explícita. 

Tudo isso em um ambiente escuro, cheio de correntes e sangue (falso, claro). Bem, valeu pela experiência, mas se você se identifica com a descrição que eu passei acima, este álbum foi feito para você.

Meu destaque vai para 'A Small Victory', solos muito bons, e no geral é uma música bem bacana. Eu quase classificaria 'Kindergarten' (essa e 'Midlife Crisis' tocaram no rádio se não me engano), 'Be Agressive', 'Land of Sunshine' e 'Caffeine' como boas ('Kindergarten' e 'Be Agressive' principalmente), mas elas são malucas demais para o meu gosto.

p.s.: Por falar em maluquice, não foi esse vocalista que comeu cocô no palco?

Nota: \m/\m/\m/


terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Skid Row - Rise Of The Damnation Army

O álbum Rise Of The Damnation Army - United World Rebellion - Chapter Two lançado em 2014 pelo Skid Row, foi escolhido por Trooper para análise.

Faixas: 01.We Are The Damned; 02. Give It The Gun; 03. Catch Your Fall; 04. Damnation Army; 05. Zero Day; 06. Sheer Heart Attack; 07. Rats In The Cellar.  


The Trooper
3Mas pode postar EP? E hard rock? E como saber se um trabalho é realmente hard rock. Talvez a gente não saiba mais o que é EP daqui a um tempo. 

Tudo isso possui bordas borradas, a linha que separa rótulos é tênue, então quis colocar esse EP do Skid Row pra fomentar a discussão. 

A banda dividiu seu último trabalho em dois EPs, será que isso pode vir a ser um padrão entre as bandas? Com a internet e o formato digital das músicas, por quê se manter em um padrão antigo? Vale a pena lançar metade do cd e depois a outra metade diminuindo o intervalo de tempo que os fãs tem que esperar?

Skid Row ainda é uma banda de hard rock? O hard rock ainda existe nos dias de hoje? Ele é como era nos anos 90?

São muitas perguntas, o que posso dizer é que só ouvi o capítulo dois do álbum dos caras, e gostei bastante. Provavelmente este é um dos trabalhos mais pesados dos caras.
Todas as faixas são legais e Sheer Heart Attack é um cover do Queen, bem bacana.

Nota: \m/\m/\m/\m/

  Phantom Lord
Post útil para saber o destino (ou os rumos tomados) da banda de farofa metalizada, Skid Row... 
 RotDA é um disco de curta duração constituído de músicas com a sonoridade flutuando entre um heavy metal e um hard rock atual... 
 Em minha opinião, o resultado num geral soou mais interessante do que o clássico debut da banda, porém diferente de seus primeiros discos, parece não haver destaques ou "hits" em RotDA. O momento mais fraco do disco fica por conta da balada Catch you Fall, e Sheer Heart Attack possívelmente é a melhor música do Queen. que acaba ofuscando a "melhor música" do Skid neste disco... 
Enfim, esta resenha fica assim: curta como o álbum analisado. 

 01 .We Are The Damned 7; 
 02. Give It The Gun 7,1; 
 03. Catch Your Fall 6,2; 
 04. Damnation Army 7,2; 
 05. Zero Day 6,7 
 06. Sheer Heart Attack ; 
 07. Rats In The Cellar 7,4 

 Nota Final: 6,9 

The Magician
Parece que não, mas o álbum em questão é apenas o oitavo na carreira dos americanos que colocaram pela primeira vez o pé na estrada em 1986; isso se contarmos os EP's como discos oficiais (que é o caso de "Rise of the Damnation Army"). Isso dá uma média de um lançamento a cada 3 anos e meio!

Essa média é muito baixa para bandas que sobreviveram no mainstream por mais de 20 anos, e embora seja compreensível que assim como a maioria delas o Skid Row tenha um período de desaceleração nas ideias e na criatividade, o que de fato aconteceu é que a banda hibernou por oito anos - de 1995 a 2003. 


Isso reflete também a dificuldade que as bandas americanas de Hard Rock tiveram pra sobreviver após o "estouro da bolha" e à decadência desse gênero após a virada da década de 80 para os 90's, quando os castelos de areia da Sunset Strip começaram a se desmanchar expostos às brisas do Heavy Metal e principalmente aos vendavais Grunges vindos de Seatle.

De qualquer modo os caras estão de volta, e pelo jeito adaptados aos novos modelos comerciais, que priorizam os EP's (extended play) aos convencionais LP's (long plays). E já que o mercado da música de hoje é vulnerável a proliferação de conteúdo digital não controlado é melhor que você aumente sua frequência de lançamentos ao invés de lançar conteúdos mais longos e completos que muitas vezes não podem ser digeridos por inteiro dentro do concorrido tempo ocioso do ouvinte moderno. Logo, manda pro público algumas ideias esparsas mas conectadas, em pequenas doses, e alimente seus ouvidos aos poucos... gostei da ideia.

E é por isso que esse trabalho vem como um spin off de seu predecessor Chapter One, e poderiam ser lançados como um só trabalho no sentido de sonoridade e temática. 

Embora o formato ágil de 6 músicas + 1 cover seja propício para uma audição de forma descompromissada, para meu método de avaliação no blog Metalcólatra o trabalho acabou soando um pouco menos consistente e meio que "avulso". É como se essa agilidade proposta não permitisse a aderência do trabalho, mas confesso que pode ser apenas uma dependência fisiológica de ouvidos Metaleiros mais acostumados à álbuns longos, quando esses são conceituais.

Sobre o trabalho musical, é fácil reconhecer o DNA "hardroqueiro" de Dave Sabo, um dos grandes nomes da guitarra oitentista, que tem seu trabalho influenciado diretamente pelos trejeitos de EVH. São riffs seguros e bem colocados em todo o álbum, com doses de bom Heavy Metal em "We Are The Damned" e "Zero Day", e de Hard Rock pesado em "Give It The Gun" e "Damnation Army". A balada "Catch Your Fall" é a que mais faz jus ao estilo "musiquinha de novela" bastante relacionado ao SkidRow no auge de sua carreira e tinha de estar aí, senão não seriam eles. 
Os vocais de J.Solinger não me agradam, mas se fazem suficientes.

No geral atendeu minhas expectativas, ao reencontrar o caminho do Heavy Rock old school sem precisar repetir trabalhos antigos ou se vender aos estilos modernos que não cabem à banda; ainda que tenham feito isso criando um trabalho um pouco "avulso".

Gostaria de encerrar comentando o trabalho lírico de "Rise of the Damnation Army". 

Realmente me surpreende como as bandas de Heavy Metal de outrora ainda ativas estão antenadas com os temas atuais que urgem na nossa sociedade, mas que são insistentemente ignorados ou colocados em colunas periféricas dos canais de comunicação que conseguem alcançar a maioria. 
  
Depois de me surpreender com as alusões à visão de replanificação social de Jacque Fresco no álbum "13" e de comentar sobre a abordagem científica do Metal em "Super Collider", agora me deparo com um trabalho que incute em seus versos (nas faixas "Zero Day", "We Are the Damned" e "Damnation Army") o fenômeno recente do "Anonymous" e do hacktivismo global.

Como disse antes: mais orgulhoso do que nunca por poder bater no peito e falar que sou roqueiro/banger, nossa música faz sentido e está preocupada (também) no que está acontecendo. Como verdadeiros bardos contemporâneos esses caras estão divulgando os acontecimentos que são alheios ao grande público embora aconteçam embaixo de seus narizes. 

As histórias que ninguém tem coragem de contar, o Heavy Metal conta.

Nota 6,9, ou \m/\m/\m/. 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Overkill - Ironbound

O álbum Ironbound lançado em 2010 pela banda Overkill, foi escolhido por Phantom Lord para análise.


Phantom Lord
Durante o segundo semestre de 2014, "vaguei" por páginas de heavy metal na internet e me deparei com uma música da banda Overkill. Após ler uma quantia razoável de comentários elogiosos sobre alguns trabalhos da banda, decidi baixar o Ironbound... 
Não me arrependi. 
 O álbum abre com a mega-pedrada The Green and the Black, um daqueles "hits quase ofuscantes" e segue com um heavy / thrash metal muito bom. The Goal is Your Soul tem uma passagem da música Phantom Lord? The Head and the Heart, com sua pegada e vocal grave lembra vagamente Orgasmatron em certos trechos. Em minha opinião, o álbum só começa a ficar um pouco "exaustivo" na faixa 8 (In Vain), quando retoma os ritmos acelerados os mantendo praticamente até seu fim, mas isto é perdoável, afinal não deve ser fácil criar um álbum repleto de thrash em que as músicas variem bastante entre si. (vide o Rust in Piece do Megadeth: é um disco com poucas faixas). 
 O vocal rasgado segue a linha accept & cia, o instrumental é bom com alguns momentos ótimos e estonteantes, alternando do thrash acelerado com "pitadas virtuosas" até um heavy um pouco mais cadenciado e criativo. Não conheço muitos discos do Overkill, até agora só escutei o The Years of Decadence, o Ironbound e umas faixas do White Devil Armory... Por isso não compararei este disco com outros da banda. Mas posso afirmar que este trabalho predominantemente thrash, é constituído de diversas porradas de qualidade... Escutei em momentos e volumes diferentes, e já adianto que é melhor ouvir o Ironbound num volume para incomodar a vizinhança, pois como uma boa obra de metal dominada pelo thrash, se ouvirmos num volume baixo acaba parecendo mera "sujeira sonora". Creio que já faz mais de uma década que eu não ouvia um disco de metal-pauleira tão bom quanto este. 

 The Green and the Black 8,5 
Ironbound 8,2 
Bring me The Night 7,8 
The Goal is Your Soul 7,5 
Give A Little 7,8 
Endless War 7,2 
The Head and the Heart 7,9 
In Vain 6,8 
Killing for a Living 7,2 
The SRC 7,4 

 Nota Final: 7,6


The Magician
Ironbound é um disco "tiro curto", explosivo no começo, mas depois de algumas faixas fatalmente perde o fôlego.

O ritmo do álbum não muda se é o que querem saber, mas mesmo com essa metodologia de porradaria contínua a qualidade das composições perde força, carecendo de aderência e criatividade da terceira faixa em diante.

O estilo do som é uniforme, a banda se mantém firme à proposta do trash-speed moderno pós 90's do começo ao fim e com uma produção bem bacana, diga-se de passagem. Mas essa obstinação pela barulheira acelerada pode desgastar rapidamente a paciência do ouvinte, principalmente daqueles acostumados com as trasheiras cadenciadas e super-pesadas.

Após as duas melhores no começo do álbum (Ironbound e The Green and Black), o disco somente algumas vezes se desprende da corrente de mesmice sonora, que resulta em algumas passagens inspiradas (i.e refrão da "Head and Heart", no bridge pré-refrão de "Give a Little" e o solo de guitarra de "The SRC") e só; pude deduzir isso ao fazer um exercício de "sintetização" com o Mídia Player, após escutar o disco por completo por 5 vezes:

Inicialmente dividi todas as faixas em quatro quartos de tempo racionalizando as músicas em 4 etapas iguais; assim, de forma genérica em uma primeira parte temos a introdução e o primeiro verso, na segunda parte o bridge e o refrão, na terceira o interlúdio (normalmente com o lead de baixo) e o solo de guitarra, e por fim na última parte, o refrão novamente e a conclusão da música.

Em seguida procurei escutar essas partes sem interrupção por aproximadamente 30 segundos dentro de cada "parcela" de música recortada, seguindo a sequencia proposta no trabalho; ou seja, uma audição de aproximadamente 2 minutos por faixa e 20 minutos do disco todo. 

O resultado foi conclusivo. Todas as sequências de bateria, leads de baixo, estruturas de riffs e solos de guitarras se assemelham, criando uma interpretação quase que idêntica no decorrer de todo o álbum. Além disso achei a frequência do vocal muito próxima ao timbre das guitarras, que ajuda na distração do ouvinte metaleiro. 

Contudo, o disco está longe de ser ruim e dentro das 10 faixas deixa duas sonzeiras de qualidade para a história da banda. Já ouvi muita (muita mesmo) coisa bem pior aqui no blog!

Só que ainda acredito ser inevitável (exceto se você for fã incondicional dos caras) o efeito de fadiga no ouvinte, mesmo que você não necessariamente execute esse exercício que fiz com meu Mídia Player....  nota 6,8 ou \m/\m/\m/.

p.s: incrível como o Motorhead injetou suas influências no trash metal em todos os níveis e em todos os locais, aqui está mais um exemplo do motorhead-to-be-ever: Faixa 3 "Bring Me The Night"...  


Hellraiser
3Isso é simplesmente Overkill, sendo Overkill !!  Simples, rapido, vocal agudo rasgado, pequenos backings, um pouco de satira, trocas constantes de ritimo, e uma das poucas bandas Thrash onde se ouve nitidamente o contra-baixo em inúmeras passagens das musicas.  O álbum de 2010 mostra bem isso, e abre com a The Green and the Black, que é uma mistura de todos esses elementos citados acima.  O álbum continua na mesma pegada de sempre, com Ironbound, Bring me the Night e a boa The Goal is your Soul.  Give a Little já é um som mais contagiante, ...talvez pelo clima que transborda quase que festivo, e com um backing bem legal.  Endless War, uma das que talvez tenha caído na ¨mesmice¨por não trazer algo muito diferente do que o ouvinte já tivesse escutado até aqui.  Ai temos a The Head and Heart, que talvez lembre alguma coisa de Motorhead, principalmente pelo vocal mais grave e rouco, ...mas achei que a semelhança para meio que por ai.  In Vain tem umas alterações de andamentos com umas passagens bem rápidas, mas acho que não empolga tanto também, apesar de ainda ter um terceiro andamento na metade da musica.  Killing for a Live, já tem uma levada bem interessante, ...e com mais trocas de andamentos, nada que vai mudar a vida de ninguém, ....porem cumpre seu papel.  E por ultimo The SRC, mais uma porrada pra encerrar um disco de Thrash, pois disco de Thrash Metal que se preze precisa ter uma porrada pra abrir e outra pra fechar !!  Talvez o disco seria melhor aos ouvidos se caso tivesse apenas duas musicas a menos, ...um total de 08 faixas seria mais aceito.  Eu prefiro os discos mais antigos da banda, ...os classicos, ...mas confesso que os 3 ultimos albuns do Overkill seguem fielmente a proposta do incio da banda : Thrash Metal rapido e com muita alternância de andamento.  Nota 7,1

The Trooper
3Overkill (e a minha rotina diária de peão) travaram minha participação no blog. Eu simplesmente não sabia o que escrever sobre este trabalho (e ainda não sei).
Não há nada demais por aqui, não é ruim, mas também não chega a ser bom, talvez o maior problema para mim seja o vocalista. 

O timbre fica naquele tom médio irritante, quase ACDC (pra variar) sem ser ACDC, pior, quando o Bobby "Blitz" canta no estilo Blaze Bayley (no finzinho de Give a Little) fica muito melhor! O mesmo acontece em The Head And Heart (dessa vez no começo e no fim da música), em que ele usa um gutural muito foda, porra, ele podia fazer uns trabalhos paralelos cantando em gutural. 

Ele é o principal fator para que as músicas fiquem muito parecidas entre si (existem outros, como intros muito parecidas e algumas estruturas de músicas). Por fim, as músicas possuem quebras de ritmo para darem um descanso na bateria britadeira, mas são quebras bem bruscas que não seguem uma evolução natural (não, eles ainda estão bem longe das quebras malucas que algumas bandas progressivas fazem...ufa).

Bem, toda essa crítica vale pelo enorme tempo que passei ouvindo esse álbum nos ridículos fones de ouvido do meu celular (novamente culpa da minha rotina de peão). Para escrever essa resenha eu fiz uma última e redentora audição no aparelho de som do meu quarto, e o resultado foi que o álbum acabou se salvando. Por quê?

Porque ele é brutal. Eu já tinha reparado em alguns trechos enquanto ouvia no celular, principalmente a linha de baixo estupidamente violenta, mas sua verdadeira face surgiu quando o sistema de som pôde reproduzir os graves necessários para tornar essa obra interessante. Enfim, a pancadaria se sobrepôs à minha resistência ao timbre do vocalista e tornou a execução do álbum agradável, levei em conta até mesmo o caos das composições da banda.

Meu destaque vai para The Endless War, de longe a melhor música do álbum, e também é a música onde os vocais estranhos de Bobby "Blitz" melhor se encaixam. Também merece destaque The Head and Heart (embora o riff do refrão me lembre alguma música que eu já conhecia) e The Goal Is Your Soul.
Portanto se você curte músicas razoavelmente complexas com caos e violência embutidas pode ouvir sossegado, mas use um aparelho de som que reproduza graves decentemente!

Nota: \m/\m/\m/\m/