Formação : David Wayne - vocals Kurdt Vanderhoof - guitarra Craig Wells - guitarra Duke Erickson - guitarra baixo Kirk Arrington - drums
Musicas : "Beyond the Black" - 6:23 "Metal Church" - 5:03 "Merciless Onslaught" - 2:54 "Gods of Wrath" - 6:41 "Hitman" - 4:39 "In the Blood" - 3:31 "(My Favorite) Nightmare" - 3:12 "Battalions" - 4:53 "Highway Star" - 4:39
Hellraiser
Bom, pra quem me conhece, com certeza já imaginaria que para o meu primeiro post no blog eu escolheria alguma coisa dos anos 80, ou alguma banda de Thrash Metal, ....pois é, então resolvi juntar as duas coisas, rsrsrs, e pra começar escolhi logo de cara um álbum que ja foi tido como um dos melhores debuts de Thrash Metal já lançados na década de 80, ao lado de Kill´Em´All, Show no Mercy e outros.....
Antes um pequeno resumo: O Metal Church não alcançou o mainstream como seus companheiros da Bay Area, como Metallica, Slayer, Anthrax, Megadeth, etc..... talvez por que quem não o conhece pense que se trata de uma banda extremamente pesada, mas nada mais é que um Thrash carregado de Heavy Metal.......porem entre os curtidores da época, sempre foi uma banda muitíssimo respeitada, lançando ótimos trabalhos. Teve algumas trocas de integrantes, inclusive 3 vocalistas passaram pela banda, David Wayne que canta neste disco faleceu em 2005 por causa de um acidente de carro ( ele já havia saído e retornado a banda ) e o único membro da formação original é o guitarrista Kurdt Vanderhoof, inclusive ano passado vieram ao Brasil no Live and Louder !
Bom sem mais delongas vamos ao disco, que pra mim já começa com uma das melhores musicas de Thrash Metal, um instrumental maravilhoso e muito bem trabalhado se encontra nessa faixa de abertura, a Beyond the Black, que tem ótimas trocas de ritmos e chega a ser mais pesada no começo e depois mais rápida na segunda parte, mas já mostra uma banda extremamente competente e talentosa, e faz dessa musica um som digno de abertura de um disco de Metal, não ficando atrás de nenhum outro lançamento de qualquer outra banda !! Pra quem queria dar uma respirada, infelizmente o álbum não proporciona isso e já entra de cara na segunda faixa... A faixa titulo é um desfile de cavalgadas na guitarra, peso, muito peso, técnica, e um refrão fácil fazem com que vc se lembre dessa musica na hora do seu banho, matinal ou noturno. Vale ressaltar novamente o trabalho instrumental, presente na faixa titulo também. Merciless Onslaught é uma pura paulada instrumental, Thrash Metal direto, rápido e pesado e com uma banda super afinada ! Gods of Wrath chegaria a ser quase uma baladinha, começa tranquila, porem tem seus momentos mais agitados, alternando em partes mais tranquilas, com partes mais altas e agitadas, a musica acaba não se tornando chata ( uma vez que não gosto de baladas ), David Wayne põe seus pulmões pra funcionar, e ai no geral, a musica acaba se tornando até muito agradável. Passamos para o que seria o Lado B do Vinil de 1984, Hitman, um som mais rápido, gostoso de ouvir, riffs fortes, musica direta e novamente mostrando uma banda muito competente. In the Blood, mais cadenciada um pouco, e Wayne mostrando algumas notas altas novamente, musica com uma levada bem interessante. ( My Favorite ) Nightmare mostra mais uma vez muita criatividade de uma banda que nunca se prendeu apenas em altas velocidades comum no Thrash, e fazia ( e faz ) musicas com muita qualidade e com uma sonoridade bem unica, e além dos vocais de Wayne e da dupla de guitarras, uma cozinha extremamente competente se mostra presente ! Battalions talvez um pouco mais suave musicalmente, porém com velocidade, lembrando alguns Heavy Metal épicos, mas sem deixar a peteca cair em nenhum momento, e com ótimos duetos dos guitarristas ! A ultima musica é um cover de Highway Star do Deep Purple e confesso que, alem de não gostar de covers em álbuns, poderiam ter deixado ela fora, pois também não me soou agradável aos ouvidos, sendo aí, pra mim, o único ponto negativo desta obra ! Fiquem a vontade, ouçam sem moderação, e tirem suas próprias conclusões !
NOTA 9 ( e subindo a cada audição )
The Trooper
Antes de mais nada vou deixar bem claro que achei o álbum de lançamento do Metal Church um trabalho muito bom, instrumentalmente falando, acima da maioria dos trabalhos de estreia que conheço. O mais difícil foi me acostumar ao estilo goblin metal do vocalista, o que começou a acontecer lá pela quarta vez que ouvi o álbum, embora minha opinião sobre ele não tenha mudado: não curti.
Creio que o Hellraiser fez uma resenha muito esclarecedora, então para diferir um pouco, irei voltar à polêmica que iniciei na resenha do Legacy (e que deve ter rendido infinitos xingamentos à minha pessoa).
Dessa vez, após ouvir Metal Church algumas vezes (principalmente no celular, o que é injusto, pois dá uma sonoridade inferior a um aparelho se som de verdade) resolvi tocar faixa à faixa, ordenadamente, as músicas de Metal Church, Killing Is My Business ... and Business Is Good! e Kill'em All, e analisá-las comparativamente. Isso pode resultar em uma boa batalha de bandas, vamos lá:
Round 1 - O Metal Church começa muito bem com Beyond the Black, a faixa tem a maior influência de Black Sabbath das três iniciais, na minha opinião, o vocal decepciona quando entra. O Megadeth começa da maneira mais brutal possível em Last Rites/Loved to Death, de longe, a mais agressiva das três, entretanto, para mim, o mais brutal, não quer dizer o melhor, o vocal é tosquíssimo, mas a velocidade dos guitarristas é o ponto forte. O Metallica começa com agressividade próxima à do Megadeth, com a diferença que deixam o guitarrista solar loucamente apenas no minuto final da música, o vocalista também é bem toscão, como ponto positivo para os conservadores, é a música que mais segue o modelo mais comum de construção de músicas.
Round 2 - Metal Church lança a faixa homônima ao álbum, com uma letra tosca, digna de Manowar, uma sonoridade sabbathiana/venominiana, muito interessante a bateria lenta com guitarras rápidas. Mustaine ganha o prêmio de mais doidão novamente, ele teve a pachorra de deixar o solo de guitarra por cima de sua voz enquanto cantava o refrão da música homônima ao álbum, entretanto dá pra sentir um toque de genialidade nessa faixa. O Metallica não merece muito crédito pela faixa The Four Horsemen, afinal o criador original foi o Mustaine, mas esses riffs tocados nas duas guitarras são um arregaço, para completar, o baixo ficou bom, muito bom mesmo, essa música é uma obra-prima.
Round 3 - Merciless Onslaught é instrumental, um grande ponto positivo, já que os vocalistas dessa época gostavam de estragar músicas, é a música mais thrash até agora, o que é estranho para uma música instrumental. The Skull Beneath the Skin mostra de onde saíram os riffs iniciais de Metallica/Megadeth, o destaque é para o baixista-monstro que acompanha as sandices de Mustaine com esmero. A entrada de bateria de Motorbreath é o destaque, a música é rápida e pesada, mantém o ritmo do álbum depois de ter destruído tudo na faixa anterior.
Round 4 - A obra-prima do Metal Church, Gods of Wrath mostra que o vocalista é o melhor das três bandas quando quer cantar de verdade e não se comunicar com goblinóides, baixo, solos de guitarra, alternância de ritmos, tudo perfeito. Rattlehead é outra bifa de Mustaine, na pegada das outras anteriores. Mais uma faixa alienígena do Metallica, Jump In the Fire é outra obra-prima, que diabos de riff é esse?
Round 5 - Hitman é mais uma faixa de thrash, o baixo lembra Motörhead, boa porrada dos caras (alguém copiou esse riff deles não? Tenho a impressão de ter ouvido algo parecido em outra música). Chosen Ones é mais uma música onde o Mustaine encaixa solos loucamente, mas ela tem um ritmo bem legal, linha de baixo bacana. (Anesthesia) Pulling Teeth é a faixa instrumental mais inovadora, a contribuição criativa de Cliff Burton para o Kill'em All, bem legal para uma música onde o instrumentista toca praticamente sozinho.
Round 6 - In the Blood é um metalzão básico, tá dentro da média de faixas legais de metal. Looking Down The Cross é cadenciada, possui uma estrutura bem interessante, os solos malucos de guitarra estão sempre presentes. Whiplash é uma porrada a la Megadeth, nas breves pausas das guitarras trovejantes a bateria aparece com os tons.
Round 7 - Nightmare começa com peso e velocidade, é uma pena que é a faixa em que o vocalista mais tende para o goblin comunication, uns riffs bem legais aparecem no meio da música. Mechanix é basicamente a versão primitiva de The Four Horsemen, obviamente muito boa, mais rápida, entretanto, não sei se é devido a produção, mas a versão do Metallica é muito mais pesada, a letra do Mustaine também é muito mais tosca. Phantom Lord é uma porradaria bem rápida com a letra bem legal (pra mim, é claro, deve ter gente que acha um lixo), o trecho lento se tornaria uma marca do Metallica.
Round 8 - Batallions lembra um pouquinho Iron Maiden no início, o vocalista manda bem por um breve momento até oscilar para os gritinhos goblins. Megadeth se cansa da luta e manda um cover alterado que acaba sendo proibido pelo compositor original, um rockão que acaba se parecendo com o restante do álbum nas partes aceleradas. No Remorse parece ser uma música mais simples, mas possui alguns riffs interessantes, e embora a bateria apresente alguns trechos legais com a caixa, em outros ela é meio tosca.
Round 9 - No fim de suas forças, o Metal Church apela para o cover de uma das maiores músicas do rock, Highway Star, não estraga a original, mas fica longe de superá-la. Mustaine está no chão, babando. O Metallica vem justamente com Seek & Destroy, que diabos de riff é esse (2)?
Round 10 - Com os adversários no chão, ainda dá tempo de fazer um bate-cabeça com Metal Militia, boa música para abrir rodas em shows.
Enfim, Metal Church é um álbum de estreia muito bom, não deve nada para as chamadas bandas "mainstream", se eu fosse um manager de grande gravadora contrataria as três bandas. Acho Metal Church superior ao Killing Is My Business, mas Kill'em All ainda é uma monstruosidade por metade do cd ser um absurdo e a outra metade muito boa, mas daí é porque eu sou um fanático creeper, certo Mercante?
Meu destaque no trabalho do Metal Church vai para Beyond the black, Merciless Onslaught e Gods of Wrath.
Nota: \m/\m/\m/\m/
Megadeth/Killing is My Business | Metallica/Kill'em All | Metal Church | |||
Last Rites/Loved to Deth | \m/\m/\m/\m/ | Hit the Lights | \m/\m/\m/\m/\m/ | Beyond The Black | \m/\m/\m/\m/\m/ |
Killing Is My Business … | \m/\m/\m/\m/\m/ | The Four Horsemen | \m/\m/\m/\m/\m/ | Metal Church | \m/\m/\m/\m/ |
The Skull Beneath the Skin | \m/\m/\m/\m/ | Motorbreath | \m/\m/\m/\m/\m/ | Merciless Onslaught | \m/\m/\m/\m/ |
Rattlehead | \m/\m/\m/\m/ | Jump in the Fire | \m/\m/\m/\m/\m/ | Gods of Wrath | \m/\m/\m/\m/\m/ |
Chosen Ones | \m/\m/\m/\m/ | Pulling Teeth | \m/\m/\m/\m/ | Hitman | \m/\m/\m/\m/ |
Looking Down the Cross | \m/\m/\m/\m/ | Whiplash | \m/\m/\m/\m/ | In the Blood | \m/\m/\m/\m/ |
Mechanix | \m/\m/\m/\m/ | Phantom Lord | \m/\m/\m/\m/ | (My favourite) Nightmare | \m/\m/\m/\m/ |
These Boots | No Remorse | \m/\m/\m/\m/ | Batallions | \m/\m/\m/\m/ | |
Seek & Destroy | \m/\m/\m/\m/\m/ | Highway Star | |||
Metal Militia | \m/\m/\m/\m/ |
Phantom Lord
Após anos de decadência devido a desistências dos membros do blog, decidi convidar Hellraiser para se juntar aos metalcólatras, pois achei necessário termos um "old-school" em nosso espaço e também achei interessante aumentarmos um pouco a reduzida equipe do blog. Utilizo o termo old-school aqui mais pelo fato de Hellraiser conhecer (e apreciar) um número de bandas de heavy metal / hard rock e thrash metal dos anos 80 superior ao de qualquer outro membro dos Metalcólatras.
Há quem imagine o old-school como aquele indivíduo que só gosta de rock/metal dos anos 80, mas eu acredito que não seja exatamente o caso de Hellraiser, embora este nos trouxe o álbum Metal Church de 1984 para análise.
Como já foi citado na resenha do Hellraiser, Metal Church não vingou como outras bandas de sua época (vide as bandas do tal "big four") ou seja, esta banda não se tornou popular, sendo condenada ao "lado B", ou talvez, ao cenário underground do heavy/thrash metal. Pode-se buscar um monte de causas para tentar explicar este fato, mas como os metalcólatras não são jornalistas, só nos sobra nossa percepção e dedução. Minha impressão, tem algumas semelhanças com as do Trooper: Durante maior parte do disco, o Metal Church mostra um bom trabalho instrumental apesar da produção tosca, típica das bandas iniciantes dos anos 80... Porém os vocais me desagradaram em certos momentos, sendo a maioria quando este alterna entre o rasgado (no estilo UDO/Accept) e o agudo prolongado (uma tentativa de alcançar estilos mais melódicos, como o do Judas Priest ou do Helloween?). Em minha opinião, na faixa 4 - Gods of Wrath, o vocal moderado ficou bom e na faixa 6 - In the Blood, ele soa como uma versão mais ponderada do King Diamond / Merciful Fate, o que achei interessante...
Ainda sobre vocais, creio que seja necessário esclarecer alguns pontos para nossos leitores: Que m%$#@ seria vocais de goblin? Goblin metal? Deathgoblin? Goblin deathmetal? São termos que apareceram algumas vezes aqui entre os metalcólatras, supostamente utilizados para definir vocais dentro de estilos "rasgados" escrachados, exagerados e/ou desafinados. O termo vem de nosso repertório, um tanto influenciado por jogos eletrônicos, sejam eles de video games ou de computadores, onde os goblins apresentam vozes que flutuam entre agudas, roucas e, às vezes, anasaladas. E para quem nem sabe o que diabos é um goblin, aqui vai algumas dicas: Goblin refere-se a uma pequena criatura humanóide folclórica ou mitológica da europa, onde a tradução mais próxima para o português poderia ser duende (PRÓXIMA, não exata). É claro que nenhum metalcólatra ouve duendes fora dos jogos eletrônicos ou fora de certos trabalhos de bandas de rock e metal, então para mostrar o quanto a aparência destes seres pode variar, aqui vão alguns registros visuais dos "goblins":
De resto, musicalmente o álbum apresenta poucos momentos de falta de criatividade tosca (o que acontece em grande parte do álbum The Legacy do Testament, por exemplo) e poucas mudanças de ritmo sem sentido. Não tive paciência de ler, decifrar e/ou prestar atenção em todos os temas (letras) das músicas, mas notei que há uma alternância entre críticas às guerras e clichês do metal e seus subgêneros...
Beyond the Black 7
Metal Church 5,8
Merciless Onslaught 7,6
Gods of Wrath 7,5
Hitman 7
In the Blood 7,2
(My Favorite) Nightmare 7,4
Battalions 6,9
Highway Star -
Nota: 7,1
P.S.: Em relação a polêmica sobre covers, eu geralmente não faço avaliações de tais faixas... Mas talvez eu invente um bônus (achievement) para bons covers que não sejam "bônus tracks".
P.P.S.: O cover colocado por último na lista de faixas é mais fácil de se ignorar em minha opinião, enquanto aqueles colocados no meio da lista (como Time Machine do Blood of the Nations e Rock me Amadeus do Space Police) são mais difíceis de se separar do restante do álbum...
P.P.P.S.: Anos atrás os metalcólatras chegaram a um suposto acordo que se álbuns de Coletâneas e de Covers / Tributos fossem resenhados, seriam colocados numa sessão (link) a parte.
The Magician
Na introdução do post do nosso amigo Hellraiser foi anunciada uma banda clássica de Trash Metal dos anos 80, logo, já preparei meus ouvidos para os gritos e "tossidas" do vocalista, que possivelmente teria o comportamento padrão dos vocais de Trash Metal que faziam sucesso naquela época.
Mas definitivamente não é o que acontece, e logo de cara nas faixas "Beyond the Black" e "Metal Church" o vocalista D. Wayne dá o seu recado sobre linhas bastante agudas e falseadas (mas não tão arranhadas assim para se definir dentro de um estilo mais clássico de Heavy Metal como Accept e AC/DC - o vocal goblinóide, como explicado na resenha do Phantom). Fato que me surpreendeu e fez eu dar risada sozinho, ao comparar esses vocais técnicos aos latidos de Kill'em All, Bonded by Blood ou The Legacy, pois as influências dos vocais em Metal Church parecem ter sido recebidas de bandas referenciais para o Speed/Power Metal, como Judas Priest ou Mercyful Fate (para constatar isso, prestem atenção no grito cômico de D. Wayne "It was yyyyyoooooooooouuuuuuuuuu" na faixa "Hitman" e especialmente sua abordagem do 3m15s aos 3m25s na faixa "In the Blood").
Por causa disso minha interpretação foi que a banda desenvolve um Trash muito mais próximo dos clássicos do Heavy Metal, e somente por algumas vezes mergulha de cabeça no gênero Trash - como em "(My Favourite) Nightmare" e "Merciless Onslaught". Enquanto, para meus ouvidos as faixas "Gods of Wrath" e "Batallions" (alguém aí se lembrou da "arue aruo" do Massacration???) estão muito mais próximas de Power Metal e Speed Metal respectivamente.
Não é a toa que a Wikipédia em seu artigo "Trash Metal" cita a banda com a seguinte sentença:
"... demo do Metal Church lançada no final de 1981. Esta foi uma demo instrumental que combinava elementos de thrash, speed, e power metal, ..."
Escrevi tudo isso para explicar que aos meus ouvidos é muito difícil entender este trabalho puramente como Trash Metal e compará-lo aos demais gigantes do Trash (como Trooper fez em sua resenha), mas acredito que isso seja também um ponto favorável para o disco que não se limita a algum estilo viciado de musicalidade.
As músicas se equivalem em qualidade e o álbum é equilibrado, com um ligeiro destaque para a faixa título e Battalions. Pena que faltou um grande hit...
Nota 7,0 ou \m/\m/\m/\m/.
Tem um livro bem bacana chamado “Outliers” escrito pelo Malcolm Gladwell onde que ficou bem famoso por um troço chamado a “regra das 10.000 horas”, onde bem resumidamente o autor fala que para se conseguir virar expert e algo um ser humano tem que praticar em média 10.000 horas.
É lógico que hoje o livro é mais citado por conta dessa maldita regra, mas mesmo o autor diz que nem tudo é tão fácil assim atribuindo o sucesso de determinadas pessoas a forças praticamente cósmicas onde o alinhamento de vários fatores é determinante para o sucesso, como estar no lugar certo na hora certa.
Vamos agora voltar uns 35 anos no passado para a terra do metal. Olhando no retrovisor, em termos de Metal, 1980 e pouco deve ter sido uma era mágica onde ser Metaleiro era algo que não era somente para os gordinhos e jogadores de RPG e sim as pessoas legais gostavam de Metal, até as mulheres escutavam metal, a televisão tinha Metal, a radio tinha Metal e etc...
Era o ambiente perfeito para a a proliferação de bandas de metal, mas como tudo nessa vida algumas poucas bandas fizeram um puta sucesso e conquistaram o mundo e o resto...o resto é o resto, vivemos em um mundo em que o vencedor fica com tudo e ao perdedor sobram as batatas (desculpe Machadão!).
Ao Metal Church ficam os meus pêsames, a história decidiu quem é bom e quem não é. Vocês tiveram tudo nas mãos começaram até que bem, seu primeiro álbum foi um belo esforço, mas faltou algo. Minha principal decepção com este álbum é que instrumentalmente é bacana, eu até gostei dos vocais, mas eu odeio músicas com refrões preguiçosos de uma frase só e Gods of Wrath é uma tremenda decepção nesse caso, começa super bem, mas na hora que importa mesmo falta um refrão bacana para tornar a música memorável e isso se repete tristemente ao longo do álbum inteiro.
No final das contas este é um álbum medíocre, mesmo se descontarmos a época que foi gravado, porém tem um detalhe que me deixou com a pulga atrás da orelha. A música Battalions é muito boa, mas ela destoa do resto do álbum, ela é diferente, ela me lembra Helloween, é uma música que se encaixaria perfeitamente no Walls of Jericho, com a diferença que Walls of Jericho só foi lançado 01 ano depois, será que teve alguma influência?
Nota: 5,5