Phantom Lord
Quando eu era um “metaleiro-de-gosto-limitado” lá pelo ano de 1998, ouvi pela primeira vez a música Trust na 89 (a Rádio Rock)... e apesar de toda resistência que eu tinha em conhecer bandas novas, imediatamente achei tal música excelente!
Há quem considere Cryptic Writings “leve” e/ou comercial... mas acho que tais críticas são feitas por “thrashers” saudosistas que preferem os primeiros álbuns do Megadeth (do Rust in Piece para trás).
Me emprestaram este cd duas ou três vezes entre 1998 e 2005, e cada vez que eu ouvia eu passava a gostar mais de suas músicas. Para mim Trust, ao lado de Symphony of Destruction e Tornado of Souls são as melhores músicas do Megadeth. Gosto de praticamente todas as músicas deste álbum, Almost Honest, Use the Man (com seu começo lerdo), Mastermind (meio falada), The Desintegrators (velho estilo pauleira), I´ll Get Even, Sin (vocal meio falado de novo), Secret Place, Have Will Cool Travel ("bonito nome de música"), She-Wolf (uma das melhores do disco), Vortex e...
Então... o disco tem muitas músicas boas, podia parar aí, mas pra fechar com “chave-de-alumínio” temos Motorbreath 2... não é ruim mas é um lapso do Sr. Mustaine...
Ainda assim, este é um dos meus discos favoritos de heavy metal.
Nota 9,0.
The Trooper
O ano era 1997 o mundo ainda estava se recuperando das maiores decepções coletivas já sofridas pela humanidade, depois da teoria da Evolução, que foram lançamento do LOAD em 1996, do ReLoad em 1997 e do corte de cabelo do Bruce Dickinson que vieram para finalizar de vez com o que havia sobrado do Heavy Metal. Os 2 álbuns do Metallica foram um lixo completo, mas não tem nada mais deprimente do que um Metaleiro tentando “Headbanguear” de cabelo curto enquanto toca sua “air guitar”...eu sei, é triste...
Nota: 9
Eu diria que foi realmente emocionante escutar novamente - depois de ANOS - este CD, mas a trupe americana não emociona. Suas canções nunca tiveram esta intenção, elas instigam a revolta e o “bangerismo involuntário” e são verdadeiras bifas na orelha!! A verdade é que não dá vontade de resenhar só para continuar escutando este álbum até estourar os tímpanos.
Quem dera tivesse um desse toda semana para comentarmos aqui no blog... mas enfim, vamos lá.
No dia 28/3/2011 fui categórico: “Countdown to Extinction é o melhor CD do Megadeth...”.
No dia 28 de março não escrevi a verdade, pelo menos não toda ela, pois ao lado daquele trabalho, figurando como melhor disco do Megadeth está com certeza o álbum de 1997 - “Cryptic Writings”. Este álbum forma ao lado de CountDown e Rust uma tríplice de obras que provavelmente coloca os americanos no pódio das 3 maiores bandas de Heavy Metal do planeta.
Mustaine e cia. nunca estiveram tão inspirados, ainda mais levando em consideração que em CW eles trabalham com uma sonoridade menos estridente e agressiva do que em lançamentos anteriores (característica principal do som da banda, que ainda está presente por sinal), e atuam sobre linhas mais graves e pesadas. Acredito que boa parte desse peso já estava nos dois álbuns anteriores, mas aqui se percebe com clareza a abreviação dos excêntricos solos de guitarras tanto em quantidade quanto em extensão, alem de economizarem também nos licks afiados de Martin Friedman.
Mas como o foco ainda é guitarra – e quando falamos em Megadeth creio que sempre será – o que sobra desta vez são os riffs matadores e principalmente os grooves infernais invocados pelas batidas no bordão da guitarra Dean do líder malucão. O som de uma verdadeira marcha demoníaca.
Com uma produção extremamente trabalhada, na verdade a melhor produção de um release do Megadeth, várias passagens são dignas de nota:
Com a cadência mais lenta nas faixas “Trust”, “She Wolf” (sim, cadenciada) e “My Secret Place” a responsabilidade sobre as melodias aumenta, e os caras deram conta do recado como nunca, gerando as melhores composições se tratando de melodia na carreira megadethiana.
A faixa “The Desintegrators” é um flashback da fase anos 80 da banda – uma cacetada sem intervalos ou pausas - , e “Have Cool, Will Travel” e “Vortex” seguem uma linha semelhante e são faixas-arrasa-quarteirão.
Com certeza toda a alucinante trilha sonora do game Quake 2(PC e Playstation) foi inspirada na música “Mastermind”. Normalmente não gosto do estilo “falado” de canto com batidas quebradas, mas neste caso tiro o chapéu para Mustaine.
E Por fim: as faixas “Sin” e “I’ll Get Even” (a mais pop do CD) são mais combustível para este turbilhão, enquanto “Use the Man” e “Almost Honest” são definitivamente as melhores faixas, caso tivesse que escolher alguma.
Cryptic Writings foi a despedida de Menza e a despedida dos ótimos álbuns feitos pelo MD, e sim, eu escutei o End Game...
Eu juro....
Juro que queria acabar aqui e não falar mal sobre algo neste álbum, que não apresenta nenhum petardo no nível de “Tornado of Souls” ou “Skin o’ my teeth”, mas que com certeza é o mais equilibrado mantendo um nível altíssimo em todo seu decorrer. Mas, como puderam reparar não escrevi nada sobre Fight For Freedom (FFF), a última faixa do álbum que pode ser descrita como um FETO, um NASCITURO incompleto e deficiente da música “Motorbreath” presente no primeiro CD do Metallica.
Por isso, e só por isso, por essas atitudes invejosas e carentes do Sr. Mustaine, o Megadeth SEMPRE será comparado ao Metallica e destinado a morrer em sua sombra!
E tarda mas não falha, aqui vai:
Pirikitus Infernalis
Cryptic Writings, um cd que beira o meu fanatismo.
Último cd da formação monstra Mustaine/Menza/Ellefson/Friedman, esse cd possui uma veia um pouco mais comercial do que os anteriores, o que transformou ele em um verdadeiro sucesso. Não adianta, vamos direto ao assunto. Mustaine é o cara, ele escreveu todas as músicas (nem todas sozinhos), tem uma veia musical absurda, um feeling pro bom heavy metal e uma seleção de músicos do seu lado, não teria como ser diferente.
Nesse CDs temos porradas como The Disintegrators, musicas mais calmas como A Secret Place, sucessos como Trust, uma música mais alternativa/pop como Almost Honest, um dos melhores solos da história como She-Wolf...agora, qual a semelhança entre todas essas músicas? Elas são todas impecavelmente perfeitas. Não possui um defeito, uma sensação de que algo não deveria estar em determinado lugar em determinado momento. Simplesmente awesome!
Sobre a formação, não tem muito o que falar além do que já foi falado nas outras resenhas. Apenas uma observação...Nick Menza + 2 baquetas = Monstro!
Mustaine é um dos músicos mais respeitados no cenário heavy mundial, mas como pessoa o cara se complica. Sempre fez idiotices e quando a gente pensa que o cara mudou, faz mais uma. Desde sua aparição bizarra no documentário “Some Kind of Monster” até o fato de dizer que seu atual guitarrista Chris Broderick (realmente muito bom) é melhor do que o genioso Friedmann. De se recusar a fazer um show com a banda grega Rotting Christ, mas dividir palcos com a nada católica $layer. Não bastasse todos os vexames pitorescos e intrigas bisonhas que ele vem colhendo e plantando ao longo de sua carreira, o cara nunca vai conseguir superar o fato de não estar no Metallica, mesmo eles lançando um lixo como Reload no mesmo ano que o Megadeth lançou uma masterpiece como C.W.
É aquela velha história, a grama do vizinho é sempre mais verde...
O ponto fraco fica por conta de Sin e Vortex que não são tão boas como as outras. Único motivo pelo qual o cd não toma uma nota10.
Nota: 9,0
"We say retribution, We say vengeance is bliss
We say revolution, With a cast-iron fist
Coming down the road, Watching every move
Kicking in the door, Taking what we choose
Anarchy's coming to town, A feiry invader
Burning it down to the ground, The Disintegrators"