Faixas: 01-Sabre & Torch; 02-Space Police; 03-Defenders of the Crown; 04-Love Tyger; 05-The Realms of Baba Yaga; 06-Rock me Amadeus; 07-Do me Like a Caveman; 08-Shadow Eaters; 09-Alone in Myself; 10-The Eternal Wayfarer.
The Trooper
Edguy não havia aparecido no blog ainda, e eu pensei "Por que não?", e aí está o último lançamento dos caras. O comentário do Mercante, contra a "bonjovização" do metal, levou-me a questionar "do que diabos ele está falando?", mas quando cheguei na faixa Love Tyger encontrei a resposta, um belo hard rock farofa, diferente da maior parte do álbum no entanto (com a óbvia exceção de Alone in Myself).
Eu ganhei o álbum Hellfire Club de presente de aniversário em 2005, e para ser sincero não vi nenhuma diferença abissal entre aquele trabalho e este, para mim, Edguy é isso, heavy metal, humor, riffs legais e uns ritmos alegrões que diminuem um pouco a chance d'eu gostar muito da banda. Um exemplo claro do que eu estou falando se dá na faixa The Realms of Baba Yaga, que começa com uns riffs de guitarra muito bons e entra em bridges e refrãos alegrões que acabam por deixar a música besta quando ela estava pesadona.
Enfim, é Edguy, o que significa músicas boas com partes entediantes, no geral eu achei legalzinho, pelo menos eu dei risada com a letra de Do me Like a Caveman.
Destaque para Sabre & Torch, a única porrada na orelha do início ao fim.
p.s.: Usando um artifício do Pirikitus: Shamepit para a faixa cover Rock me Amadeus.
Nota: \m/\m/\m/
Metal Mercante
Amadeus, Amadeus…Ô, Ô, ô Amadeus…
Ai meu Deus…pode onde começar nesse travesti de cd?
Escutei esse cd uma paulada de vezes, pois ele foi lançado um pouco depois do lançamento da expansão do Diablo III, então enquanto jogava D3 eu escutava esse troço e para um cara que tem um personagem de cada classe no nível máximo (algo que eu não tenho orgulho algum) isso significa muitas vezes no repeat.
A única música que chama atenção no álbum inteiro é uma que é um cover ridículo de uma música ridícula cuja única intenção é ficar repetindo uma palavra só por várias vezes e todo mundo sabe como isso é contagiante.
De resto é um monte de músicas com aquela pegada mais cômica que o Edguy sempre teve, mas sem nem chegar perto dos dias de glória do Mandrake ou das pauladas do começo da carreira da banda como “The Headless Game”, “Vain Glory Opera”, “How many miles” e por aí vai…
É difícil dar destaque para alguma música, talvez “Defenders of the Crown”…
PS: E essa capa? É um Freddie Mercury espacial sendo atacado por um alienígena?
Nota: 5,5
Phantom Lord
De fato demorou para a banda do mentor do projeto Avantasia aparecer neste blog...
Space Police é o segundo álbum do Edguy que eu escuto na íntegra e aparentemente apresenta diversas faixas de heavy e power metal com algumas poucas que saem deste eixo. As influências deste trabalho do Edguy são claras: Helloween (em diversos trechos tanto instrumentais como vocais) e algumas das bandas manjadas do NWOBM, como Iron Maiden (Tobias às vezes se aproxima muito do estilo do Bruce) e Saxon (o ritmo + distorção da faixa Sabre & Torch e a introdução de The Realms of Baba Yaga, por exemplo se parecem com algumas músicas/elementos do álbum Inner Sanctum). Porém existem algumas exceções: Love Tyger é um hard rock com forte influências de bandas que popularizaram-se durante os anos 80... Em minha opinião, muito próxima das músicas do Van Halen... Parece absurdo, mas esta música me pareceu mais inspirada do que as duas faixas anteriores, que quase caem na categoria do Powerless Metal (típico de várias bandinhas escandinavas que seguem o subgênero sem adicionar nada). Já o cover de Rock me Amadeus de um tal Falco... O que dizer? Pop rock "oitentista" com pitadas de Rap... Uma combinação das mais cafonas possíveis.
Além destas esquisitisses, o teclado aparece em alguns trechos de diversas músicas, sendo que em algumas destas músicas, sua participação é notoriamente boba alegre e/ou brega.
Concluindo, o disco apresenta o grande potencial da banda, porém não ultrapassa a linha do "apenas bom" e se eu não contasse "Rock me Amadeus" nesta avaliação, a nota final do Space Police - Defenders of the Crown seria significantemente melhor...
Sabre & Torch 7,9
Space Police 7,0
Defenders of the Crown 7,0
Love Tyger 7,3
The Realms of Baba Yaga 7,2
Rock me Amadeus [cover] 5,4
Do me Like a Caveman 7,0
Shadow Eaters 7,5
Alone in Myself 7,0
The Eternal Wayfarer 7,2
Nota Final: 7,0
The Magician
Ótima proposta do Trooper!
O Edguy faz parte da excepcional safra de bandas alemãs noventistas de Heavy Metal e já demorava para aparecer no nosso blog, que honrou presenças de bandas bem menos expressivas ou merecedoras.
Suas referências (do trabalho em questão e da banda) são claramente vinculadas às bandas alemãs de Power/Speed Metal como Helloween e Gammaray, mas com temperos fortes de Hard Rock (essa influência vem crescendo a cada lançamento) que faz o balanço do CD oscilar bastante em níveis diferentes de estilos, e consequentemente o transformando em um trabalho bastante dinâmico.
A receita básica e infalível do Heavy Metal é respeitada em faixas como "Sabre & Torch", "Defenders of The Crown", "The Realms of Baba Yaga" e "Shadow Eaters", enquanto as fórmulas mais experimentais e mais populares são testadas nas faixas "Space Police", "Love Tyger" (totalmente Hard Rock), "Do me Like a Caveman" e no insólito cover "Rock Me Amadeus" (Falco). Mas independente do tipo ou do ritmo empregado nas canções, Tobias e a trupe continua com uma sensibilidade musical impressionante, pois não vejo músicas rifadas ou notas jogadas à toa, desperdiçadas ou fora de timing ou sem inspiração. É um trabalho muito bem definido e direto sem, no entanto, grande pretensões.
Isso quer dizer que a banda soltou sua criatividade, sem se deixar influenciar por qualquer tipo de pressão, ou absorver algum reflexo negativo que eventualmente o trabalho poderia ter sofrido devido ao sucesso do já rodado projeto Avantasia (mais sério e incontestavelmente mais sóbrio que as obras do Edguy).
Essa transparência da personalidade descompromissada do Edguy, que "brinca" durante vários sons (por exemplo com o "uh-uh-uhhhhhhhhh" no "Alone in Myself", a música mais Bonjovisada do álbum), é o que definitivamente me cativou. Tive a sensação diversas vezes enquanto escutava o CD de ainda ter meus 21 ou 22 e estar escutando um daqueles grandes trabalhos do Heavy Metal dos 90's, fase áurea do cenário europeu..
Disco para curtir - de verdade - o Heavy Metal criativo e também acessível, e melhor, sem ter que levar muito a sério, como afirmado pelo próprio Tobias Sammet.
Nota 7,3 ou \m/\m/\m/\m/.