sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Arch Enemy - Khaos Legions

O álbum Khaos Legions, lançado pelo Arch Enemy em 2011, foi escolhido por Venâncio.
Faixas: 01- Khaos Overture (Instrumental), 02- Yesterday Is Dead and Gone, 03- Bloodstained Cross, 04- Under Black Flags We March, 05- No Gods, No Masters, 06- City of the Dead, 07- Through the Eyes of a Raven, 08- Cruelty Without Beauty, 09- We Are a Godless Entity (Instrumental), 10- Cult of Chaos, 11- Thorns in My Flesh, 12- Turn to Dust" (Instrumental), 13- Vengeance Is Mine, 14- Secrets, 15- The Zoo (Scorpions Cover - Japanese bonus), 16- Snow Bound (Acoustic - Japanese bonus)

Venâncio
Vamos lá... Não sou muito fã de Death Metal em grande parte devido aos vocais guturais... Dito isto devo parabenizar esta obra do Arch Enemy que me fez escutar o "melodic death metal" (segundo a wikipedia) com outros ouvidos.

Escutei este album pelo menos umas 10 vezes nas ultimas semanas e seu ponto mais forte é sua agressividade presente em todas as faixas e expressada por todos os membros da banda.

Serei mais sucinto nesta avaliação ressaltando apenas pontos altos e baixos:

Pontos altos - Yesterday Is Dead and Gone, Under Black Flags We March, No Gods, No Masters, Thorns in My Flesh e esse belissimo cover The Zoo.

Pontos baixos - City of the Dead, Cruelty Without Beauty, Vengeance Is Mine e Secrets

7 pitus


Phantom Lord
O turista corneteiro Venâncio nos trás um gênero "metálico" nada apreciável por mim, de volta ao blog. Uma banda que ouço falar desde 19xx, mas até então nunca parei para ouvir com atenção. 

O álbum Khaos Legions do Arch Enemy chega mostrando um grande trabalho instrumental com um dos típicos vocais (limitadíssimos) do death metal. Um bizarro vocal nada nítido, executado por Angela Gossow, se não me engano, mostra-se meio gorfado, meio raivoso e meio goblinóide. Em relação aos instrumentos, inevitavelmente eles caem em momentos toscos (na faixa 3 por exemplo), talvez para acompanhar os vocais, ou para demonstrar algum tipo de agressividade, velocidade etc etc. Mas no decorrer do álbum, fui tendo a impressão que este trabalho é um desperdício de instrumentistas, pois os momentos que não apresentam rusticidade na melodia / ritmo nem vocais, são muito bons. Outro problema é que álbuns com tantos momentos ruins (devido ao vocal e alguns momentos de instrumentos toscos), acaba fazendo com que eu me distraía com outras coisas. Neste caso as tentativas de aumentar o volume do som são sessões de auto-tortura, praticamente impossíveis de se praticar mais do que uma vez por alguns segundos. Então eu poderia entrar no SUPOSTO "método mercante" de ouvir o disco várias vezes: mas também não dá certo, porque quando as músicas são ruins, a paciência desaparece rápido (ainda assim, consegui ouvir o Khaos Legions duas vezes! mais do que qualquer outro álbum "death"). 

Voltando às músicas do Khaos Legions, apesar das mudanças de ritmo, notei algumas semelhanças na faixa Cult of Chaos com músicas do Sepultura. Talvez esta seja umas das melhores músicas deste disco (ou menos piores?) ao lado da sequência Thorn in my Flesh, Turn to Dust e Vengeance is Mine. Porém, mesmo Angela usando um tom mais grave nos urros/grunhidos, os trechos instrumentais lentos impedem que a sonoridade do Arch Enemy fique do nível de um Chaos AD do Sepultura. Infelizmente na faixa Secrets a banda caga bastante com aquela bateria hiper tosca em boa parte da música, talvez para "acompanhar" o vocal regurgitante. 

O interessante destas resenhas é que mesmo eu alegando não gostar, eu escuto o disco e não saio distribuindo notas extremas (entre 0 e 2) como alguns membros do blog fizeram várias vezes, mesmo sem sentar a porrada nas resenhas dos discos criticados. 

Talvez por causa do álbum apresentar alguns bom momentos (praticamente todos instrumentais é claro), desta vez deixarei aqui a avaliação faixa a faixa, trabalho que não costumo fazer com obras déti-metal. 
 "Khaos Overture/Yesterday Is Dead and Gone" 4,2
 "Bloodstained Cross" 3
 "Under Black Flags We March" 5,8
 "No Gods, No Masters" 4,8
 "City of the Dead" 3,6
 "Through the Eyes of a Raven" 3
 "Cruelty Without Beauty" 4
 "We Are a Godless Entity" (Instrumental) 5,7
 "Cult of Chaos" 5,5
 "Thorns in My Flesh" 5,5
 "Turn to Dust / Vengeance Is Mine" 5,7 
 "Secrets" 3,8 

P.S.: Não posso deixar a oportunidade de contestar Mercante novamente: notem que este álbum é classificado como Melodic Death Metal apresentando APENAS vocais urrados/grunhidos (não há vocais suaves ou "limpos", seja em estilos dos anos 90 ou pós 2000, em Khaos Legions), o que me faz voltar afirmar que aquele trabalho do tal Crimson Shadows é praticamente constituído de um "metalcore melódico" (gênero muito próximo do emocore) feito por meninos que não têm noção do ridículo. É isso que acontece quando o indivíduo se aprisiona numa bolha sem perceber a realidade fora desta: Os integrantes do Crimson devem ter crescido num ambiente onde vocais pós-hard-core eram normais, daí utilizaram tal artifício em suas músicas, o que obviamente não aconteceu neste trabalho do Arch Enemy. 
P.P.S.: Apesar da nota, prefiro um álbum com mais altos e baixos como o Khaos Legions do que um "estável" Hate Crew Deathroll. 
P.P.P.S.: Alguém já pensou em dar um Plasil para Angela Gossow? 
Nota Final: 4,6

The Trooper
3Em 5 de novembro de 1974, em uma noite quase sem lua (a lua nova seria no dia 7), na cidade de Colonia, na Alemanha, nascia uma pequena garota. Nesse mesmo dia, devido a uma conjunção astral, Azmodeus ria de seu trono em Nessus, a nona camada do Inferno (ou Baator). Dava-se assim, o início de mais um de seus planos malignos, com a combinação de astros, Azmodeus transferia uma ínfima parte de seu poder à criança, transformando-a em uma extraplanar.

 A garota cresceu, cercada de problemas que a aura de Baator a sua volta, insistia em trazer. No auge desses problemas (de saúde e financeiros), a garota usa sua força de vontade para direcionar sua vida para a música e os estudos. Usando sua voz que possui parte do poder de Azmodeus, a adolescente entra para a banda Azmodina, e após o fim desta, forma a banda Mistress. A garota reconhecia algo muito forte em sua personalidade, e tentava controlá-la, banindo, por exemplo, o consumo de carne.

 Os planos de Azmodeus pareciam frutíferos, após a virada do milênio, depois de uma das maiores campanhas dos baatezu contra os tanar'ri, servos de Graz'zt (lorde da 45ª, 46ª e 47ª camadas do Abismo), demônios disfarçados de humanos que compunham uma banda chamada Arch Enemy, contrataram a alemã para somar seus dons aos seus poderes, e converter mais almas para o Abismo. Mal sabiam eles, que ao invés de reforçar as enfraquecidas tropas dos tanar'ri para a Guerra de Sangue, estavam enviando as almas daqueles encantados pela voz baatoriana de Angela Gossow direto para as garras de seus inimigos: os baatezu.

 E é aqui nos Metalcólatras que esta história mais tem um impacto vil, pois o lendário anão, Venâncio, esquecendo Moradin, deu ouvidos a Angela, e desejando mal a seus companheiros de grupo (todos eles, seja o pobre bardo, o esperto ladrão ou até mesmo o bondoso clérigo), os torturou com os sons de Baator, e aquele de alma pura não pode ser encantado pela voz de Angela, sente apenas dor e angústia ao ouví-la.

 Nota: \m/\m/\m/

 p.s.: Sendo um não-fã de death (ou melodic death), tive que usar de tais artifícios para fazer essa desnecessária resenha, ou teria repetido a resenha de Hate Crew Deathroll.


Metal Mercante





Nota: 3,5

The Magician


(Resenha padrão de blog de Metal) 

O grupo sueco apresenta em seu 9o álbum de estúdio um trabalho concebido dentro das linhas de Death/Black Metal com alguns elementos melódicos entre as diversas passagens.

Na maioria das músicas a banda opta por manter uma estrutura sonora densa dentro dos versos principais, com condução principal do bumbo duplo e dos grooves britados das guitarras, e costura as partes melódicas em interlúdios ou conexões, e às vezes nas pontes e nos refrãos.

Essa determinação em sempre trazer a sonoridade principal dos versos para um núcleo de linhas pesadas e conturbadas quando as partes melódicas começam a tomar conta, aliado ao vocal característico de Angela Gossow é o que prende o trabalho às raízes Black/Death Metal.

As partes melódicas, ditadas pelas frases de guitarras, são no geral bem delineadas e apresentam certa criatividade, mas entram em desacordo com a contextualização e com o comportamento dos versos de algumas músicas. Por isso "Snow Bound", o refrão de "Bloodstained Cross" e o solo de guitarra sobre uma espécie de base Hard Rock aos 3:10 de "Through The Eyes of a Raven" (isso sem citar seu encerramento à partir de 4:34) por exemplo, parecem não soar de forma natural sobre o conjunto de composições.

A parte técnica no entanto é praticamente irretocável: trabalho impecável das guitarras e suas construções harmônicas, bateria com performance extremamente intensa e condizente, e por fim os vocais que se mantém em tempo integral naquilo que os fãs procuram e esperam.

A produção é o verniz das performances instrumentais, e consolida as linhas de forma à valorizar todos os elementos em seus respectivos momentos de evidência.

Embora em alguns momentos sofra de certa esquizofrenia, no todo é um trabalho que deve encher os olhos dos fãs do sub-gênero Melodic Death Metal (na minha opinião Melodic Black Metal).

Nota x,x.

(Resenha do Metalcólatra Magician)

Mais um desperdício de talento, dado que um conjunto de tão competentes instrumentistas empresta mais uma vez sua capacidade para a tão importante cruzada viking contra o Catolicismo...

Minhas impressões sobre os vocais guturais médios como intérpretes em quase 100% do tempo já foram escritas aqui mais de uma vez (Avatar e Wintersun)... não faz sentido, pra mim, no âmbito semântico, e por isso caga tudo. E casos de sua aplicação sobre melodias doces e meigas, fica ainda mais grave o antagonismo e a incoerência dos compositores (aos 3:25 de "Cult of Chaos" - praticamente Skid Row -  e aos 3:28 de "Thorns in My Flesh" as melodias são praticamente temas de baladas). Se for ser mau, manda bronca o tempo inteiro, porra!

Ainda no Arch Enemy tive uma interpretação própria sobre o motivo de uma menina loira cantando com abordagem "visceral" como front, imagino que foi uma alusão a Regan MacNeil, a menina do exorcista, que tinha a voz bastante parecida com a da vocalista, quando possuída.

Eles tem sua própria possuidinha, não são uma graça gente????

haaaa, tomanocú...
           
Nota 5, ou \m/\m/\m/

p.s: A capa é muito louca, fala sério, foi por isso que escolheu né Venâncio?

Hellraiser
3Acho que a singela resenha do Mercante diz tudo o que poderia ser dito deste álbum, ou melhor, desta banda ! 
Death Metal Generico !!! 
Pra resumir, …..não gosto de Death Metal, não gosto de vocal gutural, não gosto de Metal Melódico, logo, não gosto de Melodic Death Metal. 
Mas porque isso pode ser chamado de Death Metal ??  
Apenas por causa de uma mina cantando com voz gutural ??
Isso parece  muito mais um Power/Thrash Metal bem chinfrim com vocais guturais !! 
O resultado é simplesmente horrível !!!! 
Como no caso da resenha do Crimson Shadows, gostei pelo menos das faixas instrumentais, que por sinal são super curtas !! 
Ahhh e por falar em curtas, ...porque esses álbuns ruins tem que sempre serem tão longos, sempre com mais de 8 ou 9 musicas ??? 
Um exemplo de que este estilo é muito esquisito, ... a faixa 5 parece uma musica do Bom Jovi, porem cantada pela bruxa do mar !!!!! 
E a faixa 8, com tecladinho, afff .... 
Aiiiii, esqueci de comentar la em cima !! .....tambem não gosto de tecladinhos, ....ainda mais nesses tipos de som !! 
Ouvi este álbum, ...com certo sacrifício e já aviso de antemão, que ao contrario do BLS, este arquivo já apaguei em definitivo !!! 
Nota 3,0 e baixando ! 
Horrivel !!!

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Black Label Society - Order Of The Black

O Álbum "Order Of The Black" da banda Black Label Society lançado em 2010, foi escolhido por The Magician para análise dos Metalcólatras.


Faixas: 1-Crazy Hore; 2-Overlord; 3-Parade of the Dead; 4-Darkest Days; 5-Black Sunday; 6-Southern Dissolution; 7-Time waits for No One; 8-Godspeed Hellbound; 9-War of Heaven; 10-Shallow Grave; 11-Chupacabra; 12-Riders of the Damned; 13-January.


  Phantom Lord
Porque ninguém resenhou este álbum ainda?
Será que caíram no sono durante a audição?

Black Label sempre me pareceu uma banda promissora que forjou uma identidade facilmente reconhecível de rock/heavy metal inspirada em trabalhos de Ozzy Osbourne e da banda Alice in Chains... Promissora a ponto de lançar umas músicas bem interessantes, mas álbuns, de certa forma, entediantes. 

Em minha opinião isto acontece com várias outras bandas, que eu e alguns outros metalcólatras taxamos de "banda de coletânea". Mas porque isto aconteceu com o Black Label Society? 
Não há uma fórmula mágica ou resposta definitiva que explique isto, pois no fim sempre será principalmente uma questão de opinião pessoal. Ao meu ver, o timbre limitado de Zakk Wylde e os artifícios de sempre nas guitarras são alguns dos fatores que condenam esta banda às "terras das coletâneas". 

Este álbum, até que chama atenção no início, principalmente das faixas 1 a 3. Depois surge uma balada, umas porradas, balada, porradas e balada, porradas e... ... Há algo muito dispersor neste álbum, e provavelmente em todos discos desta banda... Enfim, acho que já citei isso: o principal dispersor de atenção do Black Label Society é o vocal. 

Concluindo, ouvi o disco do início para o fim, do meio ao início, de trás para frente, aleatoriamente etc... E posso (re-) afirmar que as 3 primeiras músicas são as melhores do Order of the Black. 

1-Crazy Horse 7,7; 
 2-Overlord 7,3; 
 3-Parade of the Dead 7,4; 
 4-Darkest Days 6,2; 
 5-Black Sunday 7; 
 6-Southern Dissolution 7,1; 
 7-Time waits for No One 6,4; 
 8-Godspeed Hellbound 6,8; 
 9-War of Heaven 7,1; 
 10-Shallow Grave 6,3; 
 11-Chupacabra -; 
 12-Riders of the Damned 7; 
 13-January 6. 

 Nota Final: 6,5 

 P.S.: O fato mais interessante que posso citar na resenha deste disco é que após mais de 4 anos de blog, este é o "meu primeiro" 6,5...

The Trooper
3Complicado escrever sobre este trabalho. Ele está longe de ser ruim, mas também não pode ser classificado como bom. Nota-se a influência de Ozzy sobre Zakk Wylde, alguns trechos de músicas são cantados de forma muito parecida ao que Ozzy faz, e ele elevou a um novo patamar o gosto do velhinho por baladas, quebrando a regra mais importante do heavy metal: nunca coloque mais do que duas baladas em um álbum!

Além disso Zakk abusa da simplicidade dos riffs na maioria das músicas (ok, eu disse que gosto de músicas simples também, mas aqui, o guitarrista coloca um riff "megaestúpido" que chama outro, mas esse outro não vem. Com sorte, no meio da música ele bota outro riff louco, mas isso nem sempre acontece em Order of The Black). Essa falta de diversidade de riffs somada a falta de variação dos vocais torna o álbum cansativo. Talvez se OotB tivesse metade das faixas (cortando aí duas baladas como Darkest Days e Time Waits For No One), isso não acontecesse.

Enfim, é um álbum que dá pra ouvir de vez em quando. Destaque para Godspeed Hellbound (lembra um pouco A7X O.o), Crazy Horse (a melhor do álbum), às distorções em todas as faixas e à algumas letras muito boas.

Nota: \m/\m/\m/

p.s.: Order of The Black lembra um pouco Black Sabbath, Ozzy solo e rock clássico, mas falta contundência.

The Magician
Uma das minhas missões como Metalcólatra é trazer para a discussão do site bandas ou trabalhos que por um motivo ou outro tiveram grande repercussão para o público metaleiro em geral, e em cima dessas resenhas dar a possibilidade de explorar quais são, afinal, os fatores que influenciam para sua popularidade.

Fazer isso com grandes trabalhos do HM é entender um universo complexo formado de uma infinidade de partes, por completo, e é também um modo de oferecer uma compreensão sobre as várias abordagens dos gêneros do Metal. Foi por isso que fiz questão de colocar alguns exemplos de trabalhos respeitadíssimos aí fora, que poderiam simplesmente ser ignorados (por ignorância ou arrogância, ou os dois ao mesmo tempo) por alguns membros do blog; alguns exemplos: "Season in Abyss", "Black Metal", "In the Shadows", "Bloody Kisses", "Dream Theater", "Sonic Firestorm", "Brave New World"...

A bola da vez é Black Label Society (ou apenas BLS), a já famosa banda de Mr. Z.Wylde; e dá pra dizer sem medo de errar que o grupo de "Groove Metal" é um daqueles responsáveis (no sentido figurado) por tocar o bumbo para dar o ritmo ao Metal pós 2000. Ou seja, é de fácil aceitação que o BLS tem uma imagem muito bem retocada para o público Metaleiro comum, quando na maioria das vezes que empresta seus sons para abertura de outros shows ou para discotecagem de casas de Rock, é muito bem recebido, obrigado.

Além disso, está muito comum ultimamente trombarmos com o símbolo da banda estampado em camisas por aí... e por uma quantidade crescente de seguidores de Zack e sua trupe. Resumindo, no geral a banda é bem conceituada e vem recrutando novos fãs a cada ano.

Contudo, eu sempre tive dificuldade de conseguir uma análise aprofundada da qualidade real do BLS, e isso sempre me deixou curioso. De certa forma, ainda que estivesse conversando com caras que são realmente fãs da banda americana, eu não conseguia enxergar empolgação daqueles que comentavam seus trabalhos, é como se a impressão geral fosse: "BLS é muito louco... e só..."

Esse fato, e a informação de que "The Order of the Black" seria o trabalho mais consistente do BLS, resultaram naturalmente nessa postagem, que proporcionaria minha própria análise dos caras sobre o trabalho que mais carrega suas principais características. 

E lá estava eu depois de algumas horas pensando: "BLS é muito louco.... e só isso." Oras, riffs pesados e legais, vocal e assinatura de timbres instrumentais bem originais característico, baladas e faixas arrasa-quarteirão distribuídas, ótimos solos de guitarra, alguns refrãos cativantes.... qual poderia ser o problema do Black Label????

Fiquei meio decepcionado, pois me senti obrigado por um momento a dizer que BLS é muito bom, mesmo sem achar o álbum em questão muito bom, e pior ainda, sem ter uma "química" com o material apresentado que de uma forma estranha parece não ter "alma".  

Pois bem, ao ler as críticas dos membros do blog procurando por pontos que justificassem também minha própria crítica, só pude reconhecer impressões pessoais de cada um deles: "muitas baladas", "riffs estúpidos", "entediante"..., ou seja, nada que justificasse uma nota medíocre como =~6. Inclusive quase me rendi à seguinte expressão do post do Phantom Lord acima:

"Não há uma fórmula mágica ou resposta definitiva que explique isto, pois no fim sempre será principalmente uma questão de opinião pessoal."

Só que a sabedoria meu amigo, se alimenta do tempo... 

E o tempo (algumas semanas de reflexão e comparações) me fez perceber o problema do BLS. 

Zack Wylde é líder, compositor e criador do "Black Label Society", que conforme seus fãs (corretos nessas colocações) não se apropria de trabalhos já "impressos" em sua parceria com Ozzy, e muito menos percorre as tortuosas trilhas utilizadas por outros guitarristas virtuoses do passado, se afogando em um mar de solos de guitarra. Porém tudo na banda orbita ao seu redor em um universo "Zackiocêntrico", atuando sob um campo gravitacional onde os elementos seguem primeiramente sua voz, que puxa sua guitarra, que depois puxa todo o resto. 

E você ingenuamente me perguntaria: mas não deveria ser assim??? 

Claro que não!!!! Mustaine admitiu que o auge de seu trabalho começou após deixar de centralizar as coisas e libertar dos grilhões a criatividade dos demais membros à partir de "Rust in Peace", da mesma forma que Bruce Dickinson fez em "The Chemical Wedding". É à partir daí que nasce uma banda de verdade.

Destaques para "Parade of Dead" e "Riders of the Damned"

Nota 6,4 ou \m/\m/\m/.

p.s: Zack não deve ter percebido que a carreira de Ozzy foi um mega sucesso devido principalmente ao fato de ter deixado a criatividade de seus guitarristas voar sem restrições... 

Venâncio

Mano... legal mas chato, estilo musica de fundo...

5 pitus

Alterado 25/11/14 - Tá, me forçaram a escrever... Este álbum não passa de uma vitima da necessidade, antes de tudo essa obra é o ganha pão de pelo menos umas 50 pessoas (chutando)... assim temos uma obra que é ruim? não! é boa? não! está na zona de conforto de seus interpretes? sim! e ai reside a resposta do motivo de ser meia-boca.... ela não arrisca em nada e garante que o cliente não vá reclamar... uma obra vitima do medo... sentimento este transmitido pelos integrantes da banda ao decorrer do disco, e isso é justamente o que o afasta de ser algo mais

PS: não uso drogas





Hellraiser
3Bom, vamos la com a pequena resenha deste disco da banda comandada pelo gigantesco Sr. Wild. 
Eu gostaria muito de chegar aqui e escrever que essa audição mudou minha concepção sobre a banda, ....infelizmente não, ....mas no resultado final eu achei um álbum até que escutavel, .....e se caso isso serve como ponto positivo, ....não vou deleta-lo dos meus arquivos, ...mas ........ 
Sempre existe um ¨mas¨!!
O disco não empolga tanto, apesar de ter alguns sons até que bem legais, ...caso das faixas 2, 3, a otima 8 e a 12, ....alguns razoáveis, como as faixas 1, 5, 6 e 9, ...mas fora isso o ouvinte se depara com as tais ¨baladas¨, no caso as faixas de numeros 4, 7, 10 e 13 e a desnecessaria faixa 11, ...ai a coisa fica feia, ... 
poxa precisava de tanta assim ???? 
......esse cara grandão barbudo e com cara de mal, deve estar na fossa, ...só pode !!!!!!!!!! 
Um outro detalhe que na minha opinião não deixa o álbum ser melhor, é a voz do grandão la, ....uma certa copia mal feita do seu mentor Ozzy Osbourne, ..... 
lembra de mais a voz do Madman, e o frontman do Sabbath já não canta tudo isso, .... imagine a copia. Bom um álbum mediano, que poderia ser até um pouco melhor se o Zack Wild não fosse um cara romanticuzinho como descobri que é !! 
Destaque para a faixa 8 !!!! ( balancei a cabeça nela ) 
Nota 6,0

Metal Mercante
Ô cdzinho mais difícil de resenhar…
Primeiro vamos falar que estes últimos meses tem sido os meses do simulacro no Metalcólatras…Tem aparecido algumas cópias de coisas antigas, mas como todo bom simulacro, essas cópias nunca são tão boas como o original…

Falei um pouco sobre isso no meu post do Crystal Eyes, mas diferente do mesmo, desse aqui eu não gostei muito não…

Eu fico imaginando os gênios das gravadoras pensando…Pô, o cara tocou com o Ozzy, ele é muito bom, os fãs o adoram. Vamos montar uma banda com ele…Só que igual ao Ozzy…É o mesmo raciocínio que gera as continuações de filmes, expansões de jogos, spinoffs e etc. Faz um belo sentido financeiro, mas é muito comum em desagradar os fãs…

Alguém lembra de “Esqueceram de mim 3” ou “American Pie 4: Band Camp”??? Pô, fazer um Esqueceram de mim sem o Macaulay Culkin ou um American Pie sem o Stifler é a mesma coisa que essa bandinha, é um Ozzy sem Ozzy…Precisa ser no mínimo um DIO para se comparar (mas isso é uma discussão para outro dia…)

Existem alguns outros elementos que me incomodam que vão desde o vocal que me parece artificial demais (alguém que conheça mais música que eu pode, por favor, confirmar isso), as distorções das Guitarras e as músicas lentas. Consigo dar um destaque para Crazy Horse, só…

No final das contas esse cd não é ruim, ele é só extremamente mediano em todos os sentidos…

Nota 5,5