sábado, 23 de agosto de 2014

Massacration - Gates of Metal Fried Chicken of Death

O álbum "Gates of Metal Fried Chicken of Death" de 2005, da banda cômica Massacration foi escolhido para análise por Magician.



Faixas: 1-Intro; 2-Metal is The Law; 3-Evil Papagail; 4-Metal Massacre Attack; 5-Fell the Fire... From Barbecue; 6-Metal Milk Shake; 7-The God Master; 8-Cereal Metal; 9-Metal Dental Destruction; 10-Let's Ride to Metal Land; 11-Metal Glu-Glu; 12-Away Doom; 13-Metal Bucetation.  

The Trooper
3Tem umas lendas por aí de que Massacration é assunto polêmico pra quem gosta de metal, parece que tem maluco que não gosta dos caras tirando sarro dos clichês, ou odeia a "banda" por motivos mais nonsense ainda, bem, "opinião é que nem bunda", né? Pra mim é simples: Massacration não é uma banda de heavy metal, os caras são comediantes, tocando heavy metal. Daí por exemplo, eu até compraria um cd dos caras, mas dificilmente iria a um show, a ideia é dar risada, e pra mim, os caras são bons nisso.
O álbum já abre logo com Metal is The Law (após a intro com João Gordo passando uma receita de bolo de maçã com canela) que escolheu justo um dos cânticos mais ridículos cantados por torcedores brasileiros (eu não conheço a origem exata, mas lembro de ouvir pela primeira vez "ai... ai,ai,ai..." sendo entoado pela torcida da seleção brasileira de vôlei), o que já garante risadas. Depois você vai lendo letra bizarra atrás de letra bizarra e até um solo de guitarra inesperado de "Parabéns pra você". O perturbador som de "maquininha de dentista" dá o clima para a hilária Metal Dental Destruction, e da primeira vez que você ouve o Detonator no refrão de "Let's Ride to Metal Land" dizendo que a passagem é só 1 real, não tem como não rir. Pra completar os caras acertam até nas intros e interlúdios (como Away Doom).
E tudo isso é acompanhado por heavy metal de qualidade no mínimo média, riffs de guitarra base bons e solos de guitarra que levantaram minhas sobrancelhas ("caraca, quem tá tocando isso?"), com a cozinha mandando bem o tempo todo. Tudo o que os caras compuseram (ou seja, não copiaram) está muito longe de ser ruim, certa criatividade surgiu aliada a um grande peso e velocidade.
Isso me faz voltar para o que eu escrevi na quarta linha desta resenha: "Massacration não é uma banda de heavy metal". E o que me dá uma vergonha alheia violenta é que Massacration é melhor do que muita, mas muita mesmo, banda de metal por aí.

Nota: \m/\m/\m/\m/ (é complicado dar nota para este álbum, já que eu não o encaro como um trabalho de heavy metal ou de comédia pura, e sim um híbrido. De qualquer maneira, todas as bandas que fizeram álbuns com nota abaixo deste, estão ligando o alerta amarelo ... no meu mundinho).

p.s.: Sobre os resmungões, se vocês não conseguem dar risadas de vocês mesmos, precisam trabalhar esse ego aí... procurem ajuda profissional, ou não.

Metal Mercante
Esse álbum é muito foda…
O mais impressionante deste álbum é que os caras fazem piada com muita propriedade, não é aquele tipo de humor superficial (característico do Hermes e Renato) e sim a impressão que passa é que os caras realmente entendem de Metal (bem mais que alguns integrantes desse blog) e resolveram transformar seu conhecimento em piada.

Convenhamos, foram raras as ocasiões em que consegui rir com o Hermes e Renato, sempre considerei os caras como sendo uma versão escatológica do Zorra Total, mas Massacration por outro lado me faz rir sempre. Coisas como “Curupaco Kill With Power”, “Mallandro is Master, Mallandro is King” e a FODÍSSIMA “The God Master” me fazem rir sempre, sendo que a última utiliza como “vocais” um dos maiores mitos do Humor Brasileiro, o Costinha nos seus discos “O perû da festa”.






Não é segredo, sou um grande fã do Manowar. É nessa banda que o Massacration tem provavelmente sua maior inspiração e, convenhamos novamente, é muito fácil fazer piada com o Manowar…

Mas não é só de piadas que vive esta banda, músicas como “Metal is the Law”, “Evil Papagali”, “Metal Glu-Glu” e “Metal Bucetation” são bem bacanas e não ficam devendo em nada para as bandas maiores. Acho que o único “problema” (se é que é um problema) é que a banda faz muitas piadas em português ou trocadilhos o que compromete sua escutabilidade para os públicos estrangeiros, caso contrário eles poderiam até ter feito mais sucesso fora, como foi o caso da banda italiana “Nanowar (of Steel)”

Nota: 7

Phantom Lord
Uma vez vi uma lista dos 20 melhores álbuns de Heavy Metal feita por um blogueiro aleatório e lá estava o Gates of Metal Fried Chicken do Massacration. Com uma rápida olhada no comentários percebi ao menos 50% de reprovação em relação ao Massacration... Reprovação feita por parte dos clássicos truzões do "mundo metal", aqueles que levam a música muito a sério, ou pior, que acreditam que o tal "estilo de vida metal" é sério... Todo mundo pode ter sua opinião, mas se você quer se fechar em sua própria realidade seja ela de que o heavy metal é um gênero musical sério onde deveria ser tomado apenas pelos melhores músicos, ou seja ela um estilo de vida onde você tem que ter pinta de mau, usar couro e/ou jeans... Isso é problema apenas seu, meu amiguinho cheio de fantasias. 

 A verdade é que o Massacration é basicamente formado por comediantes de tv, que apenas às vezes me tiravam uma boa risada... Mas a idéia de criar uma banda que faz piada com o heavy metal foi muito boa... E muito bem feita, porque para você fazer piada bem feita sobre um estilo musical, você precisa entender ao menos um pouco do estilo. Como os comediantes em questão aparentemente gostam do estilo, eles entenderam o bastante para fazer suas piadas: Satirizaram o "truezismo" (principalmente em Metal is the Law) e a ignorância de boa parte das pessoas em relação ao entendimento/pronúncia do idioma inglês. O álbum inteiro é cheio de erros de inglês e letras sem sentido. Esta última sátira em relação ao sentido das letras, eu achei muito boa: é ótima para deixar o povo "cult" do metal em extrema contradição. Como eu sempre digo, se você prioriza o conteúdo / letras das músicas, vá ler um livro, o heavy metal sempre esteve cheio de letras fúteis como qualquer outro estilo musical. 

 Em relação ao possível público alvo do Massacration, acredito que a "banda" nunca teve intenção de atingir os gringos, pois como eu disse, grande parte da avacalhação aborda a ignorância de brasileiros em relação a lingua inglesa e se você vai zoar qualquer um dos costumes, estilos ou problemas dos brasileiros, os gringos realmente não devem entender merda alguma. Por fim, acho que o Trooper e o Mercante já citaram isso... Os caras acabaram fazendo músicas mais interessantes do que inúmeros trabalhos de heavy metal "sérios" existentes... 

 Intro / Metal is the Law 7,7; 
 Evil Papagali 7,3; 
 Metal Massacre Attack 7,5; 
 Feel The Fire From Barbecue 7,0; 
 Metal Milkshake 7,0; 
 The God Master 6,3; 
Cereal Metal 6,8 
Metal Dental Destruction 7,1; 
Lets Ride To Metal Land 7,3; 
 Metal Glu Glu 7,1; 
 Away Doom 6,5; 
 Metal Bucetation 6,6; 

Observações: 
O solo que o Trooper cita, na verdade é de "Atirei o Pau no Gato" 
O trecho de Metal Bucetation descaradamente "similar ao Helloween", pode ter sido copiado de Revelations ou de The Dark Ride, ambas músicas possuem semelhanças entre si... 
O vídeo-clip de Metal is the Law é a comédia mais super-produzida do heavy metal que eu conheço. 
Creio que o principal objetivo do Massacration era fazer o ouvinte rir... E eles conseguiram. 

 Modificadores: 


 Nota Final: 7


The Magician
Não posso mentir dizendo que ao postar o primeiro trabalho da banda cômica de Metal Brazuca "Massacration", não quis polemizar ainda mais o fórum dos Metalcólatras... mas não me surpreendi totalmente ao ver que rapidamente o disco era aprovado por cada um dos críticos, até por fim ser entendido como unanimidade pelos membros do blog.

Adicionalmente, os demais colegas que resenharam acima já defenderam muito bem o trabalho, e os motivos pelos quais "Gates of Metal Fried Chikenof Death" pode ser entendido como um disco "de qualidade", sem dúvida nenhuma. 

Por isso, me resta apenas fazer algumas colocações:

1 - Aonde começa e aonde termina a brincadeira?

Paródias e piadas no mundo do Metal não são novidade, filmes como Wayne's World, Bill & Ted e bandas cômicas como Gwar, Steel Panther e a própria Nanowar (citada na resenha do Merchant), estão aí na mídia desde que o rock explodiu. Todo esse movimento expõe o lado desmiolado e megalomaníaco do cenário Rock n Roll, afinal tem de tudo: Nego comendo morcego, vestindo tanguinha, portando espadas e passando óleo no corpo, cara entrando de moto no palco, pintando a cara e cuspindo sangue, se decapitando, fantasiado de papa, ou se vestindo de palhaço e batendo a cabeça no tambor....   

2 - A TV ainda é muito forte. 

Ainda que a moribunda MTV tenha sido a responsável por lançar os caras do Massacration para o grande público, já em decadência e em fase de grande mudança devido a migração de seu público para as comunicações via internet, o resultado deu certo, e muito, diga-se de passagem. O Massacration vendeu 40.000 cópias do primeiro álbum, uma marca mais do que interessante se compararmos por exemplo, as vendas de CDs de bandas de músicos do Heavy Metal nacional. Será que se a iniciativa do Massacration tivesse sido realizada na web, teria tamanha repercussão?? Tamanha repercussão que a gigante EMI (!!!!) contratou a banda para o segundo disco, substituindo o produtor João Gordo por ninguém menos que Roy Z (Judas Priest, Bruce Dickinson, Helloween, Andre Mattos).   

3 - Blondie Hammet.

Detonator (Bruno Sutter) sempre foi o protagonista, com visual totalmente escrachado (uma mistura de Manowar com looks de bandas Glam) e com seu estilo de cantar engraçado e falseado, invocava a figura do super vocalista de tons inalcançáveis e presença de palco implacável - quando não birrentas. Porém, é fato que nada no Massacration teria se materializado sem a presença de Blondie Hammet (interpretado por Fausto Fanti, e referência direta à Kirk Hammet), o guitarrista de peruca loira, óculos de sol do camelô e com as correias de correntes. Alguns riffs podem soar com certeza plagiados, mas muitas das musicas e construções criadas pelo cara entraria facilmente em trabalhos de bandas formadas por músicos de verdade, além disso vale comentar sua desenvoltura ao interpretar o personagem em shows reais do Massacration, tendo que se performar ao lado de caras como Igor Cavalera do Sepultura.      

Como um grande fã de Metal e praticante amador de guitarra Fausto criou sua grande piada, a maior de todas elas, o ex-presidiário e guitarrista egocêntrico "Blondie Hammet", que com certeza deixará saudades.

Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/.

O humor dos caras foi criado por e para a televisão, logo, o CD muito engraçado por sinal, pode soar incompleto em alguns momentos. Por isso deixo alguns bons links da banda que garantem boas risadas, principalmente para aqueles que ainda não viram:

Video-clipe "Metal is The Law"


Live VMB - "The Mummy"


Video-clipe "Evil Papagail"


Rock História MTV - Massacration

https://www.youtube.com/watch?v=kd1-c7kHdis


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

U.D.O. - Solid

O álbum Solid, lançado pelo U.D.O. em 1997, foi escolhido e colocado no Blog por Venâncio (sem consultar seus colegas, podendo ser retirado a qualquer momento)
01.Independence Day; 02.Two Faced Woman; 03.Desperate Balls; 04.The Punisher; 05.Devil's Dice; 06.Bad Luck; 07.Preachers of the Night; 08.Hate Stinger; 09.Braindead Hero; 10.Pray for the Hunted; 11.The Healer

Venâncio
Olá leitores... vamos lá... como faz tempo que estou afastado do blog estou meio enferrujado por este motivo trouxe U.D.O para vocês, no intuito de adicionar um pouco de variedade...

Como já fora mencionado aqui não manjo nada de metal... por isso minhas resenhas se resumem ao famoso curto isso, não gosto daquilo...isso é inovador... e blablabla...

Mas voltemos ao foco da resenha...a wikipedia me disse que este é o quinto álbum do U.D.O. que possui o excelente vocalista Udo Dirkschneider (o qual aprecio muito por "Train Ride In Russia" e sua participação na musica "Calm" do Aria)

Ressalto para aqueles que ainda não leram minhas resenhas, acho importante que a primeira coisa a ser feita na analise de um álbum seja escuta-lo na integra e na sequencia em que fora produzido... esses caras não fazem isso atoa (acho)...agora vamos a minha resenha:

Começamos com "Independence Day" que é muito boa, porem o solo poderia ser um pouco mais limpo... "Two Faced Woman" possui uma "pegada" mais agitada e menos agressiva, na sequencia temos "Desperate Balls" onde o agito da lugar ao peso... em "The Punisher" temos uma musica boa, que acaba apenas por servir de ligação entre a anterior e "Devil's Dice" que pelos meus conhecimentos musicais (piada) possui uma linha de bateria bem simples e eficaz.

Em "Bad Luck" a química começa a ficar desgastada, sendo a sexta musica do álbum seria uma boa hora para uma alteração de ritmo, creio eu... seja algo mais pesado ou uma balada até, todavia tal alteração poderia influenciar no nome do álbum? "Preachers of the Night" é muito aguda pro meu gosto… talvez sejam os pratos...sei lá.... “Hate Stinger" sem comentários sobre essa… "Braindead Hero" que espero ter algo pra comentar... sim ela começa diferente e entra num ritmo um pouco mais lento que suas antecessoras, em "Pray for the Hunted" temos o começo mais marcante até agora associado a um bom refrão e por fim “The Healer" é a música que me levou a escolha dessa obra, escutar Udo com um vocal mais calmo e sóbrio foi e é a principal atração dela... ainda mais quando contrastada pelas partes com um vocal mais agressivo, as mudanças de sentimentos transmitidos resultantes deste contraste torna essa a melhor deste álbum.

Por fim, essa capa é uma comedia...

6 Pitus e uma coxinha.


  Phantom Lord
Do Accept escutei 4 álbuns do Metalheart "para trás", mais o Blood of the Nations e o Stalingrad, mas eu ainda não tinha escutado nada do UDO fora desta banda. 
Venâncio desenterrou um álbum literalmente significante desta vez. 

Solid apresenta músicas próximas do núcleo do heavy metal contando com a presença das "letras clichês" e quase sem pender para subgenêros... As faixas Independence Day, Pray for the Hunted mostram algumas linhas instrumentais sintetizadas próximas do rock dos anos 80 (glam etc) que soam meio brega. Na maioria das demais faixas, UDO acerta a mão no heavy tradicional com certa dose de criatividade sem soar muito óbvio. A faixa Preachers of the Night surge num ritmo acelerado, mantendo o vocal rasgado de UDO e de um modo geral, essa música me lembrou vagamente alguns trabalhos do Grave Digger. Como Venâncio citou, The Healer apresenta uma alternância no estilo do vocal, mas em minha opinião não está entre os destaques deste álbum. Talvez a banda apresente um pouco de "desgaste" ao decorrer do álbum, mas somente nas últimas faixas, provavelmente em algum ponto entre Hate Stinger e a última música. 

Grande achado. Destaque para The Punisher, Devil`s Dice e Preachers of the Night. 

Independence Day 7,3; 
Two Faced Woman 7,7; 
Desperate Balls 7,8; 
The Punisher 8,2; 
Devil`s Dice 8,0; 
Bad Luck 7,6; 
Preachers of the Night 8,0; 
Hate Stinger 7,2; 
Braindead Hero 7,4; 
Pray for the Hunted 7,0; 
The Healer 7,0; 

 Modificadores: 

 Nota Final: 7,6



The Trooper
3Estou procurando algo para escrever sobre este álbum e está difícil. De bom eu posso dizer que o solo de guitarra de Bad Luck ficou legal. 

Posso dizer também que o baterista deve sentir um puta tédio quando toca Independence Day. Que a letra de Devil's Dice deve ter sido escrita pra ser engraçada, mas eu achei fraquinha. Que Preachers of the Night é tipo uma música do Painkiller com o poder pela metade. Que algumas faixas tem uma pegada Quake II. Que eu prefiro o vocal "a la Ozzy" que aparece em trechos de Braindead Hero. Que Desperate Balls tem uma letra estranha. Que The Punisher é o som genérico mais legal do álbum. Que se o Udo pediu pro desenhista da capa retratá-lo, ele é um cara muito bobo. Que Hate Stinger foi o ápice criativo deste trabalho, a mais original do álbum, e portanto é o meu destaque.

Enfim, Solid é um trabalho médio, dá pra colocar tocando de fundo de boa, mas passa a impressão de que ele não almeja ser mais do que isso.

Nota: \m/\m/\m/

The Magician
O vocalista alemão Udo Dirkschneider foi um dos grandes colaboradores do fortíssimo movimento do Heavy Metal Germânico durante os anos 80. Sua voz rasgada marcou os vocais do Accept e atraiu a atenção da mídia especializada para o até então quinteto de Solingen.

A apresentação se faz necessária para aqueles que não fazem a mínima ideia que raio que é a banda U.D.O. - um agrupamento de músicos que suporta a carreira solo do ex-vocal do Accept. 

O trabalho escolhido para análise por Venâncio, de 1997, evidencia as principais características já presentes nos CD's do Accept daquela primeira geração, sem muitas novidades: Guitarras distorcidas que se revezam com as vozes (por vezes em coro) ásperas de Udo, com riffs fortes normalmente cadenciados, e cozinha básica - com raros momentos de destaque - dentro do estilo clássico do Metal.

Levando em consideração que todos os componentes para um "HM genérico" (resenha do colega abaixo) ou "HM reciclado" foram disponibilizados em "Solid", confesso que esperava bem menos do álbum. Porém, as canções passam por partes de melodias bem aderentes e interlúdios de guitarras mais do que interessantes, entregues pelo também ex-Accept Stefan Kauffmann.

Dá pra resumir o trabalho como uma amostra de músicas bem estruturadas e também de versos e melodias bem pensadas, sem nenhuma epifania instrumental que eleve a obra para um nível extraordinário, obviamente...

Há de se dizer que a abordagem de Udo em "The Healer" vem a calhar, e traz por um rápido momento, certo alívio aos nossos ouvidos.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.

Uma das versões promocionais da capa deste disco chama a atenção por um curioso selo de destaque que avisa ao consumidor roqueiro desatento: "The Vocal of Accept is Back!"

O selo de aviso pode ser interpretado também como um constrangedor e desesperado lembrete aos potenciais compradores, ao tempo que tenta pegar uma carona com a fama e com o público de seu ex-grupo alemão.

É claro que essa não é uma crítica direta ao coitado do Udo, mas sim uma rápida análise sobre todos os vocalistas encrenqueiros, que normalmente são os primeiros a amarrarem as trouxas, serem as "maçãs podres", protagonizarem crises de estrelismos, e por aí vai...  Sempre apoiados na crença de que são blindados devido ao fato de não se "beneficiarem" de um instrumento manufaturado, e logo, se revelam como detentores de qualidades e habilidades inerentes e únicas - um espécie de dom - recebidas da natureza.

Pura tolice. Com raras exceções (como Coverdale, Dickinson e Ozzy), é mais comum notar casos em que a banda que procura por um novo frontman é a parte que se dá bem nessa história, como ocorrido com o Maiden, Sabbath, Judas, Deep Purple, Angra, AC/DC, e tantas outras.

O Metal me ensinou antes mesmo de eu trabalhar, o famoso jargão corporativo: "Ninguém é insubstituível"  


Metal Mercante

Não há muito o que resenhar nesse álbum...O Trooper disse tudo...

Nota: 5