1- Land of Sunshine; 2- Caffeine; 3- Midlife Crisis; 4- "RV"; 5- Smaller and Smaller; 6- Everything's Ruined; 7- Malpratice; 8- Kindergarden; 9- Be Agressive; 10- A Small Victory; 11- Crack Hitler; 12- Jizzlobber; 13- Midnight Cowboy; 14- Easy.
The Magician
Durante os anos 90 houve uma
catarse no âmbito criativo do Rock e do Metal. Após ser explorado à exaustão o
Rock gerou alguns movimentos alternativos nos Estados Unidos de bandas não
convencionais que flertavam com o funk music, e suas apresentações mais
lembravam “Jam Sessions” do que um show com começo meio e fim.
Desse meio vieram Jane’s
Addiction, RHCP e Faith No More, que consequentemente tiveram seus trabalhos
expostos ao grande público.
Embora eu não aprecie – com raras
exceções - o que é encontrado na continuidade do rastro deixado por essas
bandas, que termina nas opções do mainstream
orientadas por este portfólio (bandas grunge e pós grunge, em geral), existem
alguns trabalhos que eu tiro o chapéu.
É desse limítrofe que eu minerei
o álbum “Angel Dust” do Faith No More, uma compilação muito mais do que
peculiar...
Não acho que o disco tenha sido nem
o mais influente da banda - como muitas resenhas por aí afirmam – tampouco acho
que este contém os melhores hits de toda discografia do FNM (todos esses,
encontrados em “The Real Thing”, em minha opinião). Porém, é espantoso como
podemos apreciar partes geniais espalhadas por todo álbum, que em seu decorrer prima
por várias qualidades, mas que cedo ou tarde serão compensadas por alguma
característica sem nexo ou bizarra.
Acima de tudo, ficaram
registradas partes instrumentais grandiosas em Angel Dust, eu diria histórica
para todo o gênero quando avaliamos a interação dos teclados/guitarras/baixo e
bateria; nada pode ser ignorado, pelo simples fato que cada linha foi gravada
para chamar atenção e não somente por estar preenchendo espaço vazio. Ainda
dentro dessa análise cabe dizer que a musicalidade paradoxal de Angel Dust
deriva das sequências solenes e dos pseudo classicismos evocados pelos teclados
de Bottum, confrontadas pelo peso descomunal das guitarras de J.Martin e pelas
baquetas de Bordim, e completadas pelas linhas funkeadas do baixo de Gould, tudo
isso com uma boa dose de virtuosismo e outra grande dose de insanidade.
Sobre esse conjunto antagônico percorre a voz
polivalente de Mike Patton com sua multi abordagem oscilante, que consegue ser
ainda mais excêntrica que o próprio composto instrumental, variando do estilo
death metal ao rap sincopado.
Ao aprofundar minha análise não
consigo evitar decretar que a inconstância é a verdadeira assinatura genética
do disco, que entra em um êxtase epilético com variações de humor que
apresentam trechos épicos contrapostos por maluquices que parecem ter sido
encaixadas propositalmente para rejeição do resto do conteúdo. Entre essas
pérolas que podem ser identificadas como puro delírio febril de um colapso
mental,se destacam: um monólogo de um bêbado em “RV” embalado por uma suave
balada de circo; a explosão de risadas histéricas em “Land of Sunshine”; as partes
apoteóticas de coro à lá Manowar (ô Ô ô) intercalando uma vibe swingada em “Crack
Hitler”; cânticos indígenas em "Smaller and Smaller", um coro de criancinhas cantando o refrão de uma música que fala sobre sexo
oral em “Be Aggressive”; entre outras inúmeras insanidades (sons de grilos,
macacos, etc.)....
Pela escolha dos timbres e tons, pela
qualidade de produção, e devido ao momento inspirado da banda na ocasião, vejo no
conjunto da obra o disco “Angel Dust” do Faith No More como uma verdadeira obra
de Metal Alternativo norte americano de grande destaque, que deve ser exaltado
por algumas sequências e músicas grandiosas sem semelhantes nas demais
discografias do gênero, mesmo percebendo que não era essa a intenção da banda –
nem ser Heavy Metal e nem entregar grandiosas sequências.
Destaque para “Land of Sunshine”, “Caffeine” e “Small
Victory”. Nota 7,5, ou \m/\m/\m/\m/.
P.S: Não dei ênfase para aquela
discussãozinha surrada aqui do blog sobre o que é/não é metal. Basta
pesquisarem referências externas, e resenhas mais específicas do Metal
Archives, Sputinik, Allmusic, MetalHammer ou Kerrang!, aonde é inclusive
apontado como um dos CD’s mais influentes do Metal...
Pode não ser um Salvo-Conduto,
mas somente o fato do Helloween - banda “dinossaura” do Metal - ter feito um
cover do Faith No More em sua coleção “Metal Jukebox”, já me diz alguma coisa.
Phantom Lord
Faith no More foi uma das bandas mais significantes em minha formação musical pelo simples fato de que a primeira música que me atraiu para o rock e seus gêneros foi Falling to Pieces em 1990. Mais ou menos duas DÉCADAS depois decidi ouvir uma coletânea da banda e... Descobri que eles eram experimentais em demasia...
Agora, aproveitando esta época carnavalesca, decidi re-escutar Angel Dust desta peculiar banda... Um disco que começa aparentemente esquisito e em seu decorrer se mostra literalmente uma fanfarra caótica... Em meio ao caos é possível detectar diversos trechos de música bem executados, mas o problema é que trechos bem executados mas desconectados entre si não formam uma música... Formam?
Além de atirar em diferentes estilos do rock e seus subgêneros (como Helloween fez no álbum Chameleon), o Faith no More usou diversas quebras de ritmo e experimentações (como o Dream Theater usa em diversos de seus discos). Apesar de trabalhar ritmo e melodias durante maior parte do álbum, (sem descambar muito para falatórios e ruídos como algumas outras bandas) o resultado final disto tudo ainda só pode ser uma coisa: bizarro.
Land of Sunshine 6,1
Caffeine 6,3
Midlife Crisis 6,9
RV 4
Smaller and Smaller 4,2
Everything is Ruined 7
Malpratice 6
Kindergarten 5,9
Be Agressive 5,9
A Small Victory 7,0
Crack Hitler 6,7
Jizzlobber 5,6
Midnight Cowboy 4,9
Uma observação: O "coro" de Be Agressive não deve ser de criancinhas, pois parece feito por garotas adolescentes, como as típicas líderes de torcida colegial.
Nota Final: 5,7
Hellraiser
Até que enfim voltei as tarefas metalcolatras, rsrs.
E o que logo encaro de frente é um album que eu classificaria como : ¨pra louco ¨ !
Confesso que sempre achei o Faith no More bem legal, muito criativo pra época dele, mas sinceramente o album Angel Dust nunca me chamou muito a atenção, ...bem diferente do The Real Thing.
Nesse álbum em questão a sonoridade da banda vai do Countryzinho pra louco, até o Punk Hardcore pra doido.
O álbum tem seus momentos altos, como o incio, que englobaria as faixas Land of Sunshine, Caffeine e a manjadona Midlife Crisis.
Porem cai no que eu chamaria de ¨manicômio sonoro ¨.
As faixas que seguem são pra la de doidas, e chegam a soar bem esquisitas, ...claro, nunca contestando a criatividade e o poder dos músicos em questão, ...mas é muita doidera prum disco só !!!!!
O álbum volta a ter alguns pontos de lucidez em Kindergarten e na ( outra ) manjadona, A Small Victory. Daí pra frente voltamos a loucura insana com as 3 ultimas faixas deste trabalho (?), que diga-se de passagem, chegam ao cúmulo da doidera com a ultima faixa.
Sempre soube porque foram escolhidas as duas faixas de trabalho na época, ....era por que não haviam outras que poderiam ser tocadas em FMs !
O trabalho é bem mediano, ...principalmente se comparado ao seu antecessor.
Nota 5,9
The Trooper
Há neste trabalho diversos trechos bacanas, um ou outro riff de guitarra, linha de baixo, etc. Mas eles raramente se unem para formar uma música agradável.
Aliás, acho que o objetivo dos compositores realmente não era criar músicas agradáveis, muito pelo contrário, em algumas músicas acho que a ideia era criar um ambiente desagradável mesmo para expor sua crítica social ou seja lá o que se passa na mente do compositor.
Outro problema é esse, está tudo criptografado para mim, e eu não sou muito fã de criptografia, pelo menos quando não sou eu criando.
O estilo varia do funk para o grunge, para o alternativo e até mesmo para o heavy metal, mas tudo em relação à trechos de músicas, talvez o estilo mais presente seja o funk.
Enfim, embora reconheça a competência e a criatividade dos músicos, esse não é definitivamente um trabalho palatável. Pelo menos para alguma coisa a mídia serve de vez em quando, e aqui ela filtrou bem (dentro do possível) o que iria tocar na rádio, e para mim seria suficiente ouvir o que a mídia escolheu.
Uma vez fui com minha prima em um bar na Praça Roosevelt no centro de São Paulo ver um festival de bandas independentes, a banda de um outro primo ia tocar mas acabou não indo, pra não perder a viagem a gente assistiu à algumas bandas.
Dentre elas (nem me lembro mesmo se vi mais de uma), uma ficou na minha mente porque fez uma apresentação teatral e bizarra, com uma crítica social razoável e que no final me chocou por passar uma mensagem cristã explícita.
Tudo isso em um ambiente escuro, cheio de correntes e sangue (falso, claro). Bem, valeu pela experiência, mas se você se identifica com a descrição que eu passei acima, este álbum foi feito para você.
Meu destaque vai para 'A Small Victory', solos muito bons, e no geral é uma música bem bacana. Eu quase classificaria 'Kindergarten' (essa e 'Midlife Crisis' tocaram no rádio se não me engano), 'Be Agressive', 'Land of Sunshine' e 'Caffeine' como boas ('Kindergarten' e 'Be Agressive' principalmente), mas elas são malucas demais para o meu gosto.
p.s.: Por falar em maluquice, não foi esse vocalista que comeu cocô no palco?
Aliás, acho que o objetivo dos compositores realmente não era criar músicas agradáveis, muito pelo contrário, em algumas músicas acho que a ideia era criar um ambiente desagradável mesmo para expor sua crítica social ou seja lá o que se passa na mente do compositor.
Outro problema é esse, está tudo criptografado para mim, e eu não sou muito fã de criptografia, pelo menos quando não sou eu criando.
O estilo varia do funk para o grunge, para o alternativo e até mesmo para o heavy metal, mas tudo em relação à trechos de músicas, talvez o estilo mais presente seja o funk.
Enfim, embora reconheça a competência e a criatividade dos músicos, esse não é definitivamente um trabalho palatável. Pelo menos para alguma coisa a mídia serve de vez em quando, e aqui ela filtrou bem (dentro do possível) o que iria tocar na rádio, e para mim seria suficiente ouvir o que a mídia escolheu.
Uma vez fui com minha prima em um bar na Praça Roosevelt no centro de São Paulo ver um festival de bandas independentes, a banda de um outro primo ia tocar mas acabou não indo, pra não perder a viagem a gente assistiu à algumas bandas.
Dentre elas (nem me lembro mesmo se vi mais de uma), uma ficou na minha mente porque fez uma apresentação teatral e bizarra, com uma crítica social razoável e que no final me chocou por passar uma mensagem cristã explícita.
Tudo isso em um ambiente escuro, cheio de correntes e sangue (falso, claro). Bem, valeu pela experiência, mas se você se identifica com a descrição que eu passei acima, este álbum foi feito para você.
Meu destaque vai para 'A Small Victory', solos muito bons, e no geral é uma música bem bacana. Eu quase classificaria 'Kindergarten' (essa e 'Midlife Crisis' tocaram no rádio se não me engano), 'Be Agressive', 'Land of Sunshine' e 'Caffeine' como boas ('Kindergarten' e 'Be Agressive' principalmente), mas elas são malucas demais para o meu gosto.
p.s.: Por falar em maluquice, não foi esse vocalista que comeu cocô no palco?
Nota: \m/\m/\m/
.... e foda-se.
ResponderExcluirEsse foi difícil ... não tem um álbum menos maluco deles?
ResponderExcluirOuvi uma coletânea deles... tão maluca quanto o Angel Dust...
ResponderExcluirNão tenho certeza mas todos discos deles devem ser cheios de experimentalismo...
Gosto bastante desse disco.
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