terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Ambush - Infidel

 O álbum Infidel, lançado pela banda Ambush em 2020, foi escolhido por The Trooper para análise.

Faixas: 01-Infidel; 02-Yperite; 03-Leave Them to Die; 04-Hellbiter; 05-The Summoning; 06-The Demon Within; 07-A Silent Killer; 08-Iron Helm of War; 09-Heart of Stone; 10-Lust for Blood



The Trooper
3
Chegamos ao fim de mais um ano. Magician, esgotado com os rituais de seus círculos de Proteção ao Mal, não conseguiu fazer o post de encerramento e coube ao membro mais resistente do grupo o fazer (mortos-vivos não tem mais o atributo Constituição, a origem da resistência é energia do plano negativo).

Mas afinal, o que é um ano? É uma medida de tempo usada por seres humanos, que bate mais ou menos com a passagem das estações. Como as estações são diferentes para os dois hemisférios, uma parte conta que o ano virou no inverno, outra no verão (creio que quem está exatamente na faixa do equador não sinta muito a diferença, embora a dinâmica atmosférica deva mudar devido à influência das massas de ar modificadas pelo aquecimento/resfriamento nas latitudes acima e abaixo).

Se olhássemos do ponto de vista da translação apenas, seria possível 'marcar' um ano do ponto na órbita elíptica da Terra em que estivéssemos mais próximos (periélio) do Sol ou mais distantes (afélio). A virada do ano então coincide aproximadamente com o periélio (ponto verde no círculo amarelo da figura abaixo).


Quem não conhece a dinâmica das estações poderia pensar 'verdade, se a Terra está mais próxima do Sol, fica mais quente', mas as estações são definidas pelo nível de insolação que o hemisfério recebe conforme o ângulo do eixo de rotação da Terra no momento. Para quem vive no hemisfério sul, o solstício de verão (o dia do ano onde há o maior ângulo de inclinação no eixo) ocorre aproximadamente no dia 21 de dezembro, e o periélio 14 dias depois, aproximadamente no dia 4 de janeiro.

'Mas não era para o dia 21 de dezembro estar no meio do verão ao invés de ser o começo?' A definição das estações é arbitrária, mas há um atraso no aumento da temperatura com a exposição solar, que varia de acordo com a latitude e características climáticas, em alguns lugares esse atraso pode ser de 3 semanas, variando para mais ou para menos. O atraso se dá devido ao tempo necessário para o aquecimento de terra, água e ar. Em uma escala menor, esse fenômeno pode ser observado no decorrer do dia, na latitude de São Paulo, por exemplo, o horário mais quente é por volta das 14 horas, e não ao meio-dia (isso sem levar em conta fenômenos comuns em climas urbanos como as ilhas de calor).

Bem, vamos usar então o periélio como medida para o fim de 2020, falta pouco, 4 de janeiro está logo ali. Nessa volta toda ao redor do sol, tivemos mais um passeio catastrófico. Catastrófico para os seres humanos, claro. Uma espécie que vive próxima à uma estrela. Somente na nossa galáxia, estima-se que existam entre 200 e 400 bilhões delas. Estima-se que existam centenas de bilhões de galáxias no nosso universo. O 'catastrófico' desaparece nessa escala, mas pra gente, que conhece quem tá morrendo, e que vê de perto como estamos lidando com isso, a palavra catastrófica é nossa, e ninguém tira.

Nesse passeio galático virulento, nem tudo de ruim aconteceu, algumas coisas boas surgiram, e dentre elas, o álbum que postei (c#¨&$*! Só agora chegou no álbum!). Mas ele não é fantástico, quando você sai por aí em busca do novo Master of Puppets, está fadado ao fracasso. É o que tem pra hoje. Bate com o que eu espero da nossa sociedade pra nossa próxima volta ao redor do sol, no máximo vai aparecer uma ou outra coisa boa, os problemas fedorentos ao nosso redor, vão continuar adentrando nossas narinas e perturbando nosso cansado cérebro.

O lado A da bolacha chega a ser empolgante. Pesado e com criatividade. Mas o lado B dá uma desacelerada. Ainda sim, é bom deixar um tag nessa banda e acompanhar o andamento.

Uma melhor volta para todos nós, querer isso independente da realidade. \m/

Nota: \m/\m/\m/\m/

P.S.: Se procurar na wikipedia, vai achar uma banda canadense de country. Esses caras são suecos, estão no terceiro álbum, e qualquer googlada vai te dar mais informações.

P.P.S.: a imagem do afélio/periélio foi retirada da wikipedia.





segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Enforcer - From Beyond

 O álbum From Beyond lançado pela banda Enforcer em 2015, foi escolhido por Pirika para análise.


Faixas: 01 - Destroyer; 02 - Undying Evil; 03 - From Beyond; 04 - One with Fire; 05 - Below the Slumber; 06 - Hungry They Will Come; 07 - The Banshee; 08 - Farewell; 09 - Hell Will Follow; 10 - Mask of Red Death.


Pirika

Uns anos atrás ouvi sobre o movimento NWOTHM de bandas recentes que faziam os sons da antiga, som esse que fez todos nós gostarmos do nosso querido metal. Fiquei um tempo relutante até a curiosidade bater mais alto e nessa deu para descobrir várias bandas legais e entre elas estava o Enforcer, a banda que mais me supreendeu até o momento.

O Enforcer faz um speed metal oitentista muito bom, o vocal cai aqui como uma luva para o estilo mas o que mais chama a atenção são a dupla de guitarras que misturam os riffs porradeiros com uma parte mais melódica com uma inspiração foda.

O cd flutua entre faixas mais speed (Destroyer, One With Fire, Hell Will Follow) e faixas mais cadenciadas (From Beyond, Below the Slumber, Mask of Red Death), geralmente cadenciando ambos elementos no cd como um todo.

Se não me falha a memória esse é o primeiro cd de NWOTHM a cair no blog, o que serve apenas para sempre nos reforçar que o bom heavy metal continua firme e forte por aí.


Top 3: Undying Evil, Below the Slumber e Mask of Red Death. Shame Pit: The Banshee.

Nota: 7,7

"A trembling ride down under
On a cloudy lane
I stand below the slumber
For all time to come"


The Trooper
3
Mais uma resenha hiperatrasada, perdão, é difícil juntar energia mental para fazer essas resenhas extremamente complexas e bem-feitas que faço 😅.
 
Pense bem, a fonte da energia para humanos agirem vem de estarem vivos, simplificando Freud toscamente, já que sou quase totalmente leigo (tive a disciplina Psicologia da Educação e li algo aqui e ali, somado a alguns documentários), Eros x Tânatos, eros o impulso de vida, tânatos a pulsão de morte, onde todo o movimento cessa.

As origens de Eros são praticamente os impulsos biológicos, comer e se reproduzir. O que acontece quando um mago toma a poção de lich? Não há mais o impulso e a capacidade para ambos. O que move o lich então? Tânatos? Se fosse apenas isso, o lich seria uma máquina de destruição e nada mais, a complexidade dessa situação exige uma análise mais aprofundada que não podemos levar adiante aqui (talvez até envolvendo Jung ***traição***).

Bem, após essa fantástica aplicação de psicologia em Dungeons & Dragons, sou obrigado a voltar a triste realidade e resenhar o álbum. Não é uma tarefa tão ruim assim, vai? From Beyond é um álbum bem legal de se ouvir.

O principal problema é que eu não tenho o álbum e perdi o primeiro link do Youtube que Pirika passou porque o Whatsapp perdeu meu histórico no fim do ano passado e eu não faço backup. (backup de mensagens de Whatsapp, Mark? Dá um tempo!)

Eu ouvi da primeira vez no já citado link, mas dessa vez estou ouvindo no link que achei e isso quer dizer que estou ouvindo propagandas do Coin Master no intervalo das faixas 😡.
 
Um outro ponto a ser destacado é o histórico do blog Metalcólatras, onde devo discordar de Pirika, pois creio que nosso membro sumido, Hellraiser, postou álbuns dessa nova modinha 'britânica' muito antes do Pirika, vide Iron Spell e talvez até Overlorde.

Com o desbravamento falso do Pirika exposto, tenho que voltar ao álbum dos suecos. Bem, já ficou mais do que provado aqui em diversas postagens que os suecos não brincam em serviço (a não ser quando estão brincando de escravinhos do capitalismo e resolvem tentar imunidade de rebanho contra pandemia), foram vários trabalhos bons e From Beyond está entre eles. Este álbum para mim, ainda fica atrás do Spell Conjuring (da já citada Iron Spell), o que faltou foi uma ou outra faixa que realmente empolgasse.

De resto o trabalho instrumental é realmente bom e criativo. O vocalista até que é bom, mas não sei... Parece que ele está cantando hard rock, dispersou um pouco minha atenção.

Enfim, boa pedida para conhecer e guardar.


Nota: \m/\m/\m/\m/

P.S.: Fiz essa resenha em fevereiro de 2021 mas não abordei a situação de abandono do blog porque vou postar um disco de protesto na sequência onde o farei. 😁


terça-feira, 3 de novembro de 2020

Van Halen - 5150

 O álbum 5150 lançado pela Van Halen em 1986, foi escolhido por Phantom Lord para análise.

Faixas: 01-Good Enough; 02-Why Can't This Be Love; 03-Get Up; 04-Dreams; 05-Summer Nights; 06-Best of Both Worlds; 07-Love Walks In; 08-5150; 09-Inside;



Phantom Lord
Hullo, friends! 

Houve uma cobrança no blog para que alguém postasse um álbum. Como eu estava sem criatividade pensei em fazer um post homenagem... Bem clichê e tal... Mas na verdade nem sequer tive a iniciativa, pois nosso amigo Pirika publicou esta postagem do Van Halen. 

Ao ouvir o álbum eu até pensei em fazer como o Magician fez em seu próprio post do Deathroll Crew is bubblesdrubbles, ou seja, fugir, tomar chá de sumiço e tal, mas criei coragem e decidi escrever.

Bom, chega de enrolar. Tentarei resenhar o 5150: 

Esta é minha primeira audição deste possível clássico do Van Ralo... Como vi as faixas “Why Can't This Be love” e “Dreams”, pensei: Deve ser bão o álbum. 

Tsc tsc.. 

O álbum começa com a fanfarrísima (provavelmente machista) Good Enough (To F...). Instrumentalmente a faixa caí naquele buraco que o André Mattos chamaria de “video aula”: O guitarrista é bom, mas se empolga ao tentar mostrar sua habilidade sobrepondo todo resto da banda em solos masturbatórios e a letra eu nem vou comentar (eu espero não ser algo do nível das falas do presidente eleito no Brasil em 2018, mas vide o “to f...” no fim da música) 

É possível notar a clara influência de ZZ Top no instrumental de Best of Two Worlds, mas nada super impressionante... 

Enfim os destaques ficam para 5150 e as faixas “radio friendly” Why Can't This Be love, Dreams e Love Walks In, sendo ao menos duas destas, regidas por teclados oitentistas. O mais impressionante é que Dreams é uma das melhores músicas do Van Halen e o teclado nesta música é de longe o instrumento mais nítido quase sobrepondo os demais instrumentos. Bom... uma prova que não basta ser o super bonzão na guitarra para fazer um bom rock. 

As demais músicas não são ruins, mas não me chamaram atenção. Obviamente os fãs de Van Halen devem gostar de mais faixas ou de todas as faixas... 

Enfim, ao ver resenhas deste e de outros álbuns do Van Halen, notei muita gente afirmando que o Lee Roth era mais dark ou que deixava a banda mais original, mais metal... TUDO ASNEIRA, meras opiniões empurradas como (pseudo) verdades. Pois em 5150 ainda existem as faixas que seguem o estilo fanfarrão virtuoso praticamente idêntico à fase em que Lee Roth estava nos vocais. Melodicamente e tecnicamente as faixas “românticas” não devem em nada para outras faixas, a menos que você esteja completamente apegado ao estilo funkeado (metal, dark? Fala sério!) ou às letras boêmias, machonas etc. 

 

1. "Good Enough" 6,5 

2. "Why Can't This Be love" 8,7 

3. "Get Up" 6,8 

4. "Dreams" 9,5 

5. "Summer Night" 6,7 

6. "Best of Two Worlds" 6,3 

7. "Love Walks In" 7,0 

8. "5150" 7,2 

9. "Inside" 6,1 

Enfim, este post foi praticamente uma escolha aleatória, afinal eu já planejava abandonar o blog. Adios Amigos. Acho que daqui em diante só resenharei se for um álbum muito bom... e olhe lá. 

Nota: 7,1

Pirika 

Cá estamos nós para uma tardia homenagem do Eddie Van Halen, pessoa que fez parte da formação de qualquer roqueiro nesse planeta. Todos nós sabemos do exímio e visionário guitarrista que o Eddie foi então entendo que seria melhor deixar uma análise mais aprofundada sobre esse assunto para nosso querido Magician.

O cd em questão abordado pelo Phantom não poderia ser melhor para espelhar o momento que o Eddie e a banda viviam na metade dos anos 80. Primeiramente com o álbum 1984 que ficou em 2 na Billboard atrás do álbum Thriller do Michael Jackson  no qual Eddie participou da Beat it. 2 anos depois o Van Halen alcança o topo da Billboard com o 5150 então não tem muita discussão quanto ao valor do Van Halen nessa época.

Quanto ao álbum, realmente se faz jus a todo sucesso que fez. O cd possui 3 clássicos que estão espalhados por diversas coletâneas de rock, além da própria 5150 que é a hidden gem do álbum. O resto do álbum segue um bom nível com exceção da música Summer Nights que foi a única que não me agradou.

O Van Halen é o clássico exemplo da banda que transcendeu o rock tendo sua música por pessoas de diversos nichos musicais, a obra de Eddie jamais será esquecida. Rest in Peace.


Top 3: Why Can't This Be Love, Dreams e 5150. Shame Pit: Summer Nights.

Nota:  7,8

"There's still some fight in me
That's how it'll always be
Hold your head up high, look 'em in the eye
Never say die!"


The Trooper
3
Van Halen novamente. Essa é a segunda vez que a banda aparece no blog, a primeira foi há 8 anos, em 2012.
 
Desta vez ela aparece em um contexto especial, como homenagem ao falecido guitarrista. Espero também fazer uma resenha um pouquinho melhor do que a que fiz lá em 2012, mas não garanto nada.
 
Em primeiro lugar, sobre a discussão Lee Roth x Sammy Haggar, pra mim ela é completamente inócua, os dois são quase o mesmo em meus ouvidos, agradam em grande parte do tempo e me irritam na outra parte, iguaizinhos.
 
Acho que a discussão sobre Van Halen sempre vai cair na guitarra, não tem como evitar, a banda tem como alma a genialidade do guitarrista. A discussão rock x metal também é inútil aqui, todo mundo sabe que é rock (embora dê pra encaixar Get Up no heavy metal facilmente).
 
Então vamos lá, guitarra: com exceção das músicas mais transcendentais, que atingiram popularidade estratosférica (todo mundo sabe que estamos falando de Dreams), pra realmente saborear este álbum você precisa botar um fone de ouvido foda (ou o equivalente em caixas acústicas) e prestar atenção no instrumental (com foco na guitarra, claro), deve inclusive, ignorar letras e vocais muitas vezes.

Se você faz isso, vai perceber que a porra da guitarra sempre aparece fazendo alguma firula ou algum trecho devastador que sempre vai fazer valer a pena ouvir a música, mesmo que ela tenha uma letra idiota ou esteja cheia de gritinhos. Em alguns momentos eu até desejei que a música fosse instrumental (e acredite, eu não tenho saco nenhum pra ouvir um álbum instrumental).

Fecho aqui sendo forçado a admitir que Eddie Van Halen realmente vai fazer falta, que a energia criativa captada por sua mente volte ao estado bruto para que um dia, quem sabe, mais alguém venha ao mundo usando a mesma antena.

Destaque para Dreams, claro, o tecladinho só serviu para disfarçar que a guitarra estava por ali, foi um decoy, o tecladinho ficou tankando a música toda e quando a guitarra apareceu no primeiro solo, foi um backstab one hit kill ... que porra de solo é esse, véi? (fora que é uma daquelas poucas que os caras acertam a mão na letra)

Destaque secundário para Get Up, realmente bacana, álbum de rock precisa de pelo menos uma porrada, e para 5150, pelo instrumental (presta atenção, que foda).

Enfim, não é metal mas você precisa ouvir antes de morrer.

Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician
Como o Trooper lembrou que houve postagem anterior relacionada ao Van Halen aqui no blog em 2012, fui correndo lembrar das besteiras que escrevi na época, para (é lógico) corrigir nessa nova oportunidade, e quando não houver alternativa, insistir no erro para manter a coerência..

Mas me surpreendi, afinal aquele post do Van Halen diz muito sobre o que acho da carreira sintetizada do falecido holandês (link), e mais do que isso, traz muita informação sobre seu estilo e obra também (não estou me gabando, afinal ser um Metalcólatra implica em escrever besteira e se manter firme nessas besteiras..).

Logo, não há muito a acrescentar fora o que escrevi naquela ocasião sobre Van Halen e sua banda. A diferença talvez, é que se analisarmos esta obra de 1986, a formação do grupo era ligeiramente diferente. Sobre isso, estou na mesma página do que o Phantom e o Trooper escreveram acima, a mudança de LeeRoth para S.Hagar não faz nem cócegas na sonoridade do álbum que é conduzido pelo estilo do guitarrista e nada mais. Aliás, é notório que Van Halen escolheu durante sua carreira vocalistas que tinham similaridade nos tons médios e que não interpretassem os versos principais nos limites de suas tessituras, de modo a evidenciar mais ainda seu estilo de tocar bastante distorcido. Embora eu admita que ambos possuem agudos altíssimos e solfejos em seus repertórios; VH utiliza bastante uma técnica blueseira de "duelar" sua guitarra com seus vocalistas em diversas passagens dos seus álbuns (coisa que pegou de B. Gibbons e Angus Y. e passou adiante para pupilos como D.Dimebag).

Sobre a coleção composta para "5150" acredito que é o bastante para sustentar um bom álbum de Rock n Roll/ Hard Rock. Três grandes hits foram escritos para essa obra: "Why Can't This Be Love", "Dreams" e "Love Walks In", e dos demais sons, que não foram selecionados como canções de divulgação, há de se destacar "Get Up" e "Best of Both Worlds".

Desses sons que formam o 'esqueleto' do álbum, pode-se dizer que "Why Cant..." é uma das melhores composições da banda, e embora apresente grandiosas linhas de guitarra, não depende delas para se emancipar como uma ótima música; 

Dreams também demonstra certa maturidade de composição da banda, evolui principalmente sobre os teclados (por opção de Edward, lógico) mas trouxe à luz a maior jóia dos solos de Van Halen em minha opinião - o segundo, não o primeiro solo da música. Essa pequena contribuição de Ed aparece nos últimos versos da música quando a mesma já está em seu auge, e apresenta-se simplesmente com a guitarra cantando a frase principal da música concatenada a um lindo ligado de tappings finalizado com um bend que o músico preferiu não sustentar por muito tempo. É um grade exemplo como Evh já se continha em algumas situações, preferindo dar valor à composição como um todo. 

Por fim "Love Walks In" é uma das músicas mais exaustivamente tocadas nas rádios, da banda (não sei como os demais Metalcólatras nem sequer citaram essa balada). Uma composição bem chiclete mesmo, que servia para a banda se manter nos topos das paradas musicais que davam muito valor às baladas hard farofa ou estilo "pop sessão da tarde" - que muitas vezes nos referimos aqui no Brasil. A banda era muito boa em utilizar a matéria prima "Love", assim como o KISS e o White Snake faziam na época.. 

Em minha opinião esse álbum demonstra muito bem o que o Van Halen mais fez em sua carreira, aproveitar o prestigio que a guitarra tinha no mainstream naquela epoca, para entregar algumas valiosas composições de hard rock entre álbuns recheados de farofa-pop criadas por um dos maiores estudiosos da guitarra de todos os tempos. 

Sabemos da história do Heavy Metal, da guitarra e do Rock, e sabemos que da forma que as coisas se desenrolaram, Van Halen se tornou uma espécie de padrinho do Hard Rock, e principalmente um dos papas da guitarra, ...... mas fico aqui espiando linhas paralelas de realidades, procurando por alguma em que Ed Van Halen escolheu trilhar o caminho das composições de Metal... imagina o estrago que a criança ia fazer... (fica pra vocês, o exercício de imaginar a canção 'Get Up', aonde Alex colocou um belo bumbo duplo para trabalhar, mas infelizmente Eddie limitou sua imaginação colocando alguns insignificantes acordes suingados, ao invés de destruir com um groove britado.. ¬¬') 

Nota 7, ou \m/\m/\m/\m/.   




quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Dark Avenger - Tales of Avalon-The Terror

O álbum Tales of Avalon-The Terror lançado pelo Dark Avenger em 2001, foi escolhido por The Trooper para análise.

Faixas: 01-The Terror; 02-Tales of Avalon; 03-Golden Eagles; 04-Heroes of Kells; 05-Crown of Thorns; 06-Wicked Choices-Part I; 07-Clas Myrddin; 08-As The Rain; 09-De Profundis; 10-Caladvwch; 11-The White of Your Skin; 12-Crownless Queen; 13-Morgana


The Trooper
3
Este álbum está aqui por dois motivos:
 
1- Eu esqueci que era minha vez e não tinha o que postar;
 
2- Em uma longa conversa regada a cerveja na casa de Gafgarion, meus amigos Virtuoso e Bearded Friend discutiam sobre bandas de metal melódico ou nacionais (não me lembro bem, como disse, foi regada a muita cerveja), e Bearded Friend sugeriu que eu ouvisse uma banda 'muito foda' (se não em engano até colocou uma faixa para tocar).

Bem, a banda foda era Dark Avenger, e o álbum sugerido foi Tales of Avalon. Eu fiquei bem surpreso com a qualidade do som e tenho que admitir que a banda é foda mesmo.

Mas nem tudo são flores para ouvidos rústicos como os meus, acabei achando Tales of Avalon bem, mas beeeem cansativo. Lembra bastante o Operation Mindcrime, mas diferentemente do trabalho do Queensryche, este aqui não conseguiu me envolver com a temática.

As letras não entraram na minha cabeça e achei que elas são bem difíceis de encaixar com a melodia.

Entretanto não há o que falar do falecido vocalista. Detentor de uma voz que estava em outro patamar, sua qualidade somou muito à dos já talentosos instrumentistas.

Enfim, o trabalho está aqui para o Magician dizer se é melódico, ópera, ou o diabo-que-o-for, para terminar a discussão que ele começou lá no OMC. Está aqui também porque pessoas com ouvidos mais refinados podem simplesmente pirar na batatinha com este trabalho. E está aqui também para mostrar um metal brazuca refinado.

Sem mais, encerro mais uma resenha pífia.
 
Nota: \m/\m/\m/

P.S.: Tava lendo as letras no Vaga-lume, que foto de pagoder é essa véi? -->




P.P.S.: Carai, tava esquecendo ... e o processo? Quem lembrar de qual livro de D&D roubaram esse desenho da capa, conta pra mim.



sábado, 29 de agosto de 2020

The Jimi Hendrix Experience - Are You Experienced

 O álbum Are You Experienced lançado por The Jimi Hendrix Experience em 1967, foi escolhido por Phantom Lord para análise.





Phantom Lord

(Esta resenha é um remake de um arquivo tragicamente perdido.) 

 Neste niver de 10 anos dos Metalcólatras, pensei em trazer álbuns manjados de metal como Rebirth (Angra), Somewhere in Time (Iron Maiden) e The Last in Line (Dio), mas decidi trazer o que considero mais significante. 

Há anos atrás eu (e talvez outros metalcólatras) garimpamos em busca do primeiro álbum de heavy metal. Uma busca infrutífera considerando que o surgimento de novos gêneros ou espécies de músicas acontece gradualmente. Agora está na hora de falar um pouco das origens do pai do metal, ou seja, um pouco da história do rock. 

O 1º álbum do The Jimi Hendrix Experience foi lançado em 1967, primeiramente na Inglaterra e poucos meses depois nos EUA. Há quem diga que o rock britânico estava em ascendência após uma certa decadência do rock estadunidense. 
A verdade é que este trabalho de Jimi Hendrix não só mostra toda sua habilidade espetacular com a guitarra, como também mostra uma mistura de ritmos. Mas uma mistura muito competente que a maioria das bandas parece não se aproximar. 
Da versão americana do álbum (resenhada aqui), ao menos 3 músicas, tornaram-se hinos do rock n roll: Purple Haze, Foxy Lady e Fire. Fora o famoso cover da música Hey Joe. 
Eu não tenho mais o que falar das músicas: Apenas ouça essa joça que, se influenciou 20% das bandas posteriores, já influenciou trocentos artistas... 

 "Purple Haze"                        9,0
 "Manic Depression"              7,0  
 "Hey Joe" (Billy Roberts)     7,2
 "Love or Confusion"             7,2
 "May This Be Love"             7,0
 "I Don't Live Today"             7,0
 "The Wind Cries Mary"         6,8
 "Fire"                                     8,3
 "Third Stone from the Sun"   7,2
 "Foxy Lady"                         8,0
 "Are You Experienced?"    6,6
 Nota: 7,3 

 Agora sobre o contexto e o cenário em que Are You Experienced foi lançado: Talvez pareça desnecessário dizer que Jimi Hendrix foi um dos guitarristas mais influentes da Terra. Mas nunca é demais lembrar que este guitarrista que emplacou tantos hits nas rádios e nas casas de shows, foi um negro (ou preto, pra quem prefere assim), com descendência indígena norte americana, e que começou sua carreira ao lado de artistas do blues. Tudo preto, e, no mínimo boa parte deles, pobre. Não falo aqui de um conto inspirador para meritocracia: Longe disto. O álbum foi lançado em um cenário de crescentes protestos populares não só nos EUA, como em alguns países europeus também. É o período em que alguns sociólogos determinam o início da era pós moderna, cuja uma das principais características é maior liberdade em troca de mais insegurança, desigualdade e valorização das narrativas ante os fatos (sim, a pós verdade é mais velha que as redes sociais). Parece muita coisa ruim para pouca coisa boa e o resultado de alguns movimentos foi esse mesmo, mas a questão principal não é essa. A questão principal é lembrar que o rock e seus subgêneros (heavy metal etc) não são conservadores e devem sua existência aos negros

 Portanto você moderador branquinho e conservador de página de metal, que idolatra a antipolítica e a meritocracia pela internet, deve muito às pessoas progressistas e às etnias não européias. 
Você que ganha cargo no governo para inventar que rock é “coisa de satanás/ abortista”, mas gosta de Angra e Metallica, deve muito a quem você odeia. 
Essa turma de conservadores (que só conservam ignorância), não estuda nem a ciência, nem a religião e querem vincular suas bandas favoritas de rock ao cristianismo renegando tantas outras. O rock pode ser vinculado ao cristianismo sim, mas não ao cristianismo de vocês conservadores de ignorância e de negacionismo. O rock tem mais a ver com o profeta progressista que criticava a ganância, pregava o amor ao próximo e a partilha do alimento. Inclusive devo lembrar que Jesus disse isso aqui, sobre o tradicionalismo, o clubismo e o conservadorismo: 
 "Não penseis que eu tenha vindo trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; — porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; — e o homem terá por inimigos os de sua própria casa."


The Trooper
3
10 anos de blog! Quem imaginaria que chegaríamos até aqui? Quer dizer ... chegamos capengas, com os membros que fizeram a proposta de criar o blog (Mercante, Pentelho, etc.) totalmente desaparecidos (não entram nem para ver o que está rolando).

Mas chegamos, e é isso que importa! Um comprovante de perseverança, particularmente deste morto-vivo que vos fala, que insistiu em dar poção de lich na boquinha dos membros restantes, que também foram perseverantes ao tapar o nariz e tomá-la.

É aniversário também do nosso membro passeriforme, que como fênix, seu antepassado distante, ressurgiu das cinzas para nos infernizar novamente. Parabéns, Pirika!

Por fim, Jimi Hendrix. Não tenho muito o que falar. Acho algumas músicas realmente fantásticas, como All Along the Watchtower, que não é deste cd, e serviu de trilha sonora para Battlestar Galactica.

Neste trabalho, em específico, três músicas são muito boas: Purple Haze, Fire e Foxy Lady (estou proibido de comentar e dar nota para covers pelo burocrata lawful, Magician, então nada de Hey Joe).

De resto, é claro que eu reconheço o talento do cara, e principalmente, a influência/contribuição dele para o rock e seu descendente, o heavy metal. Mas paro por aqui, meu gosto é apático com blues e ignora músicas viajantes.

Como velho que sou, claro que irei reclamar dos metalcólatras, esse palhaço do Phantom tinha que comprar o cd e emprestar para o restante dos membros. O Pirika tentou remediar mandando um zip safado baixado de algum lugar virtual imundo que estava todo zoado. Fui ouvir no Youtube e alguém teve a pachorra de adicionar à lista uma das músicas tiradas de sua jogatina num Guitar Hero da vida!

Enfim, fuck off.

Parabéns a todos.

Nota: \m/\m/\m/


quarta-feira, 29 de julho de 2020

Iced Earth - Something Wicked This Way Comes

O álbum Something Wicked This Way Comes, lançado em 1998 pelo Iced Earth, foi escolhido por Pirika para análise.


Faixas: 01-Burning Times; 02-Melancholy (Holy Martyr); 03-Disciples of the Lie; 04-Watching over Me; 05-Stand Alone; 06-Consequences; 07-My Own Savior; 08-Reaping Stone 09-1776 (Instrumental); 10-Blessed Are You; 11-Prophecy; 12-Birth of the Wicked; 13-The Coming Curse




Phantom Lord

Excluindo as fases ignoráveis do blog como as épocas das postagens dos álbuns do Slash e do Lulu, este é o meu maior atraso neste blog. “Pulei” a postagem anterior para resenhar este disco do Iced Earth... Vocês fãs e demais metalcólatras devem estar se perguntando: Porquê?? Por onde andou o sábio Phantom Lord?? (Brincadeira, eu sei que vocês não estão)
A verdade é que estou gradualmente cada vez mais desinteressado no Révi Metau. Para mim está ótimo ter uns 200 álbuns no pc e um total de quase 4000 músicas para se ouvir ás vezes. Bem às vezes. Além de meu gosto estar mudando (ou só saturando), estou às portas da tiozisse oficial: Em alguns meses entro para turma dos entas. Mas juro que não vou gostar de MPB por causa disso.

Agora sobre o álbum do Terra Congelada, eu já ouvira (que jeito chique de falar “tinha ouvido”, né?) várias vezes. Achei ele melhor que o Dark Saga que só tem a capa de bacana. Este álbum que leva o nome duma obra literária (a tradução seria Alguma Coisa Pervertida Está à Caminho?) contém ao menos 4 faixas que me chamaram bastante atenção por anos: Burning Times, melancholy, Disciples of Lie e Watching Over Me.

Sempre vi um potencial no vocalista por causa de seu timbre diferenciado, mas em diversas músicas ele escolhe uns tons meio bundões por muito tempo (como em Blessed are You, por exemplo), daí acaba me torrando a paciência. A parte instrumental tem seu diferencial ou sua marca em relação às outras bandas, mas ao todo, o Iced nunca conseguiu fazer um álbum fodão.

Observações feitas, a minha opinião é que o SWTWC é bacana. Passei a gostar mais de Consequences após a última audição... Sendo assim sugiro aos fãs de heavy metal, que ao menos ouçam uma vez este álbum do Iced Earth.

Enfim opinião é isso aí. Não é bem como a bunda como dizem por aí, pois Platão descreveu melhor o que é opinião: É o que fica entre a ignorância e a ciência/ o conhecimento. Se a opinião não é uma busca pela(s) verdade(s) como o conhecimento/ a ciência, a opinião não deve ser imposta guela abaixo dos outros. É assim que mamadeiras de piroca, ditadura gayzista e terraplanismo viram “verdades” hoje em dia.

1. "Burning Times" 8,0
2. "Melancholy (Holy Martyr)" 7,3
3. "Disciples of the Lie" 7,5
4. "Watching Over Me" 8,8
5. "Stand Alone" 7,0
6. "Consequences" 8,2
7. "My Own Savior" 6,0
8. "Reaping Stone" 6,7
9. "1776" 7,0
10. "Blessed Are You" 6,1
11. "Prophecy" 6,3
12. "Birth of the Wicked" 6,5
13. "The Coming Curse" 5,8

Nota: 7,0

Curiosidade: Muitas bandas criticam um determinado tema ou alvo, imitando este alvo. Como exemplo de imediato lembro-me de Disposable Heroes do Metallica (onde o vocalista grita palavras de ordem de um comandante para o soldado) e esta Burning Times parece seguir a mesma linha. Eu achava válido (ainda acho que são boas músicas em variados aspectos), mas muita gente, mas muita mesmo, não entende as mensagens destas músicas. Quando digo muito, nem preciso de um vasto estudo, é só constar os fatos que citei acima. Num mundo onde acredita-se que o planeta é um disco ou uma chapa, quantos vão entender a mensagem destas músicas? Isto deve agradar muito caras como o Metal Mercante que pregava que o metal não precisava se popularizar e que era melhor que se mantivesse “para poucos com bom gosto”...


Pirika
Nota do editor - Esta resenha contém clubismo.

10 anos depois do começo do blog temos o prazer de resenhar Something Wicked This Way Comes, essa obra maravilhosa que fez parte da minha história como Metalcólatra. Meu carinho por esse cd se deve ao fato de que ele foi comprado na minha segunda ida a Galeria do Rock lá em meados de 2000 junto com o Alive 3 do Kiss, ambos por indicação do Julião que já conhecia a banda bem melhor com o Alive in Athens e não posso deixar de dizer que ele acertou em cheio em ambos.

Eu ouvia tanto esse cd que minha mãe quis me fazer uma surpresa e me presenteou com outro cd da banda tão escutada, o primeiro cd intitulado Iced Earth cujo o vocalista não era o divino Matt Barlow e sim Gene Adam. Posso garantir até hoje que depois de ouvir When the Night Falls do Alive in Athens na voz do Barlow trocentas vezes com aquela baixa qualidade de produção ao vivo, descobrir no momento que eu botei o Iced Earth pra tocar que o vocal era outro, e bem pior, foi uma das minhas maiores decepções metaleiras da adolescência.

Agora que já contei a maravilhosa experiência negativa com o primeiro cd do Iced Earth, precisamos falar sobre a experiência com Something Wicked This Way Comes que foi o completo oposto. Pra começar que esse cd por si só é de uma qualidade ímpar, a capas do Iced Earth sempre foram de longe uma das minhas preferidas (essa em especial feita por Greg Capullo) e o som feito pelo Iced Earth que na época não era nem um pouco batido, um power/speed de respeito com Jon Schaffer sendo um monstro da guitarra e Matt Barlow sendo um monstro nos vocais. Era simples assim.

O cd praticamente inteiro é de total solidez, a única música um pouco mais fraca é Consequences porém até ela possui uma letra muito legal. Burning Times merece destaque como a melhor música desse cd, uma porrada de boas vindas. O cd também possui outros diversos destaques como as outras porradas (My Own SaviorDisciples of the LieStand Alone), as músicas mais lentas (MelancholyWatching Over Me (letra maravilhosa feita para o falecido amigo de Jon), Blessed Are You) até a música instrumental 1776. O meu último destaque fica por conta da Trilogy of the Wicked, as 3 últimas músicas do álbum que dão início ao conto da saga de Set Abominae e os Setians.

Para finalizar eu queria lembrar tive o privilégio de ir no show em 2010 quando o Barlow voltou a banda. Eu fui algumas vezes agraciado com com o melhor set list possível para o meu gosto pessoal (Impossível não mencionar aqui o Megadeth com a Blackmail the Universe tour em 2005 e aquele setlist pra lá de absurdo.), uma delas definitivamente foi o inesquecível show do Iced no Via Funchal com a galera pirando no Burning Times, se emocionando na dobradinha Dark Saga + A Question for Heaven (nessa última com a galera substituindo o maravilhoso back vocal feito originalmente pela irmã do Matt Brown) e até mesmo se surpreendendo com a capacidade do Matt Brown de cantar Ten Thousand Strong gravada por Tim "Ripper" Owens. Adicionei todos esses vídeos abaixo, menos Ten Thousand Strong pois não achei registro com qualidade suficiente, e adicionei também o AMV de My Own Savior do anime Berserk pois assistir vídeo musical de anime era uma das formas mais legais de conhecer músicas novas de metal (depois só passaram a usar nu metal aí ficou uma bosta).

Não sei se deu para perceber mas a minha casa ama e protege o Iced Earth com Jon Schaffer e Matt Barlow. Obrigado. De nada.


Top 3: Burning TimesMelancholy (Holy Martyr) e Watching Over Me. Shame Pit: Consequences.

Nota: 8

"Wrote about in history as if it’s all O.K.
A race of people murdered, another one enslaved
Now our world crumbles, it’s happening within
Open your eyes and realize the world we’re living in."

AMV - My Own Savior


Iced Earth - Burning Times

Iced Earth - A Question For Heaven 


Iced Earth - Ten Thousand Strong (Metal Camp Open Air - 2008)


The Magician

Dos recônditos mais profundos da memória desse metaleiro, nosso amigo pássaro arrancou e trouxe à tona Something Wicked This Way Comes (SWTWC), um trabalho magistral da banda americana Iced Earth.

 Aliás antes de escrever qualquer coisa, é preciso dizer que o Iced é o maior acerto americano no sub gênero Power Metal desde DIO (que basicamente ratificou o gênero). Digo isso porque em inúmeras passagens aqui do blog critiquei o fraco movimento do Power Metal americano, sempre sob as sombras do movimento europeu.

 Tudo bem que no caso da banda de Schaffer, as referências ao Heavy Metal Britânico Old School (especificamente Iron Maiden) e ao Thrash Metal americano (especificamente Metallica), nesse álbum por exemplo, ficam realmente muito claras. Isso facilita muito para a banda promover seu estilo nos critérios de eliminação do mercado do Heavy Metal. Mas cuidado, não confunda; beber dessa fonte de referências clássicas não desqualifica e não reduz o próprio estilo super peculiar do Iced Earth, que mesmo com a alternância de vocalistas se manteve fiel a criação de uma identidade forjada ao longo de mais de três décadas. Outro ponto importante é que o Iced é uma das bandas que solidificaram sua carreira justamente com os trabalhos produzidos próximo à virada do novo (hoje já não tão novo assim) milênio; época extremamente producente para o gênero Heavy como um todo (o cenário B do Metal tinha muita demanda para shows, o movimento do compact disc no auge.... dinheiro entrando e fomentando essa criatividade, já falamos disso por aqui).

Mas a despeito do cenário geral e do mercado da música pesada, a banda de John Schaffer deixou alguns legados para as gerações futuras, e arrisco dizer que o melhor de sua obra como banda está exatamente aqui. SWTWC é um álbum direto com grande profundidade ao imprimir as linhas de percussão, guitarras base e melodia dos vocais (ainda acho que é também a melhor apresentação das guitarras solo da banda até 2000). A contundência entregue nos sons mais pesados é contra balanceada pelas 'heavy ballads', intercalando assim as faixas entre peso e melodia, em boa parte do trabalho. Mesmo acatando que o Iced tem limites bem estabelecidos em sua sonoridade que podem ser entendidos como vícios que 'prendem' a banda em uma determinada zona de ação, não tem como não reconhecer o poderio das composições dos americanos em "Something Wicked...".

A consistência em alto nível do disco é assustadora, quando você pensa: "OK, agora vem uma música para eu poder ir tirar água do joelho.." nada disso meu amigo, só tem paulada ou sons épicos, sem tempo para digerir a massaroca que vem goela abaixo.

John Schaffer que já era reconhecido como um dos mestres do groove metaleiro, aqui vai além, e da espaço para melodias pontuais da guitarra solo, e também com sincronização mais coesa com as linhas de bateria (o bumbo duplo em consonância com os riffs do refrão em "Stand Alone" simplesmente irão tirar o seu fôlego). E sobre MB, como o próprio Shaffer disse, foi o trabalho que mais se envolveu e dedicou seu talento para o Iced. Simples assim, e o resultado não poderia ser outro: interpretações eloquentes que elevam as composições a um patamar de imersão que dificilmente podemos encontrar nas demais publicações da banda (ouvir o Robb Flymm "chupando" o microfone nas suas inspirações que procuram demonstrar raiva nas interpretações me fizeram desistir do Machine Head, e aqui Barlow simplesmente dá uma aula de como usar essa técnica em "Disciples of The Lie" sem cagar na música).

Difícil destacar faixas que sobressaem, todas sem exceção são destaques, mas vou citar a faixa "1776" que mesmo sem a presença de Barlow exprime toda a essência do momento inspirado do Iced Earth em SWTWC, e é claro "Watching Over Me" que é um expoente na discografia dos americanos. Mas fique esperto, e se quiser conhecer "Something..." escute este trabalho com atenção que ele merece, pois cada som é uma jóia rara e é por isso que o triplo 'Live in Athens' sempre foi entendido como o essencial sobre o grupo de John S., porque SWTWC é tocado na íntegra nesse ao vivo na Grécia.

Nota 9, ou \m/\m/\m/\m/\m/.

Quantas milhares de vezes eu escutei o triple digipack live do Iced (literalmente esse mesmo que o Pirika comentou na resenha dele)??? lembrar de Something Wicked foi como acessar memórias por meio de hipnose, estava tudo lá o tempo todo, cada faixa, cada riff, grooves, melodia... e tudo continua tão brilhante e maravilhosos como naquela época, em que o Heavy Metal para mim ainda era um vasto campo a ser desbravado!

Nostálgico, valeu Pirikotes.     






The Trooper
3
Confesso que este álbum me surpreendeu um pouco, ao contrário dos baba-ovos acima, eu nunca fui fã de carteirinha do Iced, tanto que tive que me retratar na resenha do Dark Saga.
 
Embora já tivesse ouvido o Live In Athens, não sabia muito o que esperar do SWTWC, não sabia nem mesmo que este foi o trabalho subsequente ao Dark Saga, ao contrário, pela sonoridade achei que era um trabalho anterior.
 
O que mais me surpreendeu foram as letras, há uma grande diversidade, indo da fantasia à crítica social. Depois li que o dono da banda pensou em fazer um novo álbum temático mas tinha composições prontas, então apenas as três últimas faixas estão nesse contexto (a última, embora não tenha o nome do álbum, parece ser a verdadeira Something Wicked This Way Comes).
 
As críticas atiram para todo lado (talvez incluindo obras de ficção como meio), desde padres pedófilos à religião, colonização e escravidão. Não era algo que eu esperava do Iced Earth (embora se eu fosse chutar alguma posição política, chutaria um anarquismo).

Por fim, o som me surpreendeu também, pois Dark Saga eu só consegui apreciar devido à imersão no tema, que canalizou a lentidão do Iced para algo bom. Aqui não há tema único (exceto o combo final), mas houve muitas vezes a imersão em músicas separadas, algo difícil para mim, que achava as músicas do IW todas iguais. Talvez a velhice amoleceu meus ouvidos.

Ainda há alguns sons estranhos por aqui, Disciples of Lies é a faixa que mais destoa do restante, parece que saiu de um debut semi-punk. O Iced se aventura em algumas quebras de ritmo que nem sempre passam pela minha garganta, como em Reaping Stone. Mas no geral é um álbum muito bom. Meu destaque vai para a manjadíssima Watching Over Me, Melancholy (Holy Martyr) e o trio temático (com o ápice do álbum, The Coming Curse, fechando com chave de ouro).

Nota: \m/\m/\m/\m/

P.S.: Dark Saga ainda é melhor como um todo.
P.P.S.: Aviso - como eu disse, é possível que a velhice amoleceu meus ouvidos, portanto, você, jovem hard ear, pode ter o saco explodido pelos diversos trechos lentos.


domingo, 21 de junho de 2020

Halford - Resurrection

O álbum Resurrection lançado em 2000 pela banda Halford, foi selecionado por The Magician para resenha dos Metalcólatras.


Faixas: 1."Resurrection";2."Made in Hell";3."Locked and Loaded";4."Night Fall";5."Silent Screams";6."The One You Love to Hate" (feat. Bruce Dickinson);7."Cyberworld";8."Slow Down";9."Twist";10."Temptation";11."Drive";12."Saviour".

The Magician
O Titio do Metal está no blog novamente. Dessa vez com seu mais duradouro projeto solo: "Halford", que gerou 4 álbuns desde 2000.

Adicionei essa postagem no blog pela nostalgia que essa época e esse estilo enraizado de Metal me provoca, sendo um trabalho sólido e de qualidade dentro do "Heavy-Metal-Sem-Sub-Gênero" de meados da virada do século, época em que acredito ter sido o verdadeiro último suspiro da cena envolvendo as grandes bandas.

Uma das memórias mais vívidas que tenho até hoje foi daquele memorável RiR de 2001, no qual tivemos grandes apresentações de bandas ressurgindo das trevas, como Sepultura, GnR, Iron Maiden e o a banda do Frontman Metal-God, Rob Halford. Naquele show ele tocou o álbum Resurrection praticamente na integra e não fez feio, mesmo estando órfão do Padre Judas, o velhinho mandou muito bem.

Aliás Rob tem uma reputação inabalável, desde essa época com o “Halford” até seu retorno e continuidade ao lado do Judão, não dá pra falar que o carequinha sensível saiu do estilo para se aventurar em experimentações psicodélicas como muitos outros grandes vocalistas do Rock/Heavy Metal fizeram. Rob é honesto em saber que essa é sua praia, e se sai muito bem em aplicar toda sua habilidade vocal em um modelo que só lhe dá liberdade para experimentar, quando muito, no âmbito na voz (que diga-se de passagem, aqui nessa época já entregava suas linhas com maestria sem igual).

Uma vez definido o terreno em que o Metal-God erigiria seu novo trabalho, bastava escolher um line-up de suporte experiente e competente para a fórmula mágica do Heavy Metal reagir e criar uma obra notável. E foi o que aconteceu, o recrutamento de Jarzombek (lembram da resenha do Riot?) P. Lachman (Damage Plan) e Chlaciak (support do Testament, S. Bach e tantos outros) foi o suficiente para materializar o grande trabalho que estava na moringa lustrosa do inglês. Mas é claro que teve a faísca que acendeu toda essa pólvora depositada em Resurrection: o iluminado produtor Roy Z.

Já nem sei quantas vezes escrevi aqui sobre o talento e habilidade desse produtor-guitarrista que deixou sua marca em inúmeros trabalhos memoráveis de bandas como Helloween, Sepultura, Bruce Dickinson, André Matos, Malmsteen, entre outros... . Para vocês terem ideia mesmo assumindo a guitarra em somente uma faixa deste álbum (“The One You Love to Hate”), Roy participa efetivamente em 8 das 12 composições do trabalho (o release de 2006 tem 16 faixas). 

A fina sintonia que Roy encontrou para casar a super desenvoltura das vozes de Rob com as guitarras e com a cozinha, gerou uma pegada surreal para um álbum de aproximadamente 45 minutos (uma hora na versão estendida) que parece voar nos nossos ouvidos. Incrivelmente não achei nenhuma faixa fraca, com vários destaques notórios como a paulada faixa título, “Locked and Loaded”, “Made In Hell”, “Night Fall”, “The One You Love to Hate”, “Twist” e “Savior”.

Sobre o trabalho lírico, acredito não ter muito para escrever.. são letras simples e bastante abstratas, que pela quantidade de repetições de versos e bridges, não possuem nem espaço para se mostrarem profundas. Contanto que mantenha essa sonzeira viva, não critico as opções semânticas de Rob Halford (e achei a letra de “Made In Hell” divertida...). 

Talvez apenas tenha faltado uma faixa ‘super épica’ para elevar o patamar dessa obra para o nível daqueles grandes trabalhos históricos do Heavy Metal, mas se tem uma coisa que dá pra afirmar na conclusão dessa resenha sobre o debut do “Halford” é que Resurrection é extremamente sólido e totalmente fiel. 

Aquela velha fidelidade que enche o coração dos verdadeiros metaleiros de pura alegria e satisfação..... enfim, um álbum delicioso!

Nota 7,9 ou \m/\m/\m/\m/.

Um capítulo a parte para escrever sobre a participação de Bruce Dickinson nesse álbum. O baixinho teve sua participação na composição e nas linhas vocais de “The One You Love To Hate” facilitada pelo seu guitarrista e produtor da carreira solo Roy Z, e agora estava trabalhando com Halford, a combinação em minha opinião (e acredito que na opinião da maioria dos headbangers) foi explosiva.

Em sua biografia, Dickinson confidencia que este trabalho motivou a possível criação de um projeto “3 tenores do Metal” que seria conduzido pelo sr. Rod Smallwood produtor e testa-de-ferro do Iron Maiden. Contudo desde o começo Bruce falava que entraria no projeto somente se seu dueto com Rob fosse completado por Ronnie J. Dio, mas o querido do Smallwood defendeu a presença de Geoff Tate por causa da idade “avançada” de Dio (em 2000..... ¬¬’).

Bruce aceitou enfim conversar, e chamaram o tal americano metido a besta para a ouvir proposta (inclusive rendeu uma versão de “The One You...” com Tate, Rob e Bruce), e adivinhem.... Geoff não se interessou. Assim morreu o maior projeto da longa história do Heavy Metal antes mesmo de ter nascido........ Smallwood, seu A-Hole!


Geoff Tate...... quem é você, maluco??? QUEM É VOCÊ??? VAI FICAR CANTANDO SOZINHO OPERATION MINDCRIME NO SEU QUARTO DO FUNDO DA CASA DA SUA AVÓ!!!!!!!!!!


Pirika
Resurrection, primeiro cd do Metal God debaixo de sua banda Halford, chega ao blog 10 anos depois da criação do mesmo. O álbum é bom, é sólido e possui música com 2 dos 3 melhores vocalistas da história do metal, não há como o final da história ser muito diferente. 

Como frisou bem o Magician em sua resenha, um dos pontos mais importantes a se destacar sobre esse álbum é que ele foi produzido por Roy Z, aquele mesmo que havia acabado de produzir Accidenth of Birth, Chemical Wedding e estava trabalhando na produção The Dark Ride. Juntando a produção, um line-up de responsa e o talento de Rob tava escrita a fórmula do sucesso.

O cd em sua totalidade é de bom pra cima, com os óbvios destaques para a música de abertura Resurrection, a maravilhosa Made in Hell, a agradável surpresa Silent Screams e The One You Love to Hate. O que dizer dessa última além de que mesmo se ela fosse ruim seria boa? Rob Halford + Bruce Dickinson, não há muito mais que precise ser dito para ilustrar a importância e qualidade dessa faixa 6. O resto do cd mantém a sua qualidade, Slow Down, Twist e Drive são realmente boas músicas. As exceções ficam a par de Lock and Loaded e Temptation que para mim soaram muito batidas e pouco agradaram.

Top 3: Resurrection, Made in Hell e The One You Love to Hate. Shame Pit: Lock and Loaded.

Nota: 7,6 

The lies that never learned
The needles in my heart
And things will never change
So every time I scream I'm killing pain

PS: Segue como bônus a faixa título ao vivo no Rock in Rio, a voz do Metal-God é realmente um dos maiores tesouros do metal. Long live the God.




Phantom Lord

Vamo lá resenhar (este sim, atrasado) mais um álbum de popstars do heavy metal. Diferente do trabalho com o Fight este álbum de Robert John Arthur Halford traz músicas com conteúdo / letras mais de cunho pessoal e de clichês do heavy metal. Exceções feitas a The One that You Love to Hate (onde parece haver uma crítica aos “religiosos do deus dinheiro”) e Cyberworld (que parece um tema visionário para época, sobre o que empresas como o Google e o Facebook fazem de uns anos para cá).
A sonoridade está mais ou menos em um padrão esperado de Rob Halford: Metalzão com bastante espaço para seus vocais marcantes (claro, afinal é um “álbum solo”). Por causa deste “padrão esperado”, um dos destaques fica por conta de Silent Screams. Não que eu achei esta música espetacular, mesmo porque ela possui umas mudanças de ritmo que eu não acho tão interessantes assim... O que me chamou atenção é que ela tem uma pegada típica do álbum Brutal Planet do Alice Cooper, o que dá uma variação inesperada neste álbum do Halford. Outro destaque é “O Cara que Você Ama Odiar”, mas se trata de uma faixa meio desleal, pois conta com participação de nada mais, nada menos do que Bruncin DinckinSonn: O famoso frontman do Maiden, quando ainda tinha fôlego. Ainda sobre a sonoridade do Ressurection é curioso que nota-se o dedo de alguém que também esteve por trás de Chemical Wedding (de Bruce Dickinson) e do Dark Ride (do Helloween)... É o produtor tão admirado por Magician e talvez pelo Pirikitus também... Enfim, produção conta... Um pouco.

1. "Resurrection" 7,5
2. "Made in Hell" 6,4
3. "Locked and Loaded" 6,6
4. "Night Fall" 6,0
5. "Silent Screams" 7,0
6. "The One You Love to Hate" 8,0
7. "Cyberworld" 7,7
8. "Slow Down" 7,2
9. "Twist" 6,4
10. "Temptation" 6,6
11. "Drive" 6,7
12. "Saviour" 7,0

Nota: 6,9
Creio que se ouvisse Ressurection 2d4 anos atrás eu iria curtir mais este álbum. Hoje em dia, como eu disse na resenha de Something Wicked This Way Comes, tô ficando meio sobrecarregado do gênero musical. E de muitos temas comuns neste gênero.


The Trooper
3
Finalmente apareci para escrever minha resenha, ando com dificuldades para parar e ouvir os álbuns, talvez essa fosse uma das poucas e mínimas vantagens de não se fazer home office: ser forçado a ficar 3 horas preso indo de algum lugar para outro, e portanto, forçado a ouvir os álbuns.

Choradeira de lado, foi inevitável desde as primeiras audições (na verdade ouvi este álbum em algum ponto do passado distante, mas a lembrança é vaga) compará-lo com o outro álbum do 'Halford' (na verdade, Fight) que apareceu por aqui, o War of Words.

Houve alguns pontos em que eu pensei que Resurrection ultrapassaria War of Words, e realmente, talvez algumas melhores músicas de um sejam melhores que a do outro, mas no fim War of Words me pareceu ligeiramente melhor.

A primeira ideia que me surgiu foi o gráfico de uma distribuição normal (claro que, só para enfatizar o meio, afinal não há faixas ruins para terem uma nota semelhante a zero), pois o meio do álbum é excepcional, as quatro faixas, Silent Screams, The One You Love to Hate, Cyber World e Slow Down são definitivamente o destaque do trabalho.

Embora eu tenha achado as letras deste trabalho bem abaixo daquelas do War of Words (são pessoais demais para eu me identificar), elas também tem o topo de sua qualidade nas quatro faixas do meio.

Para quebrar a ideia da distribuição normal, o álbum dá um último pico de energia e criatividade na faixa Drive (embora a letra não acompanhe a qualidade do som). Se eu desse notas por faixa, acho que ficaria bem semelhante à avaliação do Phantom (de vez em quando ele é coerente).

A influência de Roy Z é perceptível, em breves momentos consegui lembrar do Accident of Birth, e o trabalho dele é muito bom. Mas é claro que o destaque vai para o maldito do Halford, vai cantar bem assim na casa do c@#@*&0! E, é claro, o dueto com Dickinson foi difudê de bom, mas mesmo não sendo fã de músicas lentas, Silent Screams me surpreendeu, é uma música extremamente densa, e supera The One You Love to Hate como a melhor do álbum.

Nota: \m/\m/\m/\m/