terça-feira, 21 de julho de 2015

Brutallian - Blow on the Eye


O álbum Blow on the Eye de 2015 da banda Brutallian foi escolhido pelo Hellraiser para análise.





Hellraiser
3Nem só de Sepultura, Viper, Angra, Shaman, Almah e afins vive o Metal nacional ! 
FATO !!!!!! 
Na verdade acho que nem mais vive delas…… 
Bom... vamos la, .... pegando carona no post de uma tambem banda tupiniquim do Magician aqui no Blog, venho apresentar aos Metalcolatras interessados, essa otima banda maranhense de Heavy Metal. 
O álbum de estreia da banda acabou de sair quentinho do forno, foi lançado neste ano corrente e serviu para trazer aos meus ouvidos uma excelente sonoridade praticada por estes maranhenses, e a qual quero dividir com meus amigos. 
Ao lado de outra excelente banda de Heavy Metal, a paraíbana Shock , estas duas bandas me impressionaram pela qualidade de suas musicas e principalmente pela produção, que não fica devendo EM NADA se comparado aos trabalhos das bandas gringas. 
O álbum tem uma pequena intro e já descamba para um excelente Heavy Metal vigoroso e empolgante com a faixa de abertura que leva o nome do álbum. Grandes influências do excelente Fight do Rob Halford são notadas logo de cara, inclusive em varias passagens o vocal de Pablo Barros chega a lembrar o timbre do Halford nesta época do Fight. 
A musica tem uma levada mais rápida, porem com uma alteração de andamento no meio da musica, a qual deixa a musica com mais peso ainda. 
Logo em seguida vem a Black Karma com uma excelente levada, vários vocais dobrados e um belo refrão contagiante !! SONZEIRA PURA !!! 
Acredito que seja impossível já não estar se empolgando com esse álbum, ....mas se caso ainda estiver sentado sem balançar a cabeça, aguarde a próxima faixa. ( se caso não estiver doente ou gostar de algum outro tipo de musica ) 
Primal Sigh vem seguindo o mesmo padrão das anteriores...... guitarras poderosíssimas carregadas de peso, vocais dobrados e bateria altamente empolgante e precisa, servindo de base para excelentes refrões, mudanças de andamentos e belíssimos solos !! ISSO É METAL PORRA !!!!! 
Psycho Excuse serve apenas como um respiro, ...talvez está mais para uma intro para a proxima faixa. 
Talvez a de levada mais rápida seja a You Can´t Deny Hate, com excessão do refrão que tem uma parada interessante. 
Hora da faixa de trabalho da banda – Hell is Coming With Me. (PQP!!!) 
Excelente levada, pesada, empolgante, viciante, um solo maravilhoso......impossivel não chacoalhar a cabeça nesta levada !! 
E novamente conta com mais um excelente refrão altamente pegajoso que após apenas uma ouvida, se você curte METAL, você com certeza vai sair cantando esse refrão pelas ruas !!! 
I, The Scoundrel vem na mesma linha das anteriores, e novamente com grandes lembranças do extinto Fight. 
E pra fechar em grande estilo esta ótima obra do Heavy Metal da terra do futebol ( só que não mais ) outra excelente musica, a Pain Masterpiece, que aí a banda prova que até no fim não vai deixar a peteca cair em momento nenhum, muito pelo contrario, outra excelente porrada pra balançar a cabeça ( caso já não esteja com ela doendo ). 
As faixas contam com 5 e 6 minutos em sua maioria, porem nenhuma delas chega a cansar o ouvinte, existe sim, no fim a sensação de ¨quero mais¨ talvez até pelo fato de ter apenas 7 faixas reais. 
Nota 8,5 
É do Brasil sil sil sil 

Phantom Lord
Brutallian inicia seu álbum Blow on the Eye com uma intro meio brega e um heavy metal tradicional bem trabalhado: A faixa título mostra um vocal alternando entre um timbre médio-grave e um "estilo Rob Halford"... 
 A parte instrumental tem seus bons momentos mas ocasionalmente caí em repetições toscas, o que faz com que o vocal se destaque com mais facilidade.

Falando em repetições, quem ouve música (e presta atenção nelas) sabe que isto (a repetição) é um artifício utilizado frequentemente na indústria da música. Esta é uma das características de músicas mais comerciais (ou "radio-friendly") que geralmente possuem mais chances de se tornarem "hits" ou "populares". Algumas músicas mais longas ou mais complexas já conseguiram se manter na programação das rádios, mas isso é raridade, praticamente exceção à regra. Particularmente meu gosto flutua entre algumas músicas comerciais e outras mais complexas: Poucas músicas de "metal progressivo" ou de "metal extremo" me chamam atenção, enquanto muitas do heavy tradicional, do thrash (bem trabalhado como Rust in Piece e Master of Puppets) e do power/speed metal (Keeper of the 7 keys, Renegade, Somewhere far Beyond e Tunes of War por exemplo) figuram entre meus trabalhos favoritos. 

 O que temos aqui em Blow on the Eye, é um trabalho de uma banda independente focada nos estilos mais tradicionais do heavy metal, se aproximando um pouco da linha mais melódica (como os trabalhos de Rob Halford), sem se arriscar além disto. Talvez a banda optou colocar uns trechos repetitivos nas músicas na esperança de ganhar um espaço na mídia, ou talvez... foi um caso de uma sutil falta de criatividade... Digo sutil, porque o disco Blow on the Eye até apresenta algumas músicas interessantes. 
 Todos já devemos saber que o "heavy tradicional" é um estilo surrado que gerou zilhões de bandas e discos, seja no mainstream ou fora dele. Ao longo dos anos, dos anos 80 para cá, o heavy metal não só gerou bandas como se dividiu em vários sub gêneros musicais e estes sub gêneros são opções para os músicos / bandas que tem uma preferência a tentar inovar... Afinal como já citei X vezes, o mais DIFÍCIL é inovar dentro dentro de um estilo já super explorado! 
 Apesar do Brutallian conseguir criar alguns trechos inovadores que não soaram cópia de outras bandas, eu só destaco a faixa Pain Masterpiece... (a música com estilo mais próximo dos trabalhos do "quase melódico" Rob Halford) e talvez Black Karma. Enfim, a banda mostrou muito potencial, ficaria melhor se seus instrumentistas conseguissem aperfeiçoar algumas das mudanças de ritmos (ou de andamentos?) que soaram repentinas e se tentassem diminuir alguns trechos de música repetitivos. 

 A Prelude to Agression / Blow on the Eye 7 
Black Karma 7,3 
Primal Sigh 7 
Psyco Excuse / You Can`t Deny Hate 6,9 
Hell is coming with Me 7,1 
I, The Scoundrel 6,8 
Pain Masterpiece 7,5 

 Nota Final: 6,9


O PENTELHO
Fala galera aqui estou eu novamente pra causar nas resenhas desse "Brogui".

Seguinte, agora é a vez do "Brutallian", banda brasuca de Heavy Metal.


Bom pra começar a intro é meio estranha, e realmente não contribui em nada ao álbum rs.

Partindo agora para as músicas, o disco inicia com "Blow on the Eye", título do álbum. Sinceramente eu esperava mais hein...primeiro porque os caras já entregam o ouro logo de cara, é a primeira música. Isso faz com que o set obrigatoriamente comece no alto, arrebentando, quebrando tudo (pra porra da introdução fazer algum sentido) mas minha sensação foi um grande "NHÉ". 

Após isso instantaneamente pensei "fudeu, se começou assim a chance do resto não se salvar é grande", e ai veio Black Karma com um refrão que mais parece um tio resmunguento e choroso.

"Primal Sigh" começa preocupante, temos um cara com dificuldades em respirar, talvez um asmático sei lá, trás a bombinha do cara pra ver se melhorar.

"Psyco Excuse" com seu violão e voz mostra potencial, um ar sinistro, envolvente, misterioso, você fica preso ao som, ao cântico, levanta com a virada de ambiente (vocal subindo e chamando uma empolgação) e ai.....ela acaba e da lugar para "You can,t deny hate" que poderia ser uma continuação a altura, mas não. Ela muda o estilo, muda todo o universo criado na música anterior.

Analisando ela de forma avulsa, ela é legal, mas ela te deixa confuso se ouvida após "Psyco Excuse". Por ela ser curta, as coisas acontecem muito rápido, duas frases de música já entra um refrão, mais duas entra um solo, ai refrão, ai som, ai acaba. Ela poderia ser fácilmente melhor trabalhada e ocupar uns bons 5 a 6 minutos do albúm e certamente teria um ótimo potencial, mas a banda invetsiu enoutras músicas que não empolgam tanto.

Quando a "Hell is Coming with Me" começa, senti uma energia positiva...estava chegando a música que seria ouvida outras e outras vezes. Sim meus queridos temos um ótima música neste álbum, e confesso que depois de ouvir o álbum uma vez, fiquei cantarolando este refrão o dia inteiro. Taí a música nota 10 do disco e vai pra minha setlist.

"I, The Scoundrel" passou e acabou....eu comecei a ouvir e quando percebi eu estava lendo e respondendo um e-mail durante a música, tipo sem força nenhuma para prender minha atenção.

Pra finalizar temos a cereja do bolo, "Pain Masterpiece" que é apenas mais do mesmo no set.

Ao meu ver o álbum não precisa ser 100% foda, mas começa empolgando, faz umas cagadas, recupera no meio, caga de novo e termina arrebentando, já é uma boa fórmula pra fazer sucesso, e neste aqui o final é a continuação da pegada da banda que muda em apenas 3 músicas (sendo que 2 são curtas).

Concordo com o amigo Hellraiser quando diz que a produção do disco não deve nada para as bandas gringas pois, realmente, ta tudo muito bem equalizado e é possível distinguir os instrumentos e não cansar ao ouvir o set completo, mas como eu disse, espero o próximo para me empolgar mais.

O álbum tem peso, tem elementos de Heavy Metal, mas parece muito crú, quadrado e falta um pouco de tempero talvez.

Apesar das minhas críticas eu acho louvável uma banda investir em Heavy Metal no Brasil, aja visto nosso cenário musica "infestando" de uma falta de qualidade musical tremenda. Só ai já faz com que os caras tenham meu respeito mas, ainda estou esperando um grande álbum de vocês.

Um abraço e até a próxima cornetagem do "PENTELHO".

Huhauhauhauahuahuahuahauhauhauhauhauahuahuahuahuahuahuahauh.

 The Magician


Com certeza existe um problema quando você se propõe a analisar a "qualidade" de algo tão abstrato como a música, na verdade, existe um punhado de problemas. Um dos principais daqui do nosso fórum metaleiro é que mesmo com a baliza denominada "Heavy Metal", colocamos em nossa base de dados discos que vão do Rock n Roll clássico, Hard Rock, Punk, ao; Progressivo, Death, Thrash, Black Metal... 


Com isso, na mesma mesa colocamos trabalhos imortalizados por um universo inteiro de música popular (como o disco Machine head do Purple) ao lado de discos de nicho, com uma série de restrições para o direcionamento proposital à um certo tipo de público (como o Avatar, por exemplo). Assim como cabe uma longa dissertação sobre o que é um "tipo de público", poderíamos questionar os impactos das referências cronológicas nesses trabalhos, e também das geográficas, monetárias, sociais, ...e assim por diante. Mas sobre tudo isso ainda ficaria a principal questão, "o que é bom e o que é ruim"; a música é de fato arbitrária, segue alguma cartilha ou impõe com austeridade um "certificado de qualidade" alheio às percepções individuais de cada individuo ou de uma industria musical? O que é música? Qual seu objetivo? ... sua utilidade? qual sua métrica?

Haja fatores abstratos, e a partir daí qualquer análise do tipo "eliminatória" que qualifica o trabalho artístico com certeza se torna estúpida, sem eira e nem beira, em outras palavras: quase que futebolística (conforme me disse o colega Merchant em "off").

Mas como bem dizem os visionários modernos: a Internet tudo permite, das redes sociais - incansáveis máquinas fotográficas de pensamentos impulsivos e equivocados - aos blogs - impressoras de ignorância anônima - vemos enxurradas de opiniões desnecessárias e descabidas. Pois eis aqui nossa contribuição.

Por que tudo isso nesse post? Tá aí uma banda do Maranhão tocando Thrash Metal 30 anos após o sub-gênero surgir, sendo comparada com obras que influenciaram gerações, na maior cara dura. E ou é isso, ou nós (pseudo-críticos) podemos usar dos artifícios da "leniência" e da "sensibilidade" ( guardados ao lado da sala da "hipocrisia") para falar do disco proposto.

Como continuarei com minhas análises estúpidas, posso afirmar que o trabalho é em seu todo bem mediano, e por mais que tente, não consegue escapar das suas características mais maçantes na maior parte do disco.

De qualquer modo, vamos olhar a metade cheia do copo:

- A produção é boa no geral (equalização, timbres e mixagem) a ponto de em alguns momentos surpreender;

- o bateirista chama atenção, se não chega a ser extremamente técnico, é daqueles "braçudos" que chacoalha na pancada a casa toda;

- os timbres de guitarras são exatos, colocados no ponto adequado para dar peso e não embolar. Atuação das bases: firmes, como uma máquina escavadeira que abre caminho para os concreteiros;

- solos rápidos com boa sonoridade nos módulos - na verdade o que é necessário para esse estilo, que não pede muita técnica, ao contrário do que muitos pensam;  

E a parte vazia do copo:

- O vocal enche o saco em níveis absolutos, com performance salvadora em "Psycho Excuse", que dá um tempo para nossos ouvidos se organizarem;

- O velho e ridículo estilo chanchada brasileiro, que aparece em introduções e interlúdios ("Oh my eye!, My eye!!!");

- O sotaque (nada a ver com o maranhense, mas sim com o brasileiro em geral) em alguns momentos são super expostos, em versos de maior extensão;

- A banda se utiliza excessivamente de muitas tempos repetidos e bases de guitarras viciadas, censurando os riffs fraseados ao optar pelas sequências de acordes britados.

Ta aí minha análise descabida sobre um debut de uma banda estrangeira (sob o ponto de vista da genealogia do Heavy Metal) de poucos recursos, que canta em um idioma não nativo e se apresenta em um status quo local e cultural totalmente adverso a sua proposta artística...

Ah, e como coroação da minha estúpida e escrota resenha aqui vai a minha nota: 6,3 ou \m/\m/\m/.

Destaque para "Psycho Excuse" e "Hell is Coming With Me".


The Trooper
3
Há uma óbvia influência de Metallica neste trabalho da banda, o que me predispõe a ouvir o álbum com mais atenção, afinal, segundo o membro ausente, Mercador de metais baratos, sou da turma senãoémetallicanãoébom.

Entretanto, influência não é o bastante. Distorção, produção, peso, ok ... mas e o restante? Onde estão aquelas composições que evoluem para um ápice foda? Onde estão os riffs e refrãos grudentos e/ou memoráveis.

Bem, é exigir demais que exista uma banda genial em cada esquina. E olha que nem to falando de bandas realmente geniais, lembram que em alguma resenha perdida aí no blog eu escrevi que às vezes um riff é tão bom que dá pra ficar repetindo ele a música toda (Acho que foi em algum álbum do Saxon)? Pois é, temos uns riffs bonzinhos por aqui, mas não bons o suficiente pra ficar repetindo a música inteira.

Enfim, pode ser coisa de nicho, escolha consciente da banda, mas para mim, acaba com o potencial que a banda tem para lançar músicas muito boas. Também não vou prolongar muito essa resenha porque a parte técnica da resenha do Magician resume minha opinião sobre o álbum.

Nota: \m/\m/\m/

p.s.: Esses caras tem potencial se resolverem se aprofundar mais na criação.


quinta-feira, 9 de julho de 2015

Wuthering Heights - The Shadow Cabinet

O álbum The Shadow Cabinet de 2006 da banda Wuthering Heights foi escolhido pelo Mercante para análise.


The Magician
Sei lá.... por mim eu vinha aqui e metia um selo de Melódico-Fantasy-Merda-Genérico, dava as costas, saia fora e colocava um Megadeth pra escutar. Mas de repente pode ter alguém que entra aqui nesse blog com certa regularidade pra ler as resenhas e procurar dicas, então, em respeito a esta pessoa vou tentar escrever algo sobre ....... sobre ..... isso aí. Mas se fosse só pelo Metalcolatra que postou essa parada aqui, eu mandaria um belo de um VTC.

Tem alguém que escuta isso aí? Alguém se propõe a sair de casa para ver um show desses caras (que nem devem conseguir reproduzir essa zona ao vivo)? Tem alguém que compra isso? nem o dono dessa postagem, que pelo menos uma coisa inteligente fez: baixou o piratão. 

A mente autora dessa obra deve ter feito algo pra só ele e a mãe dele escutar, mas acabou que o irmão mais novo roubou o material, fez upload, a internet cheia de retardado proliferou essa bosta, daí alguém que é o hipster do Metal Épico Bronha foi lá e escreveu uma resenha, para isso acabar nos ouvidos do Merchant e depois, infelizmente, aqui.

Na tentativa de escrever algo isento da irritação causada por esse CD, posso somente dizer que na medida que o cara aumenta a quantidade das multi interpretações operísticas, os coraizinhos épicos, as sequências dançantes da música celta, as elegias, partes teatrais, as firulas e outras bichisses, ele automaticamente diminui a intensidade do Heavy Metal no trabalho. Tem que ter uma sensibilidade do CACETE pra fazer essa mesclagem na medida certa, e o problema desses discos que o Merchant curte é que os infelizes são meros palhaços fazendo bagunça (pra mais informação, ler minha resenha de Elvenking).

Pra não perder a amizade paro por aqui... mas acrescento: Se você gosta disso deve ser um cara bem sozinho, até entre os próprios metaleiros, já que ninguém mais vai comentar sobre esse fracasso de álbum. Mas pra você isso não será problema, afinal se você (finge que) curte é porquê faz esforço pra ser diferente dos demais e ser exclusivo em conhecer algo que ninguém mais conhece.

Parabéns!

Nota: 3,9, e olhe lá!

Ou Shift+Del.


p.s:  Que merda é aquela aos 36s de Carpe Noctum?   




Phantom Lord
Mais uma "Banda Novidade" em meu repertório... Wuthering Heights traz um heavy metal com trabalho instrumental consideravelmente acelerado e diversas mudanças de ritmos abrindo espaço para trechos de música "folk"
O vocal canta num timbre (ou tom?) médio, sem soar melódico ou gutural (o que eu até acho "bom"...) 

 Tive a impressão que a bateria é um ponto fraco neste cd, sempre caindo no espancamento acelerado, mas ainda bem que (na maioria das vezes) este não é um instrumento de destaque nas músicas... Por um outro lado se os demais integrantes da banda falham em chamar a atenção, a bateria acaba ganhando destaque, o que neste caso não é algo agradável aos ouvidos. 

 Agora abordaremos os trechos de música "folk". Reavaliando este estilo musical, podemos começar pela própria palavra ou denominação "folk" que vem de folk - lore (conhecimento ou contos do povo). Que povo? Ora bolas, pela origem da palavra, é claro que se trata de anglos e/ou saxões, enfim ali, dos povos do norte ou noroeste da Europa (no mínimo, bem próximo da Dinamarca, terra natal desta banda). 
Nosso colega Mercante, descendente eslavo-hispânico, é um metaleiro que abomina ritmos ou músicas do povo de sua própria nação, mas admira muito esta mescla de estilos musicais de origem anglo-saxônica. Estaria no sangue ou em sua cultura? Não, afinal como citei, Mercante é um brasileiro com ancestrais "europeus-não-anglo-saxões". Todo mundo é livre para gostar de qualquer estilo musical, e o headbanger fã do folk anglo-saxônico é uma espécie muito comum no mundo do metal. Eu particularmente vejo grande potencial na mistura de ritmos musicais distintos, mas sei que desta mescla surgem muitas músicas ou gêneros musicais que não me despertam interesse algum. Até o presente momento, em minha opinião, a maioria dos trabalhos de heavy metal que incorporam os ritmos de nações ou culturas específicas, se tornam no máximo interessantes, mas raramente são as obras primas ou os grandes destaques do heavy metal. Porque? Porque são misturas. Óbvio, não? Se meu estilo favorito é heavy metal, e não o maracatu, o "viking", ou o folk, obviamente os trabalhos híbridos de metal com qualquer um destes ritmos jamais estarão entre meus álbuns favoritos (a menos se eu fosse fã de um destes estilos). 

 The Shadow Cabinet, quando saí das misturas folk, apresenta um heavy (ou speed?) metal básico de vocal médio e bateria rudimentar / mega acelerada na maior parte do tempo (como eu já citei). As guitarras fazem um trabalho razoável, às vezes virtuoso com breves surtos provavelmente inspirados em Malmstenn ou em Dragonforce... nada surpreendente ou espetacular. 

Apesar de existir um potencial em The Shadow Cabinet, este álbum acaba como um trabalho mediano marcado por diversos momentos bem caóticos e por quebras de ritmos toscas. Ainda assim é um álbum que pode permanecer na crescente lista de milhares de músicas da árvore filogenética (ou filomusical) do rock/metal que existe em meu computador... Provando que os ritmos "folclóricos" não pertencem a tal árvore. 

 Obs.: Apesar de soar crítico dos gêneros que misturam metal e ritmos particulares de certas regiões e culturas, ainda acho interessante trazer tais trabalhos ao blog ao menos algumas vezes... Quem sabe, um dia, eu não "publique" alguns destes trabalhos híbridos de música REGIONAL com heavy metal por aqui...? 

Demon Desire 6,7
Beautifool 5,4
The Raven 5,8 
Faith 5,2 
Envy 5,8
Snow 6 
Sleep 5,2 
I Shall Not Yeld 7,1
Reason... / Carpe Noctum 6,2 
Midnight Song 6,4

 Nota Final: 5,9

Hellraiser
3Começo essa minha resenha…….opssss…. Resenha não !! 
Não vou resenhar este álbum pois escutei-o apenas uma vez, e espero não escutar mais nada nem parecido com isso daqui pra frente. 
Mas voltando então, ....começo esse meu ¨mini-texto¨ pedindo sinceras desculpas ao meu amigo Metalcolatra Mercante, pois não sabia que ele ficaria tão revoltado com meus posts e se vingaria de tal maneira arrasadora comigo ! (sic) 
Desculpem, ...mas isso é muito ruim, ...é péssimo na verdade, ... e concordo com meu outro amigo Metalcolatra, o Magician, ...isso é MUITO GENÉRICO ! 
É uma verdadeira salada sonora com elementos de tudo o quanto é tipo, e que no fim das contas, o ouvinte não consegue guardar nenhum dos mil trechos de cada musica ( Graças a Deus ). 
Já não sou adepto ao gênero Folk Metal, porem até encaro alguma coisa, ...mas aqui a parada é sinistra demais. 
A banda as vezes ¨tenta¨soar meio pesadinha, ....mas fica só na tentativa. 
Não guardei um nome de musica sequer deste álbum, e como o Magician também fez, ...limpei ultra-rapido meu HD desta pasta nada interessante. 
Agora, ....sem querer soar provocativo ( não mesmo ), prefiro escutar Dan Behler cantar 5.897 vezes o refrão ¨Pounding Metal¨, do que cruzar o caminho desta banda novamente. ( mesmo que seja por um segundo de intro ) 
Nota 3,0 
E já é bastante !


O PENTELHO

Olha quem voltou....
AEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE...
Vou colocar ordem nessa bagaça aqui caracas, vamos causar na parada.

Enfim, let's rock.

O álbum The Shadow Cabinet mantém a mesma proposta do começo ao fim.

Se prestar a devida atenção, os elementos de metal estão no disco: Guitarras frenética, bateria acelerada e o vocal mais agudo. Isso se repete no álbum todo não causando a sensação de mudanças, é tudo um grande continuo.

Por um lado isso é bom, já que por ter pegada rápida e instrumentos pesados, pode empolgar quem escuta e, por não sofrer muita variação, acaba mantendo essa empolgação.

O vocal realmente fica um pouco aquém do estilo musical que se propõe a cantar, e não é exatamente o que chamo de bom vocal. Isso fica claro na faixa "Sleep" e na ponte "Reason...?". Cantar a capela é algo que não pode ser feito por qualquer um, por mais que seja um bom cantor, é preciso ser excepcional para segurar um canto sem a cia da banda.

Como dito, não da pra comparar com outros vocalistas pois este perde fácil, mas o conjunto da banda é bom.

O "cenário" do álbum também usa elementos clássicos do Heavy Metal Melódico logo, não entendo porque das críticas visto que o álbum atende as especificações do metal.

Sobre elementos "não metal" como folk não vejo problema serem inseridos. Angra fez o "Holy Land" com vários elementos da cultura brasileira e o álbum ficou muito bom. Não vejo problema nenhum em inserir elementos no Heavy Metal, vejo problemas em alegar que esta "banda aqui" é metal e merece estar neste blog.

Não acho que seja um álbum que eu escute sempre ou que vá ser tema de alguma situação pra mim porém, funciona muito bem como backgroud para um bate papo com os amigos, um RPGzinho com a rapaziada, um churras, uma viagem de carro, etc.

Tá, talvez não o álbum todo de uma vez mas, tipo dentro da pasta no pendrive para que as músicas toquem no aleatório junto com outras.

Notinha 7,0 pela participação.

Destaques:

The Raven - Me lembrou a minha primeira guitarra, uma Starlight da Tonante, que tinha o mesmo timbre da guitarra da intro desta música.

Faith - Apathy Divine - Part 1 - Na minha opinião uma das melhores faixa do disco.

Envy -  Baixo e Violão aparecendo na intro...aeeeeeee, naipe Halloween essa música, ta entre as melhores.

Snow - Apathy Divine - Part 2 - Intro desnecessária no tecladinho e não achei que manteve o nível da primeira parte.

Midnight Song - Musica com clima de adeus, triste hahahaha.

É isso ai rapaziada...aguardem que esse blog está precisando de agito e coisas boas e to vendo que precisei sair da nuvem da insanidade para poder iluminar as mentes sãs destas trevas de rancorosidade e ranzinzice dos integrantes parvos do blog.


"Não há crise que um 20 não resolva"
 - PH - 

Huhauhauhauhauhauahuahuahauhauhauhauhauhauahuahuahuahauhauhauha.






The Trooper
3
Embora o Magician tenha dado um chilique exagerado, ele acabou por resumir o que The Shadow Cabinet é, não pela nota, mas por um rótulo criado pelo próprio dono desse post: Heavy Metal Genérico. Para ser mais exato Heavy Metal Pomposo Genérico, no caso em questão.

O fato é que não há nada de novo no que o Wuthering Heights propõe neste trabalho, o começo do álbum, aliás, lembra Luca Turilli. Infelizmente, falta a força criativa que Luca Turilli teve em King of the Nordic Twilight, por exemplo. Algumas linhas de baixo, alguns riffs de guitarra e até algumas introduções com instrumentos clássicos chamam a atenção, mas não duram mais do que 30s.

Sleep talvez seja a faixa mais fraca, Midnight Song sai do padrão do álbum, mas lembra algo sem graça do Def Leppard. Eu não entendi muito bem o que o Magician procura aos 0:36 de Carpe Noctum, parece um teclado, não? Mas sei que o solo que inicia a música e retorna lá pelos 03:06 lembra Brasileirinho, de Waldir Azevedo.

Bem, não há porque levar essa resenha adiante, trata-se de um trabalho médio, que amantes do folk metal ou sinfônico podem apreciar.
Meu destaque vai para The Raven, o riff inicial da música quase a coloca em um patamar acima do restante do álbum, quase. Quase é a palavra que define minha avaliação deste trabalho.

Nota: \m/\m/\m/


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Almah - Fragile Equality

O álbum Fragile Equality lançado pela banda Almah em 2008, foi escolhido por The Magician para a análise dos Metalcólatras.


1- Birds of Pray; 2- Beyond Tomorrow; 3- Magic Flame; 4- All I Am; 5- You'll Understand; 6- Invisible Cage; 7- Fragile Equality; 8- Torn; 9- Shade of My Soul; 10- Meaningless World.

The Magician
Eis mais um grande trabalho do Heavy Metal brazuca.

"Fragile Equility" da banda Almah - do controverso Edu Falaschi - tem sonoridade complexa e pouco acessível, e demanda sim por uma certa paciência do ouvinte. Em outras palavras, é um disco que precisa ser digerido pelo metaleiro para sua completa apreciação.

Se isso acontecer (e cá entre nós, provavelmente só acontecerá com o cujo que gosta ou já gostou de algum trabalho do Angra), o banger será surpreendido e presenteado pelas inúmeras qualidades do ótimo trabalho da banda.

A obra, no entanto, não deixa dúvida quanto ao gênero que pertence: com certeza Metal Melódico dos mais destilados que se pode encontrar. Ostensivo ao extremo, com camadas e mais camadas uma por sobre a outra; de teclados sobre guitarras, de guitarras solo sobre vocais, de guitarras em duetos, de coros sobre lead vocal, de vocais sobre mais todo resto, e por aí vai...

Mas as melodias são coesas e seguem linhas mestras que conduzem suas estruturas principais, por causa disso elas fogem daquele conhecido arcabouço progressivo do Metal (em que às vezes o Angra se arrisca), ao tempo que oferecem aderência com partes bastante "grudentas" e bem destacadas (menção especial para a faixa "Torn", nesse sentido).

A dupla de guitarristas fez a festa nesse material. Para os aficcionados nesse instrumento, o disco se mostra como um repertório inacabável de arpegios, tappings, saltos absurdos de cordas e fritação desenfreada, isso sem contar os riffs nervosos com palhetadas alternadas. Uma observação particular sobre este tema é que o falecido Paulo Schroeber escreveu um dos solos mais impactantes que já escutei; a faixa "Magic Flame" traz um solo-petardo de aproximadamente 1 minuto que começa em 1:56, arrancando sons extremamente malucos e aparentemente inexplicáveis da guitarra aos exatos 2:16 e 2:18 da música, que eu só posso associar a alguma modulagem customizada pelo músico.

O bumbo duplo de M. Moreira e o baixo de F.Andreoli são os grandes responsáveis por dar peso às músicas, e posso afirmar com segurança que nesse quesito a banda de Edu entrega um trabalho muito mais denso do que faz o Angra, na ocasião, sua outra carametade. Por vezes (mais perceptível nas faixas "Fragile Equality" e "Torn") essa interpretação da bateria e do contra baixo criou uma parede de sons que pega carona no estilo black metal, que posteriormente foi mais aprofundado na discografia do grupo (especificamente, no CD Unfold de 2013).

Mas é claro que Edu é o protagonista na parada. A banda é dele, é o dono da bola... se não jogar, ninguém joga! Essa afirmação reflete o trabalho, e muito.
             
Havia dois anos Edu tinha gravado com o Angra o fraquissímo "Aurora Consurgens", para aqui desfilar uma bela dose de criatividade por todo o álbum. Parecia claro para aonde a cabeça do cara começava a apontar, e aonde estava também sua vontade de trabalhar. Uma outra coisa que começava a ficar claro é o desgaste de suas cordas vocais, notado claramente no segundo tom do refrão da faixa "All I Am", quando o vocalista parece falsear sua voz para alcançar a nota da melodia. Toda essa história culminaria no fiasco do Rock in Rio 2011, naquela triste performance do Angra, e no desligamento de Edu do grupo. Afinal, era natural que Edu procurasse um estilo ao qual sua voz se encaixasse melhor em tempo integral.

De qualquer modo, o que se percebe aqui é que o cara ainda tinha relação mais próxima ao "estilo Angra de ser", e que ainda podia dar conta do recado em linhas mais melódicas. Nesse contexto, entregou um bom trabalho técnico e um ótimo trabalho de composição e criatividade, a ponto de escrever um "mangá" contextualizado no conceito de "Fragile Equality" (imagino eu , que nunca lançado).

Quanto às letras, é aquela velha história sobre o existencialismo - coletivo e pessoal - em quase todas as faixas, com alto grau de subjetividade e abstração. Por mim podia ter aberto mais o leque de abordagens, mas não dá pra negar a fina sintonia dessas letras com a sonoridade geral. Alias, por causa disso, o grande destaque do trabalho é a balada "Shade of My Soul", um puta som; fazia realmente muito tempo que não escutava uma balada tão contundente a ponto de ser o carro chefe de um disco, desde Dragonforce, eu acho... (essa música do Almah, inclusive seria uma bela trilha sonora de Anime!).

Para uma analise conclusiva desse disco: Consistência com competência técnica, porém a onipresente inspiração dos compositores, às vezes, é encoberta pela pretensiosa sofisticação da produção sonora.

Eu sei que é cansativo ficar comparando bandas, mas dada as condições sobre os membros do grupo, e sobre a época em que foi lançado este álbum, não dá para não fazer referência ao Angra. E dá pra dizer que depois do "Temple of Shadows", esse aqui é um dos melhores discos criados pelo reduzido contingente do Metal Nacional.

Nota 7.7 ou \m/\m/\m/\m/.

Ah sim! depois de escutar esse disco aqui, dá pra entender um pouco a revolta do Edu. Pra neguinho achar CD do "Pyramaze", "Amorphis" e outras psicodelias fajutas melhor que "Fragile Equality"... tem que ser chupa p@&¨% de gringo mesmo!       
   
Phantom Lord
Do Almah eu conhecia apenas o álbum Motion de 2011, um trabalho que se arrisca além das vertentes melódicas/power/speed, chegando a se aproximar um pouco do death. 

Fragile Equality traz um "metal" das vertentes melódicas de qualidade, porém correndo o risco de sempre: ao explorar os gêneros surrados, este álbum do Almah traz momentos aparentemente não inovadores. Apesar destes momentos, a virtuosa banda consegue criar músicas boas que ocasionalmente chamam a atenção de quem gosta das vertentes "metálicas" que citei anteriormente. 
Existem algumas grandes mudanças de ritmos em determinadas músicas, mas muito bem feitas e/ou sutis. Isto é mais um ponto positivo, pois não faz com que a música pareça um monte de retalhos mal costurados. 
 Os destaques (como indico abaixo) ficam por conta das porradas Beyond Tomorrow e You`ll Understand. 
Enfim, Fragile Equality é um bom álbum que não deve quase nada para a maioria dos trabalhos do Angra. 

Observação: Não podia faltar um maracatu Holy Landense no álbum né? Ainda assim, Invisible Cage não é mais fraca deste disco.

 "Birds of Prey" 7,4 
"Beyond Tomorrow" 8,0 
"Magic Flame" 7,0 
 "All I Am" 7,1 
"You'll Understand" 8,3 
"Invisible Cage" 7,2 
"Fragile Equality" 7,0 
"Torn" 7,4 
 "Shade of My Soul" 6,9 
"Meaningless World" 7,5 

 Média final: 7,4


The Trooper
3
Eu cheguei a pensar em xingar o Edu Falaschi por quebrar minha regra de máximo de baladas em um álbum, mas não pude porque o cara fez um trabalho EXCELENTE em Fragile Equality.
Esse é aquele tipo de álbum que você ouve pela primeira vez e pensa "opa, esse é bacana, hein?", e lá pela sexta ou sétima vez eu já to quase chorando "caralho, que álbum foda!".
Se você não gosta de metal melódico/power metal, provavelmente não vai gostar deste trabalho, mas se você é fã de prog metal talvez goste, Fragile Equality está no limiar das duas esferas, muito bom para mim, que gosto exatamente desse limiar.
Criatividade aparece por todo o trabalho, os instrumentistas são MUITO bons, destaque para os guitarristas e seus solos que parecem uma mistura de Dragonforce com Megaman X. Eu nunca critiquei o Falaschi por seus trabalhos de estúdio, muito pelo contrário, acho o cara muito bom (embora na velha discussão polêmica EduxAndré eu prefira o segundo), e aqui ele desfila sua criatividade, voz e habilidade de intérprete, a maioria das letras não chega a me chamar a atenção, mas o encaixe delas com a melodia é perfeito.
Algumas faixas puxam mais para o metal melódico/power metal, como Magic Flame e Meaningless World, mas a maioria se encontra naquele limiar que citei antes. A faixa título é a mais 'perdida' do álbum, lembrando muito nu metal, mas mesmo assim é muito boa. As baladas são muito boas, lembrando que eu ando de saco cheio de ouvir balada, hein?
Enfim, vale a pena ter esse álbum na sua coleção ... não sai mais do meu hd! Valeu Falaschi \m/

Destaque: Muito difícil, eu teria que escolher umas 5 faixas ou mais.

Nota: \m/\m/\m/\m/


sábado, 6 de junho de 2015

Rage - Trapped!

O álbum Trapped! lançado pela banda Rage em 1992, foi escolhido para análise por Phantom Lord.




Phantom Lord
Há muito tempo atrás, provavelmente na época em que postei o disco Blood of the Nations do Accept aqui no blog, eu encontrei (na internet) e ouvi um álbum chamado Perfect Man da banda Rage... Ouvi uma vez e tentei ouvir mais depois... porém não consegui; Assim como fiquei deslumbrado pela criatividade e poder do trabalho instrumental eu estava nauseado com os vocais. Já faz muito tempo e por isso não lembro com precisão, mas creio que eu tenha achado o vocal extremamente desafinado e perdido. 
 Mais ou menos 4 anos depois, criei coragem e busquei mais trabalhos desta banda na internet... Comecei com o Execution Guaranteed de 1987, um disco com boa criatividade e idéias, mas que soa muito rústico, provavelmente devido a produção simplória e aos vocais medianos que esboçava pouca agressividade e pouquíssima "melodia".
 Então, buscando algo mais trabalhado, encontrei o álbum Trapped! que segue com parte do grande trabalho instrumental de discos anteriores como o Perfect Man, e apresenta vocais um pouco diferenciados em relação a este álbum. Ainda que pareça que Peavy Wagner não determinou um estilo fixo para "cantar em "Trapped!", ele já soa mais maduro e/ou mais afinado dentro do estilo musical proposto pela banda.
 Apesar de existir uma certa dose de experimentalismo em Trapped!, eu chamaria a sonoridade deste álbum simplesmente de Heavy Metal, mas para os mais xaropes (exigentes) podemos dizer que alterna do power ao speed, passando pelo heavy tradicional com uma insignificante pitada do hard rock. Mesmo com o experimentalismo presente em algumas músicas, inevitavelmente o álbum apresenta seus momentos de "instrumentais/vocais simples" e tropeça no arroz-feijão do metal. Afinal como eu já citei anteriormente, o difícil é inovar dentro de gêneros musicais que já estão surrados há anos.
 Após ouvir o Rage e tomar conhecimento de sua "idade", mesmo conhecendo pouco sobre a banda, eu já imagino que suas músicas tenham servido como uma fonte valiosa de inspiração para diversas bandas de heavy metal (e seus subgêneros) da Alemanha. 

 "Shame on You" 7,4 
"Solitary Man" 7,0 
"Enough Is Enough" 7,7 
"Medicine" 7,2 
"Questions" 7,1 
"Take Me to the Water" 6,8 
"Power and Greed" 7,4 
"The Body Talks" 7,3 
"Not Forever" 6,9 
"Beyond the Wall of Sleep" 6,9 

 Nota Final: 7,2 

The Magician
Que sonzeira!

Não há profusão de camadas, não tem agudos penetrantes, muito menos progressão ou elementos suntuosos com timbres transparentes; falta (?) esmero para criação de atmosfera e trabalho sobre profundidade lírica com fidelidade à algum conceito...

E o que tem aí nesse álbum?

Nego cacetando o tambor, eletricidade cortando seus ouvidos em tempo integral, solos inspirados, voz rasgada que nem unha na lousa, porradaria transbordando as beiradas... enfim old school na veia!!!

O mais curioso é que como toda outra obra que deu certo nesse nicho, há técnica e cuidado com a melodia, independente dos caras meterem frescura no som ou não. É a criatividade de novo, sobre um estilo que tem fama de ser naturalmente um fator limitador.

E com relação a isso, a primeira coisa que veio a cabeça quando o Phantom postou esse álbum foi uma frase de uma entrevista que li do batera virtuose Mike Terrana (ex-Rage) que afirmava: "Saí do Rage porque eles queriam fazer a mesma coisa sempre, o tempo todo".

O que me faz pensar, o Metal é uma fase da carreira de músicos que evoluem musicalmente e buscam outras vertentes? Seria o Metal simples em demasia, e essa é sua verdadeira essência?

Talvez seja, toma-se por exemplo o próprio Mike Terrana que em sua busca pela pedra filosofal da música perfeita dentro do gênero tocou com Malmsteen, Tarja, Masterplan, Loureiro, e enfim, se transformou em um mercenário avulso e em looping no próprio Heavy Metal. Pode ser que existe um pico na carreira de cada banda e que é nesse momento em que os grandes trabalhos nascem, para que fatalmente os trabalhos futuros morram sob suas sombras.

Bem, o Rage fez o que tinha que fazer, fiéis ou não a um tipo de som clichêzão, defasado, ultrapassado, maçante ou sei lá o quê mais.

Conclusão: Dez músicas, dez pedradas, sem baladas, sem frescuras, direto ao ponto, de cara limpa e peito aberto. Qué Metal? Tó Metal, carái! 

Destaque para "Shame On You" e "Take Me to The Water".

Nota 7,3 ou \m/\m/\m/\m/.

p.s.: resenha simples pra Cd simples. Simples e bom.





Hellraiser
3Ola Metalcolatras ! 

Desculpem minha demora, mas as coisas estão meio complicadas por aqui, rsrsrs 
Mas ainda assim estou por aqui pra falar um pouco desse album simples, porem MARAVILHOSO ! 

Na verdade vou entrar no mesmo argumento do meu amigo Magician, um texto simples para um album simples, e, ainda concordando com ele, um album simples, porem muito bom, sem frescuras, sem baladinhas e uma banda se preocupando apenas com otimas melodias. 
Melodias essas, que grudam na sua cabeça e que faz você lembrar dos refrões por todo o resto da sua vida. 

Na verdade não conheço todos os albuns do Rage, mas dos que eu conheço, esse Trapped! sempre foi o que mais gostei. 

Faixas como Shame on You, Solitary Man, Medicine, Questions e mais TODAS as outras faixas, são excelentes, porem não podemos esquecer do (fiel) cover do MAIOR hino do Accept, uma das musicas mais rapidas da sua época, a épica Fast as a Shark, que ficou simplesmente perfeita. 

Taí um dos grandes acertos da banda, e um dos grandes acertos do Phantom Lord aqui desde a minha chegada aqui, pois acredito que esse album será unanimidade quanto aos elogios. 

Nota 7,7
 
The Trooper
3
Temos aqui, novamente, uma banda cujo dono é baixista, mas dessa vez não consegui adivinhar isso pelo som da banda, o que pode indicar que Peavy Wagner não é estrelinha, pelo menos não com o baixo, ou pelo menos não nessa fase da carreira. É aqui que a primeira dificuldade de resenhar este álbum aparece: como escrever algo de uma banda que lançou 22 álbuns e você não conhecia nem um até o momento?

Por isso tenho que focar no trabalho em questão: Trapped abre muito bem com 'Shame on You', e fecha muito bem com 'Beyond the Wall of Sleep', mas o ponto forte do trabalho está em uma tríade de faixas bem no meio do álbum: 'Questions', 'Take me to the Water' (a melhor) e 'Power and Greed'. Essas faixas combinam a criatividade instrumental da banda com o peso do heavy metal e uma capacidade de 'fechar' bem uma música com riffs, batidas e letras bacanas.

Isso não acontece o tempo todo no álbum, principalmente nas 2 faixas mais fracas: 'Enough is Enough' e 'Medicine', cujo principal defeito eu atribuo ao dono da banda: ele não soube encaixar bem os vocais com os instrumentos ou encaixar a temática com as notas 'felizes' utilizadas.

Eu costumo atrelar esses erros à bandas de características progressivas, e daí é importante perguntar: Rage é prog metal? Não, acho que não, aliás é difícil engolir um desses rótulos atribuídos à banda, principalmente conhecendo apenas esse trabalho. Aqui o Rage apresentou criatividade instrumental compartimentalizada, ou seja alguns riffs e solos de guitarra muito bem elaborados, mas sem emendar uma sequência monstruosa em uma música ou viajar loucamente e sem compromisso como algumas bandas prog fazem, e apresentou também peso suficiente para ser chamado de heavy metal.

Resumindo: Trapped me lembrou Queensryche ou Dr. Sin, mas mais pesado que ambos. Tenho que dar o braço a torcer ao Mercante aqui, ele me disse em 'off' que a melhor música do cd era 'Take me to the Water' e também me disse que 'Carved in Stone' era um álbum melhor do que 'Trapped', e ele estava certo em ambas as afirmações.

P.S.: Não sei se este álbum foi escrito em uma fase que o Peavy Wagner foi tomar Santo Daime ou fumar o cachimbo da paz com alguma tribo, mas o álbum parece ter alguma influência indígena tanto instrumentalmente como liricamente. Aliás, não são todas as letras, mas boa parte delas são bem bacanas.

Nota: \m/\m/\m/\m/


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Overlorde - Return of the Snow Giant

O álbum "Return of the Snow Giant" da banda Overlorde, lançado em 2004, foi escolhido por Hellraiser para análise dos Metalcólatras


Faixas:

1. And the Battle Begins...  
2. Snow Giant 
3. Hell Hath No Fury
4. Starcastle 
5. When He Comes 
6. Metallic Madness 
7. Blackness
8. Ogre Wizard
9. Mark of the Wolf
10. My Disease 
11. Trapped by Magic 
12. Colossus (Island of the Cyclops)
13. Overlorde


Hellraiser
3Trago aqui, aos meus amigos metalcolatras um álbum e banda que conheci somente em meados do ano passado, embora esta obra seja de 2004, só tive acesso a isso depois de 10 anos de seu lançamento. 
É uma pena a banda ter tido tão pouco tempo de existência, e ter apenas esse registro, pois logo de cara esse álbum me ganhou, e acabei até por comprar o material físico, tamanho a minha satisfação em escuta-lo. 
Confesso que no meio de tantas bandas por ai, novas e classicas, as vezes vemos que o Metal já esta muito saturado com bandas de sonoridades muito parecidas, ou até com aquelas mais modernas que querem experimentar de tudo. 
No caso deste aqui, claro que encontramos vários clichês do mundo metálico, tanto nas letras, quanto na sonoridade, mas apesar disso, achei uma banda com musicas e músicos acima da média e com uma sonoridade muito cativante. 
O álbum tem grandes variações nas musicas, não soando repetitivo ou chato, apesar de longo ( 12 faixas ).
 O ótimo vocalista Bobby Lucas, que hoje esta a frente do Attacker, faz com maestria seu papel, porem na minha opinião exagera um pouco na quantidade de gritos. 
A banda executa um Heavy Metal direto, forte e pesado, sem firulas, com as vezes beirando o Power Metal, porem nada melódico. ( ainda bem ) 
Não vou escrever muito sobre isso aqui, porque eu simplesmente gosto disso ! 
Um dos álbuns que conheci ultimamente que mais gostei, então deixo aos meus colegas Metalcolatras, que estão a muito mais tempo que eu aqui, e que já são profissionais na arte de destrinchar e comentar os álbuns, darem suas reais opiniões sobre este trabalho fonográfico de musica pesada, rsrsrs. 
Pra mim, apenas um álbum simples de Heavy Metal, direto, sem invencionices, sem músicos querendo se aparecer mais que o outro, porem gostoso de se ouvir. 
Meus destaques deste álbum são Starcastle ( adoro este som, essa levada ), Blackness, Colossus ( otimo instrumental ), Hell Hath no Fury, e My Disease. 
Nota 7,5 


Phantom Lord
Decaindo ao nível da maioria dos metalcólatras, aqui estou eu, postando resenhas atrasadas por causa de uma rotina de semi-servidão que me toma 2 horas por dia de locomoção pela merdalópole e mais 9 horas por dia de tarefas que dão lucro às pessoas que mal conheço. Na verdade meus colegas atrasam suas resenhas por motivos variados, mas esses são os básicos... 

Falando do álbum ao invés dos porquês das demoras das resenhas... Hellraiser nos traz um disco de heavy tradicional vagamente próximo aos gêneros powers / melosos. Achei interessante o vocal e parte do instrumental que se aproximam duns astros manjados do metal... 
Também há um pouco de rusticidade (ou simplicidade) na produção do som... As vezes pode parecer um pouco brega, mas creio que esta simplicidade seja um efeito proposital para "Return of Snow Giant" se parecer com trabalhos "oitentistas"... 

 Em alguns trechos como na faixa Snow Giant podemos notar um amplo espaço concedido ao vocalista (quando os instrumentos ficam repetitivos em poucas notas), para que este cante, berre etc. A falha deste tipo de estrutura musical é que ela não vinga bem quando o vocalista é de qualidade mediana ou inferior. Sim, o vocal não consegue esticar demais muito menos alcançar grandes agudos sem ramelar, então posso classificá-lo como mediano. Mas ao menos quando o cara não força ele canta bem afinado. 
A faixa 5 tem uma intro que se destaca por se aproximar mais da sonoridade "black sabbathica", pois a maioria das faixas do RotSG parece inspirada em bandas como Iron Maiden Queenscryche Helloween. 
De resto... O RotSG é um álbum que fica entre o razoável e o bom, que possivelmente receberia a classificação de "Heavy Metal Genérico" pelos esnobes do metal.

 1. And the Battle Begins / 2. Snow Giant 7,1 
3. Hell Hath No Fury 7,7 
4. Starcastle 7,3 
5. When He Comes 7,0 
6. Metallic Madness 7,1 
7. Blackness 7,1 
8. Ogre Wizard 7,2 
9. Mark of the Wolf 7,2 
10. My Disease 7,0 
11. Trapped by Magic 6,1 
12. Colossus (Island of the Cyclops) 6,4
13. Overlorde 6,3

 Nota Final: 7,0


The Magician
Esse álbum tem uma relação muito forte com alguns outros trabalhos que passaram aqui no blog, como o da banda Phantom (em “Cyber Christ”) e Crystal Eyes (em “Killer”); não por causa da semelhança na sonoridade, propriamente dita, mas sim devido essas bandas em seus respectivos trabalhos se manterem em uma restrita zona de segurança na qual não arriscam nadinha de nada, novo.

Comparações desse tipo normalmente são injustas, quando não descabidas, ainda mais quando existe um intervalo de tempo considerável entre os trabalhos; mas o fato é que se quisermos adequar o trabalho prensado nesse álbum a um micro ambiente contextual do blog, esses outros álbuns citados são seus “primos” naturais.

Inclusive, segundo nosso amigo Mercante o “método Metalcólatra” de classificação dos álbuns segue um padrão duvidoso onde o parecer do crítico sobre o trabalho é feito a partir de uma comparação com uma “obra referencial” ou um “trabalho modelo”. 

Fazer o quê... é o que é, o dia em que existir um método científico para qualificar arte - mais especificamente o Heavy Metal - fundamentado no empirismo positivista e no axioma da “tabula rasa” (John Locke), nós Metalcólatras nos comprometemos à utilizá-lo, Ok?

De qualquer modo, a pergunta é: seria um problema a banda adotar um perfil conservador e pragmático no seu jeito de tocar? É um erro apostar no metalzão básico com set de produção apenas suficiente? Não, no caso do Crystal Eyes, que na ocasião do lançamento do trabalho citado me parece ter mais “material humano”, tal como mais empenho no trabalho de composição. Já os outros dois trabalhos...

O Disco “The Return of the Snow Giant”, não é ruim, muito menos um incomodo para ouvidos metaleiros; mas passa a impressão de atuar em uma baliza criada pela limitação técnica de alguns membros da banda. E aqui posso dizer sem medo que o guitarrista puxa a banda pra baixo, pois embora por raros momentos esboce alguma criatividade, por causa de seus frequentes riffs simplórios e de seus solos super-enlatados, deixa muita responsabilidade a cargo do vocalista, que embora tente, não segura a bronca.

Gostei do desempenho do contra baixo e da bateria, mas não precisa nem dizer que essa é a cozinha e que não consegue assumir o protagonismo a ponto de elevar o trabalho pra outro patamar.
No fim, todas essas observações e impressões direcionam o disco do Overlorde para aquele famoso entreposto do “deixa o som rolar, não que eu esteja prestando atenção nele”, ideal para: reuniões de bangers, bebedeira desenfreada ou porque não pra uma sessãozinha de RPG... já que os temas das músicas são tão familiares à este meio.

Nota 6,2 ou \m/\m/\m/.


P.S: Você pode ter pensado em algum momento escutando esse trabalho que o som nos remete ao Metal oitentista feijão com arroz. E essa conclusão faz sentido, dado que embora o disco tenha sido lançado em meados de 2000, os caras são na verdade tiozões daquela época.


The Trooper
3
A primeira conclusão que eu tirei ao ouvir 'Return of the Snow Giant' foi que o dono da banda é o baixista, e que esse baixista é fã de Iron Maiden.

A influência de Iron Maiden aqui é bem óbvia, eu posso até afirmar que Overlorde é constituída por 4 partes de Iron Maiden e 1 parte de Black Sabbath com uma ligeira contaminação de Manowar.

A banda faz um heavy metal legalzinho com o baixo puxando quase todas as faixas. Algumas vezes o álbum se torna um pouco repetitivo, mas há algumas faixas que se destacam demonstrando criatividade.

Enfim, não é um primor ou uma obra-prima, mas é bacana o suficiente para levar um 7 (raspando). Lembra bastante o álbum CyberChrist, do Phantom, embora o Phantom tenha sido um pouco mais criativo.

Destaque para Starcastle (a melhor), Ogre Wizard (a mais loucona) e Hell Hath No Fury.

Nota: \m/\m/\m/\m/