Há muito tempo atrás, provavelmente na época em que postei o disco Blood of the Nations do Accept aqui no blog, eu encontrei (na internet) e ouvi um álbum chamado Perfect Man da banda Rage... Ouvi uma vez e tentei ouvir mais depois... porém não consegui; Assim como fiquei deslumbrado pela criatividade e poder do trabalho instrumental eu estava nauseado com os vocais. Já faz muito tempo e por isso não lembro com precisão, mas creio que eu tenha achado o vocal extremamente desafinado e perdido.
Mais ou menos 4 anos depois, criei coragem e busquei mais trabalhos desta banda na internet... Comecei com o Execution Guaranteed de 1987, um disco com boa criatividade e idéias, mas que soa muito rústico, provavelmente devido a produção simplória e aos vocais medianos que esboçava pouca agressividade e pouquíssima "melodia".
Então, buscando algo mais trabalhado, encontrei o álbum Trapped! que segue com parte do grande trabalho instrumental de discos anteriores como o Perfect Man, e apresenta vocais um pouco diferenciados em relação a este álbum. Ainda que pareça que Peavy Wagner não determinou um estilo fixo para "cantar em "Trapped!", ele já soa mais maduro e/ou mais afinado dentro do estilo musical proposto pela banda.
Apesar de existir uma certa dose de experimentalismo em Trapped!, eu chamaria a sonoridade deste álbum simplesmente de Heavy Metal, mas para os mais xaropes (exigentes) podemos dizer que alterna do power ao speed, passando pelo heavy tradicional com uma insignificante pitada do hard rock. Mesmo com o experimentalismo presente em algumas músicas, inevitavelmente o álbum apresenta seus momentos de "instrumentais/vocais simples" e tropeça no arroz-feijão do metal. Afinal como eu já citei anteriormente, o difícil é inovar dentro de gêneros musicais que já estão surrados há anos.
Após ouvir o Rage e tomar conhecimento de sua "idade", mesmo conhecendo pouco sobre a banda, eu já imagino que suas músicas tenham servido como uma fonte valiosa de inspiração para diversas bandas de heavy metal (e seus subgêneros) da Alemanha.
"Shame on You" 7,4
"Solitary Man" 7,0
"Enough Is Enough" 7,7
"Medicine" 7,2
"Questions" 7,1
"Take Me to the Water" 6,8
"Power and Greed" 7,4
"The Body Talks" 7,3
"Not Forever" 6,9
"Beyond the Wall of Sleep" 6,9
Nota Final: 7,2
The Magician
Que sonzeira!
Não há profusão de camadas, não tem agudos penetrantes, muito menos progressão ou elementos suntuosos com timbres transparentes; falta (?) esmero para criação de atmosfera e trabalho sobre profundidade lírica com fidelidade à algum conceito...
E o que tem aí nesse álbum?
Nego cacetando o tambor, eletricidade cortando seus ouvidos em tempo integral, solos inspirados, voz rasgada que nem unha na lousa, porradaria transbordando as beiradas... enfim old school na veia!!!
O mais curioso é que como toda outra obra que deu certo nesse nicho, há técnica e cuidado com a melodia, independente dos caras meterem frescura no som ou não. É a criatividade de novo, sobre um estilo que tem fama de ser naturalmente um fator limitador.
E com relação a isso, a primeira coisa que veio a cabeça quando o Phantom postou esse álbum foi uma frase de uma entrevista que li do batera virtuose Mike Terrana (ex-Rage) que afirmava: "Saí do Rage porque eles queriam fazer a mesma coisa sempre, o tempo todo".
O que me faz pensar, o Metal é uma fase da carreira de músicos que evoluem musicalmente e buscam outras vertentes? Seria o Metal simples em demasia, e essa é sua verdadeira essência?
Talvez seja, toma-se por exemplo o próprio Mike Terrana que em sua busca pela pedra filosofal da música perfeita dentro do gênero tocou com Malmsteen, Tarja, Masterplan, Loureiro, e enfim, se transformou em um mercenário avulso e em looping no próprio Heavy Metal. Pode ser que existe um pico na carreira de cada banda e que é nesse momento em que os grandes trabalhos nascem, para que fatalmente os trabalhos futuros morram sob suas sombras.
Bem, o Rage fez o que tinha que fazer, fiéis ou não a um tipo de som clichêzão, defasado, ultrapassado, maçante ou sei lá o quê mais.
Conclusão: Dez músicas, dez pedradas, sem baladas, sem frescuras, direto ao ponto, de cara limpa e peito aberto. Qué Metal? Tó Metal, carái!
Destaque para "Shame On You" e "Take Me to The Water".
Nota 7,3 ou \m/\m/\m/\m/.
p.s.: resenha simples pra Cd simples. Simples e bom.
Ola Metalcolatras !
Desculpem minha demora, mas as coisas estão meio complicadas por aqui, rsrsrs
Mas ainda assim estou por aqui pra falar um pouco desse album simples, porem MARAVILHOSO !
Na verdade vou entrar no mesmo argumento do meu amigo Magician, um texto simples para um album simples, e, ainda concordando com ele, um album simples, porem muito bom, sem frescuras, sem baladinhas e uma banda se preocupando apenas com otimas melodias.
Melodias essas, que grudam na sua cabeça e que faz você lembrar dos refrões por todo o resto da sua vida.
Na verdade não conheço todos os albuns do Rage, mas dos que eu conheço, esse Trapped! sempre foi o que mais gostei.
Faixas como Shame on You, Solitary Man, Medicine, Questions e mais TODAS as outras faixas, são excelentes, porem não podemos esquecer do (fiel) cover do MAIOR hino do Accept, uma das musicas mais rapidas da sua época, a épica Fast as a Shark, que ficou simplesmente perfeita.
Taí um dos grandes acertos da banda, e um dos grandes acertos do Phantom Lord aqui desde a minha chegada aqui, pois acredito que esse album será unanimidade quanto aos elogios.
Nota 7,7
The Trooper
Temos aqui, novamente, uma banda cujo dono é baixista, mas dessa vez não consegui adivinhar isso pelo som da banda, o que pode indicar que Peavy Wagner não é estrelinha, pelo menos não com o baixo, ou pelo menos não nessa fase da carreira. É aqui que a primeira dificuldade de resenhar este álbum aparece: como escrever algo de uma banda que lançou 22 álbuns e você não conhecia nem um até o momento?
Por isso tenho que focar no trabalho em questão: Trapped abre muito bem com 'Shame on You', e fecha muito bem com 'Beyond the Wall of Sleep', mas o ponto forte do trabalho está em uma tríade de faixas bem no meio do álbum: 'Questions', 'Take me to the Water' (a melhor) e 'Power and Greed'. Essas faixas combinam a criatividade instrumental da banda com o peso do heavy metal e uma capacidade de 'fechar' bem uma música com riffs, batidas e letras bacanas.
Isso não acontece o tempo todo no álbum, principalmente nas 2 faixas mais fracas: 'Enough is Enough' e 'Medicine', cujo principal defeito eu atribuo ao dono da banda: ele não soube encaixar bem os vocais com os instrumentos ou encaixar a temática com as notas 'felizes' utilizadas.
Eu costumo atrelar esses erros à bandas de características progressivas, e daí é importante perguntar: Rage é prog metal? Não, acho que não, aliás é difícil engolir um desses rótulos atribuídos à banda, principalmente conhecendo apenas esse trabalho. Aqui o Rage apresentou criatividade instrumental compartimentalizada, ou seja alguns riffs e solos de guitarra muito bem elaborados, mas sem emendar uma sequência monstruosa em uma música ou viajar loucamente e sem compromisso como algumas bandas prog fazem, e apresentou também peso suficiente para ser chamado de heavy metal.
Resumindo: Trapped me lembrou Queensryche ou Dr. Sin, mas mais pesado que ambos. Tenho que dar o braço a torcer ao Mercante aqui, ele me disse em 'off' que a melhor música do cd era 'Take me to the Water' e também me disse que 'Carved in Stone' era um álbum melhor do que 'Trapped', e ele estava certo em ambas as afirmações.
P.S.: Não sei se este álbum foi escrito em uma fase que o Peavy Wagner foi tomar Santo Daime ou fumar o cachimbo da paz com alguma tribo, mas o álbum parece ter alguma influência indígena tanto instrumentalmente como liricamente. Aliás, não são todas as letras, mas boa parte delas são bem bacanas.
Por isso tenho que focar no trabalho em questão: Trapped abre muito bem com 'Shame on You', e fecha muito bem com 'Beyond the Wall of Sleep', mas o ponto forte do trabalho está em uma tríade de faixas bem no meio do álbum: 'Questions', 'Take me to the Water' (a melhor) e 'Power and Greed'. Essas faixas combinam a criatividade instrumental da banda com o peso do heavy metal e uma capacidade de 'fechar' bem uma música com riffs, batidas e letras bacanas.
Isso não acontece o tempo todo no álbum, principalmente nas 2 faixas mais fracas: 'Enough is Enough' e 'Medicine', cujo principal defeito eu atribuo ao dono da banda: ele não soube encaixar bem os vocais com os instrumentos ou encaixar a temática com as notas 'felizes' utilizadas.
Eu costumo atrelar esses erros à bandas de características progressivas, e daí é importante perguntar: Rage é prog metal? Não, acho que não, aliás é difícil engolir um desses rótulos atribuídos à banda, principalmente conhecendo apenas esse trabalho. Aqui o Rage apresentou criatividade instrumental compartimentalizada, ou seja alguns riffs e solos de guitarra muito bem elaborados, mas sem emendar uma sequência monstruosa em uma música ou viajar loucamente e sem compromisso como algumas bandas prog fazem, e apresentou também peso suficiente para ser chamado de heavy metal.
Resumindo: Trapped me lembrou Queensryche ou Dr. Sin, mas mais pesado que ambos. Tenho que dar o braço a torcer ao Mercante aqui, ele me disse em 'off' que a melhor música do cd era 'Take me to the Water' e também me disse que 'Carved in Stone' era um álbum melhor do que 'Trapped', e ele estava certo em ambas as afirmações.
P.S.: Não sei se este álbum foi escrito em uma fase que o Peavy Wagner foi tomar Santo Daime ou fumar o cachimbo da paz com alguma tribo, mas o álbum parece ter alguma influência indígena tanto instrumentalmente como liricamente. Aliás, não são todas as letras, mas boa parte delas são bem bacanas.
Nota: \m/\m/\m/\m/
CD legalzinho heim
ResponderExcluirMuito bom esse album !
ResponderExcluirO maior acerto do Phantom aqui no blog continua sendo o "Blood of Nations" do Accept, rsrs.
ResponderExcluirAhhhh, ......então pode ser sim, ......belo CD esse do Accept tambem !
ResponderExcluirMeu lema agora é: 'devagar e sempre'.
ResponderExcluirQue bosta esse teu comentário sobre o Trapped! do Rage.
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