segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Warlock - Burning The Witches

O álbum Burning The Witches, lançado em 1984 pelo Warlock, foi escolhido por The Trooper para análise.
Faixas: 01-Sign of Satan; 02-After The Bomb; 03-Dark Fade; 04-Homicide Rocker; 05-Without You; 06-Metal Racer; 07-Burning The Witches; 08-Hateful Guy; 09-Holding Me

The Trooper
 3Tosco, é o que esse álbum é, não no sentido de malfeito, mas no sentido de rústico. Mas nem tudo precisa ser complexo ou bem trabalhado para ser bom, que o diga a bela vocalista (pelo menos na época), Doro Pesch, que nasceu desse jeito. E quando eu digo rústico, não se trata do trabalho em si, mas da produção, o trabalho instrumental foi feito com esmero, embora os vocais da Doro não, pelo menos não estavam no nível em que estavam quando fez covers do Dio.
Quando avisei qual era o álbum a ser postado, o Phantom cornetou "mais uma farofa", mas muito pelo contrário, o primeiro álbum do Warlock era de heavy metal, heavy metal de verdade (talvez Homicide Rocker tenha uma pegada mais clássica, e Without You, bem... balada é sempre balada).
Destaque para Dark Fade, Burning The Witches e Hateful Guy.
Enfim, o álbum não é estupendo, mas trata-se de um bom e velho heavy metal, valeu a pena ter curiosidade em conhecer a banda.

Nota: \m/\m/\m/\m/


Phantom Lord
Sim, eu achei que este álbum era composto de músicas mais próximas do hard rock e/ou do glam (rock farofa). Mas eu estava enganado. Burning the Witches é um álbum de heavy metal "tradicional", possivelmente com influências de Judas Priest, Iron Maiden etc... 
Não estudei muito a discografia do Warlock ou da vocaalista Doro Pesch... Talvez as músicas farofas tenham sido gravadas anos depois deste álbum. 
O problema deste disco não é melancolia nem ritmos ou ambientações românticas. Burning the Witches foi gravado por músicos iniciantes (é claro, afinal este é o primeiro álbum do Warlock não é mesmo?) não muito técnicos nem virtuosos. Os integrantes da banda (incluindo a musa-vocalista) tinham potencial mas a produção é extremamente rústica. Para ser mais preciso, este é o álbum mais rústico que passou por este blog, acho que bateu os recordes do Hail to England e do The Legacy. 
Outro problema deste disco "oitentista" (como Trooper citou), é a vocalista Doro, que não parece estar no auge de sua "afinação". Apesar de mandar suficientemente bem em grande parte das músicas, Doro deu umas desafinadas evidentes em diversos momentos deste álbum... 
É uma pena... Talvez um outro disco do Warlock (menos tosco) seria mais interessante, mas o Burning the Witches acaba parecendo mal-feito de um modo geral. Ouvi o álbum nos modos e "stereo" e "mono" em um notebook. Por incrível que pareça, as músicas soaram mais interessantes no "mono" do notebook, é como se o som "stereo" revelasse muitas falhas. 
 Ah... eu falei que não era um disco de rock farofa, mas Without You já apresentava toda lamúria da farofa típica dos anos 80. 
Metal Racer é a mais tosca do álbum, aqui podemos multiplicar a produção tosca pela simplicidade da composição e suaves desafinos da vocalista... e obter um resultado um tanto decadente...
 Como um todo, Burning the Witches não chegou a ser um trabalho ruim... Eu acredito que serviu como um estudo importante para todos integrantes do Warlock. 

 Sign of Satan 7,0 
After the Bomb 7,0 
Dark Fade 6,8 
Homicide Rocker 6,8 
Without You 6,4 
Metal Racer 4,0 
Burning the Witches 7,7 
Hateful Guy 7,2 
Holding Me 6 

 Modificadores: Nenhum 
 Nota: 5,9


The Magician

OK Trooper, acho que esta proposta de resenha também serviu indiretamente como resposta à minha crítica no álbum da banda Phantom - "CD simples para gente simples" - , desta vez você levou a sério este mote.
Mas neste caso, pelo Warlock ser o que é e vir de onde vem (esse pleonasmo é o que melhor expressa a situação), cria uma outra ideia de resenha com um background bem diferente de apenas grupos simples escrevendo discos simples; E isso nada tem a ver com o resultado musical propriamente dito do disco, e sim analisando os componentes sociais da banda.
O Warlock abraça a primeira "menina do metal", talvez não a primeira de fato, mas a primeira revelada para o mundo, e a única da geração do metal clássico. Esse mimo seria o estigma do grupo para toda história, sendo que antes de todos outros predicados essa seria a banda "da Doro", e para piorar esse quadro o Warlock ainda teve problemas legais com a utilização de seu nome. 
O terrível fato de o Metal ser produto da co-existência masculina acabou dando oportunidade a uma banda bem média nas qualidades técnicas, mas que com certeza tinha uma das mais belas (se não a mais) vocalista do estilo musical. E nunca saberemos de fato até onde este fato influenciou os produtores à atrapalhar/inibir o campo de criatividade das ideias desses músicos, ou por outro lado, o quanto isso ajudou na promoção da trupe alemã. Afinal, mesmo com inúmeras bandas oitentistas de qualidade, o Warlock foi support band de vários grandes nomes do metal, além de se apresentarem em grandes festivais da época.
Mas, somente pelo feito de improvável continuidade da banda ao passar dos anos (décadas), e da permanência da vocalista nesta "profissão", já temos motivos o bastante para respeitar o Warlock/Doro. Imaginem como devia ser nos anos 80 a concorrência de  bandas, músicos e pseudo-músicos para permanecerem ou serem inseridos no "Showbiz Metal"; e se no mundo da grana/rock/drogas/sexo alguns "homens" já se prostituíam para os produtores com o objetivo de conseguir um lugar ao sol, deduzimos que o assédio sobre as artistas mulheres só podia ser voraz. Meu palpite é que a Doro tenha passado mais de uma vez pelo teste do sofá... 
Em defesa do heavy metal só tenho a dizer que não é a única comunidade machista da música, já que para esta análise específica e para tantas outras, o gênero permanece como terminal contínuo da imensa matriz Rock n Roll, e quem são os grandes?? Rolling Stones, The Beattles, Led Zepplin, The Who... Alguma mulher? Joplin, talvez..., e essa sim era louca a ponto de ultrapassar qualquer homem nesse quesito.
E apenas para concluir este assunto (acho que pela primeira vez aqui no blog), mas sem a pretensão de dissecar a mais nefasta artimanha de engenharia social - [aquela prática subliminar adotada na era moderna/pós moderna de um garotinho ganhar um carro (a tradução frívola e icônica do capitalismo) na sua mais tenra infância ao tempo que garotinha recebe sua pequena bonequinha bebê para cuidar e um pouco mais tarde suas bonecas "Barbies" para maquiarem e "bater pernas"] - afirmo que a comunidade da música é apenas fichinha perto de segmentos muito mais importantes da sociedade, como política, economia, religião, etc...
The Burning Witches é um álbum de Metal clássico que por estar no berço do iluminismo metaleiro oitentista apresenta bastante energia, abafada em uma produção precária. Mas só ganha visibilidade à medida que é a moradia da princesinha (gritalhona e desafinada na época) do Metal.
Nota 6 ou \m/\m/\m/.



Pirikitus Infernalis
Warlock chega ao blog trazendo o bom o velho Heavy Metal, com direito ao amadorismo e bagaçera que rodeou muitas bandas dos anos 80, e mesmo assim o melhor de tudo que foi feito continua por lá.

Burning the Witches apresenta, como o viajante Magician abordou, uma mulher a cena. E não é simplesmente isso, mas uma mulher liderando a banda, em uma época onde isso era praticamente nulo. Tivemos The Runaways, irmãs Ann e Nancy Wilson, e a belíssima Debbie Harry e isso foi uma puta quebra nos paradigmas do rock dos anos 70 e com Doro não foi diferente no Metal dos 80. Todas as musas de hoje (Simone Simons (a melhor ever!), Maria Brink, Angela Gossow, Christina Scabbia, Sharon den Adel, Otep Shamaya, Tarja Turunen, Anette Olzon, Lacey Sturm, Alissa White-Glutz e a queridinha do momento Lzzy Hale) devem muito do que são hoje a Doro, que deu início ao sonho de muita rockeira. Mas vamos ao que realmente interessa...

O álbum é bom, possui ótimas músicas, mas peca em não conseguir manter um nível constante, a clássica solidez. Ao mesmo tempo que Sign of Satan é ótima, Dark Fate é meia boca, Without You é ruim e Holding Me é péssima. Mas a banda ainda possui uma energia bem Heavy Metal, é fácil de perceber uma pitada de metal tradicional (Sign of Satan, Burning the Witches, Hateful Guy) uns riffs puxados um pouco mais pro Thrash (After the Bomb, Metal Racer) e até uma pegada mais Hard (Homicide Rocker). A voz da Doro me pareceu pertinente com o que a banda ia apresentar instrumentalmente, não havia necessidade de uma voz afinada durante boa parte do disco, mas sim uma voz mais bagaçera, coisa que a Doro fez com competência. Concordo que em músicas como Without You, uma afinação seria muito mais interessante.

Um bom álbum, inferior ao Hellbound, mas é um bom álbum.

Top3: Sign of Satan, Metal Racer e Hateful Guy . Shame Pit: Holding Me .

Nota: 7


By burning the witches,
The demon dies by fire.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Ozzy Osbourne - No More Tears

O álbum No More Tears lançado em 1991 por Ozzy Osbourne, foi escolhido para análise por Phantom Lord.


Phantom Lord
 
Continuando a história que contei na postagem do álbum Ozzmosis, no meio do ano passado: Após finalmente sair da Idade da Pedra, consegui “adquirir” vários discos do Ozzy via internet e durante este processo de aquisição, confesso que eu não estava muito esperançoso. Eu achava que após ouvir a discografia do velho Quiropterófaga, acabaria com uma humilde coletânea de suas músicas em meu computador. 
Como pirikitus comentou na postagem do álbum Ozzmosis, é comum encontrarmos cds de grandes bandas de rock/metal com apenas um ou dois clássicos e um monte de músicas "mais ou menos".
Porém tinha um tal No More Tears entre aqueles álbuns. 
 A performance de Zakk Wylde neste álbum é no mínimo impressionante, bem como a sinergia entre o som de sua guitarra e o vocal único do Ozzy. Ainda neste disco, Zakk deve ter consolidado seu estilo de tocar guitarra, pois quando ouvi o álbum anterior (No Rest for the Wicked) confesso que não fiquei impressionado. 
Em minha opinião, da faixa 1 a 7, o disco No More Tears é absurdamente inspirado e viciante e apesar da faixa-título ser tocada milhões de vezes nas rádios, eu não consigo me cansar dela. O som grave e distorcido utilizado nesta música pode ser chamado de revolucionário. 


Enfim, depois das 7 ótimas músicas, temos mais 4 músicas que ficam entre o nível bom e razoável. Assim, posso concluir que o álbum No More Tears poderia ser mais interessante se tivesse uma distribuição (sequência) diferente de músicas... Ou poderia ter um total de apenas 9 faixas...Por causa deste(s) probleminha(s), No More Tears não ultrapassou a barreira da “nota 8,_”, mas ainda assim, este é o melhor disco da carreira solo do velho Osbourne. 

 Mr. Tinkertrain 8,3 
I Don't Want to Change the World 7,8 
Mama, I'm Coming Home 9,2 
Desire 9,0 
No More Tears 10,0 
Sin 9,2 
Hellraiser 9,7 
Time After Time 6,7 
Zombie Stomp 6,7 
A.V.H 7,2 
Road To Nowhere 7,2 

 Modificadores: 


 
  Nota: 8,6 

 Se não me engano, meses atrás, Magician disse que no início dos anos 90 aconteceu o último “boom” do heavy metal (na postagem do Painkiller)... Isso me fez lembrar que o disco No More Tears (de 1991) é uma das obras que reforça meu ponto de vista: O início dos anos 90 não foi a “era de ouro” nem exatamente um “boom”, mas foi quando ocorreu o último suspiro do heavy metal (livre de seus subgenêros). Pois depois desta época, o heavy metal começou a se afogar em diversos álbuns-modinhas e em vertentes / ramificações que se multiplicaram em demasia... 

The Trooper
 3
Talvez o melhor trabalho de mr. Ozzy Osbourne, No More Tears é um álbum excepcional, e todos que participaram (Lemmy Kilmister, Randy Castillo, John Purdell, Mike Inez, o próprio Ozzy, e claro, o monstro, Zakk Wylde) estão de parabéns. Um daqueles álbuns que entram para a lista de obras-primas do heavy metal.
O álbum começa com a doentia Mr. Tinkertrain, e segue com uma obra-prima após a outra até Hellraiser, quando entram as ótimas Time After Time e Zombie Stomp, seguidas das "apenas" boas A.V.H. e Road to Nowhere.
A linha de baixo é muito boa, seguida pela guitarra de Zakk, que na minha opinião, foi o melhor trabalho de sua carreira, distorção mostruosa, riffs pesados e magníficos nas músicas lentas, solos impressionantes. As músicas lentas aliás, são as que mais impressionam nesse álbum, Time After Time é muito boa e Mama, I'm Coming Home, é uma das melhores baladas da história do heavy metal (embora Ozzy havia cantado algumas que pareciam baile da terceira idade, ele já havia acertado anteriormente em Changes, do Sabbath).
Destaque para Mama, I'm Coming Home, No More Tears e Hellraiser.
Longa vida ao príncipe!

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/

The Magician
Alguns trabalhos dispensam elogios, são unanimidades, posso ficar aqui elogiando e elogiando, e nada do que escreverei será realmente novo.
Mas como redundância e síntese:

 “No MoreTears” é a estrela-mor do asterismo de Ozzy, e suas composições são fortes e diretas, de aderência imediata para o ouvinte .Como de costume em seus álbuns, não há rodeios mas o trabalho explora bem as diversidades melódicas do rock pesado, e fornece um repertório bastante rico.

Nota-se também o desempenho mais sólido no quesito de gravação das linhas vocais de Ozzy, no que diz respeito à sobriedade no timbre, nas interpretações, na saúde vocal, e na escolha dos tons. Ainda que contestado quanto aos seus métodos de canto, Ozzy alinhou bem a voz com os demais instrumentos e se apresenta melhor do que em qualquer outra obra que tenha criado (antes ou depois).

Menos experimental do que em Ozzmosis e muito mais centrada, em “NMT” a guitarra é o elemento nuclear da composição. E Ozzy sempre foi muito honesto no sentido de entender que em seu nicho, e pelas suas próprias raízes e características musicais, quem protagoniza seus trabalhos é o instrumento elétrico de seis cordas. Mr. Wylde então se soltou e teve total liberdade de criação, com crédito dado e reconhecido em cada uma das faixas do disco.

As múltiplas e destrutivas rajadas encharcadas de distorção, arrancadas da Gibson Les Paul – “Bull’s Eye” de Zakk entravam definitivamente para história da guitarra, sublinhando o portfólio do então jovem guitarrista que posteriormente estaria no Hall dos melhores da história. O trabalho de riffs tempestuosos, harmônicos penetrantes, e de expressivos solos “inconstantes” foi axial na composição do disco que faturou um Grammy e excelentes marcas de vendas. Em tempo, a revista Guitar Player promoveu (em minha opinião com total justiça) o transgressivo solo da faixa título como um dos “50 solos mais influentes da guitarra rock”.

A cozinha (bateria + baixo) também é excelente com especial menção ao contra baixo de Lemmy Kilmister (Motorhead) em “Hellraiser” e de Mike Inez (Alice in Chains) na faixa “No More Tears”.

No More Tears, como disco e música, foi também bastante promovido pela veiculação na época de seu vídeo clipe na MTV. Para rockeiros/metaleiros de minha faixa etária era emocionante ser presenteado por horas de espera na frente da TV com uma cacetada dessas. Mr. Madman acabava sempre sendo associado à temas soturnos ou insanos, que é o caso dessa fita histórica. Particularmente o cenário claustrofóbico do clipe, onde a moça se condenava em uma espécie de aquário de lágrimas, me lembra muito o surrealismo de Dali, com relógios, cores berrantes e xadrez. A guitarra signature de Zakk acabou coincidentemente sendo, entre bocas e olhos sem faces, mais um assessório insólito da gravação do micro filme.

Sobre os aspectos líricos o trabalho se resume a um confessionário de Ozzy Osbourne, de seus problemas e fraquezas e de tudo que passara em sua vida artística e pessoal até aquele momento; o que aproxima bastante os versos dos temas mundanos abordados principalmente pelas bandas de metal norte americanas. Não é minha abordagem favorita, mas entendo bem o fato de que um cara problemático como Ozzy precise usar a música mais como um desabafo do que um meio de reflexão social, artística ou histórica. E ainda assim vai atingir o que muita gente por aí gosta de ouvir..

A minha conclusão do título como um todo é que foi obra essencial e inspiradora do gênero, de uma época em que o metal ainda conseguia sustentar grandes lançamentos, festivais e até nascimentos de algumas ótimas bandas (Angra, Edguy, Black Label Society, Rhapsody, etc..); para Ozzy foi consolidador, passou uma espécie de borracha em sua dependência por Rhandy o colocou em um status de grande compositor e deu espaço para transformação de um dos novos ícones da guitarra, Zakk Wylde.

Nota 8,9 ou \m/\m/\m/\m/.

Pirikitus Infernalis

Finalmente o clássico dos clássicos do Madman está no blog. Se Blizzard of Ozz é meu álbum favorito com o mestre Randy Rhoads, No More Tears com certeza é o melhor álbum da época Wylde. Um cd espetacular, digno de aplausos de pé.


- Mr. Tinkertrain, I Don’t Want to Change the World, Desire, No More Tears, Hellraiser, Zombie Stop e Road to Nowhere estão no topo da cadeia alimentar do bom heavy metal. ;
- A voz de Ozzy está no auge;
- A formação Ozzy/Wylde estava inspiradíssima na composição de letras, ainda mais tendo ajuda em algumas música de Mr. Lemmy Kilmister;
- Zakk Wylde está um verdadeiro MONSTRO na guitarra.

Esses singelos motivos são argumentos mais do que suficientes para mostrar o quanto eu aprecio esse cd, um dos melhores existentes e um “must have” para qualquer metaleiro.

Ps: Devo concordar com Phantom Lord no quesito não enjoar da faixa título. Apesar de tocar em demasia em qualquer coisa relacionada a rock (rádio, canal de TV, casas de show, etc...) minha reação a ela é extremamente diferente do que a outros clássicos como Smoke on the Water, Rock ‘n Roll all night, Fear of the Dark e etc...

Top3: No More Tears, Hellraiser, I Don't Want to Change the World. Shame Pit: Time After Time.

Nota: 8,5


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Visions - Stratovarius

O álbum Visions lançado pela banda Stratovarius em 1997, foi escolhido por Magician para análise.



Phantom Lord
 Se eu fosse o desaparecido Metal Mercante, provavelmente teria de começar esta resenha afirmando: Demorou demais para esta banda aparecer aqui! Finalmente! Mas como não sou... 
O que temos aqui é o retorno do metal melô ao blog. Mas não qualquer bandinha do quintal gelado da europa. Stratovarius é uma banda influente no cenário do heavy metal europeu! 
Conheci o trabalho desta banda através de uma coletânea que surgiu no covil há cerca de uma década... Nesta coletânea estavam presentes ao menos 3 ou 4 músicas deste disco: Visions. 
A técnica dos intrumentistas é indiscútivel. Apesar de existir um uso frequente do teclado nas músicas, a aparição deste instrumento até que se faz discreta. Os vocais... bem os vocais são suaves... as vezes podem parecer uma voz de bobo quase chorão mas com certeza está um nível acima de bandas como Sonata Arctica! Por esta razão, digo que a derrota do Sonata nos duelos destes blog, há meses atrás foi justa! Seria um ultraje aquela bandinha "minion-follower" dos grandes nomes do metal europeu, ganhar espaço antes de bandas influentes como o Stratovarius! 
 Voltando ao álbum... Temos duas faixas marcantes logo de início que já mostram bem o estilo musical da banda bem como sua qualidade! O orgão em Black Diamond ficou ótimo, para não dizer genial! Após estas duas faixas temos mais uma paulada de boas músicas (principalmente para quem gosta das vertentes mais melódicas do heavy metal): Em minha opinião, são ao menos 8 músicas sólidas até o disco se perder nas duas últimas faixas mais entediantes e/ou semi-progressivas. 
 The Kiss of Judas 8 
Black Diamond 9 
Forever Free 7,7 
Before the Winter 6,7 
Legions 7,7 
The Abyss of your Eyes 7,6 
Holy Light 7,4 
Paradise 9,4 
Coming Home 6,5 
Visions 5,8 

Nota / Média 7,6 

 The Trooper
 3A história do Stratovarius é longa e confusa, com diversas trocas de membros da banda (para se ter uma idéia, não há nenhum membro da formação original atualmente), portanto vou me ater ao 7° álbum (e os integrantes da época), aliás eu nem conheço muito da discografia dos caras.
O principal destaque para mim é Timmo Tolkki, parte dos riffs e solos de guitarra estão bem acima da média, mas isso não impede que faixas tediosas apareçam no trabalho, e aí o outro Timmo (Kotipelto, o vocalista), enfatiza o tédio, pois a voz do cara é muito melancólica (aliás as músicas nesse cd parecem muito tristes ou muito alegres), dá até pra comparar com o vocalista do Sonata! Tudo bem, não chega a ser tão ruim, o cara é afinado vai, e não parece que está com diarréia.

Outro problema do cd (e acho que do Stratovarius em geral) é o teclado. Cacete! Alguém ressuscite o Jon Lord e produza uma centena de clones, por favor! (Isso está ficando repetitivo nas minhas resenhas).
Mas enfim, tirando os pormenores, este álbum é um clássico do powermetal, no momento certo, ouvir Visions é uma grande escolha.
Destaque para as manjadas The Kiss of Judas, Black Diamond e Paradise. Com exceção de Before The Winter (chata pra dedéu) e Holy Light (um exemplo de como NÃO se fazer uma faixa instrumental de heavy metal, parece uma mistura de Dragon Force e Pink Floyd), o resto do álbum é razoavelmente bom, o que me faz desejar longa vida aos finlandeses, e que seu lugar completando a miríade do heavy metal nunca desapareça.
Nota: \m/\m/\m/\m/


The Magician
Em postagens passadas me arrisquei ao tentar trazer novidades para os conservadores metaleiros do blog, e acabei errando. Errei principalmente pela qualidade do que postei, e sou o primeiro a admitir isso, mas sinto principalmente pela enorme quantidade de boas opções que poderiam ter sido postadas e, embora já fossem conhecidas pelo grande público metaleiro, não deveriam em hipótese nenhuma serem deixadas para trás. 
E para me redimir com vocês, nosso fiel público de headbangers que contam os dias para novas postagens, eis que dentre essas opções lhes entrego uma relíquia de 1997, construída com extremo esmero por verdadeiros mestres artesões - Timo Tolkki & Cia. -: o artefato chamado "Visions".
Eu sabia que não haveria erro na escolha de Stratovarius (como sabido uma espécie de acrônimo para guitarra + violino), uma banda sólida de metal melódico que foi provavelmente a principal responsável por pavimentar o caminho que o Helloween desbravou e começou a trilhar anos antes; contudo, o que escolher em uma discografia longa e de qualidade como a dos finlandeses? Foi quando recapitulando cada um dos lançamentos da banda visualizei "Visions" e seu vasto repertório de músicas absurdas que fazem este CD mais parecer uma coletânea comemorativa do que apenas mais um simples release contratual.
Obra de raríssima e invejável qualidade que reflete acima de tudo a melhor fase e formação do grupo: de Johanson e Jörg, Kotipelto e ele: Tolkki, maestro e principal cérebro condutor da equipe. As individualidades são totalmente perceptíveis na sonoridade geral, e embora as canções sejam indiscutivelmente harmoniosas, os timbres são bastante contrastados de forma que a massa de som se mostre bem distribuída e menos encorpada. Em minha opinião essa fórmula expõe ainda mais o Speed Metal ante seu estilo-irmão "Power Metal".
Dentro de um gênero que costuma permitir algumas complexas viagens instrumentais, Visions surpreende e se mostra bastante sóbrio, eu diria que sob determinado aspecto até simples em demasia, e guarda apenas uma faixa para suas execuções exclusivamente exibicionistas - a faixa "Holy Light" (instrumental) - sendo que nas demais composições a musicalidade se atem aos temas propostos nos versos escritos e acabam se saindo muito bem. Logo, em uma leitura mais ampla sobre a obra percebe-se a concisão e clareza do material, já que o disco intercala muito bem músicas pesadas, músicas rápidas, músicas lentas, a faixa instrumental, e a conclusão em uma faixa épica, que devido sua proposta derradeira é a única que se permite ultrapassar a marca dos 6:30 min. 
Ou seja, não existe muito experimentalismo, sobre-progressões ou faixas polirrítmicas, e por opção tudo é muito bem separado pelos compositores e produtores em faixas que podem ser chamadas de singulares, exprimindo de forma muito objetiva o melhor que o metal melódico pode oferecer.   
Fora esses importantes fatores de produção e de layout já citados existe a capacidade criativa dos músicos em questão, que fizeram desse álbum um repositório referencial de inesquecíveis e simbólicas composições do Heavy Metal. E podemos pinçar apenas duas unidades para provar isso: talvez a mais marcante música da carreira do grupo: - "Kiss of Judas" - onde podemos contemplar a coerência instrumental com a leitura dos versos; e a contundente "Black Diamond" que apostou na até então inovadora fórmula do simulador de órgão clássico em conjunto com as guitarras distorcidas do Heavy Metal (se isso não é uma boa aplicação dos teclados no Metal, me desculpe, mas então não sei o que seria...). Ainda sobre "Kiss of Judas" gostaria de acrescentar mais dois pontos de destaque sobre a criatividade dos envolvidos, o scratch arrastado e contínuo da palheta na guitarra de Timmo no inicio da música que introduz uma atmosfera diferenciada à canção, e as geniais linhas de bateria nos versos principais - com o bumbo de Jörg executando tercinas muito mais do que providenciais - , que provam que não é necessário um "octopus" alucinado na condução das percussões metaleiras para a bateria ser participativa.
Entretanto escalar duas músicas desse composto de "Visions" não seria mais do que leviandade. 
O álbum histórico nos oferece nada mais nada menos do que diversas faixas clássicas (sim clássicas) e marcantes como "Coming Home", "Forever Free", "The Abyss of your Eyes" (animal!!!), "Legions" (pqp!!!), "Visions (Southern Cross)" e claro.... a famosa "Paradise", que abriu as portas para os ambientalistas do Metal Melódico.
Finalizando. Para cada faixa uma sensação e ambientação diferente, para cada faixa uma nova surpresa, para cada faixa uma abordagem e qualidade independente, e tudo isso se deve principalmente à genialidade de Tolkki, um daqueles guitarristas estruturais, que trabalha sobre os acordes e não dentro deles. Tolkki se preocupa antes de tudo com a coerência da musica e posteriormente com os floreios e virtuosismos, esse pensamento sistemático peculiar que também se reflete no corpo do disco (conforme já citado), é percebido dentro das músicas se focarmos alguns métodos curiosos do guitarrista gorducho: as bases são quase em sua totalidade rítmicas, sem fraseados, e a ênfase nos versos é na flutuação e técnica dos vocais, a guitarra simplesmente espera sua vez; quando a guitarra sola os demais instrumentos quase sempre se mantêm em linhas monotônicas e por fim os teclados também possuem bastante espaço no todo para apresentação de seus solos.
Como contraposição é importante lembrar que se você não gosta de metal melódico desconsidere tudo que escrevi aqui e não ouça este CD, mas caso não tenha preconceitos este é um dos GRANDES discos desse subgênero moribundo , entre os maiores da história. Nota 8,9 ou \m/\m/\m/\m/.

Nota: recentemente li que o ex-líder da banda Stratovarius T.T, então no Symphonia, repensou sua carreira após o mega fracasso da turnê da nova banda encerrada aqui em São Paulo. Confessou que deitado em uma cama (em um dos hotéis mais baratos da cidade, cfe. suas próprias palavras) reconsiderou a ideia de ser músico e questionou seus trabalhos e obra gravada. São Paulo tinha mesmo que ser o palco para uma merda dessa, com certeza um dos lugares mais deprimentes do mundo... mas o fato é que senti vergonha ao ler essa declaração de T.T, e refleti sobre as também recentes reclamações quase infantis de Edu Falashi. Podemos de fato sentir a fria sombra da morte do metal melódico e temo que seja um cenário irreversível... mas vou reescrever uma das minhas frases iniciais desse post com o intuito de criar um eco na mente dos que venham a ler, e sobretudo como um alerta: “, embora já fossem conhecidas pelo grande público metaleiro, não deveriam em hipótese nenhuma serem deixadas para trás”





Pirikitus Infernalis
Finalmente Stratovarius presente no blog e, em minha humilde opinião, logo com seu melhor cd. Uma banda que estranhamente possui um vínculo antigo com a família Metalcólatra, cada um a sua maneira.

Eu conheci essa banda ouvindo uma compilação chamada The Chosen Ones, juntamente com o ao vivo chamado Visions of Europe, simplesmente um dos melhores ao vivos que eu já escutei. Foi nesse momento que eu percebi a quantidade de ótimas músicas que a banda possui. Logicamente seu sucessor a ser escutado deveria ser o Visions.

O Stratovarius viveu um triênio mágico entre 96 e 98 com lançamentos de Episode, Visions e Destiny, todos ótimos cd. Desses 3, como dito anteriormente, para mim o Visions se sobrepõe. O álbum não possui UMA única música ruim, talvez Holy Light passe uma sensação de que um objetivo não foi traçado para aquela canção. Sem contar as mais que fenomenais Kiss of Judas, Black Diamond, Forever Free e Paradise.

Mas qual seria o motivo de tanto sucesso? Para começar, desde o seu álbum antecessor, a banda contava com Johansson (Malmsteen, Dio) nos teclados, e esse cara soube fazer um trabalho bem polido, sem soar extravagante. Jörg and Jari montam a cozinha de respeito, porém não é isso que faz o diferencial. Seria a técnica de Tolkki? Suas composições? A voz de Koltipelto? Eu na verdade creio que vá um pouco além. Lars Ulrich disse uma vez quando questionado sobre seu atual (des)preparo na bateria, óbviamente uma crítica, e o mesmo respondeu que o que importava era que ele conseguia unir a bateria com a guitarra de James Hetfield como ninguém. Tolkki possui uma técnica voltada para o melódico e ótimas composições, mas o que elevou foi o fato de a voz melancólica de Koltipelto cair como uma luva, tanto nas músicas rápidas como nas lentras (que diga 4000 Rainy Nights, Forever e aquele final megamelancólico de Destiny)

Um cd que realmente deixa um ar de satisfação. Lembrando da resenha do Magician, não dá pra saber se o Melódico vai se enterrar ou não mas, caso isso aconteça, deixará um bom legado.

Top3: The Kiss of Judas, Black Diamond e Paradise. Shame Pit: Holy Light .

Nota: 8,5


They can try to bind our arms,
But they can't chain our minds and hearts,
We will keep our faith inside our souls,
And never let it go.

We're Forever Free!

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Show-ya - Hard Way

O álbum Hard Way, lançado pelo Show-ya em 1990, foi escolhido por Venâncio para análise.
01 - METALLIC WOMAN // 02 - Life Is Dancing // 03 - Switch Blade St. // 04 - 魔性 // 05 - 何故 // 06 - Make it up -どうにかしてよ- // 07 - ギャンブリング // 08 - BLUE ROSE BLUES // 09 - WAY YOU ROCK ME // 10 - うちにかえろう // 11 - 叫び.

Venâncio
 Sempre na busca do não usual, fora do eixo popular/usual do rock/heavy metal... blábláblá...

Trago agora uma excelente banda do outro lado do mundo, direto do país do sol nascente a banda feminina Show-ya.

Realmente, similar ao que aconteceu com Aрия não entendo uma palavra do que dizem mas isso não impede notar a força sentimental que Keiko Terada coloca nos vocais.

Em Metallic Woman (essa eu entendi kkk) temos um excelente começo desta obra, sendo pesada, marcada e bem trabalhada... Seguimos então para Life is Dancing que tem um começo bem loco, mas fica estranha na entrada dos vocais... ou talvez seja apenas por conta do teclado... de qualquer forma já a deixa inferior a faixa de abertura mesmo contendo uma ou outra parte mais empolgante graças ao baixo.

Switch Blade St é rock anos 80 total ganhando alguns pontinho comigo… 魔性 rápida, pelo menos o começo, mas falta algo nela, muito provavelmente falta peso. O que a deixaria realmente boa. 

何故 chegamos as viagens/baladas muito comuns nesta época com um tom melancólico e reflexivo.

Make it up -どうにかしてよ- meio álbum de analise chegando a algo mais “familiar”, uma música um pouco mais alegre lembrando abertura de animes, só peca pelo tempo, muito longa... ギャンブリングé o ponto alto da obra, a melhor concordância do vocal, backing vocals e instrumentos até agora... elas acertam tudo nessa, recomendo o clipe dela também. Blue Rose Blues antecede a decadência da obra sendo a ultima musica boa e deveria marcar como sua ultima faixa... Way You Rock Me é básica demais não acrescenta nada. Lembra sobre a as viagens/baladas que comentei? Bem deveriam ser uma por álbum e a deste já foi gasta lá atrás tornando うちにかえろう enfadonha a essa altura do campeonato.

Por fim temos 叫び que também não soma nada.

7 saquês e um pastel. 



Phantom Lord
 O Japão voltou ao blog... 
 Ao menos não é uma postagem redundante, pois Show-Ya é uma banda de rock com vocais femininos (na verdade a banda toda é composta de mulheres)... E é bem diferente do vocal feminino que passou aqui pelo blog (Tarja, do Nightwish), pois esta vocalista (Keiko) canta num estilo um pouco mais próximo da Doro Pesch. 

Metallic Woman não é um heavy metal pauleira, mas abre muito bem este álbum. Apesar de ter um ritmo consideravelmente pausado, esta música apresenta certo peso e “virtuose”. 
Life is Dancing tem um ritmo mais próximo do rock n roll clássico e do rock-blues... eu acho. Esta música soa bastante brega em alguns momentos, mas não é ruim. 
Switch Blade St. …Não é ruim, mas é entediante.
Fiendishness parece um bom “metal-trilha-sonora-de-game” com um solo de teclado razoável (poderia ficar ainda melhor se o solo fosse de guitarra?). É a melhor deste disco.
Naze: Longa e depressiva... 
Depois da faixa depressiva, o álbum vai gradualmente se “padronizando” sendo que as músicas Gambling e Way You Rock Me ficam um pouco acima da média... 
e Uchi ni Kaerou traz mais melancolia... Deveria existir uma lei proibindo todas as bandas de rock e metal de colocarem mais de uma faixa melancólica por álbum!! 
Sakebi encerra o álbum... Reforçando o que conclui sobre vocais japoneses, na resenha do Anthem – Eternal Warrior. 
Conclusão: A guitarrista toca muito bem. (Alguns momentos são absurdos!) Porém a vocalista deveria cantar em inglês e sem sotaque de japônes, assim o álbum como um todo seria realmente bom! 

Eu não uso letras do alfabeto japonês... Ainda bem que encontrei uma versão do álbum com os nomes em inglês: 
Metallic Woman 7,2 
Life Is Dancing 6,2 
Switch Blade St. 5,8 
Fiendishness 8,0 
Naze 5,8 
Make It Up -Dounikashite yo- 6,2 
Gambling 7,2 
Blue Rose Blues 6,0 
Way You Rock Me 6,6 
Uchi ni Kaerou 5 
Sakebi 5,5 

(Fiendishness... what a f@#%? A tradução para o idioma português seria Endiabradidão ou Endiabradice?) 

Modificadores: nenhum 
Nota: 6,3 

 The Trooper
 3Chato. Esta palavra poderia resumir minha opinião sobre este álbum, mas não é uma verdade absoluta, alguns pontos (principalmente no começo do álbum) chamam a atenção e causam uma reação boa. 

Eu diria que Show-ya varia de Chameleon do Helloween para Michael Jackson e chega até Deep Purple. Obviamente o que me chamou a atenção foram algumas linhas de baixo e pegadas parecidas com Purple, mas esses trechos correspondem a menos de 50% do álbum, logo, no fim eu achei um trabalho chato pra dedéu, que não vale a tortura de ver essa capa zoada toda vez que entro no blog.

Maldito Venâncio.
Nota: \m/\m/\m/

The Magician
Show Ya surge no blog como terceira amostra nipônica de Heavy Metal/Hard Rock (após as postagens de Loudness e Anthem meses atrás), de modo que possa dar a entender para o leitor do blog que ou o país oriental é uma potência do gênero, ou que temos entre nossos críticos-membros alguns descendentes da terra do sol nascente. 
Mas na verdade não ocorre nenhuma das duas coisas, (embora eu admita que é um mercado potencial de consumo do gênero) que me faz questionar os motivos  dessas escolhas e o curioso interesse dos críticos nessas postagens orientais.
OK, concordo que isso é resmungar sobre as postagens, mas o fato é que uma vez que eu já tenha abordado nos posts anteriores as motivações culturais do J-Rock, as características da linguística na música anglicista e suas influências sonoras, não me sobra muito onde discorrer. 
A novidade aqui é a formação completamente feminina, e o curioso fato da guitarrista da banda, Miki Igarashi explorar um vasto campo de texturas no decorrer do disco, multiplicando as camadas no que diz respeito a seus setups e cria colorações diversificadas sobre as diferentes músicas; mas ao tempo que se utiliza desta variação, na maioria das vezes experimenta nas linhas e fraseados de bases. 
Ou seja, a "moça" ilustra as faixas com patches pomposos, e mostra criatividade na configuração de seu equipamento, encostando um pouco aquele velho preconceito de guitarristas consagrados sobre a "autenticidade" dos timbres próprios (provavelmente um clichê machista do metal). Particularmente eu aprecio esta coragem, que no fim das contas dá certo fôlego às passagens do álbum. 
Sobre o trabalho da guitarra eu acrescento o ótima arquitetura das bases e colocações de licks, que caminham sobre o Blues, Hard Rock, Metal Clássico e até o Speed Metal, com personalidade e solidez. A guitarrista peca somente nos solos, muito modestos e por vezes tímidos que neste caso infelizmente não passam desapercebidos e sugerem certa inaptidão da autora das linhas.
Reforça o composto instrumental e o dorso das composições os teclados de M. Nakamura que aparecem por aqui e por ali, e invocam a inconfundível característica das interpretações de John Lord (e mesmo assim Trooper reclamou); não assumem responsabilidade solista mas reforçam a argamassa de Hard Way.
Como linha sobressalente se apresenta a voz da cantora Keiko Terada que tem certo dinamismo porém características  vocais um pouco estranhas aos moldes do Rock/Metal, àqueles que foram disseminados pelas intérpretes nórdicas ou europeias das bandas metaleiras.
O álbum Hard Way guarda características curiosas, como sua variação melódica e experimentação nos estilos de composição, mas é ainda, primordialmente, apenas uma "descontração" devido principalmente aos atributos "estrangeiristas" do CD.  

Nota 6.3 ou \m/\m/\m/.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Phantom - CyberChrist

O álbum Cyberchrist, lançado pelo Phantom em 1993, foi escolhido por Pirikitus Infernalis para análise.


Faixas: 01 - Well of Souls; 02 - Six Feet Under; 03 - Big Daddy; 04 - Cyberchrist; 05 - Graveyard Shift; 06 - Psycho Zoo; 07 - Queen of the Damned; 08 - Blind Man's Sight; 09 - Alive and Well; 10 - Preying With the Mantis; 11 - Last Man Standing; 12 - Say Your Prayers.

  Phantom Lord


Desenterrado de sabe-se lá onde, o álbum Cyberchrist da banda Phantom chega neste blog... 
O vocalista parece tentar seguir o estilo de cantar do Rob Halford (Judas Priest), porém é mais limitado. O modo dele cantar (em alguns momentos das músicas) também me lembrou o vocal da banda russa Arya e da "banda" brasileira Massacration. 
 A parte instrumental, que é bem competente, me lembrou diversas bandas, entre elas, Loudness... seria por causa da produção? ou porque o Loudness também parece um reciclado de diversas bandas de heavy metal? Enfim, é comum que um riff ou um solo se pareça com algum trecho de músicas de bandas famosas, afinal contrariando o desertor dos metalcólatras, Joe-The-Barbarian: O difícil é inovar na velha fórmula do Heavy Metal. E é justamente que o Phantom parece tentar criar aqui: Um bom álbum de heavy metal tradicional. 
Em minha opinião, o resultado final foi bom, pois Cyberchrist consegue apresentar músicas razoavelmente diversificadas dentro de um estilo excessivamente explorado por milhares de bandas. 

 Blindman`s Sight tem um ritmo diferenciado (talvez mais puxado para um hardrock?), mas o destaque é a porrada de abertura, Whell of Souls... A faixa título me pareceu o ponto fraco deste disco... os corinhos geraram quebras de ritmo, enfim, esta faixa sujou o álbum (e consequentemente sua nota final, é claro). Existem mais umas poucas falhas em Cyberchrist... Talvez seja o mesmo tipo de falha que me impediu de dar uma nota 10 para o Painkiller do Judas Priest? 

Wheel of Souls 8 
Six Feet Under 8 
Big Daddy 6 
Cyberchrist 5,2 
Graveyard Shift 7 
Psycho Zoo 7 
Queen of Danmed 7 
Blindman`s Sight 7,3 
Alive and Well 7,5 
Preying with the Mantis 7,7 
Last Man Stand 7 
Say Your Prayers 7,3 

 Modificadores: nenhum 
 Nota: 7,6

Pirikitus Infernalis


Eis que em uma bela madrugada “farmando” o Metal Achives, fui recompensando com o drop desse cd. O terceiro e melhor cd da banda, que se separou logo depois.
Este cd conta com 5 ótimas músicas, Well of Souls que já dá as boas vindas dando uma bela pedrada na janela. Ademais, temos Psycho Zoo, Blind Man’s Sight, Preying With the Mantis e Say your Prayers. Um ponto interessante desse cd, é que ele vai melhorando gradativamente no seu final, o que geralmente é o inverso do que ocorre em muitos outros álbuns.
A banda como um todo está de parabéns nesse cd. Buckland deixa a base com um peso muito foda, Fate Taylor tem momentos inspiradíssimos, Borsellega possui poucos momentos de destaque no cd e o vocalista “Falcon” Eddie Green às vezes tem momentos d+. O que eu achei de negativo foram alguns momentos forçados onde a banda expõe os agudos de Eddie até um momento onde aquilo não faz mais sentido, dando uma quebrada naquilo que estava anteriormente fluindo bem.
Eu honestamente não sei porque o Phantom e (principalmente esse cd) não são conhecidos, pelo menos como segundo ou até terceiro escalão do metal. Algo semelhante ocorreu com o Exodus em 1985 quando eles lançaram seu primeiro e melhor cd Bonded by Blood. Em qualquer situação corriqueira, uma banda com aquele cd naquela época, iria com certeza estourar. Mas os americanos foram abafados por 2 lançamentos de seus compatriotas do thrash metal: Killing is my Business (Megadeth) e Hell Awaits (Slayer). Houve uma tentativa de prolongar a turnê em 1986 para tentar mostrar ao mundo o sucesso de Bonded by Blood, porém em 21 de Ferereiro de 1986, o lançamento de Master of Puppets (Metallica) enterrou de vez os planos e o Exodus nunca conseguiu ir além de um segundo escalão no mundo do Heavy Metal, uma pena.
CyberChrist não está entre os melhores da história ou algo do tipo, mas é um cd que está acima da média e definitivamente um ótimo álbum de heavy metal.
Top3: Well of Souls, Psycho Zoo, Blind Man’s Sight. Shame Pit: CyberChrist.
Nota: \m/\m/\m/\m/


The Trooper
3
Não sei por que mas essa banda me lembra as bandas japonesas que já ouvi, e o ponto mais similar é a faixa "Six Feet Under", que parece trilha sonora de algum jogo de ação do Nintendinho (o que a ajudou a ser a melhor faixa do álbum).

A banda tem como ponto forte a criatividade nos instrumentos, com faixas bem trabalhadas, boa base de guitarra, bem como os solos. A parte mais oscilante é o vocalista, que varia de um estilo meio Rob Halford para o dos vocalistas japoneses, talvez com um vocalista mais sólido este álbum se aproximasse dos clássicos.

Enfim, um bom álbum para aumentar sua coleção.

Destaque para Wheel of Souls e Six Feet Under.

Nota: \m/\m/\m/\m/

The Magician
Razoável.

Nem tinha como ser diferente por causa das limitações da banda e principalmente da produção simples do álbum.

Vocais Halfordianos (conforme já comentado pelos demais Metalcólatras) de falsetes manjados e cozinha apenas suficiente e segura que não se arrisca para não escorregar e fazer feio; e dentro do cenário descrito é óbvio que quem protagoniza são as guitarras.

Elas são responsáveis pelas conduções principais e criação das harmonias, e não fazem feio, na verdade em alguns pontos chegaram até a me surpreender positivamente, só que se encurralaram em certos riffs e levadas, que no sufoco (de criatividade) para sustentar as músicas, se recriam de forma MUITO semelhante nas passagens de 4 ou 5 faixas do disco.

Não existe muita coragem de arriscar em Cyber Christ, isto já está bem explícito na produção, entretanto a influencia oitentista-farofa da banda criou partes melódicas e abordagens "semi-hard-rock" que dão outra coloração para algumas faixas, e assim permite que escutemos o trabalho até seu final sem ficar de saco completamente cheio.

Gostaria de reiterar que este lançamento está longe de ser ruim, mas convenhamos que a especulação de Pirikitus - alimentada pelo pragmatismo e conservadorismo de Phantom Lord - de que a banda teria potencial para figurar entre o primeiro ou segundo escalão do Metal, não tem o menor cabimento. A obra em questão é super mediana, não tem pretensão nenhuma e por pouco passa do genérico que tanto comentamos aqui no blog... é um CD simples para gente simples, por isso enganou o pessoal por aqui só que comigo não cola: aqui a critica é profissional, afinal foram anos e anos dedicados a este ofício, gostaria de lembrá-los que não estou aqui brincando como alguns outros "colaboradores" do site.

As melhores músicas são a faixa título, "Blind Man's Sight" e "Last man Standing", a pior é a ridícula "papaizão".

Nota: 6,6 ou \m/\m/\m/.

Ah sim, caso houvesse um motivo misterioso - fora a música - para Phantom ser considerada uma banda secundária, este motivo seria obviamente por ser uma banda americana de Power Metal, que como eu já cansei de falar aqui, o mercado americano de rock pesado (metal) foge do termo "power" como o diabo da cruz, para eles ser espadinha é uma vergonha, uma cafonisse; se o Phantom assumisse o gênero "Progressive" como o Savatage ou Kamelot, teriam mais aceitação... 




domingo, 5 de agosto de 2012

Impellitteri - Screaming Symphony

O álbum Screaming Symphony, lançado pelo Impellitteri em 1996, foi escolhido por The Trooper para análise.


Faixas: 01-Father Forgive Them; 02-I"ll Be With You; 03-Walk Away; 04-Kingdom Of Light; 05-Countdown to The Revolution; 06-17th Century Chicken Pickin'; 07-Rat Race; 08-For Your Love; 09-You Are The Fire


The Trooper
3
Cá estou eu novamente, enchendo o saco com a mesma banda. Após ouvir toda a discografia dos caras (e ser zoado por comprar o Crunch por R$ 120,00), cheguei a conclusão que o Screaming Symphony é a obra-prima da banda, seu "Master of Puppets". Retificando aqui parte de meu texto confuso da resenha de Wicked Maiden, Rob Rock cantou em grande parte dos álbuns da banda, e portanto compôs a grande maioria das letras com inspiração cristã.

Este álbum em questão está no meio da fase transitória de um som mais hard rock para o heavy metal, e é, para mim, o álbum mais equilibrado.

Destaque para Kingdom Of Light e Rat Race.

Tomando emprestado um costume do nosso querido Pirikitus, vou citar parte da letra de uma das faixas para prestar uma homenagem à meu velho, R.I.P., nós nos veremos novamente.

"Another time, another place, and we'll be standing face to face
Life will be an open page, in the kingdom of the light"

Kingdom Of Light - Impellitteri

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/


Phantom Lord


Mais um do Impellitteri no blog... 
É possível perceber que o álbum Screaming Symphony é mais velho que o Wicked Maiden só pela produção vagamente mais humilde. 
Como o Trooper citou o estilo musical parece um heavy metal levemente puxado pro hard rock. 
A guitarra virtuosa está presente (assim como em Wicked Maiden), mas o teclado está praticamente ausente (gracias!) e o vocal me pareceu meio limitado... não desafinado ou sem alcançar os agudos... mas um pouco “engessado” de modo similar ao álbum Skull Colectors do Hibria. Outro ponto negativo (ao meu ver) é que faltou um pouco de criatividade ao todo. É difícil explicar, mas vou tentar: Ao ouvir este disco, achei que algumas músicas soam do tipo “passa batido”. Talvez pelo excesso de fritação da guitarra solo e pelo vocal meio engessado que eu já comentei. Por um outro lado, não falta técnica e se ouvirmos as músicas em um modo aleatório juntamente com melodias de outras bandas, será fácil perceber que não há músicas ruins em Screaming Symphony. 

Father Forgive Them 7,0
I'll Be With You 7,4 
Walk Away 7,0 
Kingdom Of Light 7,9 
Countdown To The Revolution 6,8 
17th Century Chicken Pickin' 6,4 
Rat Race 7,6 
For Your Love 7,6
You Are The Fire 7,0 

 Resumindo: Apesar de soar quase "genérico" em alguns momentos, Screaming Symphony é (com certeza) um bom cd de heavy metal. 
 Modificadores: nenhum 
 Nota: 7,3

The Magician
Van Halen, Page, Iommi, Blackmore, Clapton, Hendrix, Jeff Beck e Satriani. Os grandes monstros da guitarra Rock criaram um legado perene, suas abordagens diferenciadas tinham uma declaração subjacente: "não se trata apenas de rock, se trata da guitarra".

A intersecção do período de 66 a 71 foi definitivo nesse sentido, ao criar o totemismo da guitarra onde conforme o discos eram lançados, cada vez mais suas linhas se sobressaiam das demais.

Foi como uma indução genética, da mesma forma que os Kennels Clubs ingleses fizeram nos últimos 3 séculos ao moldar as linhagens de cães atrás das características das "raças ideais" ou "sangue-puros".

A mutação definitiva, o resultado dessa empreitada no "violão elétrico maciço" foi revelada em 1978 por Van Halen com o mega-solo de guitarra "Eruption", e o resto é história...

Dessa história alguns caras se destacam e outros nem tanto assim, embora ambos sejam produtos diretos dessa campanha de guitarristas. E aí está Chris Impelliteri para provar o que estou falando. O homem não se destacou tanto assim, mas consegue se afirmar em uma carreira de + de 20 anos. E acredito que isso se deve por causa de sua sagacidade, de perceber que uma vez que não estaria no topo do gênero por causa de sua criatividade, criou sua própria "horta" em dois públicos bastante fiéis: os metaleiros religiosos e os guitarristas rockeiros virtuosos. 

Particularmente o trabalho neste álbum me agrada, de modo bem parecido com o que foi postado há um ano atrás aqui no blog; as músicas se sustentam em padrões bem interessantes mas que não variam muito, de forma que o total de 9 músicas pareçam ser apenas 3 ou 4. São músicas diretas e aderentes, de riffs precisos e solos ultra (ultra mesmo!) esmerilhados, completados pelos vocais agressivos e bem executados de Rob Rock.

A dosagem de duração é bem equilibrada, pois acredito que com músicas mais compridas ou mais faixas no CD, Impelliteri se arriscaria a nos envenenar com o líquido do enjoo, o que não acontece se você escutar o disco por somente uma vez e em seguida trocá-lo por algo mais pesado ou não-melódico. Ao meu ver se o guitarrista abusasse de outros setups no equipamento utilizado, agregaria muito mais ao material final. Contudo os caras que se valem de um título de "grande guitarrista" prezam pelas suas assinaturas super genuínas, e acreditam que o som, quanto mais orgânico (sem interferências de camadas e canais intermediários externos) melhor. Só que o cara tem que ter MUITA criatividade para se garantir dessa forma, o que normalmente não acontece...

Impelliteri é um dos super guitarristas mais rápidos do mundo, mas acaba fazendo um ótimo feijão com arroz, e por isso, só por isso, ganha meu respeito.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.  

A cultura da guitarra pode ser às vezes entendida, e às vezes até confundida com a cultura do Rock, mas não é a mesma coisa. E basta estar dentro dela apenas uma vez para saber disso. Os cabeludos são "educados para a música" e aprendem a admirar caras como Di Meola, Ray Vaughan, Stanley Jordan e Eric Johnson... e acham isso bonito pra caramba; que se tornarão verdadeiros músicos por causa isso. Pois afirmo que isso não é musica, é experimentalismo em níveis estelares, que talvez até sirva de material de estudo de caras que venham a criar música um dia e que poderão citar um desses nomes. Mas normalmente a única coisa que esses músicos ajudam a formar são bichinhas ranhetas e cheias de marra, que acabam no máximo como professores frustrados de música.

A fórmula da música não está nas pautas de conservatórios e institutos renomados de música, não está também propriamente na técnica dos músicos. Está na percepção e ouvidos dos membros de bandas (músicos é o cace%$&¨t*e) como o Megadeth, Iron Maiden, Metallica, Manowar, Ramones, e tantos outros.

      

segunda-feira, 23 de julho de 2012

AC/DC - Back in Black

O álbum Back in Black, lançado pelo AC/DC em 1980 foi escolhido por Phantom Lord para análise.



Phantom Lord
 Aqui está uma banda que supostamente exerceu influência em muitas bandas de rock pesado (vulgo heavy metal). 
Lançado um ano após o Highway to Hell, o álbum Back in Black surge com Brian Johnson substituindo o falecido Bon Scott nos vocais, porém o que mudou nas músicas da banda? Bom, eu não sou um maníaco por AC/DC, mas ouvi uns 5 álbuns de estúdio desta banda mais um monte de músicas dos demais discos... O disco TNT mostrava músicas mais próximas do Rock and Roll (ou classic-rock) e do Blues-rock, já o Highway to Hell apresentava um Hard Rock com características marcantes e bem conhecidas do AC/DC. 
...Apesar da mudança do vocalista, o Back in Black surgiu com um vocal muito semelhante ao de seus trabalhos antecessores. 
A verdade é que este disco apresenta pontos muito fortes, como algumas músicas inspiradíssimas, fáceis de serem memorizadas e com uma produção impressionante... A primeira vez em que ouvi este álbum, eu pensei que ele foi feito nos anos 90... E apesar das músicas do AC/DC geralmente parecerem “próprias para festas, baladas e/ou casas noturnas”, a distorção utilizada nas guitarras somada a produção (que eu já comentei) dá um “peso” significante ao álbum como um todo. Enfim, o AC/DC pode ser uma banda “fiel ao seu próprio estilo”, mas o álbum Back in Black não se torna cansativo de se ouvir, como acontece com vários outros desta banda. 
Hells Bells 9,2 
Shoot to Thrill 8,0 
What Do You Do for Money Honey 7,0 
Givin the Dog a Bone 7,2 
Let Me Put My Love into You 7,5 
Back in Black 9,7 
You Shook Me All Night Long 8,8 
Have a Drink on Me 7,8 
Shake a Leg 7,8 
Rock and Roll Ain't Noise Pollution 8,0

Modificadores: 

 E para polemizar possíveis "true-metaleiros": 



Nota: 8,2

Pirikitus Infernalis

Mais um cd desta que é considerada por muitos como a maior banda de Rock ‘n Roll da história. Após o sucesso absoluto do seu antecessor, a banda recebe o baque de perder o seu vocalista Bon Scott. Bon Scott era nada mais do que a personificação do Rock ‘n Roll, com seu talento nato para a música, e seu dom de pouco se importar com o pensamento das pessoas ao redor.
Pois bem, eis que depois de perder esse mito do gênero musical, a banda está atrás de um outro vocal e eis que Brian Johnson se junta a trupe de uma forma inusitada mas, como pouca coisa que acontecia naquela época fazia sentido, essa junção em pouco tempo se tornaria épica.
Back in Black é um cd épico, daqueles de Hall of Fame e que é “must have” para qualquer rockeiro, sem exceção. Ele possui hits cabulosos, musicas com duplo sentido sobre mulheres e rock ‘n roll, ou seja, esse cd é o que o ACDC faz de melhor. Somando isso ao sucesso de Sir Angus Young e Sir Brian Johnson meu amigo, pode botar o cd pra rodar que é sucesso.
Um dos melhores CDs da história, feito pela MAIOR banda de rock ‘n roll da história.
Top 3: Impossível escolher apenas 3. Shame Pit: -
Nota: 9,5


Venâncio

Bem a banda por si só merece 8 pitus... afinal não se trata de uma banda fundo de quintal que saiu de um bairro (país) qualquer da Europa.

Uma das maiores bandas de rock do mundo, detentora do titulo de maior vendedora de discos da história do rock e justamente com qual... este belíssimo álbum que marca a estreia de seu novo e atual vocalista.

O que mais dizer, elogiar sempre é difícil, mas posso dizer que temos aqui uma obra de arte o melhor desta banda que possui um estilo único e marcante em todas as suas musicas que gera a seguinte frase: "se tu gosta de uma musica de ACϟDC, gosta de todas!".

Mas o porque desta colocação, simples eles não buscam sair de sua zona de segurança me levando a crer que assim como Tarantino (respeitando a diferença de mídias, mas focando nas criações), fazem o que lhes agradam sendo o sucesso apenas resultado da semelhança de gostos com o publico.

Não vejo destaques na obra como um todo, é uma peça sólida, bem trabalhada e polida.

9 pitus


The Trooper
3
ACDC é uma ótima banda de rock n' roll, isso é indiscutível, mas eu não sou daqueles que "endeusa" os caras, se você é um desses já pode parar de ler por aqui.

A sonoridade deles me lembra Led e um pouquinho de Whitesnake, embora menos viajante e menos rápido. Com suas letras de putaria e postura "rock", deve ter influenciado bandas como Guns e uma grande maioria do hard rock, mas digo com segurança, que em seu primeiro cd (e apenas nesse) o Guns já superou os mestres, as faixas variam bem mais, são mais rápidas e passam a mensagem de putões melhor. Mas "clássico é clássico e vice-versa", como diria um famoso jogador de futebol, e Back In Black é a epítome do clássico, letras que você fica cantando por horas depois de ouvir, músicas que se repetem infinitamente pelo tempo em casas de rock, por discotecagem ou covers, e claro, gerador de fãs fanáticos.

É dever de qualquer metaleiro ouvir esse álbum pelo menos uma vez na vida (esse sim, não aquele monte de merda nas listas de revistas cretinas), e se você ouvir, no mínimo da faixa título vai gostar.

Álbum obrigatório na coleção (nem que for só em mp3), bom pra botar pra variar e em churrascos. 

Meu destaque vai para a óbvia Back In Black, acima do nível das demais.

Nota: \m/\m/\m/\m/


The Magician
Respeitável público: "Anti Christ/Devil's Children" no Blog Metal, com o mais bem sucedido disco de Rock da história.

A banda australiana é de singularidade super evidente e genuína, seus dois frontmans tinham (ou tem) vozes e interpretações únicas, e as linhas de bateria e guitarras se não são geniais pela virtuose devem obrigatoriamente ser reconhecidas pela sua autenticidade e originalidade. Por esses motivos o estilo do ACDC dificilmente pode ser comparado às demais bandas de rock ou metal.

E deixemos o Metal de lado, pois AC/DC não é metal, é injeção e bomba de rock n roll na veia!
Alguns sintomas: Seus versos são circulares pois saem de um tom correndo três ou quatro notas  fatalmente voltam para o ponto inicial (o "rolling" do Rock). Os sons da guitarra SG (inconfundíveis) de Angus Young, com os slides, licks venenosos e bends, principalmente nos graves, às vezes procura desesperadamente por fluência, e suportada pelos compassos viciados da caixa + tons da batera acaba falando a linguagem clássica do Blues. A voz estridente de Brian e as distorções pesadas das guitarras vestem a música com uma espécie de sonoridade Hard Rock.

A capacidade de recrutar iniciantes e as famosas letras polêmicas é que se tornam o motivo principal para o Rock pesado do AC/DC ser abraçado pela bandeira metaleira, mas é bem nítido que nas estruturas de composições de Malcolm e Angus existe muito mais de Creedence do que Deep Purple ou Black Sabbath.

As vezes citamos grandes guitarristas como "fora de sua própria época", como viajantes do futuro que desbravaram métodos e sonoridades até então ocultas. Pois é..., Angus Young também é notável, mas justamente pelo motivo contrário. O magrelo parece ter viajado no túnel do tempo direto dos anos 50 ou 60, e quando chegou nos anos 70/80 encontrou um equipamento ultra-tunado pra praticar o velho blues arcaico.

Mas normalmente o rock clássico não me deslumbra tanto assim, e costuma pecar por ser enjoativo....... só que aqui o caso é diferente.

Back in Black, é um acerto, fora de série, traz consigo três clássicos transcendentes ("Back in Black", "You Shook Me All Night Long" e "Hells Bells") e um compostos de músicas consistentes de alto nível (como "Shoot to Thrill" e "Given the Dog a Bone") que eternizaram a banda entre os grandes. As linhas são tão bem gravadas e equalizadas que o disco é um dos favoritos para testes de estúdios e casas de show até os dias de hoje. E tudo isso por causa de um golpe de azar - a morte de Bon - que obrigou o ingresso de Brian criando a química e o tema para o disco.

Um dos dez discos mais clássicos do Rock, obra de tirar o chapéu... o terno, a camisa, a gravata e ficar rodopiando que nem um maluco!

Nota 8 ou \m/\m/\m/\m/.
  
Resenhar o disco que mais vendeu na história do Rock sugere uma série de possibilidades de comentários e especulações sobre a fórmula do sucesso de Back in Black, particularmente estou convencido de que foi uma espécie de refúgio para os saudosistas do rock nos anos 80 e, puxando o pendulo para a sonoridade mais direta e menos progressiva foi até certo ponto um dos responsáveis por minguar o movimento musical de contracultura (ao lado do punk). Mas meu parecer definitivo sobre a resposta do disco no mercado reside no fato de o AC/DC perdurar décadas não só como estereótipo rock, e sim como uma das únicas opções de Rock de verdade e de qualidade.     

Hellraiser
3O que falar desta obra prima da musica pesada ? 
O que falar do disco de Rock mais vendido em todo o mundo ? 
Que merece todos os elogios possíveis, claro !!! 
Esse álbum é uma perfeição em forma de musica ! 

Uma prova de que, mesmo por uma troca de vocalista, mesmo que sendo por uma tragédia, uma banda de qualidade sabe canalizar os problemas e dar a volta por cima em grande estilo ! 
( Recado para Iron maiden e Sepultura ) 

Bom, quanto a obra do AC/DC, o álbum começa do mesmo jeito que termina, com a magnífica ``Hell´s Bells``, passando por otimas composições, entre elas, a super classica faixa titulo, até chegar na ultima faixa, ``Rock´n´Roll ain´t Noise Pollution``com total cara de Blues, ...mas PÉRA AÍ !!!!!!! 
Já acabou ?????? 
Sensação total de quero mais !!! 

Um álbum totalmente em alto estilo, com faixas altamente cativantes, de refrões grudentos, e a mesma formula simples e eficaz de sempre, de se fazer Rock´n´Roll do AC/DC. 
Todas as faixas são excelentes, tanto é que pelo menos 04 delas foram executadas com certa exaustão nas rádios. 

Nota 8,9