quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Show-ya - Hard Way

O álbum Hard Way, lançado pelo Show-ya em 1990, foi escolhido por Venâncio para análise.
01 - METALLIC WOMAN // 02 - Life Is Dancing // 03 - Switch Blade St. // 04 - 魔性 // 05 - 何故 // 06 - Make it up -どうにかしてよ- // 07 - ギャンブリング // 08 - BLUE ROSE BLUES // 09 - WAY YOU ROCK ME // 10 - うちにかえろう // 11 - 叫び.

Venâncio
 Sempre na busca do não usual, fora do eixo popular/usual do rock/heavy metal... blábláblá...

Trago agora uma excelente banda do outro lado do mundo, direto do país do sol nascente a banda feminina Show-ya.

Realmente, similar ao que aconteceu com Aрия não entendo uma palavra do que dizem mas isso não impede notar a força sentimental que Keiko Terada coloca nos vocais.

Em Metallic Woman (essa eu entendi kkk) temos um excelente começo desta obra, sendo pesada, marcada e bem trabalhada... Seguimos então para Life is Dancing que tem um começo bem loco, mas fica estranha na entrada dos vocais... ou talvez seja apenas por conta do teclado... de qualquer forma já a deixa inferior a faixa de abertura mesmo contendo uma ou outra parte mais empolgante graças ao baixo.

Switch Blade St é rock anos 80 total ganhando alguns pontinho comigo… 魔性 rápida, pelo menos o começo, mas falta algo nela, muito provavelmente falta peso. O que a deixaria realmente boa. 

何故 chegamos as viagens/baladas muito comuns nesta época com um tom melancólico e reflexivo.

Make it up -どうにかしてよ- meio álbum de analise chegando a algo mais “familiar”, uma música um pouco mais alegre lembrando abertura de animes, só peca pelo tempo, muito longa... ギャンブリングé o ponto alto da obra, a melhor concordância do vocal, backing vocals e instrumentos até agora... elas acertam tudo nessa, recomendo o clipe dela também. Blue Rose Blues antecede a decadência da obra sendo a ultima musica boa e deveria marcar como sua ultima faixa... Way You Rock Me é básica demais não acrescenta nada. Lembra sobre a as viagens/baladas que comentei? Bem deveriam ser uma por álbum e a deste já foi gasta lá atrás tornando うちにかえろう enfadonha a essa altura do campeonato.

Por fim temos 叫び que também não soma nada.

7 saquês e um pastel. 



Phantom Lord
 O Japão voltou ao blog... 
 Ao menos não é uma postagem redundante, pois Show-Ya é uma banda de rock com vocais femininos (na verdade a banda toda é composta de mulheres)... E é bem diferente do vocal feminino que passou aqui pelo blog (Tarja, do Nightwish), pois esta vocalista (Keiko) canta num estilo um pouco mais próximo da Doro Pesch. 

Metallic Woman não é um heavy metal pauleira, mas abre muito bem este álbum. Apesar de ter um ritmo consideravelmente pausado, esta música apresenta certo peso e “virtuose”. 
Life is Dancing tem um ritmo mais próximo do rock n roll clássico e do rock-blues... eu acho. Esta música soa bastante brega em alguns momentos, mas não é ruim. 
Switch Blade St. …Não é ruim, mas é entediante.
Fiendishness parece um bom “metal-trilha-sonora-de-game” com um solo de teclado razoável (poderia ficar ainda melhor se o solo fosse de guitarra?). É a melhor deste disco.
Naze: Longa e depressiva... 
Depois da faixa depressiva, o álbum vai gradualmente se “padronizando” sendo que as músicas Gambling e Way You Rock Me ficam um pouco acima da média... 
e Uchi ni Kaerou traz mais melancolia... Deveria existir uma lei proibindo todas as bandas de rock e metal de colocarem mais de uma faixa melancólica por álbum!! 
Sakebi encerra o álbum... Reforçando o que conclui sobre vocais japoneses, na resenha do Anthem – Eternal Warrior. 
Conclusão: A guitarrista toca muito bem. (Alguns momentos são absurdos!) Porém a vocalista deveria cantar em inglês e sem sotaque de japônes, assim o álbum como um todo seria realmente bom! 

Eu não uso letras do alfabeto japonês... Ainda bem que encontrei uma versão do álbum com os nomes em inglês: 
Metallic Woman 7,2 
Life Is Dancing 6,2 
Switch Blade St. 5,8 
Fiendishness 8,0 
Naze 5,8 
Make It Up -Dounikashite yo- 6,2 
Gambling 7,2 
Blue Rose Blues 6,0 
Way You Rock Me 6,6 
Uchi ni Kaerou 5 
Sakebi 5,5 

(Fiendishness... what a f@#%? A tradução para o idioma português seria Endiabradidão ou Endiabradice?) 

Modificadores: nenhum 
Nota: 6,3 

 The Trooper
 3Chato. Esta palavra poderia resumir minha opinião sobre este álbum, mas não é uma verdade absoluta, alguns pontos (principalmente no começo do álbum) chamam a atenção e causam uma reação boa. 

Eu diria que Show-ya varia de Chameleon do Helloween para Michael Jackson e chega até Deep Purple. Obviamente o que me chamou a atenção foram algumas linhas de baixo e pegadas parecidas com Purple, mas esses trechos correspondem a menos de 50% do álbum, logo, no fim eu achei um trabalho chato pra dedéu, que não vale a tortura de ver essa capa zoada toda vez que entro no blog.

Maldito Venâncio.
Nota: \m/\m/\m/

The Magician
Show Ya surge no blog como terceira amostra nipônica de Heavy Metal/Hard Rock (após as postagens de Loudness e Anthem meses atrás), de modo que possa dar a entender para o leitor do blog que ou o país oriental é uma potência do gênero, ou que temos entre nossos críticos-membros alguns descendentes da terra do sol nascente. 
Mas na verdade não ocorre nenhuma das duas coisas, (embora eu admita que é um mercado potencial de consumo do gênero) que me faz questionar os motivos  dessas escolhas e o curioso interesse dos críticos nessas postagens orientais.
OK, concordo que isso é resmungar sobre as postagens, mas o fato é que uma vez que eu já tenha abordado nos posts anteriores as motivações culturais do J-Rock, as características da linguística na música anglicista e suas influências sonoras, não me sobra muito onde discorrer. 
A novidade aqui é a formação completamente feminina, e o curioso fato da guitarrista da banda, Miki Igarashi explorar um vasto campo de texturas no decorrer do disco, multiplicando as camadas no que diz respeito a seus setups e cria colorações diversificadas sobre as diferentes músicas; mas ao tempo que se utiliza desta variação, na maioria das vezes experimenta nas linhas e fraseados de bases. 
Ou seja, a "moça" ilustra as faixas com patches pomposos, e mostra criatividade na configuração de seu equipamento, encostando um pouco aquele velho preconceito de guitarristas consagrados sobre a "autenticidade" dos timbres próprios (provavelmente um clichê machista do metal). Particularmente eu aprecio esta coragem, que no fim das contas dá certo fôlego às passagens do álbum. 
Sobre o trabalho da guitarra eu acrescento o ótima arquitetura das bases e colocações de licks, que caminham sobre o Blues, Hard Rock, Metal Clássico e até o Speed Metal, com personalidade e solidez. A guitarrista peca somente nos solos, muito modestos e por vezes tímidos que neste caso infelizmente não passam desapercebidos e sugerem certa inaptidão da autora das linhas.
Reforça o composto instrumental e o dorso das composições os teclados de M. Nakamura que aparecem por aqui e por ali, e invocam a inconfundível característica das interpretações de John Lord (e mesmo assim Trooper reclamou); não assumem responsabilidade solista mas reforçam a argamassa de Hard Way.
Como linha sobressalente se apresenta a voz da cantora Keiko Terada que tem certo dinamismo porém características  vocais um pouco estranhas aos moldes do Rock/Metal, àqueles que foram disseminados pelas intérpretes nórdicas ou europeias das bandas metaleiras.
O álbum Hard Way guarda características curiosas, como sua variação melódica e experimentação nos estilos de composição, mas é ainda, primordialmente, apenas uma "descontração" devido principalmente aos atributos "estrangeiristas" do CD.  

Nota 6.3 ou \m/\m/\m/.


12 comentários:

  1. Como busca do não usual, Venâncio?
    Esta é a terceira banda japonesa que aparece no blog!

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  2. Respostas
    1. Hmpf. Venâncio, tuas escolhas de álbuns para este blog prova que tu és individualista e enfadonho.

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    2. enfadonho |ô|
      adj.
      1. Que causa enfado.
      2. Molesto.
      3. Monótono.
      4. Desagradável.
      5. Sem atrativos.
      Plural: enfadonhos |ô|.

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  3. Sim, eu quis dizer a opção número 4, traduzindo:
    individualista e desagradável.

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  4. E essa capa????!!!!!!!!!!!! rrrrrrrrrrridículo!!!!

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  5. Tentando completar o que comecei explicar sobre letras de rock/metal em japonês: O idioma em inglês parece possuir mais palavras paroxítonas enquanto o japonês (como o português) apresenta mais oxítonas e estas oxítonas atrapalham o "fluir" do canto.
    Enfim, é isso... cansei de "estudar" idiomas desta maneira tosca, eu apenas quis explicar aquele lance sobre a estrutura das palavras que citei na resenha do "Anthem - Eternal Warrior".

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  6. Tentar explicar ou atribuir a incompatibilidade sonora do Metal apenas com o idioma,embora seja parte da explicação, acaba sendo uma tarefa um tanto complexa, Phantom.
    Os fatores linguísticos são diversos e todos eles vão influenciar: morfologia, sintaxe,passando pela semântica e terminando na lexicologia e não apenas a fonética cfe. o senhor citou.

    Talvez a explicação não resida primordialmente no idioma e sim nos próprios arranjos do Rock/Metal, que compostos de acordes de harmonia relativamente simples e figuras rítmicas padronizadas, se tornam uma especie de "tecido" bastante conveniente para a inflexiva língua inglesa.

    Toma-se como exemplo a abordagem rítmica, Melódica e harmônica sobre o violão na MPB, de tessituras e levadas mais "ricas" do que o Rock, provavelmente incentivado pela língua portuguesa que em sua estrutura é mais sofisticada do que que a inglesa. Isso sem mencionar os instrumentos e interpretações
    musicais do oriente que oferecem cromatismos e intervalos entre os semitons...

    Na edição #178 da Guitar Player Brasil esse tema é explorado, onde a matéria principal da revista - "Escalas Exóticas" - oferece ao leitor estudos e intervalos próprios de sonoridades pertencentes à determinadas culturas.

    Por fim, um tango em inglês também deve soar zoado e o Rock como produto da cultura pop inglesa/americana (anglicista), pode sim ser considerado uma espécie de música folclórica, como qualquer outro gênero (menos música erudita).

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  7. Desculpe sobre a capa, da proxima procuro album com melhor capa e/ou véio de fralda

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  8. Tipo essa: http://metalcolatras.blogspot.com.br/2011/03/megadeth-countdown-to-extinction.html

    :D

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  9. A grande verdade é que mulher não sabe fazer solo de guitarra, mas colocar esta declaração no post poderia me complicar...

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