domingo, 5 de agosto de 2012

Impellitteri - Screaming Symphony

O álbum Screaming Symphony, lançado pelo Impellitteri em 1996, foi escolhido por The Trooper para análise.


Faixas: 01-Father Forgive Them; 02-I"ll Be With You; 03-Walk Away; 04-Kingdom Of Light; 05-Countdown to The Revolution; 06-17th Century Chicken Pickin'; 07-Rat Race; 08-For Your Love; 09-You Are The Fire


The Trooper
3
Cá estou eu novamente, enchendo o saco com a mesma banda. Após ouvir toda a discografia dos caras (e ser zoado por comprar o Crunch por R$ 120,00), cheguei a conclusão que o Screaming Symphony é a obra-prima da banda, seu "Master of Puppets". Retificando aqui parte de meu texto confuso da resenha de Wicked Maiden, Rob Rock cantou em grande parte dos álbuns da banda, e portanto compôs a grande maioria das letras com inspiração cristã.

Este álbum em questão está no meio da fase transitória de um som mais hard rock para o heavy metal, e é, para mim, o álbum mais equilibrado.

Destaque para Kingdom Of Light e Rat Race.

Tomando emprestado um costume do nosso querido Pirikitus, vou citar parte da letra de uma das faixas para prestar uma homenagem à meu velho, R.I.P., nós nos veremos novamente.

"Another time, another place, and we'll be standing face to face
Life will be an open page, in the kingdom of the light"

Kingdom Of Light - Impellitteri

Nota: \m/\m/\m/\m/\m/


Phantom Lord


Mais um do Impellitteri no blog... 
É possível perceber que o álbum Screaming Symphony é mais velho que o Wicked Maiden só pela produção vagamente mais humilde. 
Como o Trooper citou o estilo musical parece um heavy metal levemente puxado pro hard rock. 
A guitarra virtuosa está presente (assim como em Wicked Maiden), mas o teclado está praticamente ausente (gracias!) e o vocal me pareceu meio limitado... não desafinado ou sem alcançar os agudos... mas um pouco “engessado” de modo similar ao álbum Skull Colectors do Hibria. Outro ponto negativo (ao meu ver) é que faltou um pouco de criatividade ao todo. É difícil explicar, mas vou tentar: Ao ouvir este disco, achei que algumas músicas soam do tipo “passa batido”. Talvez pelo excesso de fritação da guitarra solo e pelo vocal meio engessado que eu já comentei. Por um outro lado, não falta técnica e se ouvirmos as músicas em um modo aleatório juntamente com melodias de outras bandas, será fácil perceber que não há músicas ruins em Screaming Symphony. 

Father Forgive Them 7,0
I'll Be With You 7,4 
Walk Away 7,0 
Kingdom Of Light 7,9 
Countdown To The Revolution 6,8 
17th Century Chicken Pickin' 6,4 
Rat Race 7,6 
For Your Love 7,6
You Are The Fire 7,0 

 Resumindo: Apesar de soar quase "genérico" em alguns momentos, Screaming Symphony é (com certeza) um bom cd de heavy metal. 
 Modificadores: nenhum 
 Nota: 7,3

The Magician
Van Halen, Page, Iommi, Blackmore, Clapton, Hendrix, Jeff Beck e Satriani. Os grandes monstros da guitarra Rock criaram um legado perene, suas abordagens diferenciadas tinham uma declaração subjacente: "não se trata apenas de rock, se trata da guitarra".

A intersecção do período de 66 a 71 foi definitivo nesse sentido, ao criar o totemismo da guitarra onde conforme o discos eram lançados, cada vez mais suas linhas se sobressaiam das demais.

Foi como uma indução genética, da mesma forma que os Kennels Clubs ingleses fizeram nos últimos 3 séculos ao moldar as linhagens de cães atrás das características das "raças ideais" ou "sangue-puros".

A mutação definitiva, o resultado dessa empreitada no "violão elétrico maciço" foi revelada em 1978 por Van Halen com o mega-solo de guitarra "Eruption", e o resto é história...

Dessa história alguns caras se destacam e outros nem tanto assim, embora ambos sejam produtos diretos dessa campanha de guitarristas. E aí está Chris Impelliteri para provar o que estou falando. O homem não se destacou tanto assim, mas consegue se afirmar em uma carreira de + de 20 anos. E acredito que isso se deve por causa de sua sagacidade, de perceber que uma vez que não estaria no topo do gênero por causa de sua criatividade, criou sua própria "horta" em dois públicos bastante fiéis: os metaleiros religiosos e os guitarristas rockeiros virtuosos. 

Particularmente o trabalho neste álbum me agrada, de modo bem parecido com o que foi postado há um ano atrás aqui no blog; as músicas se sustentam em padrões bem interessantes mas que não variam muito, de forma que o total de 9 músicas pareçam ser apenas 3 ou 4. São músicas diretas e aderentes, de riffs precisos e solos ultra (ultra mesmo!) esmerilhados, completados pelos vocais agressivos e bem executados de Rob Rock.

A dosagem de duração é bem equilibrada, pois acredito que com músicas mais compridas ou mais faixas no CD, Impelliteri se arriscaria a nos envenenar com o líquido do enjoo, o que não acontece se você escutar o disco por somente uma vez e em seguida trocá-lo por algo mais pesado ou não-melódico. Ao meu ver se o guitarrista abusasse de outros setups no equipamento utilizado, agregaria muito mais ao material final. Contudo os caras que se valem de um título de "grande guitarrista" prezam pelas suas assinaturas super genuínas, e acreditam que o som, quanto mais orgânico (sem interferências de camadas e canais intermediários externos) melhor. Só que o cara tem que ter MUITA criatividade para se garantir dessa forma, o que normalmente não acontece...

Impelliteri é um dos super guitarristas mais rápidos do mundo, mas acaba fazendo um ótimo feijão com arroz, e por isso, só por isso, ganha meu respeito.

Nota 7 ou \m/\m/\m/\m/.  

A cultura da guitarra pode ser às vezes entendida, e às vezes até confundida com a cultura do Rock, mas não é a mesma coisa. E basta estar dentro dela apenas uma vez para saber disso. Os cabeludos são "educados para a música" e aprendem a admirar caras como Di Meola, Ray Vaughan, Stanley Jordan e Eric Johnson... e acham isso bonito pra caramba; que se tornarão verdadeiros músicos por causa isso. Pois afirmo que isso não é musica, é experimentalismo em níveis estelares, que talvez até sirva de material de estudo de caras que venham a criar música um dia e que poderão citar um desses nomes. Mas normalmente a única coisa que esses músicos ajudam a formar são bichinhas ranhetas e cheias de marra, que acabam no máximo como professores frustrados de música.

A fórmula da música não está nas pautas de conservatórios e institutos renomados de música, não está também propriamente na técnica dos músicos. Está na percepção e ouvidos dos membros de bandas (músicos é o cace%$&¨t*e) como o Megadeth, Iron Maiden, Metallica, Manowar, Ramones, e tantos outros.

      

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