terça-feira, 1 de junho de 2021

Edu Falaschi - Vera Cruz

  O álbum Vera Cruz, lançado por Edu Falaschi em 2021, foi escolhido por Pirika para análise.


Faixas: 01-Burden; 02-The Ancestry; 03-Sea Of Uncertainties; 04-Skies In Your Eyes; 05-Frol de La Mar; 06-Crosses; 07-Land Ahoy; 08-Fire With Fire; 09-Mirror Of Delusion; 10-Bonfire Of The Vanities; 11-
Face Of The Storm(Feat. Max Cavalera); 12-Rainha do Luar(Feat. Elba Ramalho)

The Trooper
3
Pirika nos trouxe um trabalho fresco (no sentido de recente) do metal nacional. A primeira observação que eu tenho que fazer é que se trata de um trabalho muito bem elaborado. Nota-se o planejamento e a execução bem-feitas, a começar pela capa, um belo trabalho artístico.

'Tá, e o som?' você deve estar se perguntando. O som parece bom (eu ainda não me decidi completamente), parece Dragonforce, mas não é chatão como Sonic Firestorm, lembra também, claro, Angra, um misto de Holy Land, Rebirth e Temple of Shadows.

'Caraca, tirando o Sonic Firestorm, você só citou álbum f7$@ Trooper, esse álbum deve ser uma obra-prima!' Hold your horses, parça! Não é bem assim, pelo menos para mim. Existe um problema principal que é difícil superar (pelo menos para almas amarguradas - ei! O mínimo que eu espero de um metaleiro é um pouco de amargura!): a alegria abundante.

Logo de cara, a historinha narrada por atores de rádio de segunda linha, lembrou muito alguma animação genérica da Disney. Poderia eu então, chamar Vera Cruz de um álbum de Disney Metal? Sim! Diferente de With Temptation, que era Disney Pop mesmo!

Então quem gosta de musicais (tipo Noviça Rebelde, etc.) 😖 pode gostar bastante de Vera Cruz!

Tá, deixando a zoeira de lado ... A zoeira eu posso deixar, mas o fator alegria não. Pra fazer um comparativo, eu ouvi Temple of Shadows (p#$% de um trabalho hein, Falaschi? Cantou muito! Parabéns!) e Rebirth novamente (aliás, esses dois tem que entrar no blog cedo ou tarde, álbum bom não pode ficar fora), Rebirth praticamente não tem músicas construídas com abundância de notas alegres. Temple of Shadows tem, mas ficam restritas às faixas Spread Your Fire e Wishing Well (aqui a alegria é extremamente abundante). Ou seja, ninguém monta uma álbum inteiro com felicidade.

Pra quem viu a última 'entrevista' dele no podcast daqueles dois anarcocapitalistas chatões, ficou bem claro o que aconteceu. O Edu quis fazer um álbum 'good vibes'. Isso tem consequências. Quando eu estou escrevendo um livro ou um conto, eu procuro me ater apenas às ideias e interferir o mínimo possível no andamento da história. Vou dar um exemplo de 'interferência' na história: 'Seria legal inserir uma protagonista mulher aqui, um negro, uma garota com Down e um casal de lésbicas.' Eu não vejo nada de errado em personagens diversos aparecerem em uma história. Meu medo é as coisas aparecerem forçadas em uma história pensada originalmente de outro modo.

Isso é completamente pessoal, nem deve fazer sentido do ponto de vista de escritores profissionais (eu tenho medo até de pesquisar técnicas de redação por medo de interferir na história). Você pode ler algo meu e dizer, 'nossa, mas isso é uma m@#$@', mas para mim não importa, porque eu estou escrevendo para mim, e na minha cabeça estou captando uma realidade paralela.

O que tudo isso tem a ver com o álbum do Edu? No fundo cai naquela discussão sobre encaixar sua música em um nicho. 'Meu álbum vai ser o mais thrash possível', e daí fica uma chatice. Vera Cruz ficou uma chatice? Nem tanto, mas eu sinto que poderia ter saído muito mais pesado e épico, uma mistura de Fragile Equality e Avantasia.

Meu destaque vai para Face of the Storm, que continuou alegre com o Max berrando e tudo! Mas pelo menos tem a buzina épica. Sabe onde mais a buzina épica aparece? Em Guerra dos Mundos, quando ela tocava enquanto eu assistia no cinema, dava vontade de me esconder embaixo da poltrona pra fugir dos aliens. Ela até dá uma grudada na cabeça.

Mas o destaque de verdade mesmo vai para Rainha do Luar! 'Não acredito, Trooper! Com a Elba Ramalho?!' Justamente! Elba Ramalho carregou esse álbum nas costas. Mas além da bela interpretação da cantora, é a única música do cd que não é alegre, reverberou a amargura e tristeza em mim, obrigado! 😁 (Serião, fez uma diferença, parece ser a música que realmente conta o que deveria)

P.S.: Não acompanhei as letras, e com meu listening chinfrim não deu pra entender muita coisa, mas não me animei a procurar, 'xá pra próxima.

Nota: \m/\m/\m/

Pirika

Edu is back. Bom ver que depois daqueles últimos anos conturbados no Angra e frustração no Almah ele ainda segue firme e forte pra trazer música boa pro metal nacional. Em 2018, já junto com Aquiles e trupe, veio a boa Glory of Sacred Truth e agora finalmente temos o conceitual Vera Cruz contando a história de Jorge, o indião ticudo e a Ordem da Cruz de Nero. Um bom cd para os fãs do metal melódico nacional.

Antes de falar do álbum em si, vale falar do trabalho que foi feito em torno dele. Além da divulgação durante o processo de criação, o álbum veio recheado brindes pra quem comprasse na pré-venda e os itens são bem legais, deu até uma balançada. Outro ponto bem significativo na minha opinião foi a obra da capa, honestamente é uma das capas mais bonitas que eu já vi em um cd de metal.


Vamos ao conteúdo que é o que nos interessa. O álbum começa meio perdido na minha opinião com uma punhetagem sem tamanho nas guitarras que desagrada um pouco, porém aos poucos isso vai dando lugar a um álbum bem cadenciado, harmonioso e com músicas de ótimas qualidade. O virtuosismo das guitarras dá lugar aos dois maiores destaques desse cd: o primeiro é a voz do Edu que volta a ter força e identidade e o segundo e que mais me agradou foi a qualidade do baixista Raphael Dafras.

As músicas mantêm uma boa qualidade ao longo do cd mas é na sua segunda metade que o cd realmente brilha. Tirando Fire with Fire, que não minha opinião é a mais fraca do cd, desde Land Ahoy até Rainha do Luar o cd é maravilhoso. Um bom cd para todos nós fãs de Edu, Viper, André, Angra, Shaman, etc.


Top 3: Mirror of Delusion, Land Ahoy, Rainha do Luar. Shame Pit: Fire with Fire.

Nota: 7,1

“Don't cry, I will love you

Forever I'll See

Your blue eyes caring for me

For all eternity”


The Magician

O trabalho é bom.

Veracruz é um álbum musicalmente maduro e complexo que utiliza como base das composições um conto ficcional heroico adaptado no início da história luso-brasileira. No conjunto da obra Edu & Cia. conseguiram afinal entregar uma obra bastante plausível no sentido de se justificar a proposta padrão do Heavy-Metal de sub-gênero, de entreter as pessoas com um conteúdo mais profundo do que o “normal de mercado”, e ainda por cima garantindo a coerência musical/lírica.

Comecei já com a conclusão porque nada do que eu escrever daqui em diante muda essa conclusão, por mais que minha resenha a partir desse ponto possa parecer uma viagem de ida e volta com diferentes impressões sobre vários pontos relacionados ao mais recente trabalho de Edu. O trabalho é bom, e merece o reconhecimento do segmento como uma peça fixa do que o Metal nacional produziu de bom.

Nota 7,7 ou \m/\m/\m/\m/.

Bom, vamos começar a viagem.

Para começar, e até como propaganda do trabalho – por que não? – segue abaixo o vídeo conceito de arte de Veracruz disponível no Youtube oficial da banda, que narra a faixa introdutória do disco (atores de rádio de segunda linha, segundo o Trooper). Gostei da arte, mas o inglês com certeza é macarronada – como o inglês do próprio Edu Falaschi no decorrer das faixas – , e a narrativa exageradamente eloquente me traz a memória os saudosos CDs de RPG da Abril de meados dos anos 90 e começo de 2000, com ‘atores amadores de rádio’ (First Quest, Mystara – Karameikos...).


Como fica óbvio na visualização do vídeo e na disponibilização da trama no site oficial da banda, o protagonista não é um índio (tá viajando ae Pirika? Nas letras das faixas Frol de La Mar e Land Ahoy fica clara a travessia do Atlântico pelo herói português), mas sim um europeu portuga que escapou da morte em sua tenra idade, com sua vida ameaçada por carregar a marca do ‘escolhido’ conforme profecia.               

Se eu fosse um crítico dos dias de hoje de literatura, iria sair mencionando negativamente o fato de a contextualização da trama não trazer a diversidade como foco, já que o herói não é índio, negro, mulher, homossexual... mas sim um branco europeu de olhos azuis, e logo, uma história batida e datada, fora da época inclusiva como vivemos atualmente (e nem adianta amenizar com a freira do convento e com o xamã que adota o herói principal em terras tupiniquins, Edu). Porém, eu prefiro focar outras características da história, ao criticar sim esse roteiro do escolhido – “chosen one” - com sua marca de nascença que corrobora a profecia, isso sim é datado pra kct (um dia ainda vão cantar sobre um paladino caído destruidor que nunca resgatará a bondade, nem mesmo em seu momento derradeiro...). Como o próprio editor do site deles comenta, a história é maniqueísta, mais do que deveria talvez, e o bem e o mal é pintado em opostos bem delineados com poucas dúvidas nesse sentido (talvez, ao apenas ler as letras das músicas, a reflexão apareça na ótima Bonfire of The Vanities), ou seja, vilões e heróis construídos dentro do estereótipo clássico e surrado (prefiro as verdades dúbias de The Metal Opera ou The Black Halo). Por outro lado, existe um lado bom de criar um ópera rock ou um ópera heavy-metal, ainda que o conto pareça ser história da carochinha como é o caso aqui, isso dá uma noção de completude absurda ao escutar a musicalidade complexa e progressiva do álbum; um facilitador principalmente aos mais jovens que se interessam ou por música, ou por literatura, em outras palavras: é a aplicação de uma forma bem competente de angariar fãs para a banda e para o gênero como um todo.

Minha crítica sobre o ‘modismo’ na narração do herói que nasce predestinado para cumprir com seu destino de derrotar o mal - e veja só você....de fato o derrota (!!!) - está mais relacionado à ingenuidade desse tipo de mensagem, mas não quer dizer que eu tenha deixado passar os diversos detalhes que resgatam os fatos históricos e a simbologia cronológica mencionada em Veracruz (mas que no final das contas pode ser entendido também como uma tentativa desesperada e desnecessária do Edu em graduar seu trabalho em um tipo de prateleira ‘pseudo’ intelectual, assim como faço em minhas postagens). A marca que o tal herói Jorge da ficção tem no peito é a cruz de sangue que o próprio Jorge da Capadócia tinha em seu braço segundo os mitos da época, ele que foi também um guerreiro mártir predestinado, e que foi em determinada época padroeiro de Portugal (reino que herdou o símbolo da “Cruz de Jorge” dos ingleses durante o cerco de Lisboa, que por conseguinte roubaram o símbolo dos navegantes da República de Genova que dominavam os mares da borda atlântica ao mediterrâneo, como forma de acesso clandestino de suas naus nas rotas marítimas, e Gênova, por sua vez, herdou a cruz em sua bandeira por ser derivada da fragmentação do Império Bizantino, esse governo sim homenageou diretamente São Jorge, por ser natural de seu território e por ser considerado soldado mártir de Roma). Para fechar o arco a história Edu insere a Ordem da Cruz de Nero, símbolo que representa os braços prostrados e caídos da cruz, do imperador Nero de Roma, um notório perseguidor de cristãos e culpado pela crucificação do próprio São Pedro, criador da igreja católica. Esse background criado para o conteúdo lírico de Veracruz é interessante, mas não é exatamente novo (em Dante’s Inferno o protagonista costura a cruz de Jorge em seu peito) e não muda o fato de a linha narrativa principal ainda ser uma simplória luta manjada de bem vs. mal.

Já o termo Veracruz – verdadeira cruz - seria mais associado à coroa espanhola e aos lideres de sua armada que se autoproclamavam detentores da “cruz verdadeira” dentre tantas outras que ocupavam os mares na época das navegações, e assim batizaram diversas cidades em suas vastas colônias (já que os portugueses utilizavam como marco de colonização seu famoso “padrão-português”, nas costas descobertas – ainda hoje pode ser visitado em Porto Seguro-BA, ou em Cape Agulhas na África do Sul), a mais famosa delas no México trazia como se fosse um lembrete em seu brasão de armas as colunas de Hércules, que tal como os espanhóis teria sido o primeiro a desbravar novos mares e terras ao afastar com os próprios ombros o estreito de Gibraltar na península Ibérica. Portanto, me parece que Edu coloca o termo no título do trabalho mais como uma estampa comercial sobre a história que criou, do que de fato, como um axioma que amarraria todo o contexto lírico-musical. Adicionalmente a frase “Alis Volat Propriis” que aparece na capa do álbum também não pareceu se relacionar diretamente com a história do herói que não “voa pelas próprias asas” (frase meritocrática de merda), que aliás, muito pelo contrário, nasce como um abençoado por Deus com um início-meio-fim já direcionado pelo destino sagrado.

Para apurar mais minha análise sobre a ‘literatura’ da obra, precisaria adquirir a versão pré venda do álbum com o encarte de 20 páginas, mas por um infortúnio imprevisto, não consegui (vou comentar mais a frente).

Agora vamos refletir um pouco sobre a musicalidade do álbum (vou pegar leve, se chegou até aqui, você aí deve estar bem cansado dessa papagaiada...).

Embora o acabamento do material artístico/visual/lírico tenha sido elaborado com bastante cuidado, conforme já citado, acredito que o ponto alto do trabalho – como deve ser – está em sua sonoridade.

O line up da banda é animal, só tem fera – como diria o Faustão. Mas o mais interessante é notar que embora obviamente Edu tenha a palavra final sobre a mixagem (eu sei.. foi do brother do Helloween) e sobre a produção, dá pra ver que o vocalista não podou nenhum dos membros da banda no sentido de aplicar a técnica sobre as linhas. O resultado é uma explosão maluca na sonoridade, com guitarras piruliteiras full-time, que solam até mesmo enquanto o Edu está cantando seus versos. As linhas de guitarra possuem abordagem claramente sinfônicas e ultra melódicas, e embora os intervalos maiores sejam predominantes, os cromatismos exagerados aparecem em todas as faixas sem exceção, a ponto de eu ter a impressão real que não houve nenhum dos aproximadamente 44 semi-tons existentes na tessitura do instrumento que deixaram de ser tocados nesse trabalho. Quando a velocidade da digitação está em seu limite, Roberto e Diogo dão um jeito de emendar ligados de tappings de grande extensão para progredir com as suas frases... os dedos dos caras dever ter ficado só o osso na gravação desse álbum! Mas segue uma alfinetada para os professores: Não percebi nenhum sweep em suas execuções super técnicas, que é a verdadeira carta na manga de um piruliteiro iluminatti.

A despeito do desperdício e da gastança de notas das guitarras nesse trabalho (estamos em época de priorização da sustentabilidade, lembram???), e do cansaço que isso possa causar, a linha melódica e harmônica das composições é bastante interessante, e por causa unicamente da coerência dessa linha mestre das pautas conduzidas por Edu, que o álbum verdadeiramente se sustenta (o cara pode ficar fritando o quanto quiser na sua guitarra brilhosa, mas no final do dia lá está a cruel limitação da interação entre as 12 únicas notas perceptíveis aos nossos ouvidos). Se for para elogiar o trabalho dos guitarristas, devo citar o solo dobrado da faixa “Land Ahoy”, esse sim progride entre notas abafadas e outras alcalinas, que passam uma ideia de tensão, com início, corpo e conclusão bastante delineados e coerentes.

Sobre a cozinha e os demais integrantes, o trabalho complementar do tecladista Fabio Laguna é providencial (nesse tipo de trabalho sempre será), e a contribuição de Aquiles é rica sem ser exagerada (exagerada igual aos últimos trabalhos do Angra e Sepultura, que também possuem bateristas desse patamar); aqui ele conduz com propriedade todos os tempos necessários e propostos nas canções, mas realmente adiciona aquele “a mais” em Veracruz quando tem que trazer os elementos culturais nativos brasileiros no set de percussão.

Edu está com uma sintonia muito boa com as demais partes, em relação à execução de suas linhas vocais, nada espetacular, mas são seguras e terminam por protagonizar o trabalho (bem mais fácil quando é o ‘dono da bola’ que puxa todo o resto, como já disse várias vezes aqui no blog).

Para finalizar a resenha sobre o conteúdo sonoro. O Trooper tem razão quanto à mensagem “feliz” transmitida pela maior parte das composições, essa é uma impressão que de fato, tive também ao iniciar minha audição de Veracruz. Há de se citar que os intervalos maiores e as progressões ascendentes nas escalas contribuem em muito nessa percepção; um outro aspecto nesse sentido é a utilização de acordes maiores nas harmonias dos teclados e violões quando esses são usados, caracterizados pela terça ‘aumentada’ ou ‘aberta’ (*). Todas essas características devolvem momentos alegres na audição por repetidas vezes, mas acredito que ao escutar com certo distanciamento as melodias, o resultado não é bem esse, e arrisco dizer que em alguns momentos a tensão e o lado mais ‘dark’ aparecem conforme a narrativa lírica das músicas. Essa abordagem que brinca com o senso melódico do ouvinte é realmente muito presente nesse gênero de Heavy-Metal, particularmente nas obras de Weikath (Helloween).

E aproveitando essa deixa, eu acredito de verdade que se a ascensão do que chamamos aqui no Brasil de Metal Melódico (Speed Metal) não tivesse sido abruptamente interrompida  por pressões mercadológicas da indústria musical norte americana, todo esse segmento de musica pesada iria evoluir para exatamente o que o Edu construiu nesse trabalho. Por isso, parabéns Edu, de coração, por continuar a trilhar o caminho glorioso e esquecido do Heavy Metal (você é oficialmente um “Metal-Hero”, mas sem a marca de nascença).

Pontos adicionais sobre Veracruz:

- Ainda prefiro Fragile Equality;

- Essa participação do Max em “Face of The Storm” transformou essa música e uma pusta de uma obra prima;

- Os pontos altos na média (fora Face The Storm) do álbum ainda estão no que o Edu faz de melhor: suas baladas-modernosas-to-be, como em “Skies In Your Eyes” e “Bonfire of The Vanities”.

- A Elba acabou sendo uma participação inexpressiva em minha opinião, mas diferente da Sandy em Omni, que participou sem ter vontade de colocar a voz na gravação, acho que a Elba Ramalho foi pouco usada, relegada a basicamente cantar apenas um verso e ser back vocals no resto da música.

(*) explicando rapidamente: todos os acordes são a soma da nota ‘prima’, que representa o tom-pedal ou mais grave do acorde, somado da 5ª nota do intervalo, que possui sem exceção uma atitude ‘neutra’ sobre o tom principal, e com a oitava (mesma nota que a prima), que serve na verdade pra reforçar o acorde. Até aqui você tem um Powerchord reforçado (1ª+5ª+8ª), com a adição da quarta nota, uma “terça” tonal você passa a dar uma característica sonora  mais interessante e composta, que reproduz no nosso cérebro uma sensação ou de alegria ou de melancolia; a terça-maior (‘open’ ou aumentada), ou seja, tocada um semi-tom acima na escala, irá resultar em um acorde “feliz”, enquanto a terça natural ou a terça diminuta, ou seja, tocada meio-tom abaixo, ira reproduzir uma harmonia melancólica).  

p.s: tentei comprar a edição especial digipack da pré venda que estaria supostamente disponível na loja oficial do site da banda, mas infelizmente o site negou a tentativa de compra por cartão de crédito (4 cartões diferentes, meus e da patroa). E tenho certeza do problema não ser nos cartões, já que além de utilizar regularmente para compras on-line tinha acabado de utilizar um deles, além de utilizar com sucesso em outro site de e-commerce após essa tentativa inútil no site do Edu, somente para testar se havia algum problema mesmo. Tentei entrar em contato pelo whatsapp disponível no mesmo canal on-line da banda, mas é lógico, ninguém retornou o contato.......


Como depois dessa resenha densa estou meio cansado vou descer o nível para dizer o seguinte: parabéns pelo trabalho feito com esmero Edu, e vai tomar no seu rabo por essa bosta dessa sua loja on-line não funcionar direito e não ter suporte para solucionar. Depois fica ai falando bosta sobre chupar pau de gringo, provavelmente os sites dos caras funciona!!!

Mas parabéns mesmo assim (vou ter que comprar a versão ordinária do álbum mesmo... ).


10 comentários:

  1. Esse guitarrista pirulita mesmo, hein?

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    1. Ei! Não é pra ficar citando minhas frases descabidas por aí!

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    2. Top a resenha...tirando a parte da guitarra que eu cochilei um pouco!

      Indião Ticudo pra você, especialmente os primeiros 5 segundos!

      https://www.youtube.com/watch?v=O41R2rMD-Tk

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  3. Magician, há quem diga que São Jorge era do Cáucaso, e não bizantino, mais precisamente da Geórgia (daí o nome do país)... De acordo com essa linha de estudos, ele já aparecia numa religião pré-cristã do Cáucaso. Não que isso mude alguma coisa, já que criou-se toda uma simbologia muito forte (ao que parece, predominantemente cristã) sobre tal personagem.

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    1. ah sim, como diria a Xuxa: tudo pode ser. Como sua biografia original foi proibida pela igreja antigamente, tudo ao redor dele é mítico e borrado, ao ponto de ter sua própria história da princesa e dragão...

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  4. Nem levei em conta que a Elba cheira a bolsogado: https://www.youtube.com/watch?v=UjNFnM_G9Ow

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  5. Esse provavelmente foi o cd no qual o termo "pirulitar" foi mais usado até o momento hahaha

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